Teologia

sexta-feira, 30 de abril de 2021

OS ESCRITOS DE ELLEN G. WHITE: UMA LENTE PROFÉTICA PARA O NOSSO TEMPO


 Mxolisi Michael Sokupa*

O ministério de Ellen G. White estava sempre apontando para as Escrituras e para Cristo, a mais clara revelação do amor de Deus e de Seu caráter. Seus escritos têm atuado como uma lente para a compreensão da Bíblia, de seus princípios e quanto à maneira de aplicá-los para o nosso tempo.

A Bíblia registra muitas ocasiões históricas em que tudo parecia fora de foco: a adoração, as atividades do templo e muitas coisas mais. A história de Josias apresenta um desses casos. Em face da triste situação ocasionada por uma história herdada, o jovem rei “fez o que o Senhor aprova e andou nos caminhos de Davi, seu predecessor, sem desviar-se nem para a direita nem para a esquerda. No oitavo ano do seu reinado, sendo ainda bem jovem, ele começou a buscar o Deus de Davi, [...] começou a purificar Judá e Jerusalém dos altares idólatras, dos postes sagrados, das imagens esculpidas e dos ídolos de metal” (2 Crônicas 34:2, 3).1 Devido ao seu total compromisso com Deus, Josias realizou a reforma e removeu os ídolos que havia entre todas as tribos de Israel. Depois de Josias “purificar a terra” da adoração de ídolos (v. 34:8), ordenou que fosse feita a restauração do templo, há muito negligenciada. No processo de renovação do templo, o sumo sacerdote encontrou “o Livro da Lei” nos escombros (v. 34:14). O livro foi levado ao rei e lido diante dele.

Josias refletiu sobre o que dizia o texto sagrado. Agora, mais ciente da situação, ele pôde perceber quais eram os problemas. Depois da leitura, o rei “rasgou as suas vestes” (verso 34:19). Ele compreendeu então as palavras do livro: a linguagem, a gramática, a sintaxe e o contexto eram muito claros para ele. Enviou então uma delegação para “consultar o Senhor” (v. 34:21) por ele. A delegação foi até Hulda, a profetisa, que atuou como uma lente para revelar as implicações da mensagem do livro a Israel e Judá, e para explicá-la ao rei e ao seu povo.

Observe quantas vezes é feita a referência ao livro nessa narrativa. Hilkias, o sacerdote, encontrou o livro da Lei do Senhor dado a Moisés (v. 34:14). Ele informou Safã, o escriba: “Encontrei o Livro da Lei na casa do Senhor” (v. 34:15); “Então Safã levou o livro ao rei” (v. 34:16). Houve um deliberado e repetido esforço para que o livro fosse explicado e se tornasse mais claro. Só nesse capítulo, são feitas referências ao livro cerca de 15 vezes. A história fornece um paralelo interessante entre os escritos de Ellen G. White e a Bíblia hoje.

A compreensão das Escrituras requer ferramentas interpretativas. As colocações de Ellen G. White nos fornecem essas ferramentas, mas não substituem um estudo rigoroso das Escrituras. Por exemplo, durante as conferências de 1848-1850, sobre o sábado e o santuário, o desenvolvimento doutrinário da igreja esteve profunda e principalmente centralizado no estudo das Escrituras. Deus, em certas ocasiões, propiciava uma lente profética para apoiar uma passagem das Escrituras, a fim de confirmar ou iluminar os estudiosos mais sinceros da Bíblia. Essa lente era frequentemente encontrada na pena e na voz de Ellen G. White. Antes, porém, uma breve resenha do papel de Ellen White para o progresso do Movimento do Advento pode ser necessária para os leitores que podem não estar totalmente familiarizados com o seu ministério.

O PAPEL DE ELLEN G. WHITE ENTRE 1844 E 1852

A lente profética para o nosso tempo foi revelada quando Deus deu uma visão à jovem Ellen Harmon, em Dezembro de 1844, poucas semanas após o Desapontamento, quando as expectativas dos crentes mileritas na vinda de Jesus não foram cumpridas.2 Deus deu a esses crentes um vislumbre de esperança, por meio de uma visão em que foi mostrada a Ellen “a viagem do povo do advento para a Nova Jerusalém. Embora essa visão não tenha explicado a razão do Desapontamento, [...] deu a eles a certeza de que Deus os guiava e continuaria a guiá-los enquanto viajavam em direção à cidade celestial”.3 A visão encorajou muitos crentes desorientados a voltarem ao estudo da Palavra de Deus. Essa visão trouxe ânimo aos crentes do início do Movimento do Advento e ainda hoje é de grande ajuda quando as coisas parecem bastante desfocadas aos olhos humanos. Ela nos atrai de volta ao estudo da Palavra de Deus.

