Teologia

sábado, 21 de abril de 2018

SINAL DA PROXIMIDADE DO FIM DA HISTÓRIA DO MUNDO


por Ricardo André

Introdução:

Dois dias antes da morte de Jesus (Mateus 26:1-2), quando saíam do templo de Jerusalém, os Seus discípulos chamaram-Lhe a atenção para a magnífica estrutura daquele formidável edifício. Ele então lhes respondeu, afirmando que daquela monumental construção não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derribada. Esta declaração lhes causou espanto e surpresa. Confusos, eles arrazoavam entre si sobre qual poderia ser o significado das palavras do Mestre, que eles não conseguiam penetrar. Pouco depois, Jesus e seus discípulos chegaram ao monte das Oliveiras. Como Jesus fez muitas vezes quando se dispunha a ensinar às pessoas, Jesus se sentou. Um a um, os discípulos ao redor dEle, armaram-se de coragem e perguntaram: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?” (Mt 24:3, NVI).

Em sua resposta Jesus combinou os dois eventos: a destruição de Jerusalém e o fim do mundo. Mas os colocou em uma correta perspectiva. Possivelmente, eles não estavam preparados e nem iriam compreender a demora e tudo que estava relacionado com os eventos futuros e, por isso, não separou os eventos, imediatos e futuros, que antecederão a Sua vinda. Portanto, no capítulo 24 de Mateus, Ele enumerou os sinais ou os acontecimentos que precederiam a destruição de Jerusalém e a Sua vinda, isto é, a Sua vinda para reinar. A destruição de Jerusalém prefigurava a destruição deste sistema de coisas que será ocasionada pelo grande dia de Deus no tempo do fim, quando Jesus vier destruir os ímpios e trasladar Seu povo confiante.

Do mesmo modo que advertiu os discípulos do que poderiam esperar antes da queda de Jerusalém, Jesus nos deu alguns vislumbres dos eventos e situações que podem ser esperados antes que Ele volte. Quer habilitar-nos a conhecê-Lo e a confiar nEle, para que, como as cinco virgens prudentes e os dois homens que usaram as boas novas com outros e a saudá-Lo com alegria no dia de Sua voltar.

I. Sinais de Aviso Gerais antes da Destruição de Jerusalém

A escritora cristã Ellen G. White descortina em sua obra prima O Grande Conflito os acontecimentos relacionados com estas tragédias que aconteceram no passado e que acontecerão no futuro, no fim do mundo. Com base na obra A História dos Judeus, de Henry Hart Milman, conta o que ocorreu em Jerusalém nos dias que antecederam sua destruição.

“Apareceram sinais e prodígios, prenunciando desastre e condenação: Ao meio da noite, uma luz sobrenatural resplandeceu sobre o templo e o altar. Sobre as nuvens, ao pôr-do-sol, desenhavam-se carros e homens de guerra reunindo-se para a batalha. Os sacerdotes que ministravam à noite no santuário, aterrorizavam-se com sons misteriosos; a terra tremia e ouvia-se multidão de vozes a clamar: “Partamos daqui!” A grande porta oriental, tão pesada que dificilmente podia ser fechada por uns vinte homens, e que se achava segura por imensas barras de ferro fixas profundamente no pavimento de pedra sólida, abriu-se à meia-noite, independente de qualquer agente visível. Durante sete anos um homem esteve a subir e descer as ruas de Jerusalém, declarando as desgraças que deveriam sobrevir à cidade” (O Grande Conflito, p. 29, 30).

II. Sinal de Aviso Especial (Lc 21:20, 21)

Mesmo em meio à desolação, o Senhor procura livrar todos os que querem ser salvos. Jesus disse aos Seus discípulos que fugissem antes que a abominação (a destruição de Jerusalém) fosse posta: “Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a sua devastação está próxima. Então os que estiverem na Judéia fujam para os montes, os que estiverem na cidade saiam, e os que estiverem no campo não entrem na cidade. Pois esses são os dias da vingança, em cumprimento de tudo o que foi escrito” (Lucas 21:20-22, NVI). A primeira tentativa romana de tomar Jerusalém foi feita pelo general Céstio Galo. Ele sitiou a cidade no ano 66 d. C. Por razões desconhecidas, “quando a cidade estava a ponto de cair”, diz Flavio Josefo, “retirou seu exército e os soldados judeus o perseguiram”.

Ellen G. White afirma: “Os sitiados, perdendo a esperança de poder resistir, estavam a ponto de se entregar, quando o general romano retirou suas forças sem a mínima razão aparente” (Idem, p. 30). Nesse momento, a saída da cidade ficou totalmente viável e os cristãos aproveitaram a oportunidade para fugir. Diz Ellen G. White:

“Os acontecimentos foram encaminhados de tal maneira que nem judeus nem romanos impediriam a fuga dos cristãos. Com a retirada de Céstio, os judeus, fazendo uma surtida de Jerusalém, foram ao encalço de seu exército que se afastava; e, enquanto ambas as forças estavam assim completamente empenhadas em luta, os cristãos tiveram ensejo de deixar a cidade” (Idem).

O Comentário Bíblico Adventista informa que todos os cristãos judeus que fugiram de Jerusalém foram para “Pela, uma cidade no sopé a leste do rio Jordão, cerca de 30 km ao sul do mar da Galileia” (CBA, v. 5, p. 533).

Destruição de Jerusalém pelo general romano Tito. Na primavera do ano 70 d. C., ocorre novamente o cerco a Jerusalém sob o comando do general romano Tito. Quando isso aconteceu, voltaram as atrocidades da guerra. Fome, ódio, rancores, traições, sofrimentos, paixões; toda sorte de desgraças humanas e demoníacas entraram em ação. Flavio Josefo informa o caso de Maria, filha de Eleazar, uma mulher rica que vivia na Peréia. O cerco a apanhou em Jerusalém. Sofreu a fome de maneira tão desastrosa, que assou a metade de seu bebê de peito e o comeu. Por causa da fome, muitas pessoas saíram da cidade procurando algo para comer. Foram tomados prisioneiros e crucificados em frente da cidade, para aterrorizar seus habitantes e forçá-los a se rederem. Tomaram 95 mil prisioneiros naquele dia.

Ellen G. White afirma: “Nenhum cristão pereceu na destruição de Jerusalém. (...) O sangue corria como água pelas escadas do Templo. (...) O morticínio, do lado de dentro, era até mais terrível do que o espetáculo visto fora. Homens e mulheres, velhos e moços, rebeldes e sacerdotes, os que combatiam e os que imploravam misericórdia, eram retalhados em indiscriminada carnificina. O número de mortos excedeu ao dos matadores. Os legionários tiveram de trepar sobre os montes de cadáveres para prosseguir na obra de extermínio.” (...) No cerco e morticínio que se seguiram, pereceram mais de um milhão de pessoas; os sobreviventes foram levados como escravos, como tais vendidos, arrastados a Roma para abrilhantar a vitória do vencedor, lançados às feras nos anfiteatros, ou dispersos por toda a Terra como vagabundos sem lar. (...) (Idem, p. 30, 33 e 35).

