Teologia

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

NÃO FUI EU, NÃO FORAM VOCÊS, MAS DEUS! LIÇÕES DA VIDA DE JOSÉ


Richard A. Sabuin*

A perseverante fé de José, na certeza de que Deus controla os assuntos da humanidade, levou-o a superar cada provação. Ele aproveitou a oportunidade de estar diante de Faraó para testemunhar a respeito de seu Deus.

Bonito, inteligente e de raciocínio rápido, ele era o filho favorito de seu pai. Mesmo sendo bem jovem ainda, tinha sonhos bastante estranhos; o mais estranho ainda é que ele tinha o dom de interpretá-los. Esse dom de prever o que estava para acontecer no futuro e os favores especiais de seu pai acenderam a chama do ciúme e da inveja entre seus irmãos. Seu pai lhe presenteou com uma túnica de várias cores, de grande valor, como demonstração de seu afeto especial – um presente que fez aumentar a inveja de seus irmãos. Entretanto, o ciúme e a desconfiança dos irmãos não o foram capazes de desviar o foco que esse jovem mantinha em sua vida, nem de abalar a sua perseverante fé no Deus de seus pais.

Seu nome era José. Quando estava com 17 anos, seu pai o enviou em uma missão: ir ao encontro de seus irmãos que estavam longe de casa, cuidando dos rebanhos da família, e não costumavam demorar tanto tempo. Os invejosos irmãos o viram se aproximando e armaram um plano para acabar com ele. O plano teve várias reviravoltas, fazendo com que José fosse finalmente levado para o mercado de escravos do Egito e depois para a casa de Potifar (Gênesis 37, 38). Lá, embora o belo jovem fosse assediado dia após dia pela esposa de Potifar, a absoluta lealdade de José ao seu Deus prevaleceu – mas também fez com que ele fosse parar na prisão. Passados 13 anos, – durante os quais José suportou todo tipo de sofrimento e enfrentou muitas tentações, mas permaneceu sempre fiel à sua herança de fé e ao chamado de Deus nessa terra estrangeira – foi elevado a uma posição de autoridade e poder no Egito, abaixo somente de Faraó (Gênesis 41:39), que o recompensou por ter interpretado com sabedoria os sonhos que lhe perturbavam (Gênesis 41:14-46).

Colocando sua confiança em Deus para que lhe desse orientação e sábia liderança para ajudá-lo a dirigir os negócios da nação, tanto em tempos de prosperidade como de adversidade, José administrou a grande nação egípcia e alcançou o auge do poder e da administração. Passados 22 anos após ter deixado a casa de seu pai, suportando toda forma de traição, injustiça e tentações, José foi vindicado. Fez-se justiça e ele pôde estar novamente junto de seu pai e do restante de sua família pelos 17 anos que se seguiram.

Os anos de favoritismo não corromperam José. Os anos de sofrimento não abalaram sua fé. Os anos de poder e prosperidade não o tornaram um líder orgulhoso e egoísta.

NÃO FUI EU, MAS DEUS!

Quando Faraó chamou José para se apresentar diante de seu trono e lhe pediu para interpretar os sonhos que tanto o perturbavam, o rei reconheceu que havia algo de diferente nele: “Ouvi falar que você, ao ouvir um sonho, é capaz de interpretá-lo” (Gênesis 41:15).

José foi rápido em intervir e deixar as coisas bem claras: não permitiria que aquele momento fosse usado para orgulhar-se e ser exaltado. Ele transformou o elogio feito por Faraó – de que havia algo superior quanto à sua inteligência – em uma oportunidade para testemunhar a respeito do Deus de seus pais, em quem mantinha a sua fé: “Isso não depende de mim”, disse José, “mas Deus dará ao Faraó uma resposta favorável” (Gênesis 41:16).

As palavras de Faraó foram todas a respeito de José. Entretanto, em sua resposta ao reconhecimento de Faraó, José não enaltece a si mesmo. Ele poderia ter aceitado aquelas palavras e se alegrado com o reconhecimento que acabava de receber da mais alta autoridade do Egito. No entanto, respondeu: “Isso não depende de mim... mas Deus dará ao Faraó uma resposta favorável.” Em resposta à colocação de Faraó: “Nenhum outro, mas você”, José disse: “Não fui eu, mas Deus.”

Para José, Deus era a fonte do conhecimento e o êxito lhe foi concedido por meio dEle. As Escrituras apresentam essa ideia claramente ao narrar a história de José. “O Senhor estava com José, de modo que este prosperou” (Gênesis 39:2). Esse mesmo pensamento aparece várias vezes: “Quando este percebeu que o Senhor estava com ele e que o fazia prosperar em tudo o que realizava” (verso 3); “o Senhor estava com José e lhe concedia bom êxito em tudo o que realizava” (verso 23). Assim, para José, andar com Deus era o segredo do sucesso. Ele afirmava que Deus é o único que desvenda os mistérios e realiza grandes coisas. Para o chefe dos copeiros, José disse: “Não são de Deus as interpretações? Contem-me os sonhos” (Gênesis 40:8). Ao rei, ele disse: “Deus revelou ao Faraó o que Ele está para fazer” (Gênesis 41:25), e “porque a questão já foi decidida por Deus, que Se apressa em realizá-la” (verso 42).