Depois veio o período de 1848-1850, dos estudos da Bíblia e do desenvolvimento das principais crenças doutrinárias da Igreja Adventista, ainda emergente. Durante esse período, Ellen White disse: “Minha mente estava por assim dizer fechada, não podia compreender o sentido das passagens que estudávamos. Essa foi uma das maiores tristezas de minha vida. Fiquei nesse estado de espírito até que nos fossem tornados claros todos os principais pontos da nossa fé, e em harmonia com a Palavra de Deus. Os irmãos sabiam que, quando não em visão, eu não compreendia esses assuntos, e aceitaram como luz direta do Céu as revelações dadas.”4

Assim, o desenvolvimento das doutrinas dos primeiros adventistas não era baseado nas visões de Ellen White, mas, foi firmado através de um estudo rigoroso da Bíblia. Mas “quando os pioneiros se viam incapazes de avançar, Ellen White recebia a luz que ajudava a explanar a dificuldade e abria o caminho para o estudo continuar. As visões também aplicavam a marca da aprovação de Deus nas conclusões corretas. Assim, o dom profético agia como corretor de erros e confirma- dor da verdade”.5

Durante as conferências bíblicas de 1848 a 1852, houve algumas divergências doutrinárias e teológicas entre os adventistas. James White, num artigo publicado em 1868, relatou um problema ocorrido no final da década de 1840, em torno da questão sobre o início do sábado. Nesse artigo, ele relatou os acontecimentos em torno da mudança das seis da tarde para o início do sábado, em que havia três pontos de vista diferentes sobre o assunto: (1) O sábado começa ao nascer do sol no sétimo dia; (2) começa às 18:00 de sexta-feira à noite e (3) começa ao pôr-do-sol de sexta-feira e termina ao pôr-do-sol do sábado. Houve fortes argumentos de todos os lados da discussão. Ellen White teve uma visão durante a reunião de encerramento da conferência em Battle Creek, na qual lhe foi mostrado que a posição correta era a de que o sábado começa ao pôr do sol de sexta-feira.6

Houve controvérsia: Por que a correção chegou tão tarde? A resposta de James White é pertinente: “Eu sou imensamente agradecido a Deus por haver corrigido o erro no Seu tempo oportuno, não permitindo que uma infeliz divisão existisse entre nós neste ponto.” Ele afirmou ainda: “Não parece ser desejo do Senhor ensinar Seu povo em questões bíblicas através do dom do Espírito até que Seus servos tenham diligentemente pesquisado a Palavra. Quando isso foi feito com respeito ao assunto do tempo de início do sábado e a maioria estava convencida, contudo alguns estavam em perigo de permanecer em desarmonia com o corpo da igreja neste assunto, então, sim, então, era o tempo certo para Deus demonstrar Sua bondade através da manifestação dos dons do Seu Espírito na realização dessa obra.”7

Sem a lente profética, algumas disputas doutrinárias naquelas primeiras fases de desenvolvimento teriam desfeito o Movimento por estarem em desarmonia.

OS ANOS DE ORGANIZAÇÃO — 1860 A 1863

Nos primeiros anos de desenvolvimento, os pioneiros se opuseram a qualquer forma de organização eclesiástica. Eles viam a organização como sendo uma “Babilônia”. Em meio a toda essa oposição e contra a sua própria propensão inicial, Ellen White escreveu: “O Senhor tem mostrado que a ordem evangélica tem sido demasiado receada e negligenciada. [...] A formalidade deve ser banida, mas, ao fazê-lo, não deve ser a ordem negligenciada. Há ordem no Céu. Havia ordem na igreja quando Cristo esteve na Terra, e depois que Ele partiu, a ordem foi estritamente observada entre os Seus apóstolos. E agora, nestes últimos dias, quando Deus está levando os Seus filhos à unidade da fé, há mais real necessidade de ordem que jamais antes.”8

Ellen White abordou mais tarde a discussão, dirigindo a atenção para as passagens bíblicas e os seus antecedentes históricos. Ela argumentou: “A ordem que foi mantida na primitiva igreja cristã, possibilitou-lhes avançarem firmemente como bem disciplinado exército, vestido com a armadura de Deus.”9 Depois disso, ela colocou a lente profética em Atos 15, para levar ao ponto inicial sobre a importância da organização. Ela também citou 1 Coríntios 14:33: “Pois Deus não é Deus de desordem, mas de paz. Como em todas as igrejas dos santos”,10 e aplicou a instrução de Paulo aos tempos modernos: “Ele [Deus] requer que o método e a ordem sejam observados na administração dos negócios da igreja hoje, não menos do que o foram nos antigos tempos. Deseja que Sua obra seja levada avante com proficiência e exatidão, de modo que possa pôr sobre ela o selo de Sua aprovação.”11

Assim, o papel de Ellen White como uma lente profética em assuntos de organização da igreja é um bom exemplo de como os seus escritos são relevantes em situações em que não existe um “assim diz o Senhor”. Em tais áreas, para ajudar a orientar a igreja, os princípios das Escrituras podem ser extraídos com a ajuda dos escritos de Ellen White.

