Prof. Ricardo André
Quando eu era
adolescente frequentava o lar de uma família espírita vizinha da nossa casa
para brincar com os filhos do casal chamado de seu “Dida” e dona “Zezé”. Vez
por outra, a senhora me chamava para ler trechos do livro “O Evangelho Segundo
o Espiritismo”, de Allan Kardec, nas reuniões domésticas que ela realizava com
seus filhos. Lembro-me perfeitamente que ela era uma muito bondosa, sempre
dando-nos conselhos para a prática do bem e, procurava sempre ajudar o próximo.
Ao tornar-me adulto
percebi que, não somente aquela minha vizinha espírita, mas todos os espíritas
são extremamente bondosos e caridosos. É assaz interessante a obra de
assistência social realizada pelos espíritas em todo Brasil. O comportamento dos
espíritas, indubitavelmente, revelam a forte influência da religião nas suas
vidas. Portanto, sabemos que os espíritas, tem um papel importante na sociedade
pelas pessoas que são. Deus se
alegra em ver o ser humano fazer o bem aos outros e, por isso, não tenho
dúvidas do amor dEle pelos espíritas!
Não obstante, o
presente estudo pretende mostrar que
obedecer a Deus completamente envolve também abandonar as crenças espíritas. Diz-nos
as Sagradas Escrituras: “Confia no SENHOR e faze o bem; habita na terra e alimenta-te da verdade.” Salmos 37:3.
De acordo com esse extrato da Bíblia, Deus quer que, além da prática do bem,
devemos nos alimentar da VERDADE. Mas, o que é a Verdade? Segundo Jesus Cristo,
a Verdade é a Palavra de Deus, toda a Bíblia, inclusive os evangelhos e as
cartas do Novo Testamento (João 17:17; 2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 3:15, 16). A
Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras, que contém de forma pura nada menos
que a revelação da verdade divina, e que portanto, nos oferece a solução para
os grandes mistérios da vida. Ao compararmos as crenças espíritas com a Bíblia,
percebemos contradições gritantes. As doutrinas espíritas não encontram
fundamentos na Bíblia, portanto, são anti-bíblicas. Uma vez que os ensinos do
espiritismo não se harmonizam com a Bíblia, elas não podem representar a
verdade de Deus, o amorável Criador.
Na lápide do túmulo de
Allan Kardec, o codificador do espiritismo moderno, encontra-se as seguintes
palavras em fracês: “Naitre, Mourir, renaitre, encore et progresseur toujours:
telle est la loi. Que quer dizer em português: Nascer, morrer, renascer ainda é
progredir sempre: esta é a lei.” Toda a filosofia do homem que foi sepultado ali
gira em torno dessa crença: a reencarnacão. A doutrina da reencarnação, bem
como o contato com os mortos ocupam posição central no conjunto dos
ensinamentos espíritas. O espiritismo tem a teoria da reencarnação como o
alicerce de sua filosofia, a pedra angular de toda a sua argumentação
doutrinária.
Em O Mundo Espírita,
obra publicada em l953, em Curitiba, PR, na pág. l, o conhecido polemista
espírita Carlos Imbassahy reconhece: “A importância da reencarnação é capital.
Sem essa doutrina, o espiritismo perderia toda a sua base filosófica... Sem a reencarnação,
estaríamos diante do mais completo vazio.” Allan Kardec afirma que essa
doutrina (da reencarnação) “é uma das mais importantes leis reveladas pelo espiritismo”.
(A Gênese, FEB, Rio de Janeiro, edição 28, l985, p. 30).
O
que ensina a Reencarnação?
A doutrina da
reencarnação ensina que nossa atual vida neste mundo é a repetição de
outras existências,
vividas em outros corpos. Segundo Allan Kardec, “a reencarnação é
a volta da alma à vida
corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ela e
que nada tem em comum
com o antigo”. (O Evangelho Segundo o
Espiritismo, FEB, edição 39, Rio de Janeiro, pág. 67).
Qual é o propósito
dessas sucessivas reencarnações? Allan Kardec explica no Livro dos Espíritos
(obra considerada pelos espíritas a “bíblia do espiritismo”) que a reencarnação
tem dupla finalidade: 1) o progresso ou evolução do espírito e 2) a expiação de
faltas cometidas em existências anteriores. Creem os espíritas que essas e
outras informações inseridas no referido livro foram dadas a Kardec por
“espíritos superiores”. Ensinando que o destino final das pessoas é determinado
pelas próprias obras e esforços, a reencarnação nega que alguém algum dia tenha
de prestar contas a Deus por qualquer falta cometida.