NÃO FORAM VOCÊS, MAS DEUS!

Se estar diante do Faraó e ser investido de autoridade sobre todo o Egito se tornaria a mais elevada experiência da carreira de José, o mais provável é que a sua pior experiência tenha sido quando seus irmãos o lançaram na cisterna seca (Gênesis 37:24). Ser caluniado pela esposa de Potifar e ser esquecido pelo copeiro-mor na prisão podem também ter sido motivos de grande amargura para José, mas essa forma de indignidade não lhe foi infligida por sua família. Agora, ser vendido como escravo por seus próprios irmãos representou para ele o cúmulo do ódio e da traição. Seus irmãos entenderam o que essa traição fez com José. Mais tarde, eles reconheceram: “Vimos como ele estava angustiado, quando nos implorava por sua vida, mas não lhe demos ouvidos” (Gênesis 42:21).

No entanto, José não imaginava que, ao ser vendido para o Egito, estava participando do plano de Deus para o cumprimento de seus próprios sonhos.

Na época em que José foi levado para o Egito pelos mercadores, seus sonhos não tinham sido explicados, nem cumpridos. Nos sonhos do copeiro, do padeiro e do Faraó, José pôde ver alguma indicação do futuro cumprimento. Entretanto, quanto aos seus dois sonhos, faltava algum simbolismo relacionado ao tempo. As 11 estrelas (Gênesis 37:9) não representavam 11 anos, como no caso do sonho de Faraó em que as sete espigas de trigo representavam sete anos de prosperidade no Egito (Gênesis 41:26). José tinha alguma ideia de quando o copeiro, o padeiro e Faraó veriam o cumprimento de seus sonhos, mas não tinha nenhuma pista sobre quando ou como seus sonhos iriam se cumprir. Foi somente quando seus irmãos foram ao Egito comprar alimento que ele “se lembrou dos sonhos que tivera a respeito deles” (Gênesis 42:9). Levou 22 anos para que José entendesse o significado de seus sonhos e visse seu cumprimento. Durante aqueles longos anos, José caminhou pela fé em Deus, pois “a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Hebreus 11:1).

Quando José revelou sua identidade a seus irmãos, eles “ficaram tão pasmados diante dele que não conseguiam responder-lhe” (Gênesis 45:3). Essa seria uma ocasião muito oportuna para José se vingar deles, mas ele tinha uma perspectiva diferente sobre o que havia acontecido 22 anos antes. Reconhecendo o curso da história de acordo com a perspectiva divina, ele disse: “Não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus” (Gênesis 45:8). Repetidamente, podemos ver José creditando os acontecimentos a Deus: Não foram vocês (ou: não fui eu), mas Deus! Sua experiência com Deus deu a ele uma nova e transformadora perspectiva com relação às suas experiências de vida. Por um lado, quando ele foi elogiado pelo Faraó e tentado a tomar a glória para si mesmo, sua resposta foi simples: “Não fui eu, mas Deus!” Por outro, a despeito da lembrança dos atos de crueldade de seus irmãos, ele foi capaz de dizer: “Não foram vocês, mas Deus!”

UMA VIDA EM MISSÃO

José viveu uma vida comprometida com a missão – a missão que lhe foi dada por Deus. Estar diante de Faraó era, sem dúvida, uma experiência única na vida, experiência essa que José poderia ter usado para benefício próprio – um palácio totalmente novo construído só para ele, toda uma vida de prosperidade e um futuro garantido para a família nômade de seu pai. José, porém, possuía uma base muito sólida e demonstrava ter fé inabalável na atuação de Deus em relação aos interesses humanos. Assim, ele aproveitou a oportunidade de estar diante de Faraó para dar testemunho a respeito de seu Deus.

O testemunho deu frutos. No final da conversa entre José e Faraó, o rei reconheceu que foi Deus quem havia revelado o significado de seus sonhos a José (Gênesis 41:39). Faraó iniciou a conversa com José dizendo: “[...] não há ninguém tão criterioso e sábio como você” que possa interpretar o sonho, mas a finalizou com um teste- munho: “Deus lhe revelou todas essas coisas” (verso 39). Sobre isso, Ellen White escreveu: “O rei publicamente reconhecia que fora pela misericordiosa interferência do Deus de José que o Egito desfrutava abundância, enquanto outras nações estavam a perecer de fome.”1

A perspectiva de José, sempre orientada para a mis- são, é óbvia na resposta que deu a seus irmãos bastante assustados: “Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês” (Gênesis 45:5).