Duplo sentido de Mateus 24. Cristo misturou Sua descrição da destruição de Jerusalém com a dos eventos prevalecentes no mundo antes de Sua segunda vinda. “A profecia que Ele proferiu era dupla em seu sentido: ao mesmo tempo em que prefigurava a destruição de Jerusalém, representava igualmente os terrores do último grande dia” (Idem, p. 25).

Há um impressionante paralelismo entre os sinais que precederam a destruição de Jerusalém e os sinais que indicam a proximidade do fim do mundo. Vejamos:

Na destruição de Jerusalém, uma luz sobrenatural surgiu no céu a meia noite. Na destruição do mundo, trevas sobrenaturais veio ao mundo ao meio dia, no dia 19 de maio de 1780. Esse fenômeno assustou os moradores do Norte dos EUA. As pessoas relataram uma “Grande Escuridão”. O Sol sumiu quase de repente e o meio-dia transformou-se em meia-noite. Tudo ficou escuro e tenebroso. Na destruição de Jerusalém surgiu desenhos espetaculares nas nuvens. Na destruição do mundo, o correu a maior chuva de meteoros de toda história, no dia 12 de novembro de 1833. Durante horas, literalmente milhares de “estrelas cadentes” caíram a cada minuto.

Foi como se todo o céu estrelado estivesse desabando. As testemunhas estavam principalmente da costa leste do país até o sul da Flórida. Na destruição de Jerusalém, ocorreu tremores de terra. Na destruição do mundo, ocorreu o terremoto de Lisboa, em 1 de novembro de 1755. Destruiu Lisboa e atingiu três continentes. Foi apontado pelo geólogo J. Nurse como o maior terremoto da História. Esses três fenômenos anunciam a chegada do tempo do fim. Eles são o cumprimento da profecia do profeta Joel: “O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue; antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Joel 2:31, NVI). Jesus também profetizou esses sinais cósmicos, ao dizer: "Imediatamente após a tribulação daqueles dias ‘o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu, e os poderes celestes serão abalados’” (Mateus 24, NVI). E João, no Apocalipse, declarou, ao contemplar em visão as cenas que anunciam o dia de Deus: “Observei quando ele abriu o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tornou-se vermelha como sangue, e as estrelas do céu caíram sobre a terra como figos verdes caem da figueira quando sacudidos por um vento forte” (Apocalipse 6:12,13, NVI). Na destruição de Jerusalém, ocorreu o milagre do portal oriental, que abriu-se sozinha a meia noite. Na destruição do mundo, surge os movimentos neopentecostais operando milagres. Na destruição de Jerusalém, aparece um homem desconhecido pregando sete anos a destruição vindoura. Na destruição do mundo, surge o Remanescente Fiel, pregando a Tríplice Mensagem Angélica (Ap. 14:6-12), há 174 anos. Na destruição de Jerusalém Deus deu um aviso especial: o cerco de Jerusalém pelo general Céstio Galo. Na destruição final do mundo, Deus também nos deu um aviso especial: O decreto dominical (Ap 13:11-18).

III. Cerco de Jerusalém e o Decreto Dominical: Sinais Especiais de saída das cidades

Para além do fim de Jerusalém e da nação judaica, Deus deu um sinal para Seu povo que estarão vivendo os últimos dias da história desse mundo. Ao verem esse sinal, o fiel povo de Deus deveria sair das grandes cidades, por conta da intolerância religiosa prevalecente nessa época. Note o que diz Ellen G. White:

“Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 166).

“O grupo dominical está se fortalecendo em suas falsas pretensões, e isso significará opressão aos que decidem observar o sábado do Senhor. (…) Devemos ter o cuidado de não nos colocarmos no lugar em que se torne difícil a nós e nossos filhos guardarmos o sábado. (Vida no Campo, pág. 30).

Agora, prestemos bastante atenção nesta outra citação de Ellen G. White, pois nele está contido um sinal relevante do fim dos tempos.

“Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo” (Idem, p. 151).

Consideremos alguns pontos:

1) “Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus...”

Esta predição de Ellen G. White está em consonância com a profecia de Apocalipse 13:15-17:

“Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”.

Note que o recebimento da marca da besta acontece em torno de um culto falso. Aqueles que se submeterem a essa nova ordem religiosa serão impedidos de comprar e vender e finalmente serão mortos. No futuro bem próximo os Estados Unidos da América do Norte emitirão um decreto que obrigará a todos guardarem o domingo (o falso sábado) e daí as outras nações do mundo seguirão os EUA.

Há mais de cem anos, Ellen White escreveu: “O sábado será a pedra de toque da lealdade, pois é o ponto da verdade especialmente controvertido. Quando sobrevier aos homens a prova final, será traçada a linha divisória entre os que servem a Deus e os que não O servem. Ao passo que a observância do sábado falso em conformidade com a lei do Estado, contrária ao quarto mandamento, será uma declaração de fidelidade ao poder que se acha em oposição a Deus, a guarda do verdadeiro sábado, em obediência à lei divina, é uma prova de lealdade para com o Criador. Ao passo que uma classe, aceitando o sinal de submissão aos poderes terrestres, recebe o sinal da besta, a outra, preferindo o sinal da obediência à autoridade divina, recebe o selo de Deus. [...] Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de execração universal” (O Grande Conflito, p. 605, 615).

Nesse tempo quem guardar o domingo receberá o sinal da besta. E, receber o sinal da besta significará estar perdido para sempre. Os servos fiéis de Deus não aceitarão esta imposição.  Eles irão proclamar em alta voz que o sábado do sétimo dia é o único dia de descanso instituído por Deus desde a Criação e que a guarda do domingo, o primeiro dia, é o sinal da autoridade da “besta”, que reivindica a sua autoria e que é o sinal de sua autoridade. Serão considerados “fundamentalistas religiosos”, extremistas e fanáticos, nocivos à paz mundial. Mas a Bíblia Sagrada os chama de “sábios entre o povo”, aqueles que ensinarão a muitos (Daniel 11:33; 12:3), e que por esta razão serão perseguidos, presos e assassinados (Daniel 11:33 e 12:7; e Apocalipse 13:7 e 15; 14:13). É o que diz a profecia do Apocalipse 13:11-18. Ellen G. White apenas torna essa profecia apocalíptica mais clara.

“Quando a América, o país da liberdade religiosa se aliar com o papado, a fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a imitar-lhe o exemplo” (Eventos Finais, pág. 118). Todos os governos da Terra seguirão o exemplo dos Estados Unidos e também honrarão o papado.

A apostasia nacional da nação americana será seguida de uma ruína nacional. “Quando a nossa nação (americana), em suas assembleias legislativas, promulgar leis que restrinjam a consciência das pessoas quanto aos seus privilégios religiosos, impondo a observância do domingo e exercendo poder opressor contra os que guardam o sábado do sétimo dia, a Lei de Deus será, para todos os efeitos, invalidada em nosso país, e a apostasia nacional será seguida de ruína nacional” (Eventos Finais, pág. 117).

Hoje, nos EUA, as portas ainda estão abertas para se pregar o evangelho publicamente e em particular através de todos os meios disponíveis. Porém, nos bastidores, movimentos estão trabalhando para amenizar a crença na mensagem cristã. A maioria dos estados americanos já possuem leis dominicais, de um tipo ou de outro, e em seus estatutos. O tempo em que esse decreto vai acontecer está mais próximo do que nós imaginamos. Forças ocultas estão trabalhando incansavelmente nos bastidores da vida, para obrigar-nos a prestar culto ao deus deste mundo.