A doutrina da
reencarnação faz de Deus um ser bonachão, pacífico como ninguém, dotado de
ilimitada tolerância. Não existe erro. Portanto, roubar, adulterar, estuprar, blasfemar,
mentir e assassinar não passariam de experiências malsucedidas, “incidentes de
percurso”, nesse longo caminho de aprendizado. São ações que não devem ser cometidas,
é óbvio, mas caso alguém venha a cometê-las, na próxima encarnação deverá
expiá-las, ensinam os espíritas; mas essa pessoa jamais terá que prestar contas
desses atos a um Deus pessoal.
A doutrina da reencarnação
é bastante cômoda! Qualquer pessoa amante de seus atos imorais e viciosos
sentir-se-á tentado a repetir suas práticas abomináveis durante mais algumas
“reencarnações”, pois no fim das contas tudo acabará dando certo. Allan Kardec
explanou essa doutrina de modo a que ficasse bem esclarecido que ninguém, segundo
ele, nem mesmo o mais degradado ser humano, o mais asqueroso estuprador, o mais
frio assassino deixará de caminhar por essa larga estrada que o conduzirá à condição
de “espírito de luz”. É só ter uma pacienciazinha de alguns milhares de anos, e
as muitas encarnações expiatórias o conduzirão do estado de “espírito atrasado”
ao estado de “espírito evoluído”.
Todavia, um fato
bíblico indiscutível é que todos os seres humanos, de todos os tempos,
enfrentarão o julgamento de Deus. Devemos ter consciência de que prestaremos
contas de nossa vida a Deus. Disse Salomão: “Porque Deus há de trazer a juízo
todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, que sejam más”
(Eclesiastes 12:14). E o apóstolo Paulo confirma: “... pois todos compareceremos
perante o tribunal de Deus” (Rm 14:10; 2₢o 5:10).
Acreditar na ideia da
reencarnação é negar o castigo eterno aos pecadores impenitentes, já que se
prega uma ideia de evolução constante pela qual os indivíduos aprenderão com os
erros de uma vida para corrigi-los numa próxima existência, assim evoluindo na
sua jornada pelas várias vidas mediante a reencarnação, com o que os malfeitos
se eliminam gradualmente. Jesus, porém, advertiu: “Entrai pela porta estreita;
porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos
são os que entram por ela” (Mat. 7:13). E a linguagem de condenação eterna dos
que forem até o fim sem se arrepender é claríssima em muitas passagens tanto do
Velho quanto do Novo Testamento. O próprio Cristo anunciou que no final haverá
a ressurreição da vida e a ressurreição da condenação, e que os que não aceitarem
a oferta de Salvação propiciada por Deus Nele irão perecer, pois “quem crê e
for batizado, será salvo; quem não crê, será condenado” (João 5:28, 29 e Mar.
16:16).
A
Índia - O berço da Doutrina da Reencarnação
Segundo diversos
historiadores, a doutrina da reencarnação tem sua origem na Índia. Este país é
o berço da doutrina. Os Vedas – a coleção dos textos filosóficos dos hindus –
são apontados como a mais antiga fonte onde se encontram referências à reencarnação.
Porém, outros historiadores garantem que essa doutrina não é tão antiga como
muitos pensam. Ela foi inventada e introduzida entre o povo pela classe dos
brâmanes, ou seja: os sacerdotes que oficiavam os rituais prescritos nos Vedas.
Eles inventaram toda essa história de vidas sucessivas com o propósito de
inspirarem o respeito das outras classes sociais da Índia para com eles, para
se manterem superiores e protegerem seus privilégios. Falando de suas próprias
encarnações anteriores, os brâmanes faziam com que sua autoridade parecesse,
aos olhos do povo, antiquíssima. De reencarnação em reencarnação, eles haviam
chegado à posição em que se encontravam, diziam. E o povo acreditava!
A partir da Índia, essa
falsa ideia se espalhou pela Ásia, através da religiões orientais, a exemplo do
Budismo, de Buda, e por todo o Ocidente. Foi dos hindus que Allan Kardec tomou
por empréstimo a crença na reencarnação.
