Teologia

sábado, 24 de setembro de 2016

SETE ELEMENTOS IMPORTANTES DA SEGUNDA VINDA DE JESUS



Ricardo André

Vivemos num mundo conturbado e contorcido pela dor e pela miséria. Todos os dias vemos na televisão alguma tragédia, um crime, corrupção generalizada, uma violência, um estupro, balas perdidas, um desastre, tufões, acidentes aéreos, desastres de trem, inundações, suicídios, ataques terroristas que destroem centenas de pessoas inocentes, e incontáveis outros horrores. Algo que nos fere a alma e que nos leva a pensar: “Senhor, quanto mais irás aguentar? Senhor, já é tempo de voltares à Terra!”

Jesus sabia da perplexidade que encheria o coração e a vida das pessoas no mundo caótico de hoje. Assim, confortou Seus seguidores e a nós, dizendo: “Não se turbe o vosso coração” (Jo 14:1). Ele nos garante que tem conhecimento daquilo que enfrentamos e prometeu: “voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver (Jo 14:3, NVI).  Ele prometeu voltar, e Sua Palavra não falha. Ele nunca quebrou uma promessa. Ele nunca exagerou. Sua palavra é certa. Jesus prometeu voltar, e esta promessa é o suficiente para mim. O mesmo Jesus real que nasceu como bebê em Belém, cresceu e Se tornou homem entre a raça humana, curou os enfermos, morreu no Calvário, ressurgiu ao terceiro dia, ascendeu ao Céu e vai retornar (Atos 1:11).

Há outras razões para crer em Sua breve volta. Não apenas Jesus fez a promessa, mas os anjos a confirmaram. Um dia, Jesus estava caminhando com Seus discípulos, quando, de repente, perceberam que Seus pés não tocavam mais o chão. Ele começou a subir cada vez mais alto, até que foi encoberto pelas nuvens. Aqui está como a Palavra de Deus descreve este evento:

“Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu  dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles, e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o viste subir.” (Atos 1:9-11)

O que deve alegrar-nos nestes dias são alguns elementos positivos que nos alentam e servem como um bálsamo para nossa alma aflita. A seguir estão listados sete elementos importantes que você vai achar útil saber sobre a segunda vinda de Cristo.

1) A volta de Cristo é imperativa!

Os grandes cientistas confirmam que este mundo não pode durar muito mais. Um historiador inglês disse: “O mundo está chegando ao fim. O fim de tudo aquilo que chamamos vida está bem próximo”. O Dr. Allan Munn, físico canadense disse alguns anos atrás que as armas termonucleares podem levar o mundo a uma desintegração completa em menos de um minuto.

Você já pensou em como seria desalentador se Jesus não voltasse? Se Ele não viesse, as pessoas famintas da África e de outros lugares do mundo continuariam morrendo. Os genocídios que levaram milhões à morte no Camboja de Pol Pot, em Ruanda e na ex-Iugoslávia  e em outros incontáveis lugares se repetiriam de novo  e outra vez.

A volta de Cristo é um fato. É imperativa. Jesus precisa voltar. A humanidade está totalmente perdida e convulsionada pelo materialismo, desilusão e falta de direção.

Quando Jesus virá

Os discípulos de Jesus perguntaram-lhe um dia: “qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?” (Mateus 24:3). Jesus respondeu a essa pergunta de duas maneiras.

2) Não sabemos quando Jesus virá. Durante o século passado, vários grupos e indivíduos definiram datas para a segunda vinda de Jesus, entre elas: 1914, 1964, 1988 e 1994. Durante a década de 1990, algumas pessoas previram que Jesus voltaria por volta do ano 2000. No entanto, Jesus disse: “Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mateus 24:36).

Portanto, é inútil definirmos datas para a segunda vinda de Jesus ou ficarmos animados sobre outras datas definidas. Muitas pessoas ficam decepcionadas quando a data esperada passa e nada acontece, e abandonam todas as esperanças no retorno de Jesus.
3) Nós podemos saber quando Sua vinda está próxima. Jesus disse, no entanto, que podemos saber quando Sua vinda está próxima, assim como sabemos que o verão está próximo, quando vemos as folhas brotando nas árvores (Mateus 24:32-33). E Ele nos deu vários sinais pelos quais podemos saber isso. “Se bem que não saibamos a hora da volta de nosso senhor, podemos conhecer quando está perto. "Não durmamos pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios." I Tess. 5:4-6.” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 235).

Um desses sinais é a pregação mundial do evangelho. “Este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações”, Ele disse, “e então virá o fim” (Mateus 24:14).