A CRISE DOUTRINÁRIA DE 1888

Considere outra área fundamental: a crise doutrinária ocorrida na sessão da Associação Geral de Minneápolis, em 1888. Nessa época, a igreja aceitava bem os conselhos de Ellen White. A liderança tinha confiança em sua orientação. Alguns até imaginavam que poderiam manipular o dom da profecia para satisfazer seus desejos. Ao procurar entender os acontecimentos que levaram à realização da Associação Geral de 1888, George Knight observa como George Butler, então presidente da Associação Geral, tentou colocar Ellen White do seu lado em relação ao debate sobre a lei em Gálatas, se era a lei cerimonial ou moral. Ele queria resolver esse assunto suprimindo duas fortes vozes que pairavam no horizonte teológico da igreja, com relação ao tema da justificação pela fé. E. J. Waggoner e A. T. Jones estavam apresentando a mensagem da justificação pela fé com tanta ênfase, que os líderes da igreja, entre eles, George Butler e Uriah Smith, opuseram-se com base no argumento de que o tema iria eclipsar o sábado. Ellen White, no entanto, deu a orientação de que os dois jovens tinham uma mensagem que a igreja precisava ouvir.12 Ela também dirigiu a mente dos pastores para o estudo da Bíblia.13

Ellen White não se pronunciou quanto à lei em Gálatas porque Deus a dirigiu de forma diferente. Ela incentivou os pastores a estudarem as Escrituras por si mesmos. George Knight observa que “Butler e seus colegas procuraram resolver a questão da interpretação bíblica confiando na autoridade de Ellen White. Ela, porém, recusou essa conduta e dirigiu repetidamente a denominação para a Bíblia como a única autoridade válida para resolver as questões de interpretação bíblica. Ela se recusou a permitir que seus escritos servissem de base para resolver a questão da lei em Gálatas.”14 Assim, a experiência de 1888 traz uma lição importantíssima para o nosso tempo: ver Ellen White como uma lente para as Escrituras não dispensa o estudo minucioso da Palavra de Deus.

1901-1903 A REORGANIZAÇÃO

Considere este outro caso: em 1o de abril de 1901, durante a sessão da Associação Geral, foi realizada uma reunião na biblioteca do Colégio de Battle Creek. A natureza da discussão não é clara, a não ser pelo fato de que uma pequena comissão decidiu convidar Ellen White “para estar presente e colocar diante de nós [membros da comissão] qualquer luz que ela pudesse ter para nós”.15 Deus havia mostrado aos líderes da igreja naquela época que as mensagens enviadas por meio de Ellen White eram tanto para o benefício da igreja em geral, como também para aqueles que eram os destinatários de testemunhos específicos. Nessa ocasião, não havia nenhuma agenda sobre a mesa, e Ellen White foi convidada a falar à comissão e trazer alguma luz sobre os temas em questão (embora não explicitados). Ela começou por aconselhá-los sobre a necessidade da descentralização. Isso levou à reorganização da Igreja Adventista do Sétimo Dia, entre 1901 e 1903, em consonância com o seu conselho. Podemos aprender com essa fase da história da Igreja que Ellen White também deu conselhos de natureza prática, abordando várias áreas da experiência cristã, como os relacionamentos, o casamento, e mesmo sobre os temas polêmicos do momento, como a liberdade religiosa e o racismo. Quando tiradas do seu contexto original, porém, é provável que haja um mal-entendido e má aplicação das suas mensagens. O contexto continua sendo uma lente importante para assegurar uma clara visão.

DE 1915 ATÉ O PRESENTE

Ellen White faleceu em 16 de julho de 1915. Desde então, tem havido uma série de avanços sobre como devemos nos relacionar com seus escritos. Antes de 1915, se houvesse alguma coisa que necessitasse ser esclarecida, a pessoa falava diretamente com Ellen White. Antes da sua morte, em seu testamento, ela constituiu uma equipe de fideicomissários para atuarem como guardiães do legado que ela estava deixando: todos os seus escritos, que compreendiam os livros, cartas, manuscritos, diários, panfletos, artigos de jornal e objetos. Hoje, temos a maioria desses documentos que podem ser acessados on-line e em compilações. Essa riqueza de luz profética ainda atua como uma lente para ampliar as Escrituras até o nível em que Ellen White a possuía. Podemos explorar esse tesouro e ter as nossas necessidades de orientação atendidas em inúmeras áreas.