A
Crença na Reencarnação Rebaixa a Natureza Humana
Allan Kardec afirma: nosso
mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de espíritos pouco
adiantados e cárcere de espíritos criminosos”. Ainda de acordo com ele, só há duas classificações para a humanidade:
ou somos espíritos atrasados, ou criminosos... (O que é o Espiritismo, 10ª ed.,
p. 153).
Mais estranho ainda é o
que ensina um outro espírita, chamado Alexandre Dias. Ele afirmou que afirma
que nós, antes de chegarmos ao estado de seres humanos, fomos minerais: uma
pedra, areia, um pedaço de ferro... E o pior é que essas afirmações absurdas e
loucas estão inegavelmente mescladas de racismo e preconceito. Para espanto
geral do leitor, eis a transcrição do texto do livro de Alexandre Dias:
“Nascer,
morrer, renascer é o trabalho contínuo a que está sujeito o espírito,
passando por todas essas transições,
desde o tipo boçal ao gênio. Não importa saber quantos milhares de anos foram precisos para tomar as feições
humanas, o tempo que demorou na raça
indígena e na preta, até chegar à branca, e nem as várias nacionalidades que adotou na sua trajetória...E o espírito
passará a outro planeta mais
adiantado. Daí, em escala sempre ascendente, de planeta em planeta...” (Contribuições para o
Espiritismo, 2ª ed., Rio de Janeiro, l950, pág. 19 e 20) Haverá coisa mais
absurda?
A Reencarnação Apoia-se na Teoria Evolucionista
O escritor espírita
francês Leão Denis, abeberando-se da já superada e refutadíssima teoria
evolucionista de Charles Darwin, que afirma ser o homem parente mais próximo do
macaco, por terem um ancestral comum, escreveu o livro Depois da Morte, onde o
homem, é visto como um mineral, um vegetal e um animal irracional antes de
chegar à condição de ser pensante. Vejamos alguns extratos desse livro (as
obras de Leão Denis, cheias de erros, fantasias, ideias absurdas e impropérios
contra a Bíblia e o cristianismo, são hoje muito lidas e citadas pelos
espíritas brasileiros):
“Sabemos
que em nosso Globo, a vida aparece primeiramente sob os mais simples, os mais
elementares aspectos, para elevar-se, por uma progressão constante, de formas
em formas, de espécies em espécies, até o tipo humano, coroamento da criação
terrestre (...) A alma se elabora no seio dos organismos rudimentares. No animal
está apenas em estado embrionário; no homem adquire o conhecimento, e não mais
pode retrogradar (...) No dia em que a alma, libertando-se das formas animais e
chegando ao estado humano, conquistar a sua autonomia, a sua responsabilidade
moral, e compreender o dever, nem por isso atinge o seu fim ou termina a sua
evolução...” (Leão Denis, Depois da Morte, 6ª ed. ,
FEB, Rio de Janeiro, pg.139 – 143).
E como ponto culminante
desta demonstração do quanto o espiritismo é depreciador da origem e natureza
do ser humano, eis o que diz o “ilustre” codificador da doutrina espírita,
Allan Kardec, no livro A Gênese (FEB, Rio de Janeiro, 1985, ed.28, p.212),
escrito com o propósito de explicar, a seu modo (orientado, é óbvio, pelos “espíritos
da verdade” ), a origem de tudo... Eis o texto:
“Da
semelhança, que há, de forma exteriores entre o corpo do homem e o do macaco,
concluíram alguns fisiologistas que o primeiro é apenas uma transformação do
segundo. Nada aí há de impossível, nem o que, se assim for, afete a dignidade
do homem. Bem pode dar-se que corpos de macacos tenham servido de vestidura aos
primeiros espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem
encarnar na terra, sendo essas vestiduras mais apropriadas às suas necessidades
e mais adequadas ao exercício de suas faculdades, do que do corpo de qualquer
outro animal. Em vez de se fazer para o espírito um invólucro especial, ele
teria achado um já pronto. Vestiu-se então da pele de macaco, sem deixar de ser
espírito humano, como o homem não raro se reveste da pele de certos animais,
sem deixar de ser homem”.
