Teologia

sexta-feira, 28 de maio de 2021

A VIDA QUE AGORA EU VIVO


 John M. Fowler*

A vida cristã não começa com o nascimento. Começa com a morte. Até que o EU morra, até que o EU seja crucificado, não há começo algum.

O que é a vida? A questão é tão antiga quanto a humanidade. Desde o Éden até agora, ao longo dos altos e baixos da investigação humana, a pergunta tem sido feita e refeita novamente. Na verdade, a História é a luta contínua da humanidade com essa questão. Por onde começamos? Deixados à nossa própria imaginação e raciocínio, estamos sem esperança, desesperados, solitários, cansados e, muitas vezes, fartos. No final do melhor das nossas próprias reflexões, a vida permanece um mistério.

A que, então, devemos recorrer para obter uma resposta? À filosofia, que vê a vida em termos de polaridade e paradoxo? À política, para a qual a vida é um jogo de poder que manipula as pessoas em nome do bem comum? À economia, para a qual a vida é uma curva na arte da gestão humana, ou da má gestão de recursos? À educação, para a qual a vida é uma questão de ajustamento e de crescimento? Ao misticismo oriental, para o qual a vida não tem nem princípio, nem fim, nem aqui, nem no além, mas sim um processo sempre em curso, que jamais acaba? Ou ao niilismo, que grita como o Macbeth, de Shakespeare, dizendo que “a vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria. Não significa nada.”

Não, nenhum desses pode satisfazer os supremos anseios do nosso coração. Na verdade, o significado da vida jamais poderá ser encontrado dentro da própria vida. Deve haver algo que venha em nosso auxílio, além das fronteiras da busca e da pesquisa humanas, algo que venha de um acontecimento divino na História, que revele o que é a vida, o que está errado com ela, e como a vida pode se desenvolver para refletir o plano original de Deus.

Existe algum acontecimento assim?

Sim, existe. É um acontecimento que nos leva para além dos acidentes e realizações da vida e nos confronta com o propósito e o significado divinos. É um acontecimento que ganhou a batalha decisiva na história do grande conflito entre o bem e o mal e assegurou o triunfo final de Deus, a derrota do Inimigo, a vitória sobre o pecado e a garantia de que pedaços de barro partidos, como nós somos, podem ser juntados para que possamos aproveitar a oportunidade divina de voltarmos a ser completos novamente.

É o acontecimento da Cruz, que o apóstolo Paulo assim proclamou tão corajosamente: “[...] Deus em Cristo estava reconciliando Consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação” (2 Coríntios 5:19)1.

A Cruz não foi uma tragédia simplesmente. Não foi um incidente infeliz na vida de um bom homem. Não foi nem mesmo um martírio. Foi a revelação suprema do amor de Deus para com os seres humanos. Foi a maneira de Deus mostrar que a vida tem significado, mesmo em meio ao caos; que a vida tem seu propósito mesmo em face à destruição; que a vida tem um destino, apesar de estar rodeada de desespero. Ao vermos a Cruz, devemos descobrir duas verdades básicas: uma compreensão de quem somos e o reconhecimento daquilo em que podemos nos tornar pelo poder dessa Cruz.

A COMPREENSÃO DE QUEM NÓS SOMOS

Quando Jesus bradou na Cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34), Ele estava expressando uma verdade inegável e universal. O primeiro e principal problema dos seres humanos é que nós não conhecemos a nós mesmos. Em nossa ignorância do que a vida humana deve ser, tratamos os outros como máquinas a serem manipuladas e usadas; ignoramos a supremacia de Deus; confundimos amor com luxúria, ego com Deus, meios com objetivos, beleza com carnificina. Vivemos em um mundo próprio, feito de nada, destinado ao derrotismo.

E da Cruz vem o brado: basta!

Jesus suportou esse instrumento de vergonha por nós. Ele deu tanto valor ao quanto valemos que estava disposto a descer aos valados da história para nos buscar e colocar-nos sob o sol do amor de Deus. À sombra da cruz, descobrimos o nosso valor, a nossa dignidade e o nosso preço. O Homem da Cruz teria ido lá para salvar uma única pessoa − apenas eu, se eu fosse o único pecador no Universo. A Cruz tem uma mensagem singular a transmitir: Deus me amou tanto como pessoa que me deu o Seu único Filho para que eu não perecesse, mas tivesse a vida eterna [paráfrase de João 3:16]. Na Cruz, recebo um senso de dignidade e valor que o próprio Criador me conferiu − um valor que ninguém pode tirar de mim.

Mas isso não é tudo!

Na Cruz também aprendo quão indigno eu sou de receber tal sacrifício. Entre o alto valor e a completa inutilidade está a surpreendente graça da Cruz lembrando-me de que fui criado à imagem de Deus, mas que sou um pecador. Pela minha própria escolha, revoltei-me contra Deus. O pecado manchou, feriu, despedaçou a imagem de Deus dentro de mim. Destruiu a minha vida. O que eu não gostaria de fazer, eu faço; o que eu gostaria de fazer, sou incapaz de fazê-lo. Sou impotente e indefeso. E então exclamo: “Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte?” (Romanos 7:24).