Iniciamos este artigo com uma história do Antigo Testamento. O papel profético de Hulda não era fazer um estudo do Livro da Lei, mas ampliá-lo e aplicá-lo para o seu tempo. Sua mensagem a Josias previa e exigia a leitura e compreensão do Livro da Lei. Há provas claras de que o rei compreendeu a sua mensagem e respondeu a ela adequadamente.

Vemos um padrão semelhante na experiência de Ellen White. Foram-lhe dadas mensagens que confirmavam ou traziam luz aos primeiros adventistas quando estes ainda estavam presos a algum ponto sem terem uma clara compreensão sobre o assunto. O papel de Ellen White era o de confirmar, em vez de iniciar nas doutrinas. O seu ministério foi sempre apontar para as Escrituras e para Cristo, que é a mais clara revelação do amor de Deus e de Seu carácter. Seus escritos têm atuado como uma lente para a compreensão da Bíblia, de seus princípios e de como eles podem ser aplicados para o nosso tempo.

 

*Mxolisi Michael Sokupa PhD pelo Adventist International Institute of Advanced Studies, Filipinas; DTh pela Universidade de Stellenbosch, África do Sul, é diretor associado do Ellen G. White Estate na Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia, Silver Spring, Maryland, EUA. E-mail: SokupaM@gc.adventist.org.

 

Citação Recomendada

Mxolisi Michael Sokupa , “Os escritos de Ellen G. White uma lente profética para o nosso tempo,” Diálogo 33:1 (2021): 17-20

 

NOTAS E REFERÊNCIAS

1. As referências bíblicas citadas neste artigo, a menos que de outra forma indicado, são creditadas à Nova Versão Internacional da Bíblia Sagrada

2. A maioria dos historiadores da história religiosa americana reconhecem Miller como um personagem influente que, juntamente com outros, inaugurou uma nova era do zelo milerita nas décadas de 1830 e 1840. Miller predisse que a Segunda Vinda de Jesus ocorreria por volta de outubro de 1844. Ver Susan Juster, Doomsayers: Anglo-American Prophecy in the Age of Revolution (Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2003), p. 213.

3. Ellen White, Primeiros Escritos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1988), xvi.

4. _________, Mensagens Escolhidas, Vol. 1 (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1985), p. 207.

5. _________, Primeiros Escritos, xxiii.

6. Ver James White, “Time to Commence the Sabbath”, Advent Review and Sabbath Herald 31:11 (25 de fevereiro de 1868), p.168.

7. Ibid.

8. White, Primeiros Escritos, p. 97.

9. _________, Atos dos Apóstolos (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1986), p. 95.

10. Ibid.p. 96

11. Ibid. Ver também Capítulo 19, páginas 188-200.

12. George Knight, “General Conference of 1888”, The Ellen G. White Encyclopedia, Denis Fortin e Jerry Moon, eds. (Hagerstown, Md.: Review and Herald, 2013), p. 836.

13. Ellen G. White, Carta 13, 1888, para E.P. Daniels, 3 de julho de 1888.

14. Knight, “General Conference of 1888”, The Ellen G. White Encyclopedia, p.837.

15. Ellen G. White, Ms 43a, 1901 (1o de abril, 1901), “Elder A. G. Daniells in the Chair...”

 

FONTE: Revista Diálogo Universitário

sábado, 24 de abril de 2021

O MAIOR MISTÉRIO DO UNIVERSO


 Ricardo André

Há muitos mistérios no mundo e no Universo não resolvidos mesmo com a ajuda da ciência, tecnologia e pesquisa. Embora possamos querer explicações lógicas para esses acontecimentos misteriosos, a partir de agora teremos que nos contentar com meras especulações. Por exemplo, qual é o tamanho do Universo? Será que o Universo é infinito? A distância do “fim” do Universo observável é de 46 bilhões de anos luz, mas isso não significa que ele acaba por ali, já que está em constante expansão. Por que a água de Marte secou? Já foi descoberto que o planeta mais próximo da Terra já teve água em algum momento, mas o motivo de ela ter sumido ainda é um mistério. As teorias mais aceitas são a de um evento cataclísmico, como o impacto de um meteoro, que teria feito com que a maior parte da atmosfera do planeta fosse “jogada” para o espaço, e a de que os ventos solares teriam sido os responsáveis por varrer a água de Marte. 