“Antes de sermos humanos, fomos pedras,
plantas, animais...” Que absurdo! Todas essas ideias absurdas expostas até
agora, todas essas afrontas ao Criador e à obra-prima da Criação, o homem,
proferidas pelos doutrinadores do espiritismo, estão resumidas nesta declaração
do espírita brasileiro Leopoldo Machado, publicada na Revista Internacional do
Espiritismo, no ano de 1941, em Matão, SP, pg.193: “A vida orgânica e anímica
vem, não tenhamos dúvida, de muito baixo e de muito longe, dos seres
inorgânicos, até chegar ao homem, ao espírito, ao anjo... A espécie humana
provém material e espiritualmente da pedra bruta, das plantas, dos peixes, dos
quadrúpedes, do mono (macaco). E, de homem, ascenderá a espírito, a anjo, indo
povoar mundos superiores...”
Portanto, segundo
tem-se constatado até aqui, os doutrinadores da reencarnação afirmam que uma
pessoa (eu ou você, caro leitor) pode ter sido, em existências passadas, um
animal qualquer, um vegetal ou um mineral. É isso crença admitida por todos os
espíritas. Não podemos aceitar como verdadeiras essas ideias tão absurdas e
tolas, tão distantes da Verdade divina, tão afastadas de tudo o que Deus
revelou ao homem por meio de Sua Palavra.
Evidentemente, a Bíblia
– e particularmente os dois primeiros capítulos do Gênesis – contam uma
história completamente diferente sobre nossa origem: estamos aqui porque um
Deus criador amoroso e benevolente criou propositalmente os seres humanos “à
Sua imagem, à imagem de Deus o[s] criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27).
A Doutrina da Reencarnação é Injusta
Não poderíamos deixar
de mostrar aqui as injustiças e absurdos que se escondem por trás dessa doutrina, cuja autoria é
blasfematoriamente atribuída a Deus. Segundo O Livro dos Espíritos, a reencarnação foi imposta por Deus com duas
finalidades: expiação de faltas
cometidas em existência anterior, e o aperfeiçoamento do espírito reencarnado. O curioso é que se
sairmos por aí perguntando às pessoas se elas se lembram do que praticaram na outra encarnação, todas dirão que
sequer se lembram de tal existência
(a não ser que nos deparemos com algum espírita cuja intenção seja manter de pé, a todo custo, essa
inverdade)
Diante disto,
perguntamos: Deus, que é bondade e justiça, estaria sendo justo destinando os seres humanos a sofrerem castigos por
faltas de que não têm consciência ou lembrança? Além do mais, a doutrina da
reencarnação, apesar de ser apresentada pelo espiritismo como de origem divina,
colide com o senso de justiça do ser humano, o que se constitui numa
contradição inadmissível.
Para demonstrarmos
isto, basta sabermos que para tornar um réu judicialmente responsável pelo
crime, todos os códigos penais existentes no mundo baseiam-se na conscientização
do réu de que o ato por ele praticado estava proibido por ele. Caso fique provado
que certas circunstâncias impediram-no de tomar conhecimento dessa proibição,
tais circunstâncias são atenuantes em Direito Penal.
Ao permitir que alguém,
já falecido, tornasse a encarnar sem memória dos atos praticados em existência
anterior, para enfrentar uma vida de punição de crimes desconhecidos, onde
estaria a justiça de Deus?
Outro argumento que
mostra o quanto a doutrina da reencarnação é injusta é o fato de sabermos que
“ela representa a justiça de Deus” (dizem os espíritas), mas segundo O Livro
dos Espíritos, “Deus criou os espíritos simples e ignorantes”, em estado de
atraso e imperfeição. Se isto fosse verdade, Deus seria injusto ao condenar
seres que Ele mesmo criou imperfeitos, e o maior de todos os criminosos não
poderia sofrer qualquer condenação, por já ter sido criado dentro da imperfeição
e inclinado para ela. Logo, o culpado de tudo nesse caso seria Deus, e isto é
impossível. Eis o que está escrito em Sua Palavra: “Eis o que tão-somente
achei: que Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias”.
(Eclesiastes 7:29).