Ellen White nos transmite a ideia da transição que há do “vender” para o “enviar” – uma mudança de perspectiva de vida. No passado, há 22 anos, José achou que estava sendo vendido como escravo pelo resto de sua vida. Não tinha ideia do que estava à sua frente. Agora, porém, ele sabia que era Deus que o tinha enviado. Na conversa entre José e seus irmãos, a palavra “enviar” (Shalach, em hebraico) ocorre pelo menos três vezes (Gênesis 45:5, 7, 8), como sendo Deus que enviou José. José disse também: “e [Ele] me fez” (sum ou sim, no hebraico), com o sentido de “tornar, pôr, colocar” (Gênesis 45:8, 9). Com os verbos “enviar” e “fazer, tornar, pôr”, há uma ênfase estrutural na resposta de José a seus irmãos (Gênesis 45:3-13) de que Deus o enviou ao Egito como um missionário:

A. “Deus me enviou adiante” (verso 5)

B. “Deus me enviou à frente” (verso 7)

C. “Não foram vocês [...] mas [...] Deus” (verso 8)

B’. “Deus [...] me fez” (verso 8)

A’. “Deus me fez” (verso 9)

José compreendeu que Deus o havia enviado para torná-Lo conhecido entre os egípcios, como também para preservar a vida de Seu povo escolhido. José procurou fazer com que sua família, e todos nós também, entendêssemos e aceitássemos que Deus tem um propósito ao permitir qual- quer coisa que venha a acontecer ao longo dos caminhos da vida: “Foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês” (Gênesis 45:5; cf. v. 7). Esse sim é o verdadeiro espírito de missão! Deus primeiro, sempre Deus!

“Como se habilitou José a efetuar um registro tal de firmeza de caráter, correção e sabedoria? – Em seus primeiros anos, havia ele consultado o dever em vez da inclinação; e a integridade, a singela confiança, a natureza nobre, do jovem, produziram frutos nas ações do homem. Uma vida pura e simples favorecera o desevolvimento vigoroso tanto das faculdades físicas como das intelectuais. A comunhão com Deus mediante Suas obras, e a contemplação das grandiosas verdades confiadas aos herdeiros da fé, haviam elevado e enobrecido sua natureza espiritual, alargando e fortalecendo o espírito como nenhum outro estudo o poderia fazer. A atenção fiel ao dever em todos os postos, desde o mais humilde até o mais elevado, estivera educando toda a faculdade para o seu mais elevado serviço. Aquele que vive de acordo com a vontade do Criador, está a assegurar para si o mais verdadeiro e nobre desenvolvimento de caráter.”2

ASSIM COMO JOSÉ, DEVEMOS SER NÓS TAMBÉM

A vida de José é um livro de lições inesgotáveis, mostrando-nos que Deus tem um propósito especial para a nossa vida – Ele nos enviou, onde quer que estejamos agora, para um propósito salvífico. Ao reconhecermos o curso da nossa história pessoal como uma missão vinda de Deus, nossa vida estará sempre centralizada nEle – Ele será o foco do nosso viver. Com esse espírito, para cada experiência alegre e gratificante que tivermos, poderemos dizer: “Não eu, mas Deus!” Da mesma forma, para cada situação de amargura, sofrimento e decepção que ocorrer em nossa jornada, não seremos levados a culpar outros, mas dizer: “Não foram vocês, mas Deus!”

*Richard A. Sabuin PhD pelo Adventist International Institute of Advanced Studies [AIIAS], Filipinas, é diretor do Departamento de Educação, de Escola Sabatina e Ministério Pessoal para a Divisão da Ásia-Pacífico Norte, com sede em Goyang Ilsan, Coreia do Sul. É também professor adjunto de Estudos Bíblicos no seminário do AIIAS, onde serviu anteriormente como reitor do seminário. E-mail: richard.sabuin@nsdadventist.org.

Citação Recomendada
NOTAS E REFERÊNCIAS

Ellen G. White, Patriarcas e Profetas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995), p. 241.
Ibid., p. 222.



quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O VINHO NA BÍBLIA


Introdução


A finalidade deste estudo é pesquisar no Livro Santo para saber o que ele tem a nos dizer sobre o uso do vinho.