Nós, humanos, nunca saberemos quando cada pessoa na Terra teve a oportunidade de ouvir a boa notícia sobre Jesus e Sua oferta de vida eterna a todos os que nEle creem. Mas um ponto é muito evidente – é mais fácil hoje do que tem sido em qualquer outro momento na história humana compartilhar a boa notícia com todos os seres humanos. Pense nisso: TV, rádio, livros, revistas e jornais, e agora a Internet por sites, por e-mails e Redes Sociais, levando a mensagem a milhões de endereços. Alguns escrevem mensagens, e centenas de pessoas as retransmitem a amigos e conhecidos.!

A Bíblia também diz que pouco antes do retorno de Jesus, o mundo estará muito fascinado com o espiritismo e a comunicação com espíritos demoníacos. Por exemplo, Jesus disse que antes de seu retorno “aparecerão falsos cristos e falsos profetas que realizarão grandes sinais e maravilhas para, se possível, enganar até os eleitos” (Mateus 24:24). Em uma passagem semelhante em Apocalipse, João disse que os “espíritos de demônios que realizam sinais milagrosos” irão reunir os reis da terra para a batalha do Armagedom (Apocalipse 16:14-16). E Paulo disse que no tempo da volta de Jesus, Satanás exibirá “(…) todo poder, e sinais, e prodígios da mentira” (2 Tessalonicenses 2:9).

É significativo, eu acredito, que hoje nós vemos um rápido crescimento no interesse pelas canalizações e outras formas de comunicação com os chamados mortos da Nova Era. Este é um sinal da breve volta de Jesus, e é também um aviso de que não devemos aceitar fazedores de milagres, simplesmente porque eles parecem ter poderes sobrenaturais. Satanás pode operar milagres, e ele realiza seus milagres para enganar as pessoas.

Como Jesus Virá

Jesus predisse que, antes de Seu retorno impostores irão aparecer em vários lugares do mundo, alegando ser ele. “Cuidado”, ele disse. “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos”. É por isso que Ele advertiu: “se vos disserem: Eis que ele está no deserto!, não saiais. Ou: Ei-lo no interior da casa!, não acrediteis” (Mateus 24:4, 5, 26). Iniciou-se um tipo de engano particularmente poderoso para enganar. Esse sinal já está acontecendo? Sim, em vários lugares há cristos, em forma de seres humanos, se fazendo passar por JESUS. Mas ainda não tem grande repercussão na mídia. No entanto, o fenômeno já se tornou em fatos.

Felizmente, ninguém precisa ser enganado. Existem três maneiras que você pode reconhecer o verdadeiro Jesus quando Ele vier.

4) Sua vinda será um evento público. Por um lado, a vinda de Jesus será o acontecimento mais público da história do mundo. A Bíblia diz: “Todo olho o verá” (Apocalipse 1:7), e o próprio Jesus disse: “assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mateus 24:27). O apóstolo Paulo acreditava numa aparição pública e gloriosa. Ele disse em sua carta a Tito: “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” (Tito 2:13)


Não somente a vinda de Jesus será visível, mas também será muito, muito audível. Paulo disse: “Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus” (1 Tessalonicenses 4:16). E disse a igreja em Corinto que “(…) a trombeta soará (…)” na segunda vinda de Jesus (1 Coríntios 15:52).

5) Ele virá nas nuvens. Jesus também disse que Ele virá “sobre as nuvens do céu” (Mateus 24:30), fato que se repete várias vezes no Novo Testamento. Por exemplo, no Apocalipse, João escreveu: “Eis que vem com as nuvens” (Apocalipse 1:7). Mais tarde, em uma visão real da segunda vinda de Jesus, João disse: “Olhei, e diante de mim estava uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, alguém semelhante a um filho de homem” (Apocalipse 14:14).

6) Os mortos serão ressuscitados para a vida. Jesus disse: “(…) está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz” (João 5:28-29). Aqueles que tiverem feito o bem “ressuscitarão para a vida” (versículo 29). Jesus não disse exatamente quando isso vai acontecer, mas Paulo explicou que vai acontecer na segunda vinda de Jesus: “O próprio Senhor descerá do céu (. . .) e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1 Tessalonicenses 4:16).

Como Estar Preparado

A próxima pergunta é importante, como eu e você podemos estar prontos para a volta de Jesus? E a resposta é o sétimo elemento importante que precisamos saber sobre a Sua segunda vinda.

7) Você pode estar pronto. Mesmo algumas pessoas que pensam que estão prontas para a segunda vinda de Jesus vão descobrir que não estão. Ele advertiu, “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus” (Mateus 7:21).

Então, o que devemos você e eu fazer para estarmos prontos na vinda de Jesus?

Em primeiro lugar, devemos reconhecer as coisas erradas que fizemos e torná-las certas. Se tivermos prejudicado alguém, devemos fazer as pazes. E ainda que Deus não exija de nós que vençamos todos os nossos maus hábitos antes que Ele nos aceite, ele quer que nós os reconheçamos e os deixemos de lado a fim de superá-los. A Bíblia chama isso de “arrependimento” e “confissão”. Temos também de aceitar a morte de Jesus na cruz por nossos pecados e pedir a Ele para perdoar estes pecados.