A resposta vem celeremente lá da Cruz: “Jesus Cristo, nosso Senhor!” (Romanos 7:25). A Cruz me assegura que, seja qual for meu estado, não estou sem esperança. O fardo do pecado pode ter me subjugado. Posso ser fraco, vacilante, tímido, sem esperança; posso ser sobrecarregado pela culpa; posso ser impotente para enfrentar os grandes problemas da vida. Mas, na Cruz, a “dobradiça do destino” (pedindo emprestada essa frase a Churchill) virou-se para provocar uma mudança na vida humana, dando-lhe uma nova qualidade, uma dimensão mais profunda, um novo valor: Uma nova criação em Cristo Jesus − um novo EU, um novo VOCÊ se tornou possível.

RECONHECIMENTO DA NOVA VIDA: COMO?

Como essa nova vida se torna possível? Como eu, um pecador sem esperança, um pecador condenado à morte, posso ter essa esperança de ser uma nova pessoa? A nova vida se torna possível por meio deste único, glorioso e indiscutível fato: “o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 João 1:7). Rejeitar a realidade do sangue de Jesus derramado na Cruz para sustentar que não existe tal ato substitutivo (de que Jesus morreu pelos meus pecados), envolvido no acontecimento da cruz, é negar a origem divina e o propósito da cruz.

Jesus não era um Lincoln que morreu pela preservação de uma nação e pela libertação de um povo; Ele não era um Gandhi que morreu pela derrubada do jugo político ou por uma nação que estava emergindo. Jesus foi o ato redentivo de Deus para o problema do pecado. Para não nos esquecermos disso, Jesus afirmou que o Seu sangue deveria ser “derramado em favor de muitos, para o perdão dos pecados” (Mateus 26:28).

Esse derramamento de sangue é essencial para o plano da salvação oferecida por Deus. Sem ele não há esperança para o pecador. E assim afirma o apóstolo Paulo: “De fato, no devido tempo, quando ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios. [...]. Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores (Romanos 5: 6, 8). Essa afirmação: “de uma vez por todas” (ver Romanos 6:10; Hebreus 7:27; 10:10), sobre a morte sacrificial, e substitutiva de Jesus, assegura-nos a remoção do pecado e a redenção dos seres humanos.

O sangue de Jesus, então, é a semente de uma nova vida de crescimento para aquele que é salvo do pecado. Mas tanto a nova vida como o crescimento têm vários aspectos importantes.

Primeiro, a reconciliação. Um dos primeiros aspectos da nova vida cristã e de seu crescimento é a reconciliação. A Cruz é o instrumento de Deus para realizar a reconciliação do homem com Ele. “Deus estava em Cristo”, diz Paulo, “reconciliando Consigo o mundo” (2 Coríntios 5:19). Por causa do que Ele fez na Cruz, sou capaz de me apresentar diante de Deus sem pecado e sem temor. O que me afastou de Deus já foi resolvido. O Homem da Cruz abriu um novo caminho até a própria presença de Deus e exorta seus seguidores a entrarem numa sempiterna comunhão com Ele.

A reconciliação com Deus abre imediatamente a segunda fase do processo: a reconciliação com os nossos semelhantes. Uma das belas imagens que vejo na Cruz é a grande variedade de pessoas que ali se aglomeraram ao seu redor. Nem todos eram admiradores de Jesus. Nem todos eram santos. Mas olhe para eles. Havia egípcios que se orgulhavam da sua perspicácia nos negócios; havia romanos que se orgulhavam da sua cultura e civilização; havia gregos que se distinguiam em sua excelência no ensino; lá estavam judeus que se consideravam o povo escolhido de Deus; também escravos que buscavam a liberdade; homens livres que se entregavam ao luxo do ócio e do lazer; havia entre eles homens, mulheres e crianças.

A Cruz, porém, não fez distinção alguma entre eles. Diante da Cruz, todos eles eram considerados pecadores; a cruz oferecia a todos o caminho divino da reconciliação. Ao pé da Cruz, o chão está nivelado. Seres humanos com seres humanos estão todos unidos − já nada mais os divide. É lançada uma nova irmandade. Tem início uma nova forma de fraternidade. O Oriente se funde com Ocidente, o Norte desce para Sul, o branco aperta a mão do negro, o rico corre até o pobre para apertar sua mão. A Cruz convida todos à fonte ensanguentada para que possam saborear a doçura da vida, partilhar da experiência da graça e proclamar ao mundo a criação de um novo arco-íris da família de Deus. Assim Paulo declara aos Efésios: Jesus, “Ele é a nossa paz, o Qual de ambos os povos [judeus e gentios] fez um; e, tendo derribado a parede da separação, [...] para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade (Efésios 2:14-16 – ARA).

Podemos ousar afirmar que somos cristãos empenhados na cruz e, no entanto, negar a realidade que está na raiz do evangelho: que em Cristo Jesus somos todos um. O fanatismo, seja qual for a sua natureza − racial, econômica, cultural, de cor, tribo, etnia, nacionalidade, casta, sexo ou seja o que for – contra a Cruz − e é uma conduta inaceitável para aquele que afirma ter compreendido o poder da Cruz.