Se a Bíblia não se pode contradizer em seus ensinos, como iremos harmonizar declarações aparentemente contraditórias como estas: o uso da vinho é uma maldição, o uso do vinho é uma bênção. Essa aparente contradição escriturística levou os editores de O Novo Dicionário da Bíblia a afirmarem: "Esses dois aspectos do vinho, seu emprego e seu abuso, seus benefícios e sua aceitação aos olhos de Deus e sua maldição estão entrelaçados na trama do Antigo Testamento de tal modo que o vinho pode alegrar o coração do homem (Sal. 104:15) ou pode fazer a mente errar (Isa. 28:7). O vinho pode ser associado ao regozijo (Ecl. 10:19) ou à ira (Isa. 5:11); pode ser usado para descobrir as vergonhas de Noé (Gên. 9:21) ou, nas mãos de Melquisedeque pode ser usado para honrar a Abraão (Gên. 14:18)."

Se estas duas possibilidades antagônicas provêm do vinho é fácil concluir que a Bíblia apresenta duas espécies distintas de vinho. A primeira espécie seria o vinho não fermentado, o puro suco de uva que pode ser uma bênção. A outra espécie é o vinho fermentado, intoxicante, causador de muitos problemas sociais como discórdia, miséria, destruição da vida, por isso vários escritores bíblicos o condenaram com veemência.

O que diz a Bíblia? O que dizem os exegetas e os comentaristas sobre este problema?


O Vinho no Velho Testamento


Três vocábulos distintos são empregados no Antigo Testamento para designar três espécies de vinho.

1º) Yayin – Gên. 9:21.

É o mais usado, porque aparece nada menos de 140 vezes. Esta palavra é empregada indistintamente sem considerar se o vinho é fermentado ou não.

2º) O segundo vocábulo é Tirôsh, empregado 38 vezes. Ao contrário da palavra anterior, esta indica que o vinho não é fermentado! Algumas vezes é traduzido como vinho novo ou "mosto". Deut. 12:17.

3º) Shekar é a terceira palavra usada. Tem a conotação negativa, normalmente é traduzida por bebida forte. Os escritores do Velho Testamento a empregam 23 vezes. Prov. 31:6 – "Dai bebida forte (shekar) aos que perecem, e vinho (yayin) aos amargurados de espírito."

Seria interessante saber que na Septuaginta (tradução do hebraico para o grego, feita por setenta sábios judeus) a palavra "oinos" foi empregada para traduzir as hebraicas Yayin e Tirôsh, mas nunca para shekar ou bebida forte.

O Seventh-day Adventist Bible Dictionary, pág, 1.150 declara com muita propriedade:

"Arão e seus filhos, os sacerdotes, foram estritamente proibidos de beber vinho ou bebida forte ao entrarem no tabernáculo para ministrar diante do Senhor (Lev. 10:9). Os nazireus eram igualmente proibidos de unir vinho enquanto estivessem debaixo do voto (Núm. 6:3, 20; confira Juízes 13:4-7). Os recabitas viveram um exemplo digno de nota de abstinência permanente do vinho, aderindo estritamente ao mandamento de seu ancestral, Jonadabe, para abster-se dele (Jer. 35:2, 5, 8, 14). O livro de Provérbios está repleto de advertências contra indulgência com o vinho e bebida forte (veja capítulos 20:1; 21:17; 23:30, 31; 31:4 etc.). O vinho zomba daqueles que o usam (cap. 20:1), e os recompensa com ais, dores, lutas e feridas sem causa (cap. 23:29, 30). 'No seu fim morderá como uma serpente, e picará como um basilisco' (v. 32). O profeta Isaías declarou: 'Ai dos que do heróis para beber vinho, e valentes para misturar bebida (Isa. 5:22). Daniel e seus compatriotas deram um digno exemplo pela recusa de beber o vinho do rei (Dan. 1:5, 8, 10-16). Ao jejuar posteriormente, Daniel absteve-se de carne e vinho (cap. 10:3)."

Não é possível terminar esta parte do comentário, sem enfatizar mais uma vez: existem no Velho Testamento as mais variadas advertências dos grandes perigos advindos do uso do vinho e bebidas fortes. Dentre estas advertências as que mais se agigantam são as apresentadas por Salomão no livro de Provérbios (20:1; 20, 21 e 30).


Vinho no Novo Testamento

As referências ao vinho nesta segunda parte da Bíblia são mais escassas do que as encontradas no Velho Testamento.

Os escritores do Novo Testamento também empregaram três vocábulos gregos, que podem ser traduzidos para a nossa língua por vinho:
oinos; sikera; gleulos . Destas três a mais usada é oinos (aparece 36 vezes), tendo o mesmo sentido de Yayin no hebraico, e que na Septuaginta, como já vimos traduz também o hebraico Tirôsh. A palavra sikera aparece apenas uma vez em Luc. 1:15 – "João Batista não bebia vinho (oinos) nem bebida forte (sikera)." De modo idêntico o vocábulo gléukos só foi usado uma vez em Atos 2:13. Outros zombando diziam: "Estão cheios de mosto (gléukos)."