Nunca houve tanta pressão sobre o governo para impor leis religiosas. Muitos líderes de Igreja e políticos estão unificados sobre o assunto muito debatido de legislar o domingo como dia de descanso. Hoje, grandes esforços estão sendo feitos para ganhar influência nos círculos executivo e legislativo do governo federal dos Estados Unidos, a fim de promulgar leis para a observância do domingo como um dia nacional de descanso. O impulso não é abertamente religioso, mas é redigida em uma preocupação com o bem-estar da família americana. Esta atividade está sendo repetido em outras partes do mundo, bem sob o mesmo pretexto.

Os fundamentalistas protestantes uma vez insistiram na separam entre igreja e estado. Agora, organizações religiosas estão pedindo por regulamentos morais apoiados pelo governo. Em cumprimento à profecia vemos a América do Norte começar a ceder seu poder político para impor a religião ao povo.

Veja abaixo um comentário que o teólogo Roy A. Anderson faz sobre esse assunto:

“Com a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos em 1961, declarando que são constitucionais leis estaduais que obriguem o fechamento do comércio aos domingos, foi dado um grande passo para a “santificação do domingo”. Os protestantes por muitos anos têm procurado deliberadamente a imposição do domingo em legislação religiosa, e indiretamente, como legislação social. Ultimamente a voz dos católicos tem sido também ouvida, de modo que protestantes e católicos unam suas forças no sentido de prover um ambiente legal mais favorável para a observância do domingo. Esta decisão prepara caminho para mais e estreitas leis estaduais e finalmente uma lei nacional” (As Revelações do Apocalipse, p. 160, 161).

Há poucos anos, a chamada Moral Majorit (Maoria Moral), um grupo religioso que tentou controlar a política americana, tinha na sua agenda uma ênfase na observância do dia do Senhor (o domingo para eles). Atualmente, um movimento semelhante, a Christian Coalition (Coalizão Cristã), fundada e presidida pelo líder religioso Pat Robertson, tenta influenciar sobretudo o partido republicano. Pat Robsertson é autor do livro intitulado “A Nova Ordem Mundial”. Nele ele afirma:

“Os escravos das galés forçados a trabalhar sete dias na semana se tornam não melhores do que bestas de carga. Grandes civilizações surgem quando o povo pode descansar, pensar e receber inspiração de Deus. Que estupidez de nossa sociedade recusar reconhecer a sabedoria de Deus”. Desde que a exaltação e promessa de recompensa vem da adoração e descanso de um dia, eu decidi tornar meus domingos de acordo com o modelo bíblico” (Citado em Sunday’s Coming [O Domingo Está Chegando], p. 86).

Pat Robertson fala de adoração sem se importar se o dia de adoração é ou não o dia indicado por Deus, e com isso adota um falso sábado, o domingo.

“Mas e aqueles que não adoram no domingo, como os Muçulmanos, Judeus e os Adventistas do Sétimo Dia? David M. Barney, da Trinity Episcopal Church em Concord, MA (EUA), deu sua resposta à seguinte pergunta: “Em vista destas duas considerações, os direitos das minorias e o mandamento da guarda do sábado, que base nós temos para adotar o domingo como uma lei?” Ele respondeu: “Na América, o domingo permanece como o dia comum de descanso para qualquer alternativa. Naturalmente  ele  é  adotado  pela maioria dos cristãos, mas outras comunidades religiosas ou não religiosas, têm que se adaptar, gostem ou não. Eu não posso imaginar uma lei que tenha dois ou mais dias de descanso. Desde que temos que escolher um dia de modo que toda comunidade desfrute juntos, não vejo outra alternativa senão o domingo.” (G. Edward Reid, Sundays‟s Coming, pág. 87).

A Christian Coalition of América-CC (Coalisão Cristã da América), a Christian Churches Together-CCT (Igrejas Cristãs Juntas) e a Catholic Campaign for América-CCA (Campanha Católica Pela América) desenvolveram uma agenda de dez itens para a América, que eles desejam implementar a nível federal e de Estado por meio de leis. Essas intenções de emendas foram recentemente ajustadas, na Fuller Theological Seminary, em primeiro de março de 2007. A maioria deles visam defender princípios que são importantes para os cristãos, tais como casamentos apenas entre homens e mulheres, orações públicas, referências a Deus no voto da aliança, assim como em moedas e notas de dinheiro, integridade judicial, o direito de andar armado, etc. Mas, ironicamente, o sétimo item dessa lista de dez pontos, diz: 'Ao longo de toda terra, um dia nacional de descanso será honrado por governos, indústrias manufatureiras e comércios em geral'.

O Site da Campanha presidencial de Obama apoia a Lei Dominical. Veja que interessante relato abaixo encontrado no site da campanha de Barack Obama, no ano de 2008. Vale ressaltar aqui que não se trata de nenhuma manifestação oficial do então presidente dos EUA. Reproduzimos o texto para mostrar como os argumentos para a imposição das leis dominicais são reais, sutis, ardilosos e como eles podem ser facilmente aceitos, especialmente amparados na questão ecológicas, econômica e social.

“Conservação de energia e América Globalizada

 “Houveram muitas mudanças nos últimos 100 anos. Não temos visto apenas as atividades das gangues crescerem juntamente com os crimes, mas também o temos no consumo de energia. A outra alteração que eu percebi foi a revogação das “Leis Dominicais” em todo os Estados Unidos.

“Originalmente, as leis dominicais foram instauradas para se certificar de que as pessoas não tivessem de escolher entre o trabalho e a igreja. Muitas vezes, a nobreza se utilizaria de atrativos financeiros para os religiosos chefes de famílias, afim de obrigá-los a trabalhar, para assim aumentar seus próprios ganhos financeiros. Isso foi injusto para com aqueles que precisavam de dinheiro, que temiam perder os seus próprios meios de apoio, e que sem uma lei proibindo as pessoas de trabalhar (embora não creio que se aplicava a você trabalhar para o seu próprio negócio), seriam mais sobrecarregadas.

“Eu tenho que perguntar se não haviam mais benefícios com isso. Em primeiro lugar, em as empresas não sendo abertas, os seus filhos não teriam para onde ir para entretenimento. Pais teriam pelo menos 1 dia que poderiam passar com a família e amigos sem ter de alinhar trabalho horários. Diminuição do uso do gás em toda o quadro. Menos crime (uma vez que os pais estão em casa aos domingos, não há nenhuma razão para não manter os olhos neles.) Menos pessoas sem teto implorando na rua (Uma vez que não existem pessoas para pedir). Menos Polícia seria necessária (em todo caso… Eles poderiam trabalhar na base do “Chame se necessário” para que eles também pudesse ser capazes de passar algum tempo com a família). Vizinhos teriam tempo para se conhecerem uns aos outros. Quão bem você conhece seus vizinhos agora? Vocês tiveram alguns churrascos? Agora, eu suponho que a maioria das pessoas que podem ter churrascos, saem apenas com pessoas de “colarinho branco”, independentemente do bairro onde vive. Nosso horário de trabalho pode determinar com que classe você se relaciona e endurecer ainda mais as divisões”.

