Teologia

domingo, 30 de abril de 2017

OS CICLOS ECONÔNICOS E A PROFECIA



Timothy Aka*

A Convergência de ciclos proféticos e econômicos aponta para o fim dos tempos

Onde estamos no cronograma profético? Será que alguém realmente sabe? Mesmo estudantes dedicados da Bíblia e das profecias continuam a pesquisar. Existe uma lacuna na compreensão dos adventistas sobre os eventos entre 1844 e a promulgação das leis dominicais, dois marcos importantes no caminho para a segunda vinda de Cristo. Em meio a todas as perguntas, Deus não deseja que sejamos apanhados de surpresa (1 Ts 5:4). No entanto, a questão permanece: como podemos saber que estamos chegando ao fim?

Há uma moldura conceitual que pode nos ajudar a preencher a lacuna entre 1844 e os eventos finais. Um elemento no estudo dos acontecimentos proféticos que tem sido amplamente ignorado é a economia. O tema do dinheiro é frequentemente encontrado na Bíblia, e as finanças mundiais se entrelaçam com a profecia tanto do passado quanto do futuro. Com a política econômica dominando os processos de decisão da maioria dos governos de hoje, seu impacto não pode ser esquecido na avaliação de eventos geopolíticos, ação militar, legislação e até mesmo da religião. O dinheiro exerce uma influência real e direta em nossa vida.

Analisando o mundo das finanças, conseguimos ter uma visão melhor de onde estamos no fluxo de eventos proféticos. Um estudo dos ciclos econômicos pode nos ajudar a relacionar os acontecimentos proféticos do passado, a turbulência financeira de hoje e os conflitos que estão para explodir. A convergência da economia e da profecia pode nos ajudar a responder à pergunta: “Onde estamos no cronograma?” Esse pode ser o fio para nos ajudar a unir muitas partes de nossa compreensão profética.

O ciclo de Kondratieff e 1844

Na década de 1920, um jovem economista russo chamado Nikolai Kondratieff estudou os ciclos econômicos de longo prazo. Enquanto os ciclo econômico típico abrande de 3 a 5 anos, incluindo crescimento, estagnação e recessão, Kondratieff observou que há ciclos econômicos mais longos, que abrangem de 50 a 70 anos. Esses ciclos, assim como a versão mais curta, passam pelo crescimento, a estagnação e o declínio, mas não são fenômenos regionais, e sim de alcance global.


Finalmente, esses ciclos foram caracterizados como estações. Primeiro, há a primavera econômica e então o verão, quando as economias do mundo crescem bem. Essa fase é seguida por um período de estagnação, descrito como outono econômico. Finalmente, vem o inverno econômico, que tipicamente inclui crises devido às dívidas, quebras do mercado de ações, depressões, guerras mundiais e mudanças de regime nos governos.

Em 1938, Kondratieff foi executado por Stálin pelo fato de suas ideias serem opostas às teorias comunistas. Após sua morte, outros continuaram o trabalho de Kondratieff sobre esses ciclos econômicos longos. Hoje tais ciclos são chamados de ciclos de Kondratieff  ou ciclos longos.  O gráfico mostra os quatro ciclos econômicos que ocorreram desde o fim do século 18, indicando o ano em que cada um desses ciclos terminou e um novo começou.


Naturalmente, como adventistas, nossa atenção é logo atraída para a data de 1844, que assinala um evento muito significativo no início do nosso movimento. O ano de 1844 representa o fim do primeiro ciclo cheio do século 19. O período de cerca de 1837 a 1844 foi considerado um inverno econômico. Houve profunda depressão, guerras e turbulência política. Uriah Smith, em seu livro sobre Daniel e Apocalipse, indicou que em 1840 o regime otomano chegou ao fim, de acordo com a profecia.

Nesse ambiente, Guilherme Miller começou a pregar que a segunda vinda de Jesus estava próxima. Podemos inferir que a triste condição do mundo, incluindo a turbulência financeira, abriu caminho para o sucesso de Miller. É claro que o poder do Espírito Santo era a verdadeira fonte de seu êxito, mas poderíamos dizer que as sementes haviam sido plantadas em solo fértil. As pessoas estavam mais receptivas às mensagens espirituais e a um apelo ao arrependimento. Assim, no fim da profecia das 2.300 tardes e manhãs, em 1844, um dos ciclos longos de Kondratieff chegou ao seu termo.