O principal problema no estudo do vinho é este: embora a 1íngua grega seja especialista em empregar palavras distintas para idéias diferentes, ela não possui uma palavra para vinho com álcool e outra para vinho sem álcool. O Novo Testamento emprega oinos tanto para o vinho fermentado como não fermentado.


O Vinho Usado por Jesus na Última Ceia


Podemos afirmar com certeza que o vinho usado por Jesus nesta ocasião não era fermentado. Esta afirmação é conclusiva da Bíblia pelo seguinte:

Na cerimônia da páscoa não devia haver fermento em nenhum compartimento da casa, desde que este é o símbolo do pecado. Se os pãos asmos não continham fermento como o próprio nome indica, é fácil concluir que o vinho também não podia conter fermento. A leitura das seguintes passagens nos levam a esta conclusão: Gên. 19:3; Êxodo 13:6-7; Lev. 23:5-8; Luc. 22:1. Tanto o vinho da ceia como o das bodas em Caná da Galiléia não era fermentado, porque Jesus jamais aceitaria partilhar daquilo que é tão fortemente condenado na Bíblia. Todas as igrejas cristãs tradicionais conservam o costume de usar o vinho sem fermento para simbolizar o sangue de Cristo, oferecido por nós na cruz, para remissão de nossos pecados.


Estudo de Duas Passagens

I. I Tim. 3: 8. – "Não inclinados a muito vinho."


Embora este conselho de Paulo seja difícil de ser explicado, se pensarmos bem sobre ele, e se o pesquisarmos em fontes sadias, concluiremos o seguinte:

O termo grego usado é oinos, empregado em O Novo Testamento, como já vimos, para o vinho fermentado e não fermentado. Se Paulo aqui se refere ao vinho fermentado, ele está em contradição com suas próprias declarações quanto ao cuidado do corpo (I Cor. 6:19 e 10: 31) e em oposição à orientação geral da Bíblia no tocante a bebidas intoxicantes (Prov. 20:1; 23:29-32; João 2:9). Como bem pondera o Comentário Adventista, se sua referência era ao uso do suco de uva não havia necessidade desta advertência.

Neste conselho Paulo adverte aqueles que exercem liderança dentro da comunidade cristã para não incorrerem neste vício, porque este os incapacitaria para o correto desempenho de sua tarefa.

Estas e outras passagens correlatas seriam bem compreendidas quando se pondera no seguinte: Deus deseja o nosso afastamento das bebidas com álcool, mas o ser humano, muitas vezes, se afasta desta orientação, daí a constante advertência dos mensageiros de Deus para que os seus filhos o evitem.


II. A Problemática Passagem de I Tim. 5:23.

Os defensores da abstinência total têm se preocupado muito com esta passagem. Se o verso de I Tim. 5:23 for analisado no seu contexto ele jamais deverá ser usado para liberar o uso do vinho fermentado.

The Interpreter's Bible, vol. XI, pág. 445 comentando este verso declara:

"Sendo que na ocasião o vinho era considerado como útil na medicina indicado na cura de uma variedade de doenças, a prática da abstinência total significa renúncia ao vinho não apenas como uma bebida, mas também como um remédio. Esta prática é prejudicial, diz o autor: Tendo Timóteo um estômago fraco ou por causa de suas freqüentes enfermidades, ele não devia hesitar em usar um pouco de vinho."

"O verso ilustra muito bem o senso comum, o ponto de vista moderado do autor. Ele não defende nenhum vinho como prazer. A religião é demasiado séria para isto. Mas quando ela chega a recusar remédio, ele traça-lhe um limite.''

O SDABC apresenta sobre esta passagem os seguintes esclarecimentos:

"Alguns comentaristas crêem que Paulo aqui defende o uso moderado de vinho fermentado para propósito medicinais. Chamam a atenção para o fato de que aquele vinho assim tem sido usado através dos séculos. Outros sustentam que Paulo se refere ao suco de uvas não fermentado, arrazoando que ele não daria conselho inconsistente com o resto das Escrituras, que advertem contra o uso de bebidas intoxicantes (veja Prov. 20: 1; 23: 29-32)." vol. VII, pág. 314.

O estudo da passagem de 1 Tim. 5: 23 nos leva à conclusão de que neste caso Paulo está tratando de um caso isolado e especial – um problema de doença. Em suas demais epístolas ele sempre defendeu total abstinência do vinho, como nos comprovam Rom. 14:21 – ". . . é bom não beber vinho..." Efésios 5:18 "... Não vos embriagueis com vinho. . ."


Não é justo alguém apoiar-se nesta passagem para defender o uso do vinho com álcool.