Quando temos satisfeitas todas estas condições, Deus faz duas coisas para nós. Em primeiro lugar, Ele nos perdoa. E segundo, Ele transforma nossas mentes e emoções de modo que as coisas más que uma vez amamos agora detestamos e as coisas boas que antes detestávamos agora amamos. Os cristãos chamam isso de “Novo Nascimento”.

A Esperança da Vinda de Jesus

Você está cansado e desalentado por causa da dor e sofrimento, doença, morte e das condições do mundo? Está preocupado com seu filho doente? Alguém de sua família ou de seus amigos mais próximos tem uma doença incurável? Seu cônjuge está desempregado? Sua família carece de real satisfação ou segurança na vida? Você beijou pela última vez um ente querido que depois passou para os domínios da morte?  Ouça! Jesus prometeu: “Voltarei!” Jesus está voltando! Deus promete que no novo lar que Jesus está preparando para nós “Ele enxugará toda lágrima de seus olhos. Não haverá mais morte, nem luto, nem choro, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).

Quão gratos podemos ser pela promessa de Jesus: “Voltarei!” Quando Ele vier, os seus amigos e entes queridos que eram fiéis e, morreram serão ressuscitados para a vida. Eles vão se juntar com o povo de Deus que ainda estará vivo na terra e serão “arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares” (1 Tessalonicenses 4:17). Vidas solitárias e frustradas despertarão para a amizade com Jesus através dos tempos eternos. Será um encontro pessoal com o nosso melhor Amigo, com Aquele que nos ama tanto que morreu na cruz por nós. Será a coisa mais gostosa do mundo encontrar-nos com Jesus, tocarmos Suas marcas da cruz, sentirmos o calor de Seu amor! Será o encontro que aguardamos com grande ansiedade. Não admira que a Bíblia nos convide a encorajar uns aos outros com estas palavras (versículo 18).

Caro amigo leitor, você não gostaria de estar pronto para encontrar Jesus quando Ele vier? Tudo que você tem a fazer é pedir para Ele entrar em sua vida. Se você fizer dEle o Senhor do seu coração, você O receberá alegremente por ocasião do Seu retorno à Terra.

“Ora, vem Senhor Jesus!” (Ap 22:20).


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

ASTROLOGIA -- SERÁ QUE OS ASTROS DIRIGEM NOSSA VIDA?



Prof. Azenilto G. Brito

Um ex-assessor presidencial norte-americano causou sensação há alguns anos, ao revelar atitudes que a esposa de um ex-presidente ao qual servia tomava e com que influenciava o marido: ela dependia das posições de astros e planetas no cosmos para tomar decisões importantes, e queria que o marido lhe seguisse o exemplo em seu trabalho como líder nacional. Segundo informou o ex-assessor presidencial, a inspiradora da primeira-dama era uma conhecida astróloga cujas previsões astrológicas ela seguia à risca e que lhe servia de conselheira, orientando-a à luz do que indicavam os astros.

Nas penúltimas eleições presidenciais brasileiras, uma famosa astróloga previu que certo candidato seria vitorioso, e divulgou suas previsões com toda certeza. Embora as pesquisas de opinião indicassem que o candidato tinha poucas possibilidades de ser o preferido dos eleitores, ela insistia em que antes das eleições “um fato novo” viria a se passar que o poria disparado à frente dos concorrentes. E houve deveras um tal “fato novo”, o que deu a ela maior convicção de sua previsão, baseada no mapa astrológico daquele candidato em comparação com os dos demais. No entanto, embora os astros, na sua opinião, preferissem o tal aspirante presidencial, o que pesou realmente foi o número de votos acumulados por aquele que por fim se saiu vitorioso. E o “favorecido” pelos astros terminou amargando um longínquo sexto lugar.

Tais episódios servem para demonstrar o elevado status que a astrologia alcançou nestes últimos anos e seu potencial de até mesmo influenciar os rumos de um governo, a partir de quando passou a servir como diretriz para a vida de nobres babilônicos dois milênios antes da Era Cristã.

Lembra um estudioso do assunto que na Índia alguns governantes buscaram na astrologia diretrizes para conduzir os negócios nacionais, e nem por isso a situação daquele país revelou-se menos problemática. Com crises políticas sucessivas, disputas étnicas e uma economia em bancarrota, o misticismo dos indianos, de onde procedem muitas das ideias de modernos esotéricos, não parece contribuir para a superação das dificuldades que a nação vem atravessando ao longo de sua história. Tal realidade nos lembraria também o Haiti.