A Revolução Francesa e a Profecia dos 1.260 dias

Vamos considerar o início do primeiro ciclo, em 1789. O maior evento que ocorreu naquele ano foi o começo da revolução Francesa. Mais uma vez, esse evento foi precipitado pelas terríveis condições econômicas da classe camponesa, que se revoltou contra a aristocracia. Como resultado da Revolução Francesa, o Papa Pio Vi foi preso e exilado por Berthier, general de Napoleão. Esse ciclo também chegou ao fim com o cumprimento de outra importante profecia de tempo: os 1.260 dias de Daniel.

Em 1776, durante o inverno econômico que conduziu a Revolução Francesa, foi assinada a Declaração de Independência dos estados Unidos “Nenhum imposto sem representação” foi o grito do povo norte-americano que lutava sob a opressão financeira imperial britânica. O Exército Continental se envolveu em uma guerra com o exército britânico, a qual terminou com a assinatura do tratado de Paris em 1783. Assim, outra grande profecia, a ascensão da besta de Apocalipse 13, foi cumprida durante esse inverno econômico. O fim de cada um desses ciclos econômicos e eventos históricos significativos corresponderam ao cumprimento de grandes profecias. Vamos conferir o novo ciclo para ver se esse padrão continuou.

O ciclo seguinte de Kondratieff terminou por volta de 1896, após uma longa e prolongada recessão econômica de mais de 20 anos. Em meio a esse mal-estar econômico, a igreja teve sua “experiência de 1888”. A pregação sobre a justificação pela fé devia ser acompanhada pelo derramamento da chuva serôdia. Em Mensagens Escolhidas (v. 1, p. 363), Ellen White declarou: “O alto clamor do terceiro anjo já começou”. Deus estava atuando para capacitar sua igreja a fim de terminar a obra. Mas a igreja não estava preparada para receber essa bênção especial.

O Pânico de 1873

A análise dos eventos que deram início ao inverno de Kondratieff das décadas de 1870 a 1890 pode ser esclarecedor para os adventistas hoje. Esse ciclo começou com o pânico de 1873, um colapso dos mercados financeiros que originou a “longa depressão”. Esse período durou mais de cinco anos e é o mais longo registrado, superando a grande depressão  da década de 1930. Mesmo depois que a depressão terminou, com frequência a nação entrou em recessão nos anos 20 seguintes.

No período pós-guerra civil americana, foi feito um tremendo esforço de reconstrução nacional. Uma das “novas tecnologias” promissoras foi a ferrovia. Pensava-se que a estrada de ferro pudesse cruzar o país para ajudar a transportar pessoas e bens, promovendo o crescimento econômico. A oportunidade parecia atraente, levando muitos a investir pesadamente na construção da rede ferroviária. Esperava-se que a ferrovia trouxesse prosperidade à nova nação. Porém, assim como o investimento em ações de empresas com base na internet levaram á crise de 2000, e a bolha imobiliária levou à grande crise financeira de 2008, a promessa de prosperidade desapareceu à medida que a bolha explodiu, deixando um rastro de dívidas impagáveis e sonhos desfeitos.

O pânico de 1873 começou quando J. Cooke e Co, uma instituição bancária que investiu pesadamente em ferrovias, não conseguiu pagar sua dívida e faliu. Isso desencadeou uma crise financeira, pois os depositantes, temendo perder seu dinheiro, iniciaram uma corrida aos bancos para retirar os recursos. Os mercados de ações caíram e o sistema bancário ficou fechado por dez dias. A situação foi semelhante ao que ocorreu em 2008, quando o banco de investimento Lehman Brothers declarou falência. No entanto, ao contrário de hoje, no fim dos anos 1800 não havia nenhuma Reserva Federal dos Estados Unidos para socorrer as instituições financeiras. A recuperação foi lenta e dolorosa.

Ainda em 1873, um grupo de mulheres se reuniu para compartilhar a preocupação com o declínio moral na América. Vícios como a bebida alcoólica, prostituição e jogos de azar, bem como outros crimes, estavam aumentando. Elas formaram a União Feminina de Temperança Cristã, num esforço para devolver ao país seus valores cristãos. Em 1876, elas buscaram o apoio de um jovem senador dos Estados Unidos chamado William Blair. Juntos, procuraram promulgar uma lei para fechar salões e bares. Tiveram algum sucesso, mas a moralidade da nação não melhorou.