Em segundo lugar, a morte do próprio EU. Um segundo importante aspecto da nova vida cristã e de seu crescimento é a morte do antigo eu. Não se pode ler o Novo Testamento sem se ter de lidar com este aspecto fundamental da nova vida do cristão. Leia Gálatas 2:20 e 21: “Fui crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim”. Ou leia Romanos 6:6 a 11: “O nosso velho homem foi crucificado com Ele, para que o corpo do pecado fosse eliminado, para que deixássemos de ser escravos do pecado... considerai-vos de fato mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor.”

A vida cristã não começa com o nascimento. Começa com a morte. Até que o EU morra, até que o EU seja crucificado, não há princípio nenhum. Tem que haver uma cirurgia radical, deliberada e total do EU. “Portanto, se alguém está em Cristo, é uma nova criação; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se tornou novo” (2 Coríntios 5:17).

Alguma coisa acontece a uma pessoa que deixa Jesus Se tornar o Controlador total da sua vida. Simão, o vacilante, torna-se Pedro, o corajoso. Saulo, o perseguidor, torna-se Paulo, o mártir. Tomé, o incrédulo, torna-se o missionário da linha de frente. A covardia dá lugar à coragem. A incredulidade morre e a fé ganha nova vida. O ciúme é engolido pelo amor. O egoísmo desaparece na preocupação fraterna. O pecado não tem lugar no coração. O EU permanece crucificado.

Assim, o apelo à vida cristã é um apelo à Cruz − para negar continuamente a si mesmo o seu persistente desejo de ser o seu próprio salvador, a fim de aderir plenamente ao Homem da Cruz “para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus” (1 Coríntios 2:5).

Em terceiro lugar, viver uma nova vida. Um terceiro aspecto da vida cristã e do crescimento é viver um nova vida. Um dos grandes mal-entendidos da vida cristã é que a salvação é um dom gratuito da graça de Deus, e esse é o fim da história. Não é. Sim, é verdade que “vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8, 9).

Sim, a graça é gratuita, mas não barata. A graça barata denota não somente a indiferença de todos às exigências do discipulado, mas também uma cegueira e surdez pessoal ao chamado de Jesus para O seguir. Conforme afirmou o teólogo alemão Bonhoeffer: “Graça barata é a pregação do perdão sem exigir arrependimento, batismo sem a disciplina da igreja, comunhão sem confissão, absolvição sem confissão pessoal. Graça barata é a graça sem discipulado, graça sem a cruz, graça sem Jesus, vivo e encarnado.”2 A graça barata nada tem a ver com o chamado feito por Jesus. Quando Jesus chama uma pessoa, Ele lhe oferece uma cruz para carregar. Ser discípulo é ser um seguidor, e ser um seguidor de Jesus não tem a ver com nenhum truque barato. Paulo escreveu enfaticamente sobre as obrigações da graça. “Pela graça de Deus eu sou o que sou, e a Sua graça para comigo não foi em vão” (1 Coríntios 15:10). Você percebe como Paulo reconhece a soberania da graça de Deus em sua vida? Esta graça não lhe foi dada em vão. O grego para “em vão”, eis kenon, é traduzido literalmente como “para o vazio”. Ou seja, Paulo não recebeu a graça para levar uma vida vã e vazia, mas sim, para ter uma vida cheia dos frutos do Espírito e, mesmo assim, não em suas próprias forças, mas pelo poder da graça de Deus habitando nele. Por isso, ele apelou aos crentes: “insistimos com vocês para não receberem em vão a graça de Deus” (2 Coríntios 6:1).

Então, o que é a vida? O testemunho bíblico requer que a vida cristã seja uma vida coerente com a vontade de Cristo. O evangelho de Jesus exige que vivamos como Ele viveu − em oração, em obediência, buscando Sua Palavra, fazendo a Sua vontade e indo à Cruz.

Onde quer que haja luta contra o pecado, onde quer que a pobreza e a injustiça desumanizem uma pessoa, onde quer que haja tijolo sem palha, dever sem dignidade, existência sem esperança, religião sem amor, o evangelho com todo o seu poder libertador precisa criar e impactar a nova pessoa.

 

*John M. Fowler (MS pela Universidade de Siracusa, Nova Iorque, EUA; MA e EdD pela Universidade Andrews, Michigan, EUA, é um dos editores da revista Diálogo.

Citação Recomendada

John M. Fowler, "A vida que agora eu vivo," Diálogo 33:1 (2021): 21-23

NOTAS E REFERÊNCIAS

1. Todas as passagens bíblicas deste artigo, a menos que de outra forma anotadas, foram citadas da Nova Versão Internacional da Bíblia Sagrada.

2. Dietrich Bonhoeffer, The Cost of Discipleship (New York: Macmillan, 1959), p. 47.

 

FONTE: Revista Diálogo Universitário

sexta-feira, 21 de maio de 2021

QUAL É A FORMA FÍSICA DE DEUS?