“Então, talvez devêssemos considerar adotar uma lei dominical. Nem para restringir as pessoas de trabalhar, mas para dar liberdade para aqueles que não podem escolher. E imagine os impostos em dólares que seriam economizados?

“Problema é, que não acredito que isso seria aceitável, em Washington e estados que cobram um imposto sobre o rendimento. Essa é a verdadeira razão pela qual as leis dominicais foram abolidas. As pessoas poderiam ser forçados a trabalhar mais dias, alguns trabalhadores a tempo parcial sem seguros” (https://my.barackobama.com/page/community/post/Tritium/gG5ngR).

Ellen G. White afirmou: “A fim de assegurar popularidade e sua aprovação, os legisladores se renderão aos reclamos de leis dominicais. Mas os que temem a Deus não podem aceitar uma instituição que viole um preceito do decálogo. Neste campo se travará o último grande conflito na controvérsia entre a verdade e o erro. E nós não somos deixados em dúvida quanto ao desfecho” (Profetas e Reis, p. 606).

Hoje o EUA procura dominar o mundo com a finalidade de obter vantagens comerciais e por isso defendem a globalização. Existe um grupo que tenta impor um governo único no mundo que é conhecido como “Nova Ordem Mundial”. Mas Deus já havia predito tudo isso. E isto também é um sinal de que estamos vivendo nos últimos dias. Hoje os EUA conquista poder político e militar sobre o planeta, mas em breve emitirá um decreto para impor a santificação do domingo, fazendo assim uma imagem à besta que subiu do mar.

No dia 31 de maio de 1998, o extinto papa João Paulo II escreveu uma carta pastoral denominada de “Dies Domini”, contendo 30 páginas. Nela, ele faz um apelo para a guarda do domingo. Em vários países do mundo essa carta foi debatida. Será que não estamos vivendo nesses dias críticos em que os poderes religiosos estão tentando estabelecer essa lei dominical?

Desde que o Papa João Paulo II emitiu sua Carta Pastoral Dies Domini, uma preocupação paira no ar quanto ao que nos reserva o futuro, pois o documento papal apela a que os cristãos influenciem seus legisladores a estabelecerem legislação civil que favoreça uma mais fiel observância do domingo. Mudando de orientação ao que tradicionalmente a Igreja Católica ensinava, o histórico documento apela ao imperativo moral do mandamento do sábado. Sem hesitação, João Paulo aplica ao domingo a bênção e santificação do sétimo dia por ocasião da Criação: “O domingo é o dia de descanso porque é o dia “abençoado” por Deus e “santificado” por Ele, posto à parte para ser, entre eles, o Dia do Senhor (Dies Domini, parágrafo 14). A tentativa do Papa em tornar o domingo a “extensão” e plena “expressão” do significado do sábado (Idem, parágrafo 17), é muito engenhosa, mas falta apoio bíblico e histórico a tal interpretação pela simples razão de que o domingo não é o sábado, pois ambos os dias diferem em autoridade, significado e experiência.

Falando no dia final de sua visita de três dias a Áustria, em 9 de setembro de 2007, o papa alemão Bento XVI, apresentou um forte chamado a toda a cristandade a reviver a santidade e a observância do Domingo como uma prática de suma importância para o mundo religioso.

“Dê a alma o descanso necessário do domingo, e devolvei ao domingo sua alma indispensável”, repetiu o papa diante de uma multidão de mais de 40.000 pessoas molhadas pela chuva.

Bento declarou que o Domingo, que segundo ele disse, tem sua origem como “o dia do início da criação” era “também a celebração semanal da igreja da festa da criação.” Admoestando contra o permitir que caiamos no mal de considerar o domingo como simplesmente parte do fim de semana, o papa declarou que as pessoas devem manter o foco espiritual durante o primeiro dia da semana, pois se não o tempo de descanso e folga será simplesmente tempo mal gasto e perdido.

A observância do domingo, admoestou, não é meramente um “preceito” para ser guardado de forma casual, mas uma “necessidade primordial” para todo o mundo (http://g1.globo.com/Noticias/0,,MUI101265-5602,00.html).

12 de agosto de 2015, o Papa Francisco em uma de suas catequeses relacionado com a família, numa visita a Molise, no sul da Itália, condenou a preguiça, o trabalho e o comércio aos domingos, que em sua opinião deve ser um dia de festa, mas sagrado, uma vez que foi abençoado por Deus depois da Criação (http://www.apocalipsenews.com/religiao/papa-francisco-propoe-observancia-mais-rigorosa-do-domingo/).
“Talvez seja a hora de nos perguntarmos se trabalhar aos domingos é uma liberdade verdadeira” – afirmou o papa Francisco. O que rende apenas uma nota num jornal secular não passa despercebido em nosso radar profético. Para aqueles que vigiam na madrugada da história, qualquer afirmação mais assertiva de Roma é digna de atenção. De fato, a declaração do papa não se trata apenas de uma frase solta no ar, de um anseio ou uma opinião pessoal, mas de uma posição institucional em favor do restabelecimento de uma instituição essencialmente romana, o domingo.

A declaração é emblemática, pois fala sobre o momento atual, sobre um dia de descanso e sobre liberdade, conceitos de enorme peso no panorama escatológico, conforme entendemos. Logicamente, o papa não tinha as profecias em vista ao fazer sua declaração, mas a lógica por trás de sua fala não deixa de ter implicações profundas para o bom entendedor.

Seja como for, o empenho dos últimos três papas em promover esse reavivamento pela observância do domingo como o sábado do sétimo dia recebeu apoio de líderes da Igreja Católica. Por exemplo, em 27 de outubro de 2002, a agência noticiosa SIR, da Alemanha, informou que o cardeal Karl Lehmann, Arcebispo de Mainz e presidente da Conferência de Bispos da Alemanha, falou numa conferência chamada “O Sétimo Dia: História do Domingo”. Ele descreveu o evento como uma “ocasião extraordinária para refletir novamente sobre o domingo e os perigos que o ameaçam”. Ao identificar o domingo com o sábado bíblico, Lehmann, à semelhança dos papas, tenta tornar a observância dominical o imperativo moral do mandamento do sábado.

Esse apelo papal à força do poder civil para promover a guarda do domingo pode representar os primeiros passos para situações de intolerância já vivenciada no passado. Afinal, os que defendem a guarda do domingo no meio protestante têm tudo para “comprar” a ideia do Vaticano e dar um apoio “ecumênico” a tais iniciativas. Mas, os cristãos adventistas estudiosos da Bíblia já preveem essas dificuldades para os tempos finais, quando poderes religiosos e civis se unirão contra o remanescente, “os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus” (Ap 14:12).

2) “Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo...”

O protestantismo estenderá os braços e se ligará ao poder romano e ao espiritismo. O espiritualismo nasceu no Oeste de Nova York, na cidade de Rochester, em 1848, através das irmãs Fox. Foi através das médiuns americanas que o espiritismo se espalhou pelo mundo. Através do movimento Nova Era, está penetrando no Cristianismo, tanto protestante quanto católico.

E atualmente, através dos filmes (grande parte deles feitos nos EUA), dramas e novelas, o espiritismo chega aos lares                por meio da televisão. Nunca o espiritismo foi tão divulgado como atualmente. Esse assunto está presente    nos livros, revistas, filmes, programas, vídeos-games e disponível para todos os gostos e faixa etária.