A Popularização dos Horóscopos

Desde que começaram a surgir nos jornais britânicos na década de 30, revistas e diários por todo o mundo publicam colunas de horóscopos que atraem a atenção de muitas pessoas e rendem um bom dinheiro para os que se beneficiam com essa difundida credulidade. Não são poucos os que levam realmente a sério tais previsões, e não tomam nenhuma decisão, no campo sentimental, comercial, profissional, sem conferirem “o que dizem os astros” para aquele dia. Tais pessoas certamente não se dão ao trabalho de examinar os diferentes horóscopos oferecidos por publicações variadas, pois perceberiam muitas incoerências. Não é para menos—as previsões dos astros “que não mentem” dependem do redator de cada horóscopo.

Enquanto fazia meu curso de jornalismo, um colega contava que no jornal em que trabalhava havia um colaborador regular de horóscopos que certo dia falhou em levar a sua matéria antes do tempo de fechamento do periódico. Para não deixarem de atender ao grande público que religiosamente consultaria o seu horóscopo na manhã seguinte, ele tomou a iniciativa de criar o texto de previsões astrológicas para substituir o do astrólogo regular. Assim, pediu aos colegas de redação opiniões sobre o que poderia conter cada signo. Com as várias sugestões coletadas—por exemplo, “coloque aí que o dia será favorável aos aquarianos para fazer novas amizades, mas que devem cuidar com a saúde. . .”—pôde preencher o espaço sem que os leitores percebessem o “amadorismo” dos que compuseram o seu horóscopo. Aliás, uma das características dos horóscopos é a maneira genérica, vaga e mesmo ambígua em que as previsões são emitidas.

Em vários lugares há profissionais que se dedicam a preparar mapas astrológicos, até mesmo com o auxílio de computadores, para, supostamente, orientar as pessoas “sobre os melhores períodos, alertando-as para os piores. É como se fosse um mapa de previsões e alertas para um ano”, explica Neide Sampaio, que mantém um escritório de astrologia em Belo Horizonte.

Segundo a astrologia, cada planeta representa uma força a influenciar os indivíduos de algum modo. Nessa crença, os astrólogos indicam, por exemplo, datas apropriadas para a abertura de lojas, como no caso das butiques quando, “é bom saber a posição de Vênus, ligado à estética e à beleza”, segundo a alegação de um adepto da consulta aos astros. Do mesmo modo, “se o seu negócio é comida, fique de olho na Lua”. Supostamente, a posição tanto do planeta quanto do satélite no dia da inauguração poderia levar o negócio da butique ou de uma lanchonete ao sucesso ou ao fracasso.

Ciência ou Mito?

Mas que evidência científica existe para indicar que Vênus tem influência sobre questões de estética e beleza? Seria tão somente a mitologia, e suas incríveis histórias dos deuses do Olimpo, de tantas intrigas e fraquezas nada divinas?

O planeta Vênus tem tal nome atribuído por astrônomos do passado em homenagem à deusa da beleza entre os romanos, que se identificava com a Afrodite dos gregos. Casada com Vulcano, Vênus teve “um caso” com Marte, o deus-guerreiro que inspirou o nome de outro planeta de cor avermelhada (daí sugerindo guerra). Mas tudo isso, como o próprio nome diz, não passa de MITOlogia.

Não seriam muitas das concepções da moderna astrologia meros mitos? Aliás, o astrólogo Renato Quintino chega a admitir isso candidamente ao explicar que “os planetas têm o mesmo nome dos deuses gregos e não é por acaso. Portanto, é fundamental que o astrólogo conheça a Mitologia. Só assim ele saberá, por exemplo, que Plutão, que é o deus dos infernos, rege, na Astrologia, os infernos interiores dos homens” (“Tudo [ou quase tudo] que você precisa saber sobre Astrologia”, O Estado de Minas, 25/8/91, p. 6).

Qualquer estudante do nível elementar sabe que a Terra e os demais planetas giram em torno do Sol, dentro da concepção heliocêntrica. Os astrólogos, porém,  ainda vivem a cultura dos astrônomos de milênios atrás, quando prevalecia o conceito geocêntrico—de que a Terra fica ao centro, girando em torno dela o Sol, a Lua e as estrelas. Ademais, os cinco planetas conhecidos pelos babilônios (Mercúrio, Marte, Vênus, Júpiter e Saturno, com o Sol e a Lua acrescentados para formar o “mágico” número sete), passaram a nove, incluída a própria Terra, pela descoberta posterior de Netuno e Plutão.