Do excelente folheto "Vinho", de autoria de Walter G. Borchers, destacamos estas judiciosas palavras concernentes a este verso:

"Os que querem beber vinho que contém álcool, não obstante a proibição bíblica, no seu desespero lançam mão, por último, de um só texto (eu diria dois, sendo o outro I Tim. 3:8), a saber, I Tim. 5:23. Mas, vamos ao texto. Descobriremos logo que o jovem pregador Timóteo, que conhecia as Sagradas Escrituras desde a sua infância, era um consciencioso e rigoroso abstêmio; também, que ele tinha a infelicidade de não andar bem de saúde, tendo estômago fraco e sofrendo frequentes indisposições; e que S. Paulo lhe aconselhou o uso de um pouco de vinho, como remédio, por causa dessas suas enfermidades.

"Se olhássemos para o texto pelo prisma dos apologistas do vinho, diríamos: parece que Paulo, como algumas pessoas de hoje, que não acompanham a ciência moderna, pensava que o uso de 'um pouco de vinho', como remédio, embora fermentado, talvez fizesse bem.

"Notemos, porém, que o termo 'oinos', usado neste texto, sendo empregado, às vezes, no sentido de vinho doce, não diz com clareza se era vinho novo e doce ou fermentado, o que Timóteo devia usar; mas mesmo que fosse vinho fermentado, existe muita diferença entre o uso de um pouco, no caso de doença, e o beber vinho fermentado de preferência ao novo e doce, sob uma infinidade de pretextos fúteis, desprezando assim a Palavra de Deus, que, no Velho Testamento, proíbe, em 134 textos diferentes, o uso do vinho fermentado, e, no Novo Testamento, coloca na categoria de libertinos, idólatras, maldizentes, adúlteros, ladrões e assassinos, os bebedores de vinho dessa qualidade (I Cor. 6:9 e 10; Gál. 5:19-21; etc., etc.), deixando bem claro que os bêbados não herdarão o reino de Deus." – págs. 9 e 10.



Quais Seriam as Razões Fundamentais Indicadas pela Palavra de Deus para que Seus Filhos se Abstenham de Bebidas Alcoólicas?

Uma resposta segura e abalizada se encontra no artigo O Consumo de Vinho do Ponto de Vista Bíblico de L. E. Froom, de onde extraímos os seguintes passos:

"Transportando agora todos os tipos e figuras, que alguns poderiam minimizar, passamos à plena admoestação de Deus sobre o cuidado e a proteção que devemos dedicar ao nosso corpo, e à razão relativa disso. Descobrimos que de nosso corpo é declarado ser o 'templo de Deus' três vezes e a habitação do Espírito Santo. Não devemos contaminar este templo com bebidas e alimentos proibidos, mas conservá-lo santo, para não sermos destruídos quando todos os maus forem exterminados. Paulo enuncia isto em 1 Coríntios: 'Não sabeis vós que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá'. I Cor. 3:16, 17.

"No sexto capítulo declara que somos 'templos do Espírito Santo', o qual não tem qualquer parentesco com o álcool e a embriaguez. Devemos glorificar a Deus com este corpo que é redimido em virtude do sangue de Cristo: o nosso corpo deve ser cuidado como lugar de habitação de Deus. I Cor. 6:19, 20.

"Enfim, o apóstolo Paulo repete a admoestação divina afirmando que nós somos o templo de Deus vivente, no qual Ele faz morada. Por isso devemos ser separados como o eram os nazireus da antigüidade. Não devemos tocar aquilo que é impuro, mas antes purificar-nos de toda imundícia e aperfeiçoarmo-nos na santidade. Agora e para sempre devemos ser possessão divina, pois é o que Deus espera de nós – Ver II Cor. 6:16-17." – O Atalaia, Maio de 1977 págs. 6 e 7.
A sábia orientação divina consiste em advertir-nos, seriamente, para os perigos e as nefastas conseqüências das bebidas. Os apreciadores de vinho não deviam ingeri-lo, justificando este desejo com exemplos bíblicos. Em vez de assim fazê-lo deviam meditar bem que esta fraqueza poderá levá-los à embriaguez, que está arrolada na Bíblia entre as obras da carne, que nos excluem do reino dos céus. (Gál. 5:21; I Cor. 6:10).

As Escrituras o condenam com veemência em muitas passagens, como os versículos 29 e 35 do capítulo 23 de Provérbios, por conseguinte, tocas as bebidas alcoólicas, logo ninguém deve ingeri-las escudado na Palavra de Deus.



Conclusão

Diante da exposição feita a única conclusão a que devemos chegar deve ser esta:

A sábia lição aos sacerdotes no santuário: o edificante exemplo dos nazireus; as ponderadas advertências de Salomão; e a orientação divina no caso de João Batista; as oportunas exortações do apóstolo Paulo com respeito a ser o nosso corpo o templo do Espírito Santo; a moral elevada que deve ser seguida na vida dos verdadeiros cristãos, tudo nos leva a afirmar: a abstinência do vinho ou de qualquer bebida alcoólica é o caminho seguro e o ideal proposto por Deus para os seus filhos em todas as idades e através de todas as épocas.