3) “(...) Adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado (...)”.

O Pr. Nelson Luchi em seu livro “Nova era no Contexto profético” diz na página 24:

“Em 1959, no seminário, me preparando para ser um padre, achava impossível a união da minha santa madre igreja com protestantes e espíritas. Hoje é notícia nos jornais. Apocalipse 16:13-14 predissera essa união há mais de 1900 anos.”
Quando tudo isso acontecer “podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que O FIM ESTÁ PRÓXIMO.”

“Quando nossa nação (EUA) abjurar os princípios de seu governo de tal forma que vote uma lei dominical, nesse próprio ato o protestantismo dará a mão ao papado” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, p. 318).
IV. Conclusão

Como podemos ver estamos muito próximo do fim. O mundo se prepara para o desfecho final. Quando for emitido o decreto dominical (um decreto para a guarda do domingo) nos Estados Unidos da América estaremos a um passo da volta de Jesus.

Jesus afirmou: “Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês” (Lucas 21:28, NVI). Os sinais preditos por Jesus e Seus apóstolos estão se cumprindo dramaticamente em nossos dias. Isto nos indica que a agonizante noite de dor e morte está para terminar, já se vislumbram os alvores radiantes do Novo Mundo oferecido por Jesus a todos os que amam a Sua vinda.

Ellen G. White disse: “A passos furtivos aproxima-se o dia do Senhor; mas os homens supostamente grandes e sábios não conhecem os sinais da vinda de Cristo e do fim do mundo” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 13).

Caro amigo leitor, precisamos estar atentos aos sinais e preparados para o encontro com o nosso Deus. Permaneça firme ao lado do Senhor e você vai subir com Ele para o eterno lar. “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará.” Hebreus 10:37.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

ADVENTISTAS E O USO DE JOIAS


Aqueles que acreditam na Bíblia como norma de fé e prática, estão dispostos a compreender como seus ensinamentos sobre o uso de joias afetam a vida cristã de cada um. Reconhecemos que as pessoas são muito sensíveis no que diz respeito a regras sobre o que usar ou não usar, mas a questão neste caso é definida pela autoridade da Bíblia em nossas vidas. Os adventistas se dizem sempre dispostos a submeterem-se à vontade de Deus expressa nas escrituras, e por esta razão nos sentimos à vontade para explorar as implicações dos ensinos bíblicos sobre joias para nós hoje. Interessante que este assunto não é tão complexo como muitos acreditam, uma vez que entendemos o ponto de vista bíblico sobre o assunto. Então, vamos explorar algumas das implicações.

A. ALGUMAS IMPLICAÇÕES

1. Posição Adventista sobre o uso de joias e a Bíblia

A posição adventista concernente ao uso de joias rejeita o uso das joias ornamentais e aceita que existam joias funcionais, e que o uso destas não necessariamente viola o padrão. Como visto acima, isto é o que a Bíblia declara com respeito ao uso de joias. É verdade que para algumas pessoas é difícil aceitar o conceito de que as joias hoje podem ter funções diferentes, mas elas, mesmo no mundo ocidental servem para várias utilidades. Joias religiosas são comuns entre os integrantes do movimento Nova Era e também entre cristãos (o crucifixo, entre os católicos); e o interesse no ocultismo tem trazido o uso de joias para proteção. Em alguns países as joias indicam a posição social de responsabilidade de reis, rainhas e chefes tribais. É claro que a joia funcional mais conhecida é a aliança matrimonial, usada como símbolo de amor e comprometimento entre o casal. Entretanto, na maioria dos casos a função principal das joias hoje, parece ser ornamental. É este aspecto ornamental que a igreja, de acordo com as escrituras, tem rejeitado e tido como inapropriado para os cristãos.

Joias ornamentais usualmente, mas não exclusivamente, se encontram na forma de brincos, anéis, anéis de nariz, pulseiras, colares e pulseiras de tornozelo, e são usadas para sofisticar a aparência do indivíduo. De uma certa maneira esta é a definição implícita de joias ornamentais que encontramos no “Action on Display and Adornment” feita durante o Concílio Anual da Conferência Geral em 1972. Diz: “Adereços pessoais, colares, brincos, pulseiras e anéis ornamentais não devem se usados.”

2. USO RESTRITO DE JOIAS FUNCIONAIS

Sem dúvida esta é a área que tende a criar confusão nas mentes de alguns adventistas que preferem ter todos os tipos de joias como sendo do mau, ou entre aqueles que preferem rejeitar o padrão, mas preservar o princípio por trás dele. Permitindo o uso limitado de joias funcionais, a igreja está seguindo a posição bíblica. A questão com a qual se depara consiste em definir o que é joia funcional, e a partir de que ponto esta passa a ser ornamental.


Partindo-se do princípio de que a maioria das sociedades tem um entendimento cultural do que vem a ser joia funcional, não será difícil identifica-las. O que cada um precisa perguntar é: Qual é o objetivo desta peça em minha cultura? Se não se conseguir descobrir o objetivo, este é provavelmente ornamental. No mundo ocidental as joias funcionais são fáceis de se identificar, porque suas funções são intrínsecas a suas possibilidades de marketing e satisfazem a necessidades específicas na vida do indivíduo. Por exemplo, o relógio foi feito com o objetivo expresso de nos informar as horas; uma aliança de casamento já é vendida como aliança de casamento; e abotoaduras são manufaturadas para unir os punhos da camisa. O broche pode ser um ornamento funcional se for usado para manter unidas duas ou mais peças de roupa.

Obviamente, uma joia funcional pode ser feita de maneira que sua função ornamental sobrepuje qualquer outro objetivo. Neste caso ela deve ser considerada inapropriada para um cristão. Sobre que base isto deve ser decidido? A solução que o texto bíblico sugere é o uso de princípios bíblicos para determinar o que é e o que não é apropriado como adereços pessoais. Provavelmente poderiam ser identificados vários princípios, mas a igreja aponta os três mais importantes: simplicidade, modéstia e economia. Joias funcionais devem ser avaliadas com base nestes três princípios.

“Simplicidade”, apesar de não ser um termo muito comum na Bíblia, é considerada uma importante virtude cristã. No novo testamento o termo grego haplotes parece ser o mais importante usado para expressar conceitos de simplicidade, singeleza e sinceridade. 2 A utilização deste termo na tradução grega do velho testamento e no novo testamento indica que simplicidade consiste em compromisso indivisível a um único objetivo, o serviço de Deus. É caracterizado pela ausência de comportamento ambíguo ou duplo (2 cor 11:3; Mat 6:22). Na verdade “Ao contrário de pessoas duplas, aqueles que dividem o coração, aqueles que são simples, não tem outra preocupação que não seja fazer a vontade de Deus e observar Seus preceitos; sua existência é uma expressão de compaixão e retidão”.

A simplicidade, sendo um total dar-se a si mesmo ao Senhor e à Sua vontade, está expressa na maneira como agimos e como nos adornamos. Joias funcionais devem revelar que o centro de nossas vidas está na nossa aliança com o Senhor e não em nossa própria ostentação. Um coração não dividido mostrará sua total lealdade ao Salvador através de um estilo de vida dedicado ao Seu serviço e ao próximo. O princípio da simplicidade na escolha de joias funcionais, então, significa que estas peças devem testificar que vivemos uma vida irrepreensível e despretensiosa, exclusivamente orientada para nosso Salvador e Senhor. Isto é sem dúvida a singeleza de um coração simples.