Contradições e Perigos

Sabe-se que os fatores a influenciar o comportamento, ou mesmo o futuro de alguém, dependem de aspectos de formação moral, educacional, e mesmo físicos. Como argumenta Isaltino G. Coelho Filho, em artigo sobre o assunto, uma criança “filha de pais pobres, sem alimentação adequada, com gestação tumultuada, nascida em um país miserável e em guerra, terá o mesmo temperamento, o mesmo caráter e o mesmo destino de uma criança filha de pais ricos, bem alimentada, que teve gestação tranquila, nascida em uma mansão, só porque ambas nasceram em 10 de Fevereiro?” (“Qual é o Seu Signo?” – Mulher Cristã Hoje, agosto de 1991, p. 9). O mesmo autor lembra o caso dos gêmeos, nascidos no mesmo dia, sob o mesmo signo e supostas influências planetárias, que revelam temperamentos diferentes. “Tendo a mesma data e a mesma hora de nascimento, além dos mesmos antecedentes, deveriam ter temperamentos e destinos idênticos. Mas isso não sucede”. (Ibid.) E recorda o exemplo bíblico dos gêmeos Esaú e Jacó para confirmá-lo.

 A Astronomia também indica que os céus não se mantêm constantes desde o período em que os magos de Babilônia perscrutavam o espaço sideral e especulavam quanto às “vibrações” que os diferentes astros emitiam sobre a vida das pessoas. Assim, os seus mapas de astros e estrelas hoje estão inteiramente desatualizados. Como explica o astrofísico Hubert Reeves, “Tendo nascido em 13 de julho, os astrólogos me dizem que sou de Câncer. O que deveria significar que o Sol, no meu nascimento, se encontrava na constelação de Câncer. Isso era verdade há dois mil anos, mas no dia do meu nascimento, o Sol estava em Gêmeos”. (O Estado de S. Paulo, 9/02/86, citado por Isaltino G. Coelho Filho, Ibid). Portanto, alguém que fosse sagitariano ao tempo dos sábios de Babilônia hoje seria capricorniano! Mas os astrólogos não levam em conta essa “defasagem” cósmica ao emitirem suas previsões.

Um psicólogo avaliou da seguinte maneira os perigos que a astrologia representa na formação de uma pessoa: “Podemos ver o perigo pelo aspecto dos sérios distúrbios psicológicos; o medo da vida, o desespero e o desequilíbrio mental são produzidos por ela em pessoas sensíveis. A astrologia paralisa a iniciativa e a capacidade para avaliar. Ela entorpece as faculdades mentais e encoraja a superficialidade”. (Citado por Axel Hart em “O Golpe das Estrelas”, Decisão, janeiro de 1990, pp. 25 e 26).

Para o cristão, não é o condicionamento cego da mecânica planetária que lhe determinará o rumo da existência. Sabe que Deus o criou com o livre arbítrio para decidir seu próprio destino e depositará confiança na Sua direção, seguindo a Sua palavra.

Parafraseando o salmista, diríamos, “Uns confiam em horóscopos, outros em cartomantes, mas nós faremos menção ao Senhor nosso Deus” (cf. Salmo 20:7).

NOTA: Após a publicação deste artigo, uma cientista britânica trouxe ao conhecimento da sociedade humana que os especuladores do Zodíaco teriam que fazer um ajuste essencial nos seus horóscopos, se quiserem dar um mínimo de feição científica a seus estudos, pois há um mais a ser acrescentado. Assim, em lugar de 12, seriam 13 signos. A reação da comunidade astrológica e seus adeptos foi típica dos que, na intenção de guiar-se pelos astros, preferem “tapar o sol com a peneira”: simplesmente disseram que não alterariam o que têm  sido crido e ensinado por milhares de anos. Alguém, entrevistado por uma jornalista da TV a respeito de ter de possivelmente alterar o seu signo diante do novo fato, expressou-se mais ou menos assim: “Pode até ser que realmente haja um signo a mais; contudo, continuarei a crer como sempre cri, pois do contrário teria que alterar muito o meu  modo  de  pensar. . .”

FONTE: Ministério Sola Scriptura  http://www.c-224.com/16ASTROLOG.html

 

terça-feira, 13 de setembro de 2016

VERDADES E MENTIRAS SOBRE O DOM DE LÍNGUAS




Você já falou em línguas? Se você já falou, você entendeu alguma coisa que você falou? Você já se sentiu pressionado a falar em línguas? Nesta Palestra do Está Escrito Adoração, o Pr. Ivan Saraiva vai abordar o tema Verdades e Mitos do Dom de Línguas. Confira!




No programa anterior o Pr. Ivan Saraiva falou sobre as verdades e os mitos do dom de línguas. Ele continuará falando sobre este tema. Por isso se ficou alguma dúvida do programa anterior, você não pode deixar de assistir este vídeo Está Escrito Adoração, Verdades e Mitos do dom de línguas (Parte 02). Confira!



terça-feira, 6 de setembro de 2016

OS GIGANTES DA NOSSA VIDA: ONDE E COMO ENFRENTÁ-LOS?



Ricardo André

O gigante Golias, “o guerreiro filisteu de Gate” - símbolo do poderio filisteu contra Israel – duas vezes por dia, por 40 dias, se postava numa colina sobranceira ao acampamento dos israelitas e vociferava seu desafio a Israel para apresentar alguém para lutar contra ele. Israel se achava impotente. A mesma coisa sentia o rei Saul. O nome de Jeová estava sendo blasfemado e desafiado (I Samuel 17:8-11).