É justo uma pessoa pagar pelo crime de outra? Além
de tudo isso, há uma grande questão contra o espiritismo, e reencarnação algum
até hoje conseguiu melhorar as coisa para o lado de Kardec – de certo modo o responsável
pela questão. Segundo a doutrina da reencarnação, a alma comete faltas em uma
existência, unida a um corpo, e deve pagar essa falta em outra existência,
unida a outro corpo. Ora, segundo a Bíblia, o ser humano é composto de corpo,
alma e espírito. Nenhum desses três componentes forma, isoladamente, um ser
humano. Reencarnado em outro corpo (se essa reencarnação fosse possível), o
espírito formaria outra pessoa. Porém Deus jamais faria uma pessoa pagar pelos
atos errados de outra. Ele não cometeria tamanha injustiça. Combatendo esse disparate,
o francês Monsabre, em uma de suas conferências, assim se expressou:
“Se o homem deve passar
da prova desta vida à prova de outra vida é preciso que esta última se realize
no mesmo indivíduo, com toda a sua natureza e todos os seus hábitos adquiridos,
porque, do contrário, numa Segunda existência não será justo. Quem pecou foi o
homem todo; portanto, é o homem todo que deve se arrepender e tornar a Deus”, ou
pagar os seus pecados no mesmo corpo, e de uma vez por todas, no mesmo corpo que
os cometeu, concluímos.
A
Bíblia Condena a Consulta aos Mortos
A consulta aos mortos é uma das três doutrinas
básicas do Espiritismo. Ela é baseada na falsa noção típica de todos os povos
pagãos, do presente e do passado, de que o homem é um ser dualístico, formado
por um corpo material e uma alma imortal, que prossegue viva e consciente na
morte, quando o ensino bíblico é de que Deus criou o homem para viver como um
ser físico, num paraíso físico, e que por consequência do pecado passou a
experimentar a morte (Gn 3:1-9; Rm 5:12; 6:26). A única forma de restaurar a
vida é pela RESSURREIÇÃO DOS MORTOS, que representa a vitória sobre a morte e a
sepultura, como diz Paulo em 1 Cor. 15:54, 55 e em I Ts 4:13-16). Entre a morte
e a ressurreição nada existe, pois os que morrem, como no sono, nada sabem do
que se passa, não têm conhecimento de coisa alguma e adentram o mundo do
silêncio (Ecl. 9:5, 6, 10; Sal. 6:5 e 115:17).
Portanto, somente
mediante a RESSURREIÇÃO DOS MORTOS é que alcançaremos a vida eterna, que é
apresentada na Bíblia como um dom de Deus aos que se habilitarem para sempre habitar nos lugares que Cristo
prometeu preparar para os Seus fiéis, e que iriam ser ocupados quando Ele
retornasse para vir buscar os Seus (ver Rom. 2:7; 2Tm. 1:10 e João 14:1-3).
É importante que se
diga que Deus desaprova a comunicação com os mortos. Embora seja uma prática
milenar, de modo algum foi autorizada pelo Senhor. Muito pelo contrário,
trata-se de uma abominação aos olhos de Deus: “Quando entrares na terra que o
SENHOR teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas
nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua
filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem
encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem
consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR;
e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti” (Dt
18.9-12). Séculos depois a proibição divina foi confirmada em Isa. 8:19, 20: “Quando
disserem a vocês: "Procurem um médium ou alguém que consulte os espíritos
e murmure encantamentos, pois todos recorrem a seus deuses e aos mortos em
favor dos vivos, respondam: "À lei e aos mandamentos!" Se eles não
falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a luz!.” (Ver também Levítico
19:31). Sendo que não há uma “alma imortal” que tenha consciência após a morte
do corpo, e o indivíduo na morte permanecerá como num sono inconsciente até a
ressurreição, qualquer suposta comunicação entre vivos e mortos é claramente
suspeita, e proibida por Deus que quis proteger o Seu povo de terríveis enganos
satânicos nessa linha (Ap 16:13 e 14).
A conclusão lógica:
quem busca comunicar-se com os mortos, na verdade, está-se envolvendo com
espíritos enganadores. Sendo assim, a necromancia não passa de um engano, uma
impossibilidade e uma abominação. Bíblia e kardecismo não se combinam. Podemos
respeitar os sentimentos das pessoas que se dirigem aos médiuns buscando um
contato com seus saudosos parentes, mas não podemos concordar que se busque
solução em algo tão pernicioso quanto essa prática.