A palavra “modéstia” é usada por Paulo em sua discussão a respeito de adereços próprios aos cristãos (1Tim 2:9), e significa o respeito próprio determinado por uma vida que agrada ao Senhor. Consequentemente leva a evitar excessos ou extremos e reconhece e aceita os limites do que é propício. O que é propício não é simplesmente o que a sociedade estabeleceu, mas basicamente o que foi especificado nas instruções dadas pelos apóstolos para a comunidade dos crentes. Quando as instruções dadas aos cristãos coincidem com os valores da sociedade, a igreja é beneficiada, pois seus valores não entrarão em conflito com os valores dos não crentes. Em resumo, joias funcionais modestas evitam chamar a atenção para o eu, e são leais aos parâmetros cristãos do que é propício.

O termo “economia” é difícil de ser definido, porque é diferente para cada pessoa. O que custa barato pode, em longo prazo se tornar caro e o que custa caro pode ser mais econômico. Nos textos bíblicos referentes a joias, o princípio da economia não é enfatizado. Entretanto, a Bíblia nos orienta diligentemente sobre a mordomia concernente a nossos recursos financeiros e sobre como temos que dar conta deles a Deus. 5 No caso de joias funcionais “economia “provavelmente significa que a partir do momento em que joias caras geralmente tendem a ser para ostentação, temos que evitar compra-las, e que investir grandes somas de dinheiro no que é, sob ponto de vista bíblico, de pequeno valor para a vida cristã, viola nossa responsabilidade de mordomos do Senhor.

3. SÍMBOLO DE STATUS SOCIAL

Usar joias como símbolo de status social e poder é em poucos casos tolerado na Bíblia, e em outros casos, reprovado. Este fenômeno deve nos alertar a sermos cuidadosos ao lidarmos com esta função particular das joias na igreja. Aqui nos deparamos com uma situação na qual a prática cultural ao redor do mundo tem grande influência no que for decidido pela igreja. Por exemplo, oficiais militares usualmente expõem insígnias e medalhas que identificam suas patentes e atos de bravura. Esta é uma prática cultural bem aceita e a igreja pode considerar este tipo de joia como funcional. Outro exemplo: o anel de formatura parece apenas servir para mostrar nossa superioridade sobre outros que, por inúmeras razões, não alcançaram o mesmo que nós, academicamente. É esta uma joia funcional propícia? Provavelmente não. Mas talvez, o princípio que nos governa seja que qualquer atitude, símbolo ou ação que introduza distinções sociais desnecessárias entre os cristãos deve ser avaliada cuidadosamente e sempre que possível deposta aos pés da cruz de Cristo, onde há igualdade de pecados e de graça. A ênfase deve ser colocada no que une e não no que separa.

4. PRINCÍPIOS VERSUS PADRÕES

Os padrões a respeito das joias (rejeição de joias ornamentais; uso restrito de joias funcionais) e os princípios que as regulam (simplicidade, modéstia e economia), tem relevância permanente no tempo e na cultura. Estes princípios podem e devem ser usados para determinar o que é apropriado com respeito ao uso de joias funcionais. Neste caso particular, a igreja não deve fazer listas do que é ou não apropriado, mas deve guiar e permitir aos seus membros, sob a direção do Espírito Santo, a aplicar os princípios bíblicos a cada diferente cultura. Temos que reconhecer que há determinadas áreas na vida cristã em que o indivíduo deve decidir o que fazer, particularmente com seu Deus. Isto é na verdade um sinal de maturidade espiritual. É possível e até provável que muitos usarão erroneamente esta liberdade, mas isto não é desculpa para negar a liberdade dada a nós pela própria Bíblia.

B. PERIGOS ASSOCIADOS AOS PADRÕES SOBRE JÓIAS

Qualquer padrão pode ser mal interpretado ou mal aplicado, perdendo seu objetivo de contribuir para o bem estar do cristão. O padrão bíblico sobre jias não é exceção. Exploraremos agora alguns perigos que encontraremos ao enfatizarmos a aceitação do padrão cristão a respeito das joias, e daremos algumas sugestões a respeito de como lidar com eles em nossas vidas

1. PECADO E O USO DE JÓIAS

Não há dúvidas de que de acordo com a Bíblia pecado é muito mais do que uma ação que vem a prejudicar o próprio indivíduo ou a outros. Pecado é a condição sob a qual existimos; ele corrompeu nossa natureza a tal ponto que o que quer que façamos precisa ser mediado através de Cristo para ser aceito por Deus. Nenhuma de nossas ações seja “boa” ou “má” está livre da mancha do pecado. Podemos dizer que o pecado precede as ações pecaminosas. Este estado pecaminoso em que existimos não será erradicado até aquela gloriosa manifestação de segunda vinda de Jesus.

Enquanto isso, o Espírito de Deus trabalha em nossos corações, não permitindo que nossa natureza de pecado tome as rédeas de nosso ser e nos leve a um comportamento pecaminoso. O domínio do pecado sobre nós é intensificado e fortificado através de nossos atos pecaminosos. Não seria banalizar o pecado defini-lo como atos cometidos contra a vontade de Deus que nos prejudicam e, em muitos casos, a outros. Pecado é matar alguém, roubar e trabalhar durante as horas do sábado, porque nestes atos pecaminosos está implícito o domínio que o pecado tem sobre nós. Superar estes atos de pecado significa vencer o pecado como ação e também como estado. Esta é a vitória que o Senhor deseja para nós.

O fato de que o padrão a respeito das joias envolve atitudes exteriores não banaliza o pecado6, ao contrário, nos informa como o Espírito pode limitar o poder, domínio e incrustação do pecado em nossas vidas. Pode se dizer que a obediência específica aos mandamentos de Deus é proclamar a soberania Dele em nossas vidas. Isto obviamente não significa que nossa natureza está para sempre livre do pecado; mas sim que estamos aguardando com alegria o dia em que isso acontecerá.

2. LEGALISMO E JOIAS

O perigo mais ameaçador que os que valorizam a obediência à lei de Deus e aos ensinamentos bíblicos têm que enfrentar é o legalismo. Este distorce a obediência criando uma religião monstruosa que destrói a essência da mensagem cristã de salvação exclusivamente em Cristo, e neste processo cultiva o orgulho no indivíduo. Esta ameaça é encontrada não só pelos que aceitam o padrão bíblico sobre as joias, mas também por qualquer um que procura obedecer ao Senhor. No caso das joias, uma remoção legalista das joias ornamentais e o uso das joias funcionais simples, modestas e econômicas, destroem os intentos do padrão, porque ao invés da humildade e do negar-se a si mesmo, vem o egoísmo e o orgulho.