Existe vida fora da Terra? Um dos maiores mistérios da humanidade é se nós estamos sozinhos no Universo. Tem gente que não apenas acredita que existem alienígenas, mas também que eles nos visitam e nos observam.

Desde tempos antigos, a morte é um mistério. Muitos se perguntam: O que acontece quando uma pessoa morre? Para onde vai uma pessoa que morre? Existe vida além-túmulo? Esse mistério tem mexido com a imaginação humana. Histórias e mitos complexos foram criados para desenhar mundos e dimensões além da sepultura. Em razão disso, inúmeras tradições passaram a compor o pensamento popular, especialmente em torno da crença na reencarnação e na imortalidade da alma.

Contudo, neste artigo queremos falar sobre o maior de todos os mistérios do Universo: O plano da salvação. Este é um mistério que mal podemos começar a entender. O apóstolo Paulo fala desse mistério ao escrever: “Não há dúvida de que é grande o mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória” (1Tm 3:16, NVI). Aos efésios escreveu: “Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho” (Ef 6:19, NVI). Mistério, é termo usado por Paulo para se referir ao “propósito de Deus de salvar judeus e gentios para o reino dos céus” (Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 671). Para falar deste grande mistério de nossa piedade, Jesus, Paulo cita o “fragmento de hino ou de profissão de fé litúrgica” (Bíblia de Jerusalém, p. 2228). O hino apresenta a imensurável grandeza de Cristo. Indubitavelmente, Paulo fora escolhido por Deus para ter a honra de ser um dos portadores desse mistério “que esteve oculto durante séculos e gerações” (Cl 1:26; Ef 3:3). Que mistério move nossa piedade, amor fervoroso e reverência para com Deus?

Em que consiste o mistério do evangelho?

O mistério da graça de Deus consiste no fato de o Criador do Universo ter Se humilhado para Se revestir da humanidade, vivido em trabalho árduo e sofrimento, apenas para morrer em nosso favor, em sacrifício pelo pecado, a fim de nos perdoar e mostrar misericórdia, e este é o mistério que esteve oculto desde a eternidade e em todos os séculos e gerações, em Isaías 9:6 traz a profecia deste acontecimento imensurável, “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (NVI). O mistério parece o maior de todos, porque está conectado com a nossa redenção eterna. Não poderia ter havido salvação do pecado pela morte vicária, se Deus não tivesse se tornado encarnado. O pecado não é removido, exceto por uma expiação, nem poderia qualquer pessoa ter sido suficiente para expiar, senão alguém de natureza semelhante à daqueles que haviam ofendido. Por um homem veio a morte, por um homem também deve vir a ressurreição. Jesus aparece como Homem para salvar o Seu povo dos seus pecados, tomando os pecados de Seu povo sobre Si, e oferecendo uma propiciação por eles. Que visão maravilhosa foi a do Redentor morrendo! “Assumindo a natureza humana Cristo elevou a humanidade. Os homens caídos são colocados na posição em que, mediante a conexão com Cristo, podem na verdade tornar-se dignos de serem chamados ‘filhos de Deus’” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 15). 

A história da redenção sempre me impressionou. Cada vez que medito e estudo nessa história fico bastante emocionado, e meu coração enche-se de alegria e gratidão a Deus, porque na cruz vejo todos os meus pecados punidos na Pessoa do Deus encarnado, e ouço a voz que diz: “Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8:1, NVI). Esse mistério é tão grande que Ellen G. White afirmou que essa verdade impressionará o coração dos seres criados por Deus por toda a eternidade. Ela escreveu:

“Os anjos desejam examinar atentamente o tema da redenção; será a ciência e o cântico dos remidos por todos os incessantes séculos da eternidade. Não seria ele digno de atenta consideração e estudo agora? O assunto é inesgotável. O estudo da encarnação de Cristo, de Seu sacrifício expiatório e obra mediadora, ocupará a mente do diligente estudante enquanto o tempo durar; e contemplando o Céu com seus inumeráveis anos, exclamará: ‘Grande é o mistério da piedade!’” (Minha Consagração Hoje, p. 360).