 “Podemos ver que as Escrituras são claras em afirmar que o homem foi feito à “imagem e semelhança de Deus”. Na Bíblia podemos claramente ver um Deus real e pessoal.”

Existem diferentes ensinamentos sobre a “forma de Deus”. Muitos dizem que Ele é simplesmente uma “energia” (ideia mais espiritualista) que comanda o universo, outros, afirmam que Ele existe “dentro de cada um” (panteísmo). É muito lógico que alguém saiba descrever-se a si mesmo melhor que qualquer um. Portanto, vamos deixar que Deus, através de Sua Palavra, nos diga “como” Ele é: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gênesis 1:26).

Podemos ver que as Escrituras são claras em afirmar que o homem foi feito à “imagem e semelhança de Deus”. Se Deus fosse apenas uma “luz”, nós também teríamos de ser “luzinhas a pairar” no ar. Tenho certeza que, ao se olhar no espelho, nenhuma pessoa (em perfeito estado de saúde mental ou espiritual) enxerga uma “luz” refletida, mas sim um ser real. Um detalhe importante na afirmação de que somos “à imagem de Deus”, também estão subentendidas a capacidade de pensar, amar, ter livre-arbítrio.

Precisamos entender que, mesmo sendo à imagem de Deus, a Bíblia não diz que somos “iguais” a Ele. Deus é espírito (João 4:24), e isto quer dizer que Ele é um Ser espiritual (o que não significa impessoalidade). Certo é que Deus não pode ser examinado em laboratório (se o fosse, não seria Deus) e só O entenderemos melhor na eternidade. Na Bíblia podemos claramente ver um Deus real e pessoal:

• “Disse Deus” (Gênesis 1:3) – Se Deus disse, é porque Ele Fala, se fala, tem uma boca, se tem uma boca, tem um rosto.

• “Quando ouviram a voz de Deus, que andava” (Gênesis 3:8). Se Deus andava, é porque Ele tinha pés;

• Deus falava boca a boca com Moisés (Números 12:8);

• A Bíblia diz que Moisés viu a forma corpórea de Deus, sendo que o profeta viu Deus pelas “costas (Êxodo 33:18-23);

• Isaías viu a forma corpórea do Criador (Isaías 6:1-6) e disse que Ele possuía “vestes compridas” (verso 1);

• Ezequiel viu Deus, e disse que Ele era “semelhante a um homem, sentado em um trono” (Ezequiel 1:26-28);

Existem muitos outros textos sobre o assunto, mas creio que estes são suficientes para compreendermos que Deus é um ser pessoal que quer se relacionar conosco! (2 Coríntios 13:13).

Nosso Criador é infinitamente mais do que uma “luz” ou “forma de energia”. É um Ser real, pessoal, que criou o homem à Sua imagem e semelhança e que, na eternidade, nos dará a oportunidade de vermos a face dEle! (Apocalipse 22:4). Não é maravilhoso sabermos que temos um Deus que é um Pai presente, e que nos ama (João 16:27)?

 

FONTE: Biblia.com.br

 

quarta-feira, 12 de maio de 2021

ESTAMOS NO “TEMPO DO FIM” DA HISTÓRIA DO MUNDO?


 Ricardo André

Quando aproximava-se da hora da Sua crucificação, Jesus falou muitas coisas importantes aos Seus discípulos. Entre elas, a promessa de seu retorno à Terra. “Virei outra vez”, prometeu Jesus (Jo 14:3). Ao longo de todos os tempos os cristãos sempre têm mantido os olhos voltados para essa grande promessa feita por Jesus para os Seus discípulos, mas todos admitimos que ela se estende a todos que, ao longo da história da humanidade, aceitaram o plano de salvação através de Jesus.

A volta de Jesus será um acontecimento tão grande e intenso que trará literalmente um fim ao mundo como o conhecemos. As Sagradas Escrituras afirmam que Ele virá “com poder e grande glória” (Mt 24:30). Ela é a “bendita esperança” de todo crente (Tito 2:13), pois para além do fim da história deste mundo, ela marca o fim de todo o mal, angústia, dor e morte, e o início de uma nova forma de vida que nunca terá fim. Essa esperança iluminava cada perspectiva do cristão primitivo. Ela é a bendita esperança da igreja Remanescente. Para os primeiro adventistas as palavras “bendita esperança” proviam um brado arrebatador. Enchiam seus corações de alegria. Enchiam seus sermões, eles as escreviam em seus hinos, atém mesmo assinavam suas cartas “vós na bendita esperança”. O próprio nome “Adventista” traduz a nossa esperança e é a mensagem-chave da igreja em todo o mundo por mais de 170 anos.

As grandes linhas da profecia têm sempre acompanhado os eventos culminantes anteriores à vida de Cristo. A pergunta de capital importância, tão, é: Onde estamos, à luz das profecias de Daniel e apocalipse?