O legalismo vem sempre acompanhado da crítica. No caso do uso das joias, aqueles que aceitam o padrão bíblico, podem ser tentados a se sentirem superiores àqueles que ainda têm dúvidas a respeito. Obviamente, isto também se aplica à observância do sábado, devolução dos dízimos ou trabalho missionário. Então, não se trata simplesmente de joias, mas da fraqueza do coração humano, que às vezes transforma o que seria obediência a Deus em orgulho e exaltação própria. É necessário estar ciente do fato de que a obediência genuína é uma humilde expressão de gratidão ao nosso Salvador e Senhor pelo que fez por nós na cruz. Nossa obediência é uma oferta de amor a Deus e Ele não espera que comparemos o que ofertamos a Ele com o que outros estão ofertando. Quando tentamos ajudar a outros na vida cristã, temos que mostrar amor e não condenação e rejeição.

3. PRINCÍPIOS, JÓIAS, CASAS, CARROS?

Não há dúvida de que os princípios de simplicidade, modéstia e economia se estendem além da esfera de adereços e vestimenta pessoal. Devemos procurar aplica-los na maior abrangência possível em toda a dimensão da nossa caminhada com Deus. Talvez, por vezes a igreja tenha, não intencionalmente, tido a tendência de aplica-los somente na área de adereços e vestimenta. Se este for o caso, o apelo à igreja é para que expanda a aplicação desses princípios para vários outros aspectos da vida cristã. Nesta tarefa, ela deve ter muito cuidado para não criar novos padrões que irão colocar fardos nos ombros de seus membros.

Ninguém pode esperar que a igreja decida por seus membros qual é o carro modesto e econômico, a casa modesta ou o relógio simples. Nesta área a igreja deverá apenas ensinar os princípios cristãos e confiar que seus membros os usarão sabiamente ao tomarem suas decisões diárias. A pergunta óbvia é: Por que então não podemos fazer o mesmo em se tratando de joias ornamentais? A resposta é simples: A Bíblia nos mostra um padrão específico a este respeito, consequentemente, a igreja tem que ensina-lo. Nas áreas em que a Bíblia esclarece o assunto, não podemos ignorar sua sabedoria, mas sim aproveita-la. No que concerne a outras áreas, devemos deixar que o Espírito Santo trabalhe nos corações daqueles que dizem viver uma vida que agrada a Deus.

4. GÊNERO E O USO DE JÓIAS

Tem havido uma tendência na igreja de ligar o assunto do uso de jias exclusivamente aos membros do sexo feminino. Isto é até certo ponto compreensível, se levarmos em consideração o fato de que até recentemente a maioria das joias ornamentais no mundo ocidental eram usadas principalmente por mulheres, e que algumas das passagens bíblicas foram direcionadas especificamente para elas. Mas está claro que o caso das joias nos tempos bíblicos concerne a ambos os gêneros e que hoje as joias tem sido usadas tanto por homens quanto por mulheres. Então não devemos lidar com este tópico como se fosse um problema feminino, mas encara-lo como realmente é, um impasse humano.

C. CONCLUSÃO

O assunto sobre as joias não deve desviar nossa atenção das boas novas de salvação através da fé em Jesus. É no contexto do evangelho que devemos ensinar os padrões bíblicos sobre as jóias; de outra forma cairemos na armadilha do legalismo ou da crítica. Nestes ensinamentos devemos mostrar claramente que jóias ornamentais devem ser rejeitadas, mas as funcionais não. Às vezes pode se tornar difícil fazer a distinção entre os 2 tipos, mas geralmente não é o caso.

As joias funcionais podem ser facilmente identificadas na maioria das culturas, então devemos permitir que a prática cultural nos informe. Em ou joias funcionais não são definidas por desejos pessoais, mas por crenças e práticas culturais respeitáveis. A igreja precisa reconhecer, por exemplo, que em algumas culturas o colar é usado para indicar que a mulher que o está usando é casada; enquanto em outras culturas ele é um simples adorno. Na primeira situação, o colar é aceitável, mas na segunda deve ser rejeitado. Na escolha das joias funcionais os cristãos devem seguir os princípios bíblicos de simplicidade, modéstia e economia.

Este apanhado sobre a questão das joias está baseado no fato de que a Bíblia combina um padrão específico (rejeição de joias ornamentais e uso restrito de joias funcionais) com uma série de princípios a serem utilizados na escolha das joias funcionais. Para que a igreja permaneça fiel às escrituras é necessário que ambos sejam ensinados.

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1 veja apêndice I - Texto presente no manual da IASD

2 Consulte Otto Bauernfeind, “Haplous, haplotes,” Theological Dictionary of the NT, vol. 1, pp. 386, 387; R.L.

Scheef, : Simplicidade,”Interpreter’s Dictionary of the Bible, vol.4,pp 360,361, escreve, ”No NT a palavra primitiva para ‘simplicidade’ é haplotes, a qual caracteristicamente designa uma lealdade, pureza na devoção a Cristo; mas o termo também significa ‘pureza de coração’ no sentido de’ generosidade’ ou ‘liberalidade’” (p. 360); Burkhard Gartner, “simplicidade, sinceridade, justiça,” New International Dictionary of NT theology, vol. 3, pp 371-72; e Tim Schramm, “Haplotes simplicidade, sinceridade, justiça,”Exegetical Dictionary of the NT, vol.1, pp. 123-24.

3 Spicq, “Haplotes,” Lexicon, vol.1, p. 170.

4 Scriven, “Ring,” p.58, define simplicidade como “a habilidade de lidar com a usura, superar a extravagância, viver sem ostentação que apenas aprofunda a dor do pobre o qual não pode comprar o que ostentamos. Simplicidade é a pessoa interior, e não a exterior; é a preocupação com os outros, e não consigo mesmo.” Apesar de existir bastante verdade nisto, sua maior fraqueza é que a simplicidade é definida por termos que rejeita e não por termos que ela é. Simplicidade é fundamentalmente a integridade comprometida com Deus, e consequentemente uma vida que mostra este compromisso na maneira em que lidamos com nossas posses , recursos financeiros e adereços pessoais. Scriven parece, talvez intencionalmente, introduzir uma divisão entre o interior e o exterior quando sugere que a simplicidade está centralizada no interior e não no exterior do indivíduo. Segundo a Bíblia, simplicidade não é apenas uma experiência interna, mas também se mostra no exterior.

5 ver, Angel Manuel Rodriguez, Stewardship Roots: Toward a theology of Stewardship, Tithe and Offerings (Silver Spring, M D: Stewardship Department, 1994)

6 Este é um argumento usado por Dennis H. Braun , A Seminar on Adventists, Adornment and Jewelry, pp. 50-51, o qual foi tirado do livro de George Knight, The Pharisee’s Guide to Perfect Holiness ( Nampa, ID: Pacific Press< 1992), p. 51.






terça-feira, 10 de abril de 2018

PERFECCIONISMO: A VERSÃO SATÂNICA DA DOUTRINA DA SALVAÇÃO


por Vanderlei Ricken

Sim, Satanás também tem uma doutrina para a salvação da humanidade. Ela se chama perfeccionismo. Em vários aspectos, ela é semelhante a doutrina de salvação de Deus, mas existem grandes diferenças entre uma e outra doutrina.

A doutrina de salvação de Deus possui um padrão para avaliar a conduta de todas as pessoas. Esse padrão é a lei de Deus. A doutrina de salvação de Satanás também possui a lei de Deus como padrão para avaliar a conduta dos seres humanos.