Em 1888, Blair iniciou um novo esquema para lidar com a baixa condição espiritual da América. Ele levou ao Senado um projeto de lei que propunha um dia comum de adoração para todos os cidadãos. Uma “lei dominical” deveria determinar um dia para adoração! O senador voltou-se para a União Feminina de Temperança Cristã, entre outros, em busca de assinaturas em uma petição para esse fim. Quinze milhões de assinaturas foram coletadas, ou seja, cerca de metade da população dos Estados Unidos na época!

Muitos adventistas estão familiarizados com esse evento. A Igreja Adventista, ainda relativamente jovem como denominação na época, se opôs a esse projeto de lei e enviou um de seus ministros, Alonzo T. Jones, para uma audiência no Senado. Ele foi preparado especialmente por Deus para atender a essa emergência, pois o Senado lhe concedeu memória fotográfica e capacidade para recitar, de memória, passagens de livros de direito. Como premissa para seus argumentos, ele usou o texto da Bíblia que diz: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22:21), e obteve êxito em sua batalha contra esse projeto de lei.

A ameaça da lei dominical declinou. E o mesmo ocorreu com a oportunidade de a igreja receber a bênção prometida do Espírito Santo. Na década seguinte, os reavivamentos foram recebidos com corações frios, orgulho e egoísmo, e o Espírito de Deus foi repetidamente rejeitado. O segundo ciclo de Kondratieff do século 19, concluído em 1896, manteve a promessa de outra profecia a ser cumprida, o esperado retorno de Cristo. Mas a igreja não estava pronta para receber a chuva serôdia, e o ciclo findou sem a realização dessa esperança. Embora esse ciclo tenha terminado em oportunidades perdidas, podemos nos beneficiar da experiência da igreja daquela época. Podemos reconhecer os padrões que ocorreram e compará-los às condições de hoje.

O que poderia ter sido

Em 1903, Ellen White recebeu uma visão na qual observou a igreja submissa ao poder do Espírito Santo e unida sob um espírito de amor e perdão. Infelizmente, era apenas uma visão do que poderia ter acontecido na assembleia da Associação Geral de 1901. Com tristeza, Ellen White escreveu o artigo “O que poderia ter sido” lamentando essa oportunidade perdida. Além disso, ela publicou vários outros artigos na Review and Herald recordando o fracasso de Israel em entrar na Terra Prometida. Seu sentimento foi de que parecia tarde demais para o Senhor voltar.

Ao examinar o ciclo seguinte de Kondratieff, começando em 1896 e terminando em 1945, podemos ver as razões da tristeza se Ellen White. Durante esse ciclo, o planeta foi testemunha de um terrível derramamento de sangue diferente de qualquer coisa ocorrida. A Primeira Guerra Mundial, A Revolução Russa, a Segunda Guerra Mundial, o Holocausto, a bomba atômica, a revolução chinesa, a Guerra da Coreia e muitos outros conflitos marcaram essa era. Grande parte da população mundial ficou trancada atrás de fronteiras hostis ao cristianismo. A perda de vida foi insuportável, e as guerras e tensões internacionais também criaram um ambiente hostil à difusão do evangelho. Talvez essa fosse a razão para a grande tristeza revelada no artigo “O que poderia ter sido”. Enquanto os três longos ciclos anteriores terminaram em grandes eventos proféticos, esse ciclo terminou em 1945, sem a oportunidade de finalizar a pregação do evangelho.

O Inverno de Kondratieff

Isso nos leva ao ciclo atual. O fim da Segunda Guerra Mundial deu início a uma era de prosperidade sem precedentes. Enquanto o Plano Marshall ajudou a reconstruir as economias de guerra, os Estados Unidos se beneficiaram de seu dinamismo econômico. A primavera e o verão de Kondratieff floresceram durante 30 anos, dando à luz a burguesia da classe média americana. Porém, enquanto os Estados Unidos desfrutavam da riqueza durante os governos Reagan e Clinton, o ciclo de Kondrafieff mudou silenciosamente para o outono. As economias começaram a estacionar. O nível da dívida teve um crescimento acentuado. No ano 2000, o estouro da bolha tecnológica inaugurou o inverno de Kondratieff, e ainda hoje estamos experimentando seus efeitos.