Davi ouviu a blasfêmia. Viu o gigante. “Seu espírito se agitou dentro dele. Inflamou-se de zelo para preservar a honra do Deus vivo, e o crédito de Seu povo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 690). Propôs a Saul: “Quem é esse filisteu incircunciso para desafiar os exércitos do Deus vivo? Ninguém deve ficar com o coração abatido por causa desse filisteu; teu servo irá e lutará com ele" (1 Samuel 17:26, 32). Saul só podia ter dó do menino. Mas Davi tinha um currículo de coragem. Um leão. Um urso. E acima de tudo, o Espírito do Senhor. “Posso abater este filisteu incircunciso.”

Davi era apenas um pastorzinho, o mais jovem de uma família de oito filhos. Ele conhecia suas ovelhas. Conhecia sua harpa. Sabia cantar. Mas estava longe de ser um adversário digno de Golias — aquele gigante de 2,90m de altura (v. 4, NVI), pesando possivelmente 400 quilos, um lutador desde a meninice, cujas ameaças belicosas deixava arrepiado o exército israelita. A armadura de bronze de Golias pesava cerca de 60 quilos (v.5) — talvez mais do que o peso de Davi. Golias avultava no horizonte como um homem-montanha de tecnologia de combate.

Enfrentando o gigante com apenas uma funda de couro, atirou-lhe uma pedra na testa e o feriu e matou. Golias foi morto por um simples disparo da funda de um pastor. Subitamente um grito de vitória explode no arraial de Israel. “Quando os filisteus viram que seu guerreiro estava morto, recuaram e fugiram” (1 Samuel 17:51).

Muitos anos se passaram desde que Davi derrotara o gigante Golias espetacularmente em nome de Deus. Agora o jovem pastorzinho tinha se tornado rei, era um guerreiro cansado e um homem de idade avançada quando Israel entrou outra vez em guerra contra os filisteus (2 Samuel 21:18-22).

O relato bíblico nos diz que numa batalha contra o inimigo, Davi ficou cansado: “De novo tiveram os filisteus uma guerra contra Israel. E desceu Davi, e com ele os seus servos; e tanto pelejara contra os filisteus, que Davi se cansou. E Isbi-Benobe, que era dos filhos do gigante, cuja lança tinha o peso de trezentos, siclos de bronze, e que cingia uma espada nova, intentou matar Davi. Porém, Abisai, filho de Zeruia, o socorreu; e, ferindo ao filisteu, o matou” (vs.15-16).

Quando o perigo passou, os homens de Israel disseram ao rei: “Nunca mais sairás conosco à batalha, para que não apagues a lâmpada de Israel” (v. 17). Mas os filisteus continuaram atacando e desta vez foi Sibecai que matou outro gigante, chamado Safe. Aparentemente, estava tudo acabado em outra batalha contra o mesmo inimigo apareceu outro gigante cuja lança era como rolo de um tear.

Desta vez foi Elanã que defendeu o rei. Finalmente, apareceu um gigante que tinha 12 dedos nas mãos e doze nos pés. Este também desafiou Israel e foi morto por Jônatas, filho de Siméia, irmão de Davi.
  
Nossa vida é um constante e permanente enfrentar gigantes

Qualquer pessoa que lê a história de Davi, pensa só no primeiro gigante que aprecem na vida do rei (Golias). Pouca gente sabe que a vida de Davi foi um permanente enfrentar gigantes. Os gigantes nunca o deixaram em paz. Atacaram-no quando era muito jovem e aparentemente não tinha forças para derrotar alguém maior do que ele, e atacaram-no também quando já era velho e cansava-se facilmente.

Os gigantes estão aí diante de nós, todos os dias. Eles estão aí esperando o momento de maior fraqueza, prontos a atacar-nos. É preciso enfrenta-los. Os gigantes que enfrentamos são reais: gigantes filosóficos, educacionais, financeiros, pessoais ou profissionais. Eles invadem nosso horizonte, obscurecem-nos a visão, ameaçam-nos a estabilidade e põem em perigo nosso futuro.

Considere alguns dos gigantes filosóficos que desafiam o nosso modo de pensar e viver.

Um deles é o humanismo secular. Afirma que a humanidade é criadora e árbitro de seu próprio destino. Passeia pelas nossas universidades sob o disfarce da objetividade científica: “Abandone suas pressuposições religiosas e aceite os resultados ‘inquestionáveis’ do empirismo científico. Nada há de sobrenatural no mundo. Tudo o que vemos pode ser explicado por causa e efeito”. De início, este gigante parece invencível ao jovem estudante. Afinal, como desafiamos anos de darwinismo ferrenho com nada mais do que uma Bíblia aberta?