É fundamental reconhecermos,
conforme declarou a escritora cristã norte-americana, Ellen G. White, que “os anjos decaídos que executam suas ordens
(de Satanás), aparecem como mensageiros do mundo dos espíritos. Ao mesmo tempo
que professam trazer os vivos em comunicação com os mortos, o príncipe do mal
sobre eles exerce sua influência fascinante. Ele tem poder para fazer surgir
perante os homens a aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é
perfeita; a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com
maravilhosa exatidão. Muitos são consolados com a afirmativa de que seus
queridos estão gozando a aventura celestial; e, sem suspeita de perigo, dão
ouvidos a ‘espíritos enganadores, e doutrinas de demônios’” (O Grande
Conflito, p. 552).
Ora, se Deus condena a consulta
aos mortos, condena, consequentemente, o espiritismo. Diante da proibição
divina, torna-se perigoso, qualquer pessoa continuar envolvida nessas práticas,
ou enveredar pelo caminho da curiosidade, na tentativa de saber quem está
realmente por detrás desses “fenômenos espíritas”: se é ilusão produzida pelos
sentidos das pessoas que se envolvem nessas práticas; se esses fenômenos são
produzidos pelos médiuns, com suas trapaças e fraudes; se essas ocorrências
misteriosas têm as almas dos mortos como responsáveis, ou se esses fenômenos,
ultrapassando todas as forças conhecidas, têm como causa a atuação de demônios.
Adverti-nos a Sra. Ellen G. White: Poucos
há que tenham justa concepção do poder enganador do espiritismo e do perigo de
colocar-se sob sua influência. Muitos se intrometem com ele, simplesmente para
satisfazer a curiosidade. Não tem nenhuma fé nele, e encher-se-iam de horror ao
pensamento de se entregarem ao domínio dos espíritos. Aventuram-se, porém, a
entrar no terreno proibido e o poderoso destruidor exerce a sua força sobre
eles contra a sua vontade. Uma vez induzidos a submeter a mente à sua direção,
segura-os ele em cativeiro. É impossível pela sua própria força romperem com o
fascinante, sedutor encanto. Nada, a não ser o poder de deus, concedido em
resposta à fervorosa oração da fé, poderá livrar essas pessoas” (O Grande Conflito,
p. 558).
Indubitavelmente, o
espiritismo é uma força que está a serviço do Príncipe das trevas, que
contraria, em seus ensinamentos, o plano de Deus para a salvação do mundo por
Cristo, causa que só pode ser o arqui-inimigo de Deus, o príncipe das trevas, disfarçado
em anjo de luz, pois anuncia um conjunto de doutrinas abertamente anticristãs,
um novo Evangelho donde se exclui, totalmente, a necessidade de ‘uma vítima de
propiciação pelos nossos pecados’” (Romanos 3:25).
Conclusão
Agora, depois de
apresentarmos as duas crenças básicas do kardecismo, apresentamos o apelo das
Escrituras, que convida as pessoas a deixarem todas essas práticas e se
voltarem para o Deus verdadeiro. Nenhuma maquiagem pode transformar algo
abominável em algo aceitável, de forma alguma pode transformar algo condenado
por Deus em veículo de salvação. Sem a aprovação do prumo das Escrituras, toda
obra deve ser rejeitada pelo homem, porque com certeza será rejeitada por Deus.
O evangelho segundo o
espiritismo é totalmente reprovado pela Bíblia. O espiritismo segundo o
evangelho é uma cilada simpática promovida pelo inimigo de nossas almas.
Sabemos que não é tarefa fácil lidar com as convicções desse grupo religioso,
porém, cabe a nós procurarmos meios, com a ajuda do Espírito Santo, de
compartilhar a salvação com os espíritas e suplicar por eles diante de Deus,
para que se arrependam e conheçam a verdade (2Tm 2.25).
Bibliografia:
A Gênese, Alan Kardec, FEB,
Rio de Janeiro, 28ª ed., l985
Contribuições para o
Espiritismo, Alexandre Dias, 2ª ed., Rio de Janeiro, l950.
Depois da Morte, Leão
Denis, 6ª ed., FEB, Rio de Janeiro.
O evangelho Segundo o Espiritismo,
Alan Kardec, Federação Espírita Brasileira.
O Grande Conflito,
Ellen G. White, CPB, 43ª ed. Tatuí-São Paulo, 2005.
O Mundo dos Espíritos, Alan
Kardec, Federação Espírita Brasileira.
O Mundo Espírita, Carlos
Imbassahy, 1953
O que é o Espiritismo, FEB,
Rio de Janeiro,10ª ed..
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