Nos livros proféticos de Daniel, no capítulo 12, e Apocalipse, no capítulo 10, encontramos duas significativas profecias, que como uma luz, nos mostram onde nos encontramos no cronômetro divino, a partir de eventos profético que precedem o segundo advento de Cristo. Neles há algumas informações relevantes sobre o tempo e da volta de Jesus. Esse artigo se propõe a analisar justamente essas duas profecias. A esse respeito, Ellen G. White escreveu: “Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, as profecias registradas por Daniel demandam nossa especial atenção, visto relacionarem-se com o próprio tempo em que estamos vivendo. Com elas devem-se ligar os ensinos do último livro das Escrituras do Novo Testamento. Satanás tem levado muitos a crer que as porções proféticas dos escritos de Daniel e João o revelador não podem ser compreendidas. Mas a promessa é clara de que bênção especial acompanhará o estudo dessas profecias. "Os sábios entenderão" (Dan. 12:10), foi dito com respeito às visões de Daniel que deviam ser abertas nos últimos dias; e da revelação que Cristo deu a Seu servo João para guia do povo de Deus através dos séculos, a promessa é: "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas." Apoc. 1:3” (Profetas e Reis, p. 547, 548).

Ao término das revelações proféticas concedidas ao profeta Daniel, um “homem vestido de linho” (Dn 12:6), o mesmo homem, que o profeta tinha visto no início da visão, aparecera novamente, e deu-lhe a intrigante instrução: “Quanto a você, Daniel, encerre as palavras e sele o livro, até o tempo do fim. Muitos correrão de um lado para outro, e o saber se multiplicará” (Dn 12:4, NAA). Cremos ser Miguel essa Pessoa, o próprio Cristo. Segundo a revelação, Ele encontrava-se sobre as águas do rio Tigre, ladeado por Seus anjos.

Quando Daniel O viu, perguntou: “Quando se cumprirão estas maravilhas?” (Dn 12:6). Que maravilhas o profeta estava se referindo? Obviamente, a correria das pessoas para esquadrinhar as profecias de Daniel e sua consequente expansão espetacular da compreensão delas. Após a resposta do “homem vestido de linho”, Daniel continua sem entender e Lhe faz a segunda indagação: “Meu senhor, qual será o fim destas coisas?” (Dn 12:8). Curiosamente, Miguel não respondeu a segunda pergunta de Daniel. Mas, proferiu as significativas palavras: Quanto a você, Daniel, encerre as palavras e sele o livro, até o tempo do fim” (Dn 12:4). Não sabemos ao certo por que Ele não demonstrou interesse em responder qual seria “o fim dessas coisas”. Talvez porque, nas palavras do teólogo Maxwell, “Daniel não estava vivendo no tempo do fim; portanto, não necessitava compreender os detalhes daquilo que ocorreria apenas no tempo do fim” (MAXWELL, C. Mervyn, Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, CPB, p. 317).

Não obstante a recusa de Miguel em responder a segunda pergunta do profeta, Ele responde a primeira de maneira maravilhosa: “Então ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio. Ele levantou a mão direita e a esquerda ao céu e jurou por aquele que vive eternamente, dizendo: — Passarão um tempo, tempos e metade de um tempo. E, quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo, estas coisas todas se cumprirão” (Dn 12:7).

De acordo com a revelação profética, as profecias contidas no livro de Daniel deveriam permanecer seladas (incompreendidas) até ao tempo do fim, o que pressupõe que, ao chegar esse tempo, o interesse de muitas pessoas por essas profecias seriam despertadas. Elas iriam estudá-las com afinco e suas mentes seriam iluminadas pelas profecias do tempo do fim.

Uma vez que a multiplicação do conhecimento das profecias apresentadas no livro de Daniel se daria no tempo do fim, a pergunta que se impõe é: Quando começa o tempo do fim? Conforme a resposta de Miguel, ele começa após um misterioso período profético denominado de “um tempo, tempos e metade de um tempo”. Mas, o que significa essa profecia de tempo? Quando ela começa e termina? Se conseguirmos decifrar esse código profético saberemos quando ocorrerá o tempo do fim.

Quando começaria o “tempo do fim”?

Importante dizer que esse período profético “um tempo, tempos e metade de um tempo” já aparecera antes, no capítulo 7 do livro, para representar o período de atuação do papado ou do sistema católico romano na Europa representado pela “ponta pequena”, surgida do quarto animal da visão profética de Daniel. As evidências históricas apontam para Roma imperial como sendo o quarto animal dessa profecia. Afirma o texto sacro: “Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo e tentará mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo” (Dn 7:25). Este mesmo período profético foi por João mencionado cinco vezes em três diferentes modos no livro do Apocalipse (11:2, 3; 12:6, 14; 13:5). O método de expressão usado por João como por Daniel é “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. (Apocalipse 12:14; Daniel 7:25; 12:7). De acordo com o Comentário Bíblico Adventista, “o termo aramaico ‘iddan, aqui traduzido como ‘tempo’, ocorre também em Daniel 4:16, 23, 25 e 32, em que a palavra, sem dúvida, significa ‘um ano’” (v. 4, p. 917). Um “tempo” é modo hebreu de expressão para um ano. (Daniel 4: 16; 11: 13). Portanto, a conclusão lógica é que, um “tempo” seria um ano ou 360 dias, dois “tempos” seriam iguais a dois anos ou 720 dias, meio “tempo” igualaria a meio ano, ou 180 dias. O total é 1260 dias. Essa é a designação empregada no Ap 12:6. Em Ap 13:5, a expressão usada é “42 meses”. Um mês profético consiste em 30 dias (proféticos), assim 42 meses multiplicado por 30, daria 1260 dias (anos). Comentaristas bíblicos concordam que em profecia, um dia representa um ano. Então, se aplicarmos o princípio bíblico de um dia por um ano, conforme estabelecido em Nm 14:34 e Ez 4:6, na profecia dos três anos e meio, dos 42 meses ou 1260 dias, teremos um longo período de 1260 anos.