Ela ainda escreveu esse impressionante pensamento: “Os homens mais talentosos da Terra poderiam todos encontrar abundante aplicação, de agora em diante até o juízo, para todas as suas faculdades dadas por Deus, exaltando o caráter de Cristo. Mesmo ainda seriam incapazes de apresentá-Lo como é. Os mistérios da redenção, que abrangem o caráter divino-humano de Cristo, Sua encarnação, Sua expiação pelo pecado, poderiam ocupar as penas e as mais elevadas faculdades mentais dos homens mais sábios, desde agora até que Cristo se revele nas nuvens do Céu com poder e grande glória. No entanto, se esses homens procurassem com todas as suas forças fazer uma representação de Cristo e de Sua obra, essa representação ficaria muito aquém da realidade. [...] O assunto da redenção ocupará a mente e língua dos remidos pelos séculos eternos. O reflexo da glória de Deus resplandecerá para todo o sempre da face do Salvador” (Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 1244).

O mistério de Jesus, que era Deus (Jo 1:1-3), manifestado em carne foi pedra de tropeço para muitos judeus da época. Eles, com a mente terrena, nunca poderiam entender como Jesus, sendo homem, poderia ser Deus, por isso disseram:Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus" (Jo 10:33, NVI).

A maioria dos judeus contemporâneos de Jesus não conseguiram compreender essa verdade eterna e sublime. Mas, nós sabemos que Jesus é o Deus encarnado, que veio revelar o caráter amoroso de Deus Yahweh. Mas, para além disso, Ele veio redimir a humanidade por meio de Sua morte sacrifical. Esta é a verdade fundamental do evangelho.

O incomensurável amor de Deus: não compreendemos plenamente

O que explica Deus ter deixado o Céu, assumido a natureza humana, ter vivido sobre a Terra uma vida de intenso serviço, suportando todo tipo de críticas e humilhações, sem revidá-las e morrendo de forma vergonhosa e dolorosa sobre a cruz pela humanidade pecadora? O amor! Não há outra explicação. O apóstolo Paulo afirmou: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5:8, NVI). Esse é o meu Deus. Cristo morreu por nós, mesmo sendo nós ainda pecadores. Ele morreu a nossa morte para que recebêssemos a vida eterna que a Ele pertencia. Quando éramos Seus inimigos, Ele era nosso amigo. Quando voltamos as costas para ele, Ele volta o Seu rosto para nós. A glória de Sua graça é que Ele aceita o inaceitável, perdoa o imperdoável e ama a quem não merece ser amado.

Esse pensamento é captado de modo maravilhoso por Ellen G. White: “Esse amor é incomparável. Filhos do Rei celeste! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação! O inigualável amor de Deus por um mundo que não O amou! Esse pensamento exerce um poder que domina a alma e torna o entendimento ligado à vontade de Deus” (Caminho a Cristo, p. 15).

Isso é algo que nós, mortais, não compreendemos. Por que deveria Deus amar-nos tanto a ponto de enviar Seu próprio Filho ao mundo, sabendo que homens maus O rejeitariam, O perseguiriam e finalmente O pregariam à cruz? A cruz não existe mais, porém o amor permanece.

O apóstolo João, uma das testemunhas junto ao Calvário escreveu posteriormente que “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16, NVI).

Esse verso se tornou o mais conhecido e mais querido das Sagradas Escrituras e se aplica a você, caro amigo leitor, seja quem você for – ateu, cético, membro morno da igreja, mãe frustrada, esposa deprimida, marido zangado ou cristão dedicado. O amor de Deus e de Jesus, Seu Filho, pode mudar sua vida. Hoje!

É somente quando começarmos a compreender esta grande verdade do amor de Deus que nossa mente será profundamente impressionada, levando-nos a uma completa modificação da nossa vida. Portanto, quando nos conscientizarmos de que o nosso Deus verdadeiramente nos ama com cada vibra do Seu Ser, seremos todos transformados à sua semelhança. É o amor de Deus que toca nossa vida.

Ellen G. White fala de forma encantadora sobre o incomensurável amor de Deus ao escrever: “Todo o amor paterno que passou de geração a geração através do coração humano, todas as fontes de ternura que romperam no coração humano, não são mais que um pequeno regato para o oceano infinito, inesgotável de Deus. A língua não o pode narrar; a pena não pode descrever. Você pode meditar nele cada dia de sua vida; pode estudar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; pode fazer uso de toda energia e habilidade que Deus lhe tenha dado, esforço de compreender o amor e compaixão do Pai Celestial; ainda assim, há um infinito à frente. Você pode estudar esse amor por séculos, mas nunca poderá compreender plenamente o comprimento e a largura, a profundidade, do amor de Deus, ao dar Seu Filho para morrer pelo Mundo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 740).

Não consigo resistir a esse amor. Há 36 anos me rendi a ele, quando em gratidão, entreguei minha vida ao meu Salvador através do batismo, no dia 17 de agosto de 1985, na Igreja Adventista do Sétimo Dia do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Era ainda uma criança com apenas 12 anos de idade, mas com uma firme convicção de que estava tomando a melhor decisão da minha vida, e de que Cristo estava conduzindo minha decisão. Aquele foi um dia muito feliz para mim, que marcou indelevelmente minha vida. Nunca me arrependi da decisão que tomei naquele ano.