As previsões para o fim desse ciclo são por volta do ano 2020. Se esse padrão for mantido, as condições do mundo declinarão rapidamente. Podemos ver muitas ameaças e desafios convergentes hoje, fazendo com que a previsão pareça bastante plausível. As tensões políticas estão aumentando em várias partes do mundo. As notícias estão cheias de histórias de terrorismo e crises dos refugiados políticos. Os mercados de ações também podem ter fortes instabilidades. Mas dessa vez os bancos centrais não tem munição para socorrer as empresas. Os estágios finais de um severo inverno de Kondratieff parecem estar sobre nós.

Os trabalhadores são poucos

O ponto crítico para os adventistas hoje, no entanto, não é que estamos em um inverno de Kondratieff, mas sim que a história nos mostra que esses invernos econômicos são realmente tempos de colheita para Deus. É o momento em que as pessoas estão prontas para ouvir uma mensagem de esperança, sensíveis à compaixão e à graça. É o tempo em que a colheita é abundante. Poderia esse “inverno” ser uma oportunidade para terminar a grande comissão que nos foi dada por Jesus? O próprio Cristo lamentou que a colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos (Mt 9:37). Infelizmente, parece que isso não mudou. A igreja cristã se encontra em estado de mornidão e indiferença. Ela desconhece sua verdadeira condição e não percebe os eventos ao seu redor. Não tem muita motivação para aproveitar as oportunidades.

Assim, a colheita amadurece, e Deus espera pacientemente que Seu povo se mobilize para recolher o fruto das sementes plantadas há dois mil anos a um preço tão alto. O que deus deve fazer, à medida que o tempo se torna curto? Será que Ele simplesmente espera que os trabalhadores se levantem? Vai esperar pacientemente à porta e bater até que ouçamos Sua voz? Ou será que as batidas se tornarão mais insistentes e intensas para despertar seus trabalhadores por trás dessas portas? “Eu repreendo e disciplino  a quantos amo”, diz a Laodiceia (Ap 3:19). Evidências sugerem que a repreensão e o castigo de Deus muitas vezes assumem a forma de uma crise financeira.

Ao considerarmos a evidência dos ciclos econômicos de Kondratieff e a história profética que os adventistas conhecem muito bem, vemos como somos afortunados e quanto é grande a responsabilidade que está diante de nós. Não devemos usar a ideia dos ciclos econômicos para marcar datas e especular sobre a volta de Jesus, mas podemos usar os acontecimentos para motivar um despertamento.

O apóstolo Paulo escreveu: “Irmãos, relativamente aos tempos e às épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite, nem das trevas. Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios” (1 Ts 5:1-6).

Você consegue ler os sinais ao seu redor?

*Timothy Aka é tesoureiro associado mundial da Igreja Adventista, em Silver Spring (EUA)

FONTE: Revista Adventista, abril de 2017, p. 36-39




sexta-feira, 21 de abril de 2017

“BALEIA AZUL” – O INFAME JOGO DO SUICÍDIO



Ricardo André

Desde o início desta semana que o tema da “Baleia Azul” viralizou nas redes sociais. Mensagens advertindo os pais quanto aos perigos da “baleia azul” movimentou assaz as redes sociais, quando a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro divulgou que está fazendo um rastreamento das redes sociais para reunir informações sobre o jogo. Um inquérito foi instaurado depois que a mãe de um menino de 12 anos denunciou que o garoto foi convidado a participar da série de desafios. Mas, afinal o que é “baleia azul”?

"Baleia Azul" consiste num jogo virtual no qual há uma série de 50 desafios diários, enviados à vítima por um "curador". Sintomaticamente, o jogo da “Baleia azul” é viral. Segundo a Wikipédia, “o termo "Baleia Azul" refere-se ao fenômeno de baleias encalhadas, que é comparado ao suicídio”. Há desde tarefas simples como desenhar uma baleia azul numa folha de papel até outras muito mais mórbidas e perigosas, como cortar os lábios ou furar a palma da mão diversas vezes. Em outra tarefa, o participante deve "desenhar" uma baleia azul em seu antebraço com uma lâmina, passar um período exaustivamente longo ouvindo músicas psicodélicas, assistir a uma sequência interminável de filmes de terror, ir a lugares medonhos durante a madrugada e agir pondo a vida em risco. Cada fase deve ser registrada por meio de fotografia e compartilhada na rede social e com os demais jogadores. Como desafio final, o jogador deve se matar. Os primeiros dados das investigações revelam que o “baleia azul” coopta principalmente adolescentes que demonstram carência de afeto familiar e de aceitação social, e que tem depressão.