A mensagem de Daniel 12:4 é clara: Após os 1260 anos, estes marcados pela grande perseguição do povo de Deus, desencadeado pela Igreja Católica Romana, o “tempo do fim” teria início, e haveria um despertamento espiritual, gerado pelo estudo e compreensão das profecias de Daniel. Mas, quando começa esse tempo? “O período profético do “chifre pequeno” começou em 538 d. C., quando os ostrogodos abandonaram o cerco a Roma, e o bispo de Roma, liberto do controle ariano, ficou livre para exercer as prerrogativas do decreto de Justiniano, de 533, e a partir de então aumentar a autoridade da “Santa Sé”. Exatamente 1. 260 anos depois (1798), as vitórias espetaculares do exército de Napoleão, na Itália, colocaram o papa à mercê do governo revolucionário francês, que então o advertiu de que a religião romana seria sempre inimiga irreconciliável da República [...]. Por ordem de Napoleão, o General M. Berthier invadiu Roma com um exército francês, proclamou que que o governo político do papado chegara ao fim, e levou o papa prisioneiro para a França, onde morreu no exílio. A derrota do papado, em 1798, marcou o clímax de uma longa série de eventos relacionada com seu declínio progressivo, e foi também a conclusão do período profético de 1. 260 anos” (Comentário Bíblico Adventista, v. 4, p. 918).

O decreto de Justiniano, imperador do Império Romano do Oriente, a que se refere o Comentário Bíblico Adventista editado em 533, “promulgou como lei o cristianismo ortodoxo”, colocando o papa como cabeça formal da cristandade; ordenou que todos os grupos cristãos se submetessem à sua autoridade e deu a ele o poder civil de sentenciar à morte os hereges. Porém, esse código não foi legalmente promulgado, nem sancionado até o fim do cerco a Roma, em 538, “o ano em que os ostrogodos foram derrotados” (Uma Nova Era Segundo as Profecias de Daniel, p. 129). Belisário, general do imperador Justiniano, assumiu o controle de Roma e de seus arredores. Só então o código que atribuía poderes ao papado pôde ser realmente executado por Belisário, além das fronteiras de Roma.

Vale dizer que o pontífice que fora aprisionado pelo general napoleônico ao final dos 1. 260 anos foi o papa Pio VI. Durante esse tempo não houve papa reinante. Esse golpe no papado desfechado pelas forças de Napoleão já estava predita também na profecia de Apocalipse 13, onde se diz que uma das cabeças da besta papal seria golpeada de morte. Verso 3. “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto”. Verso 10. Com que notável precisão cumpriu-se de modo cabal o período profético de 1260 anos! Portanto, a partir de 1798 o mundo entrou num tempo chamado na profecia bíblica de “tempo do fim”, no qual ocorreriam diversos eventos religiosos, políticos e sociais que conduziriam ao fim do mundo mediante a segunda vinda de Cristo.

Ellen G. White nos aconselha a estudarmos o cumprimento profético passado - estudar os princípios envolvidos - porque situações similares surgirão novamente e o povo de Deus terá que enfrentá-las.  “Estamos no limiar de grandes e solenes acontecimentos. Muitas das profecias estão prestes a se cumprir em rápida sucessão. Cada elemento de energia está prestes a ser posto em ação. Repetir-se-á a história passada. Antigas controvérsias serão revividas, e perigos rodearão de todos os lados o povo de Deus. A tensão está se apoderando da família humana. Está permeando tudo na Terra […] Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá […]” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, p. 116).

Preparemo-nos para tais questões através da compreensão dos desafios envolvidos naqueles eventos passados. A História irá se repetir. Daniel 7:25 e Apocalipse 13:7 são duas profecias que se referem à perseguição do povo de Deus durante os 1260 anos de domínio papal na Europa. Sabemos que a perseguição contra o povo de Deus se repetirá nos tempos finais da história humana, porque outra profecia diz que será assim (Ap 13:15-17). Estudar a vida dos fiéis e os problemas que enfrentaram em sua época – e como os encararam – pode nos fortalecer para enfrentar a perseguição que teremos em nosso próprio tempo.