Caro amigo leitor, não quer você receber em sua vida o toque do amor de Deus para a transformação de sua vida? Você só precisa ir ao encontro de Jesus quando Ele te chama, vinde a mim. Quando Jesus nos chama é porque ele quer derramar sobre nós do seu amor transformador. Não quer você responder ao amor de Deus, tendo em vista o que Ele já fez, entregando-se inteiramente e sem reserva a Ele? Faça isso hoje!

sexta-feira, 16 de abril de 2021

ONDE CAIM ENCONTROU ESPOSA?


 Michael G. Hasel

E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque. Caim edificou uma cidade e lhe chamou Enoque, o nome de seu filho (Gn 4:17).

A menção da esposa de Caim parece criar um problema. De onde ela surgiu assim de repente? Aos primeiros habitantes da Terra, obviamente, não restava outra escolha a não ser se casarem com seus irmãos e suas irmãs. Esse costume levanta a questão de saber se Deus queria, desde o início, que o incesto servisse como meio de os primeiros seres humanos cumprirem a ordem para serem fecundos, multiplicarem-se e encherem a Terra (Gn 1:28).

O casamento entre parentes próximos

Adão e Eva, de fato, tiveram outros filhos e filhas (GN 5:4), com os quais Caim e Abel devem ter se casado.1 Essa prática era inevitável na segunda geração. Na terceira geração, era possível o casamento entre primos de primeiro grau; e na quarta geração, com primos de segundo grau. Visto que Adão e Eva saíram perfeitos das mãos do Criador, não existia o perigo de defeitos congênitos pela procriação consanguínea nessa fase da história humana, apesar da entrada do pecado.

Mesmo muito tempo depois do dilúvio, constatamos que Abraão se casou com sua meia-irmã Sara. Durante a permanência dos filhos de Israel no Egito, era comum na família real egípcia haver casamentos entre irmãos e irmãs. No tempo de Moisés, por exemplo, durante a 18ª dinastia, Hatshepsut se casou com seu meio-irmão Tutmés II. Sabemos que, entre os israelitas, Anrão, pai de Moisés, casou-se com uma jovem tia, irmã de seu pai, por nome Joquebede (Êx 6:20). Essas culturas antigas viam o casamento de maneira diferente da nossa.

No entanto, depois que Deus tirou os israelitas do Egito e os separou como reino de sacerdotes e nação santa (Êx 19:6; Lv19:2), Israel recebeu as leis que disciplinavam todas as formas de incesto ((Lv 18:7-17; 20:11, 12, 14, 17, 20, 21; Dt 22:30; 27:20, 22, 23). Embora tais práticas fossem comuns no Egito, os israelitas em sua nova pátria deviam evitar esses costumes das sociedades pagãs. Levítico 18:6 proíbe relações sexuais com parentes próximos, como mãe, pai, madrasta, irmã, irmão, meio-irmão, neta, nora, genro, tia, tio ou cunhada. O que fora permitido por necessidade no passado então foi proibido. Tendo sido chamado a ser uma nação santa, Israel precisava estar à altura dos elevados padrões de conduta moral que o distinguia das nações ao redor. É preciso considerar essas proibições sexuais específicas em função das condições que prevaleciam no Antigo Oriente Médio nessa época. O culto das diversas deusas da fertilidade entre as nações fazia da “entrega do corpo a diversos prazeres sexuais uma obrigação religiosa”.2 Em contrapartida, os israelitas deviam consagrar-se a Yahweh e refletir a santidade divina para as nações ao redor deles (Êx 19:2; Is 49:6).

Conclusão

Apesar de, no início da história humana, o casamento entre parentes ter sido uma necessidade; no momento em que Israel se tornou uma nação, as relações sexuais entre parentes próximos foram proibidas. A razão para essa proibição se devia, sobretudo, ao status especial de Israel como povo santo de Deus. Foi ordenada também porque o perigo de problemas genéticos aumentou com o agravamento dos efeitos do pecado. Esse perigo não existia imediatamente após a criação. Deus criou todas as coisas perfeitas. Embora o risco de problemas genéticos seja hoje extremamente alto, as primeiras gerações de seres humanos não enfrentaram os mesmos riscos biológicos.

 Referência:

1.  Devemos partir do princípio de que a esposa de Caim era uma das outras filhas de Adão (Gn 5:4). Posteriormente, o casamento entre irmãos e irmãs se tornou desnecessário e foi severamente proibido na tradição mosaica (por exemplo, Lv 18:9) (K. A. Mathews, Genesis 1-11:26, The American Commentary [s/p: Broadman and Holman, 2002).