Quem envia essas tarefas ao participante? Os administradores, também chamados de "curadores".  Eles enviam aos jogadores os 50 desafios que ele deve cumprir diariamente até chegar ao suicídio. Particularmente, custei a acreditar nesse jogo macabro. Foi somente quando li algumas matérias jornalísticas que percebi que o jogo realmente existe e representa um perigo real a vida de muitos de nossos adolescentes.

Não se sabe ao certo a gênese do jogo que incentiva o suicídio, mas os primeiros relatos surgiram na Rússia, quando no início deste ano alguns adolescentes praticaram o suicídio. As investigações desses suicídios apontam a relação deles com esse jogo. O jogo esta se disseminado pelo mundo, inclusive aqui no Brasil, como indicam o caso da jovem de 16 anos morta no Mato Grosso e uma investigação policial em andamento na Paraíba, gerando preocupações entre os pais e as autoridades policiais brasileiras.  Há investigações policiais em diversos Estados brasileiros onde ocorreram casos de mutilações graves em adolescentes e jovens. Urge que os pais demonstrem interesse pela rotina de seus filhos para entender se o jovem está com problemas. A menor mudança repentina no comportamento dos filhos deve ser um sinal para os pais ficarem atentos ao perigo.

É preciso que nossos jovens busquem pessoas em quem confiam para compartilhar seus anseios, seja na escola ou na família, dizem os especialistas. Afora isso, eles precisam saber que ninguém precisa morrer para cumprir a etapa final do jogo da morte, pois alguém já cumpriu todos os desafios e morreu em nosso lugar. Este alguém é Jesus, nosso compassivo Salvador. Ele morreu por nós, como nosso substituto, provando a morte por todos os indivíduos. Era Ele o único sem pecado, mas Deus “fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós” (Isaías 53:5). Ele “foi esmagado por causa de nossas iniquidades”. Apresentando-Se como voluntário para receber o “castigo” por nossos pecados, Ele “foi transpassado por causa das nossas transgressões”. Pelas Suas fatais feridas “fomos curados” e recebemos vida eterna Cristo não hesitou em pagar o supremo preço para redimir-nos. Se necessário, Ele estaria disposto a sofrer a morte eterna para que, mediante a Sua morte, encontrássemos nosso caminho para Deus. Ele aceitou morrer em nosso lugar, recebendo a justa penalidade por nosso pecado e culpa. Foi por isso que Ele morreu.

A escritora cristã Ellen G. White escreveu esse solene pensamento: “Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. "Pelas Suas pisaduras fomos sarados." Isa. 53:5” (O Desejado de Todas as Nações, p. 25).

Jesus Cristo morreu na cruz pagando o preço de nossos pecados, é verdade! Mas a história não termina na cruz. Após três dias, Jesus Cristo ressuscitou, apareceu aos seus discípulos e depois de 40 dias, subiu aos céus (Lucas 24; Atos 1). E deixou uma grandiosa promessa: Ele voltará para buscar o Seu povo fiel e nos levará para estar com Ele, para sempre! (João 14.1-3).

Ele morreu em nosso lugar. Aquele sacrifício lá na cruz e a ressurreição, tem poder para transformar a história da vida de todo aquele que crê!

Ele tomou o nosso lugar e por isso, somos alcançados por Sua graça e recebemos perdão pelos nossos pecados; por meio dEle, temos acesso direto ao Pai; por meio dEle, somos participantes das promessas e bênçãos feitas a Abraão; por meio dEle, temos a esperança de uma vida imortal no Céu!

Caro amigo, creia e viva a vida que Cristo te proporciona!




quinta-feira, 20 de abril de 2017

SUPREMA CORTE RUSSA PROÍBE ATIVIDADE DE TESTEMUNHAS DE JEOVÁ



Testemunhas de Jeová tem cerca de 175 mil seguidores no país. Grupo é considerado 'uma ameaça para os direitos das pessoas, da ordem pública e da segurança pública'.