A doutrina de salvação de Deus tem a Jesus como o Modelo perfeito. Na doutrina de salvação de Satanás, Jesus também é o Modelo perfeito.

A doutrina de salvação de Satanás tem algumas características a mais:

- O cristão não pode ter defeitos de caráter. Se tiver, tá perdido. E o diabo gosta disso.

- O cristão não pode ser dessemelhante de Cristo. Se não for exatamente igual a Cristo, está perdido. E o diabo dá risada.

- O cristão não pode ter comportamento pecaminoso. Se tiver, infelizmente você não atingiu o ideal de Deus e tá perdido. Satanás vai estar lá para acusar.

Satanás tem a sua própria concepção de justiça, o seu próprio padrão pelo qual um ser caído pode tornar-se merecedor da salvação e a sua própria versão do evangelho.

Quem tiver algum defeito de caráter, quem não for igual, exatamente igual ao Modelo Jesus e tiver um comportamento pecaminoso, é e será sempre reivindicado por Satanás como merecedor da perdição.

Para Satanás quem quer que seja que tenha algum envolvimento com o pecado deve morrer. Afinal, esse é o salário do pecado.

O diabo quer que Deus determine o destino eterno de cada indivíduo com base no registro real da vida dessa pessoa.

Antes de concordar que Satanás e sua doutrina estão certos, vejamos a diferença principal entre a doutrina dele e a de Deus.

Satanás, na sua doutrina de salvação, incorporou o que Deus exige de nós, mas deixou de fora a provisão que Deus fez em Cristo para atender a essas demandas.

A diferença entre as duas doutrinas está basicamente no julgamento. A justiça de Cristo é que faz toda a diferença.

Na doutrina de Satanás não existe espaço para a graça ou para a fé.

Satanás gosta da lei de Deus pois ela condena a todos nós como transgressores e merecedores da morte. Ele fica muito feliz com esta condenação.

Satanás enfatiza a Jesus como o Modelo perfeito que todos nós devemos alcançar. Nada poderia ser mais desesperador do que a comparação entre nós e Cristo.

Vejamos tudo isto num texto de Ellen White que apresenta a realidade de um julgamento, os argumentos de Satanás e a resposta divina para a questão.

"Enquanto Jesus faz a defesa dos súditos de Sua graça, Satanás acusa-os diante de Deus como transgressores. O grande enganador procurou levá-los ao ceticismo, fazendo-os perder a confiança em Deus, separar-se de Seu amor e violar Sua lei. Agora aponta para o relatório de sua vida, para os defeitos de caráter e dessemelhança com Cristo, que desonraram a seu Redentor, para todos os pecados que ele os tentou a cometer; e por causa disto os reclama como súditos seus.

Jesus não lhes justifica os pecados, mas apresenta o seu arrependimento e fé, e, reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os santos anjos, dizendo: "Conheço-os pelo nome. Gravei-os na palma de Minhas mãos. "Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus!"" Sal. 51:17. E ao acusador de Seu povo, declara: "O Senhor te repreende, ó Satanás; sim, o Senhor, que escolheu Jerusalém, te repreende; não é este um tição tirado do fogo?" Zac. 3:2. Cristo vestirá Seus fiéis com Sua própria justiça, para que os possa apresentar a Seu Pai como "igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa semelhante". Efés. 5:27. Seus nomes permanecem registrados no livro da vida, e está escrito com relação a eles: "Comigo andarão de branco; porquanto são dignos disso." Apoc. 3:4." (O Grande Conflito, p.484)

O texto menciona pessoas que foram salvas por Cristo, mesmo apresentando defeitos de caráter, não exatamente iguais a Cristo e tendo cometido inúmeros pecados.

O texto acima desmantela todo o sistema de salvação arquitetado pelo diabo, o perfeccionismo.

O texto destaca o que realmente faz diferença e que é determinante para a salvação dos seres humano: A justiça de Cristo na vida do pecador arrependido.

"O pensamento de que a justiça de Cristo nos é imputada, não por algum mérito de nossa parte, mas como um dom gratuito de Deus, é um precioso pensamento. O inimigo de Deus e do homem não quer que esta verdade seja claramente apresentada; pois sabe que, se o povo a aceitar plenamente, está despedaçado o seu poder." (Obreiros evangélicos, p. 161)

Leia de novo este texto meditando em cada palavra. Veja que coisa fantástica! Você quer despedaçar o poder de Satanás? A justiça imputada é um precioso pensamento. A justiça imputada não é aquela que você faz algo... É aquela na qual DEUS faz algo por você.

"Justiça sem mancha alguma só pode ser obtida por meio da justiça imputada de Cristo." (Review and Herald, 3-9-1901)

Vou citar uma lista de textos sobre a justiça imputada para que você jamais se deixe enganar com a doutrina satânica do perfeccionismo.

"A grande obra operada pelo pecador, impuro e maculado pelo mal, é a obra da justificação. Por Ele, que fala a verdade, é o pecador declarado justo. O Senhor imputa ao crente a justiça de Cristo e perante o Universo o pronuncia justo. Transfere os seus pecados para Jesus, o representante, substituto e penhor do pecador." (Mensagens Escolhidas, vol.1, p. 392)

"Seus pecados são retirados e colocados na conta de Cristo. Sua justiça lhes é imputada." (Medicina e salvação, p. 27)

"...nossos pecados são postos sobre Cristo e Sua justiça nos é imputada. Ele foi feito pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus." (Testemunhos Seletos, vol. 2, p.73)

"Ninguém pode ser justificado por quaisquer obras próprias. Só pode ser liberto da culpa do pecado, da condenação da lei, da pena da transgressão, pela virtude do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. A fé é a condição única de obter a justificação, e a fé abrange não só a crença mas também a confiança." (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 389)

"Não deveis confiar em vossa própria bondade ou boas obras. Deveis chegar confiantes no Sol da Justiça, crendo que Cristo tirou vossos pecados e vos imputou a Sua justiça." (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 328)

"Uma religião legalista tem sido considerada uma forma correta de religião para este tempo. Mas é engano." (Mensangens Escolhidas, vol. 1, p. 388)

Leia somente mais estes que abordam a perfeição pela justiça imputada:

"A fé pode apresentar a perfeita obediência de Cristo em lugar da transgressão e rebeldia do pecador." (Mensangens Escolhidas, vol. 1, p. 367)

"Mediante o perdão do pecado e a justiça imputada de cristo, o homem pecador e caído pode tornar-se perfeito em Jesus." (Manuscrito, 148, [1897])

"Por meio dos méritos de Cristo, de Sua justiça, que pela fé nos são imputados, cumpre-nos atingir a perfeição do caráter cristão." (Testemunhos Para a Igreja, 744)

"Quando, mediante a fé em Jesus Cristo, o homem realiza o melhor que está ao seu alcance, procurando guardar o caminho do Senhor pela obediência aos Dez Mandamentos, a perfeição de Cristo é imputada para cobrir a transgressão da alma contrita e obediente." (Fund. da educ. cristã, 135)

Não aceite os enganos satânicos. Não troque o evangelho de Cristo por esta imitação demoníaca. Que Deus o abençoe.

Lembre-se sempre: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:32

A ideia central deste Artigo foi baseada no livro: Perfect In Christ de Helmut Ott disponível em www.sdanet.org/atissue/books/ott/index.htm