Outro gigante que enfrentamos é o relativismo moral. O relativismo moral ensina que quando se trata de moral, do que é eticamente certo ou errado, as pessoas podem e devem fazer o que quer que sintam ser o certo para elas. Verdades éticas dependem de indivíduos, grupos e culturas que as sustentam. Porque acreditam que a verdade ética é subjetiva, as palavras como devem ou deveriam não fazem sentido porque a moral de todo mundo é igual; ninguém tem a pretensão de uma moral objetiva que seja pertinente aos outros. O relativismo não exige um determinado padrão de comportamento para todas as pessoas em situações morais semelhantes. Quando confrontadas com exatamente a mesma situação ética, uma pessoa pode escolher uma resposta, enquanto outra pode escolher o oposto. Não há regras universais de conduta que se apliquem a todos. O gigante diz: “Moralidade é tudo o que satisfaz suas necessidades. Não há código moral absoluto. Faça qualquer coisa que o torne feliz”. Este gigante passeia pelas universidades sob o disfarce da descoberta estudantil. Reforçado pelo hedonismo do circuito de divertimentos, ele seduz os jovens e os desassossegados, os solitários e isolados.

O materialismo é outro gigante opressor. As pessoas são levadas a ver os estudos não como o meio para um serviço maior, mas como meio de aquisição material. O carro, a casa, a indumentária fazem “a boa vida”.

As circunstâncias duras da vida. A adversidade e as dificuldades de toda sorte são também nossos gigantes. O seu pode ser o Golias de abusos sofridos na infância. Ou o Golias de um casamento infeliz, ou de uma família destroçada, ou uma doença. Ou pode ser o Golias de uma situação financeira que se deteriora, a perda prematura de um dos pais ou, pior ainda, a morte de um filho! Golias nos encontra quando os desafios excedem nossos recursos — quando somos superados e desarmados. Golias é real!

Estes são apenas alguns dos gigantes que enfrentamos na vida, mas o fato a recordar é que não só haveremos de enfrentá-los, mas onde, quando e como os enfrentaremos! Talvez a história de Davi e seu gigante nos ajude um pouco.

Como vencer os Gigantes espirituais?

A resposta de Davi nos diz onde enfrentar nossos gigantes — no ponto onde se cruzam a fé, coragem e competência. Coragem é um traço de liderança do qual todos precisamos. Coragem é a disposição de enfrentar nossos desafios sem medo. Competência é a habilidade necessária para vencer nossos gigantes. Coragem sem competência é bravata. Competência sem coragem é temeridade. Todavia, a dramática história da vitória de Davi sobre Golias é mais do que um relato de coragem, competência e ousadia. É uma história de fé; fé de que não foi ofuscada pela dúvida, pelo desânimo e pelo desespero; de fé que não se deixou corroer pela tendência de encarar as coisas meramente da perspectiva humana; de fé que confia no poder de Deus para fazer o que parece ser impossível.

Este exemplo nos lembra que não precisamos ficar aterrorizados diante dos “gigantes” em nossa vida. Ele nos ensina o que Davi compreendia tão bem, a saber: que a peleja pertence ao Senhor dos Exércitos. Não alcançaremos a vitória pela espada ou lança, mas pelo poder divino. E isso não se dá para nossa própria honra ou glória, mas para que “toda a terra [saiba] que há Deus em Israel” (I Sm 17:46).  Portanto, para enfrentar nossos gigantes precisamos dos três. Nos desafios que se nos defrontam, precisamos ter fé, coragem e competência. Os gigantes do humanismo, relativismo, materialismo e as vicissitudes da vida não podem derrotar nossa experiência pessoal com Deus! Precisamos mostrar como estas ideias são falidas, mas isso só pode ser feito sobre a plataforma de uma experiência viva com Deus.

O apóstolo Paulo em Filipenses 4:13, fala da maior força possível ao cristão! Ele diz: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4:13, NVI). A força que sustinha Paulo, a força locomotora de sua vida era Cristo! Ele nos ensina que como cristãos somos fortes em Cristo Jesus. Em sua fraqueza diante dos gigantes o cristão confia na força de Jesus. Apesar das vicissitudes, das enormes dificuldades, não somente o cristão recebe o alento, o bálsamo que necessita, o perdão e a paz, mas a força e o ânimo para enfrentar novas lutas.

Enfrente-o!

Nunca me esquecerei de como minha falecida mãe enfrentou seu gigante. Enfrentou com serenidade e confiança em Deus. Ela era hipertensa. Lembro-me do dia em que recebi um telefonema de minha irmã Roberlane Cordeiro, no ano de 2002, que informou que ela não estava bem, e que encontrava-se no hospital para submeter-se a uma cirurgia para a retirada de mioma. Ela falou que seu eu quisesse vê-la ainda com vida fosse lá. O pensamento de perdê-la doía tanto que eu mal conseguia puxar o fôlego entre um soluço e outro. Então clamei a Deus: “Senhor Jesus, Tu sabes o quanto eu desejo que minha mãe viva, por isso peço-Te que cures minha mãe. Eu não quero que mamãe morra, mas não sei como orar”.