 Centro de Direção das Testemunhas de Jeová em São Petersburgo, na Rússia (Foto: Reprodução/Google Street View)

 
A Suprema Corte da Rússia proibiu nesta quinta-feira (20) a atuação da organização Testemunhas de Jeová, de acordo com a agência France Presse.

O ministério da Justiça russo havia apresentado uma ação no Supremo Tribunal considerando as Testemunhas de Jeová "uma ameaça para os direitos das pessoas, da ordem pública e da segurança pública".

O juiz Yury Ivanenko afirmou na sentença que a organização "deverá entregar à Federação russa suas propriedades".

Um líder russo das Testemunhas de Jeová, Iaroslav Sivoulski, declarou estar "chocado" com a decisão dos juízes e anunciou que a organização religiosa vai apelar.

"Não pensava que algo assim poderia acontecer na Rússia moderna, onde a Constituição garante a liberdade de religião", disse ele.

Atividades suspensas

Em março, o Ministério da Justiça já tinha suspendido as atividades do grupo, acusado de armazenar e difundir literatura religiosa de caráter extremista. Na ocasião, o Centro de Direção das Testemunhas de Jeová na Rússia, que dirige todas as filiais regionais e locais da comunidade religiosa, foi incluído na lista de organizações não governamentais e religiosas que foram suspensas por extremismo.

O porta-voz das Testemunhas de Jeová na Rússia, Ivan Belenko, denunciou na época à agência Efe que a decisão das autoridades russas privaria do direito à liberdade ao culto os 175 mil seguidores que dessa comunidade no país.

"Todas as decisões judiciais contra nós se baseiam em uma única acusação: que alguns de nossos livros e discursos estão na lista de literatura extremista que existe neste país", explicou Belenko.

Belenko afirmou que as decisões de incluir algumas publicações na lista negra "foram tomadas com base em opiniões de falsos especialistas e sentenças judiciais ditadas às costas dos crentes", ainda segundo a Efe.

Disputas

O grupo religioso possui 395 centros em todo o país e já travou várias disputas com as autoridades russas nos últimos anos.

Em janeiro, o líder da organização na cidade de Dzerzhinsk foi multado por distribuir material considerado extremista pelas autoridades.

O governo russo dissolveu em 2004 um ramo da organização, uma decisão que a Corte Europeia de Direitos Humanos considerou em 2010 em violação aos direitos da religião e associação.




Nossa Opinião: Por ser adventista do sétimo dia acredito firmemente na liberdade religiosa para todos. Cremos que o que deve ditar a escolha religiosa de alguém é a sua consciência, e não o governo. Por acreditar nesses valores, devo discordar veementemente da decisão do governo russo de tornar proscrito as atividades das Testemunhas de Jeová. Não obstante elas crerem e pregarem algumas crenças e práticas estranhas às Sagradas Escrituras, que beiram ao fanatismo, a exemplo de se recusarem doar e receber sangue, de prestar serviço militar, a defesa, em suas literaturas, a separação dos seus fiéis da política e dos governos humanos, por acreditarem que o Diabo controla o atual “sistema de coisas”, elas não oferecem perigo algum para a sociedade, nem para segurança de qualquer país. Eu conheço as TJ. Há muito tempo pesquiso sua história e crenças, conheço um pouco do mundo das TJ. Conheço vários adeptos dessa comunidade religiosa. Discordo de quase tudo que creem e ensinam, mas devo dizer que eles são cidadãos pacatos, pacíficos e ordeiros. E posso afirmar que elas se submetem as leis dos países onde residem e obedecem aos governos desde que não conflitam com o que consideram serem mandamentos divinos.

As Testemunhas de Jeová não é um grupo terrorista, não praticam violência, por isso, merecem estar amparados pelo direito de liberdade religiosa, tanto quanto os cristãos ortodoxos russos e membros de outras igrejas. A decisão do Governo russo em relação às Testemunhas de Jeová ameaça seriamente a liberdade religiosa neste país.  E isso é muito grave. Se os métodos e a literatura das testemunhas são considerados ofensivos e ameaçadores, essa decisão da Suprema Corte russa abre um precedente e poderá proscrever também as atividades de outras comunidades religiosas.