Conquanto o uso do álcool como bebida não seja condenado per si na Bíblia, os princípios de saúde esboçados nas páginas sagradas e os horríveis exemplos, tais como os de Nabal, dão autenticidade ao conselho dado por Ellen G. White de que "a única atitude segura é não tocar, não provar, não manusear". – A Ciência do Bom Viver, pág, 335.

Ela acrescenta que "a total abstinência é a única plataforma sobre que o povo de Deus pode conscienciosamente firmar-se." – Testimonies, vol. 7, pág. 75. – Comentário da Lição da Escola Sabatina, 21-5-1983, pág. 120.


DUAS EMBARAÇANTES PASSAGENS RELACIONADAS COM O VINHO

"Esse dinheiro dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer cousa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor teu Deus, e te alegrarás, tu e tua casa." Deut. 14:26.

"Dai bebida forte aos que perecem, e vinho aos amargurados de espírito." Prov. 31:6.

Limitar-nos-emos ao que diz o Comentário Adventista e a uma ligeira alusão de Adão Clark.

O que escreveram os teólogos e comentaristas adventistas sobre Deut. 14:26.

"Bebida forte. O vinho e a bebida forte aqui mencionados eram ambos fermentados. Em tempos passados Deus freqüentemente tolerava a grosseira ignorância responsável por práticas que Ele nunca pôde aprovar. Mas finalmente veio o tempo quando, em cada ponto, Deus ordenou a todos os homens que se arrependessem (Atos 17:30). Então aqueles que persistissem em suas práticas, a despeito do conselho e advertência não mais teriam uma desculpa para seu pecado (João 15:22). 'Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas agora não têm desculpa do seu pecado.' No seu procedimento anterior eles não tinham pecado e Deus não os considerava totalmente responsáveis, embora suas obras estivessem afastadas do ideal. Sua longanimidade é extensiva a todo aquele que não sabe o que está fazendo (Luc. 23:34). Como Paulo que perseguia a Igreja ignorantemente na incredulidade eles podem obter misericórdia."


Depois de falar que Deus suportou a escravatura e a poligamia, coisas contrárias aos princípios divinos, o SDABC assim conclui:

"Assim foi com o 'vinho' e 'bebida forte'. A ninguém era estritamente proibido beber, exceto os engajados em deveres religiosas e talvez também na administração da justiça (Lev. 10:9; Prov. 31:4). Os males do 'vinho' e da 'bebida forte' foram claramente indicados, o povo aconselhado a abster-se deles (Prov. 20:1; 23:29 a 33), e uma maldição pronunciada sobre aqueles que induzissem outros a abusar da bebida (Hab. 2:15). Mas Paulo coloca diante de nós o ideal declarando: 'Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.' (I Cor. 10:31), e informa que Deus destruirá aqueles que desonram seus corpos (I Cor. 3:16-17). Coisas intoxicantes destroem o templo de Deus e seu uso não pode ser considerado um meio de O glorificar (I Cor. 6:19-20; 10:31). Paulo abandonou o uso de cada coisa prejudicial ao seu corpo (I Cor. 9:27). Não há desculpa hoje para o argumento de que não há nada intrinsecamente errado no uso de bebidas intoxicantes, baseando-se no fato de que uma vez Deus as permitiu. Como já foi notado, Ele também permitiu uma vez a escravatura e a poligamia. A Bíblia adverte que os bêbados não herdarão o reino de Deus (I Cor. 6:10)."


Sobre Prov. 31:6 este mesmo Comentário tece as seguintes considerações:

"Pronto para perecer. Sem o conhecimento de narcóticos possuído pelos médicos hoje, os antigos tinham freqüentemente apenas várias misturas de bebidas intoxicantes e preparações de ervas narcóticas com as quais insensibilizavam as dores de doenças fatais. Àqueles que eram crucificados, no tempo de Cristo, ofereciam-lhes uma mistura de vinagre e fel. Nosso Senhor recusou beber aquela mistura. Ele desejava uma mente clara para resistir à tentação de Satanás e conservar forte Sua fé em Deus."

Adão Clark apresenta esta mesma ideia sobre Provérbios 31:6, apenas usando vocabulário diferente:

"Dai bebida forte para aquele que está morrendo. Já temos visto que bebidas embriagantes eram misericordiosamente dadas aos criminosos condenados, para torná-los menos sensíveis às torturas que enfrentariam na morte. Isto é o que foi oferecido a nosso Senhor, mas Ele recusou."

Do matutino paulista "O Estado de São Paulo" de 22-1-1984, retirei a seguinte nota:

"A História nos cientifica que no tempo de Napoleão a pobreza da farmácia não oferecia muitas possibilidades de aliviar os sofrimentos dos feridos. Não lhes era oferecida senão uma esponja embebida em suco de ópio para sugar."