2. A. Noordtzij, Leviticus, Bible Student’s Commentary (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1982), p. 181.

 

FONTE: Interpretando as Escrituras, CPB, p. 118 e 119.

quinta-feira, 1 de abril de 2021

DEMONSTRAR AMOR E BONDADE PARA COM NOSSOS QUERIDOS ENQUANTO ESTÃO VIVOS


Ellen G. White*

Quando a morte reclama um dos nossos, que lembranças nos ficam do tratamento recebido por ele? São os quadros pendurados nas paredes da memória aprazíveis para neles nos determos? São eles recordações de bondosas palavras proferidas, ou de simpatia dispensada ao devido tempo? Repeliram seus irmãos as ruins suspeitas de pessoas intrometidas e indiscretas? Defenderam-lhe a causa? Foram eles fiéis à inspirada recomendação: “Que... consoleis os de pouco ânimo, sustenteis os fracos”? 1 Tessalonicenses 5:14. “Eis que ensinaste a muitos, e esforçaste as mãos fracas.” Jó 4:3. “Confortai as mãos fracas, e fortalecei os joelhos trementes. Dizei aos turbados de coração: Esforçai-vos, não temais.” Isaías 35:3, 4.

Quando aqueles com quem nos associamos na igreja estão mortos, quando sabemos que seu relatório nos livros do Céu está encerrado, e que eles devem enfrentar esse registro no juízo, quais são as reflexões de seus irmãos quanto à atitude que tiveram para com eles? Qual foi sua influência sobre eles? Quão claramente é invocada agora toda palavra áspera, toda ação desavisada! Quão diferentemente se conduziriam, caso tivessem outra oportunidade!

O apóstolo Paulo deu graças a Deus pelo conforto a ele dado na dor, dizendo: “Bendito seja o Deus e Pai... de toda a consolação; que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus.” 2 Coríntios 1:3, 4. À medida que Paulo sentia o conforto e calor do amor de Deus penetrando em seu coração, refletia a bênção sobre os outros. Disponhamos de tal maneira nossa conduta, que os quadros pendurados nas paredes de nossa memória não sejam de tal sorte que não suportemos refletir sobre eles.

Depois que aqueles com quem convivemos estiverem mortos, jamais haverá oportunidade de retirar qualquer palavra a eles dirigida, ou de apagar da lembrança qualquer dolorosa impressão. Atentemos, pois, para os nossos caminhos, para que não ofendamos a Deus com nossos lábios. Seja afastada toda frieza e desinteligência. Abrande-se o coração em ternura diante de Deus, ao Lhe recordarmos o misericordioso trato para conosco. Permitam que o Espírito de Deus, qual chama santa, consuma todo lixo empilhado à porta do coração, e deixem Jesus entrar; então, Seu amor fluirá para os outros por nosso intermédio em ternas palavras, e pensamentos e ações. Então, se a morte nos separar de nossos amigos, para não mais nos encontrarmos até que nos achemos perante o tribunal de Deus, não nos envergonharemos ao ver aparecer o registro de nossas palavras.

Quando a morte cerra os olhos, e as mãos se dobram sobre o peito silencioso, quão pronto mudam os sentimentos de desinteligência! Não há má vontade nem amargura; as desatenções e as injustiças são perdoadas, esquecidas. Quantas palavras de amor são ditas acerca do morto! Quantas boas coisas em sua vida são evocadas! Louvores e boas apreciações são agora francamente expressas; caem, porém, em ouvidos que nada ouvem, coração que já não sente. Houvessem essas palavras sido ditas quando o fatigado espírito tanto delas carecia, quando os ouvidos as podiam escutar e o coração sentir, que aprazível quadro haveria sido deixado na memória! Quantos, ao estarem respeitosos e em silêncio junto a um morto, recordam com vergonha e dor as palavras e atos que causaram tristeza ao coração agora para sempre quieto! Tragamos agora toda beleza, amor e bondade que nos for possível, à nossa vida. Sejamos considerados, agradecidos, pacientes e longânimos em nossas relações uns com os outros. Que os pensamentos e sentimentos que encontram expressão em torno do moribundo e do morto sejam introduzidos no convívio diário com nossos irmãos e irmãs em vida.

*Ellen G. White (1827–1915) foi uma das pioneiras da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Os adventistas acreditam que ela exerceu o dom de profecia bíblico durante mais de 70 anos de ministério ativo.

 

FONTE: Trecho do livro Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 489-490.