Na mesma semana viajei ao Cabo de Santo Agostinho. Um dia depois da minha chegada a cidade, fui com meu irmão Roberval André visitá-la no IMIP (Instituto de Medina Integral, em Recife). Ao chegar lá encontrei minha querida mãe. Que emoção! Que alegria para nós! Que abraços gostosos! Vi a alegria estampado no seu rosto por me ver ali. Lembro-me que ela nos apresentou para sua colega de quarto, com as seguintes palavras: “Esses são os meus dois gatos”! Mas, ao mesmo tempo fui tomado por um sentimento de tristeza ao ver minha mãe tão debilitada, com andar trôpego, resultante do derrame que havia sofrido. Eu contive minhas lágrimas. Eu não queria que ela me visse chorando, e aumentasse o seu sofrimento. Ela precisava da minha força naquele momento. Ficou vários dias naquele hospital. Sua pressão arterial estava descontrolada. Ela era hipertensa. Somente depois que a sua pressão foi controlada, os médicos puderam realizar a cirurgia para retirar o mioma. Minha mãe teve oito filhos e lutou por eles. Penso que ela lutou pela família, mais até do que por si mesma.

Aquele dia no IMIP marcou indelevelmente minha vida. Nunca vou esquecer aquele encontro. Foi o meu último encontro em que ela falava e estava lúcida. Meses depois sofreria o segundo, terceiro e quarto derrame que lhe tiraria sua capacidade motora, sua fala e memória.

Em junho de 2004, recebi um outro telefonema de minha irmã Roberlane Cordeiro. Usando quase as mesmas palavras dois anos antes, informou-me que nossa mãe ficou muito doente e que estava hospitalizada, que eu precisava ir ao Cabo de Santo Agostinho se quisesse vê-la ainda com vida.

No dia 20 de junho daquele ano, viajei ao Cabo de Santo Agostinho/PE para ver minha mãe, que se encontrava em coma no Hospital São Sebastião.  Fui ao hospital vê-la nos dias 22 a 25. Ela não mais se movia nem falava. Ao vê-la naquele leito do hospital definhando e inerte tive a certeza de que minha mãe guerreira e batalhadora, e que amava muito estava bem próximo de encerrar sua vida aqui. A certeza de que aquela indesejada despedida estava chegando aumentava a cada dia de internação. Eu não queria que ela partisse, mas, no fundo, eu sabia que não sairia mais daquele hospital com vida.

No dia 25, fui pela tarde ao Hospital novamente. Quando cheguei no hospital, sentei ao lado do seu leito, peguei em sua mão, desabei.  Não consegui segurar. Chorei copiosamente. Eu queria orar, mas o que devia pedir? Então clamei: Senhor, salva minha mãe! Tenha misericórdia dela! Senti que a misericórdia do Senhor se estendeu sobre nós. Isso não mudaria minha dor, mas me ajudaria a suportá-la.

Minha mãe faleceu na madrugada do dia 25 de junho de 2004, levando consigo a esperança de ressuscitar no último dia, pois ela era uma crente em Cristo Jesus. Infelizmente, tivemos que dizer adeus à mãe mais forte e maravilhosa que conheci. Não poderia estar mais impressionado por sua força e me sinto um afortunado por tê-la como minha mãe. Foi uma grande tristeza para mim, para meus irmãos, para sua mãe (que faleceu meses depois), seus irmãos e amigos. Tenho a esperança bíblica de que um dia nos encontraremos, não muito longe, no Novo Céu e na Nova Terra. Caminharemos pelas ruas de ouro da Santa Cidade que Deus preparou para aqueles que O amam (Ap 21). Estaremos juntos por toda eternidade sem fim com o nosso compassivo Salvador Jesus e todos os remidos do Senhor.

Ellen White fala-nos de uma visão. Viu a igreja como um navio velho e cansado de viajar, indo ao encontro de um poderoso iceberg. A noite é fria, o iceberg é enorme, as águas são tenebrosas, os passageiros estão assustados. Então uma voz do céu diz: “Enfrentai-o!” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 205).

Caro amigo leitor, esta é a palavra de Deus para você e para mim. Enfrente seus gigantes no ponto de interseção de coragem, competência e entrega. Enfrente-os com segurança e confiança plena em Deus. Enfrente-os depois de ter a certeza de que Deus está com você. Quão bom é saber que na batalha contra os “gigantes” desta vida, não estamos sós. Do outro lado da montanha, está Jesus, o gigante da história. Morreu no Calvário, mas ao terceiro dia ressuscitou vitorioso. Emergiu da morte e proclamou vitória definitiva sobre o pecado.