A perseguição ao fiel povo de Deus ainda está no futuro bem próximo, mas em cumprimento das profecias apocalípticas, um significativo evento no âmbito religioso ocorreu pouco depois do início do tempo do fim: o grande despertamento religioso na América do Norte, na década de 1840, resultante do estudo das profecias de tempo do livro de Daniel. Desse movimento de estudo das profecias surgiu o último Remanescente Fiel da história, que até hoje atua no mundo ajudando milhões de pessoas a se prepararem para a breve volta de Jesus em glória e majestade. (Ap 12:17; 14:6, 7).

O “Homem vestido de linho” aparece a João na forma de um “Anjo forte”

Curiosamente, o “homem vestido de linho” que aparecera na visão de Daniel, registrada no capítulo 12, reaparece em Apocalipse 10. Ele aparece na figura de um “Anjo forte” (10:1). À semelhança da visão de Daniel, Ele aparece a João com Sua mão erguida, e jura por “Aquele que vive pelos séculos dos séculos” (Dn 12:7; Ap 10:5, 6). Clara evidência de tratar-se do mesmo Ser em ambas as visões.

João assim descreveu o “Anjo” que abarca a Terra e o mar: “Vi outro anjo forte descendo do céu, vestido de uma nuvem. Por cima da sua cabeça estava o arco-íris; o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo” (Ap 10:1). Seis vezes, no Apocalipse, a mensagem enviada do Céu é simbolizada por um anjo. Mas a descrição deste anjo é mais gloriosa do que a dos outros: “O seu rosto era como o Sol”. Quem é o “Anjo forte” que João viu vir diretamente da presença de Deus? A semelhança da descrição com a de Cristo em Apoc.1:13-16, indica que este anjo seja Cristo. Quando transfigurado diante dos discípulos, o rosto de Cristo “brilhava como o Sol” (Mat. 17:2). Ele é chamado “o Mensageiro do concerto” (Mal.3:1), e “o Anjo que me redimiu” (Gên. 48:16).

Em Daniel 12:1 e 7, Jesus é apresentado como Miguel. Mas se Miguel é identificado como o Arcanjo, seria Cristo, então, um anjo? O Arcanjo não é um anjo. Ele é o chefe dos anjos. Por exemplo, o presidente do Brasil é o comandante-em-chefe do exército, mas não é um soldado. Cristo é um mensageiro. Ele não é um ser criado, como um anjo.

Outra evidência de que o Anjo forte é Jesus está em I Tess.4:16. Ali nos é dito que é a voz do Arcanjo que despertará os mortos, por ocasião da primeira ressurreição. Em João 5:25, nos é dito que é a voz do Filho de Deus que despertará os mortos.

“O Anjo forte que instruiu a João não era outro personagem senão Jesus Cristo. Pondo o pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra seca, Ele mostra a parte que desempenha nas cenas finais do grande conflito com Satanás. Essa posição denota Seu supremo poder e autoridade sobre a Terra” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 971).

O arco celeste é símbolo do concerto e a “nuvem” é também sinal da divindade, pois uma nuvem sobre o acampamento de Israel era evidência da presença de Deus como guia de Seu povo.

A profecia prevê um movimento mundial de Pregação

Na sua visão, João nota que o Anjo forte tem em suas mão um “livrinho aberto”. Segue-se a ordem para que ele tome o livro e coma-o. De pronto, ele obedece e descobre que na boca o livro é doce ao paladar mas amargo no estômago (Ap 10:2-10). Não obstante o desapontamento causado pelo amargo do livro, ele recebe a seguinte ordem: “É necessário que você ainda profetize a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Apocalipse 10:11). Ele recebe a instrução para continuar a pregar as boas novas do evangelho no mundo.

Que livro aberto pode ser este? Parece haver apenas uma resposta, pois, até onde se saiba, a única parte das Escrituras que foi fechada ou selada foi uma porção do livro de Daniel. Ao profeta foi ordenado: “Fecha estas palavras e sela este livro até o tempo do fim. Muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará”. (Dn 12:4). “Esta admoestação se aplica particularmente à parte das profecias de Daniel que trata dos últimos dias (...) e, sem dúvida, especialmente ao fator do tempo dos 2.300 dias (Cap. 8:14), pois se relaciona com a pregação das mensagens do primeiro, do segundo e do terceiro anjos (Ap 14:6-12). Visto que a mensagem do Anjo que estamos considerando trata do tempo e presumivelmente de acontecimentos no tempo do fim, quando livro de Daniel devia ser desselado (Dn 12:4), parece ser razoável deduzir que o livrinho aberto na mão do Anjo era o livro de Daniel. Com a apresentação a João do livrinho aberto, são reveladas as partes seladas da profecia de Daniel. O fator do tempo, indicando o fim da profecia dos 2.300 dias, torna-se claro. Consequentemente, o capítulo em apreço focaliza o tempo em que foi feita a proclamação dos versos 6 e 7, isto é, durante os anos 1840 a 1844” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 797).

Uma vez que esta parte do livro de Daniel foi fechada somente até o tempo do fim, segue-se naturalmente que nesse tempo do fim ele seria aberto. Como mostramos acima, o tempo do fim começou exatamente ao fim do período profético dos 1. 260 anos, em 1798, quando, não temos dúvida em afirmar, o selo do livro de Daniel foi removido, dando início a um grande movimento religioso que se dedicaria ao estudo aprofundado das profecias relativas ao “tempo do fim”.