Fonte: Pedro Apolinário - Explicação de Textos Difíceis da Bíblia



domingo, 11 de novembro de 2018

MINICENTRO WHITE DE LAGARTO REALIZA SEMINÁRIO SOBRE HISTÓRIA DA IGREJA


por Ricardo André


No último sábado (10), o Minicentro de Pesquisa Ellen G. White da Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Lagarto juntamente com o Ministério de Publicações realizaram toda a programação da Escola Sabatina e do Culto Divino alusiva ao “Sábado do Dia do Espírito de Profecia”. A abertura da Escola Sabatina ocorreu com a apresentação de um Jogral com o tema “Crede em Seus Profetas e Prosperareis”, apresentado pelos anciãos Fábio Kalil, Jailton Gregório, Raimundo Nonato e Wilton Lima de Andrade. O referido Jogral chamava a atenção para a relevância do Dom de Profecia manifestado através do ministério da Sra. Ellen G. White para a igreja hoje e como melhor usufruirmos dessaa preciosa dádiva de Deus.
   
Ainda no período da Escola Sabatina o diretor do Centro White apresentou um Seminário sobre a Relação dos Escritos de Ellen White com a Bíblia. Ele deixou claro que os adventistas do sétimo dia apoiam plenamente o princípio da Reforma, “sola scriptura”, a Bíblia como seu próprio intérprete e a Bíblia sozinha, como base de todas as doutrinas. Afirmou ainda que, a máxima protestante “somente as Escrituras” significa, entre outras coisas, que tudo quanto a Bíblia ensina deve ser honrado, inclusive sua declaração de que o “dom de profecia” continuaria até o fim do tempo, e que este dom se manifestou nestes últimos dias no Ministério e obra de Ellen G. White, e que seus escritos foram dados não para ser uma outra Bíblia ou para ser um acréscimo a ela, mas, como Ellen White mesmo falou, para “guiar homens e mulheres a luz maior”, a Palavra de Deus. Afirmou que seus escritos usam abundantemente as Escrituras Sagradas, e que apontam para a Bíblia e para Jesus.

No Culto Divino, a irmã Cristiane Lisboa, no momento da Adoração Infantil, contou para as crianças a visão que Deus deu a Ellen G. White, em novembro de 1848, incumbindo-a, bem como ao grupo dos primeiros adventistas “a escrever e publicar a verdade presente”. O irmão Raimundo Nonato Rabelo (ancião e também membro da equipe diretiva do Minicentro White) proferiu um maravilhoso sermão com o tema “A Igreja Precisa de um Profeta?” Ao longo do sermão fez uma interessante analogia entre a missão e obra de João Batista e o Ministério de Ellen G. White, que assim como Deus suscitou João Batista com uma mensagem de arrependimento, reavivamento e reforma, a fim de preparar o povo para a primeira vinda de Jesus, o mesmo Deus chamou Ellen G. White, num tempo de apostasia, com uma mensagem igualmente de arrependimento e reforma para preparar um povo para receber o Salvador na sua segunda vinda.

Na parte da tarde, a partir das 14h30, foi realizado um Seminário no Minicentro White. O tema abordado foi História da Igreja e teve o objetivo de ajudar a criar nos participantes um senso de pertencimento e identidade, de modo que entendessem que a Igreja Adventista é mais do que uma igreja evangélica, é a Igreja da profecia bíblica, chamada por Deus para anunciar ao mundo a tríplice mensagem angélica descrita em Ap 14:6-12. O Seminário foi dividido em três eixos temáticos. O 1º Eixo: A Profecia dos 2.300 anos e o Movimento Milerita. O palestrante foi o Professor Ricardo André de Souza (diretor do Minicentro White e do Ministério de publicações da Igreja Central); o 2º Eixo:  Surgimento do Movimento Adventista Sabatista. Palestra proferida pelo irmão Fábio Amorim (ancião da Igreja Central); e o último Eixo temático foi A Organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia, ministrado pelo irmão Wallace Muniz (Diretor do Espírito de Profecia Igreja da Estação).

Cerca de 35 pessoas participaram do encontro, entre jovens, adultos e líderes da igreja local, pastores e membros da comunidade local. O evento terminou às 18h10, onde foi oferecido um delicioso coffee breack para os participartes, preparado pelas queridas irmãs Claudia Pereira (diretora do Ministério dos Adolescentes) e Anajara Pereira (diretora da Escola Sabatina). Nosso agradecimento de coração a ambas por mais uma vez apoiar as atividades do Minicentro White.

Cremos que tudo que foi dito e ouvido ao longo desse sábado vai firmar nossa identidade singular, fortalecer a igreja nas verdades bíblicas e manterá a chama da magnífica esperança na volta de Jesus.