Louvado seja Deus Yahweh porque o livro de Daniel está sendo aberto nos últimos dias! Profecias que antes não eram entendidas, agora o são. Nem tudo no livro de Daniel foi selado, Nabucodonosor sabia quem era a cabeça de ouro na imagem de Daniel. Havia muitas coisas que foram entendidas.

O que realmente confundiu Daniel naquelas visões foram as profecias de longo tempo. Sobre elas, ele disse: “Espantei-me acerca da visão”. As profecias que o deixaram confuso foram as 70 semanas, os 1260 dias e os 2300 dias, proféticos, ou seja, um dia equivalente a um ano.

A profecia revelada em Daniel 8:14 diz: “Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado”. Em Daniel 9:25, a explanação relativa à primeira parte dos 2300 anos nos diz que este grande período profético iniciar-se-ia com “a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém”.  E esta ordem, dada aos judeus que eram cativos no Oriente ao tempo da dominação mundial da Pérsia, foi emitida pelo rei Artaxerxes, na última parte do ano 457, antes de Cristo. Contando desta data inicial, os 2300 anos alcançaram a última parte do ano de 1844, quando então a verdade seria restaurada pela pregação e o santuário seria purificado.

Segundo o ritual do santuário do antigo Israel, a purificação do santuário significava a remoção simbólica dos pecados do povo de Deus do santuário, através de um sacrifício especial, oferecido sempre no dia 10, do sétimo mês judaico, correspondendo a outubro do nosso calendário.

O santuário de Israel, erguido por Moisés conforme o modelo que lhe fora mostrado por Deus, era uma figura do verdadeiro santuário que existe no céu, onde Cristo ministra por Sua igreja desde que para lá ascendeu, depois de Sua ressurreição (Êx 25:8, 9; Hb 8:1-5).

Desse modo, a purificação simbólica do santuário de Israel realizada pelo sumo sacerdote uma vez ao ano, era emblema da purificação do santuário celeste que Cristo devia se realizar a partir do final dos 2300 anos, ou seja: Depois de 1844. Como no santuário terrestre os serviços diários eram efetuados no lugar santo e a purificação no lugar santíssimo, de modo idêntico, Cristo, desde que ascendeu ao céu, efetuou Sua obra de intercessão no lugar santo do santuário celestial até 1844.

Nesta data, em outubro, Ele deixou o lugar santo e penetrou no lugar santíssimo para efetuar a purificação do santuário, ou seja, a remoção dos pecados de Seu povo. Esta obra de purificação continuará até o fechamento da porta da graça, quando estará concluída a purificação do santuário celestial e Jesus voltará para executar o juízo.

Olhando a História, podemos ver que foi perto do fim dos 2.300 dias proféticos, em 1844, que o anjo, com o livro aberto de Daniel, fez exatamente o que foi mostrado a João. Precisamente no tempo previsto, a mensagem profética do anjo envolveu toda a Terra. Como predito na visão de João, o tempo profético atingiu seu clímax.

No fim do século XVIII e início do século XIX, as pessoas começaram a estudar as profecias de Daniel e Apocalipse. Assim, muitos chegaram à conclusão de que os 2.300 dias de Daniel 8:14 terminariam no fim dos anos 1840. Pensando que a purificação do santuário descrita por Daniel se referia à purificação da Terra pelo fogo da segunda vinda de Cristo, concluíram que esse seria o tempo do retorno de Jesus. Essa fantástica notícia logo foi proclamada em todo o mundo.

Como os servos de Deus entenderam a purificação do santuário na profecia de Daniel? A resposta histórica é esta: Eles entenderam que o santuário a ser purificado no final dos 2300 anos, em 1844, era a própria terra e que, para que isto pudesse ser realizado, Jesus deveria voltar naquele ano e atear fogo e enxofre ao mundo para purificá-lo da maldade humana.

Como chegaram à conclusão de que a terra seria o santuário a ser purificado? Simplesmente pelo fato de, em 1844, não haver mais santuário na terra e desconhecerem a doutrina do santuário celestial, do qual o santuário terrestre era uma cópia.

O fato de conceberem, pelo livro de Daniel, que Jesus voltaria em 1844 para purificar a terra e salvá-los é que cumpre a profecia de ter o profeta achado o livrinho doce como o mel ao tomá-lo da mão do anjo e comê-lo. Nada mais doce para eles do que ter a indicação do ano da volta de Jesus e estarem, como pensavam eles, diante da concretização de suas tão acalentadas expectativas quanto ao retorno do Senhor Jesus.

A conclusão de que Cristo estava para voltar em seus dias causou profundo impacto na vida de Guilherme Miller. É o que se depreende de suas palavras: “Não preciso dizer da alegria que inundou meu coração em vista da feliz perspectiva, ou da ardente ansiedade de minha alma pela participação nas alegrias dos redimidos” (Apology and Defence, p. 11, 12, citado por Enoque de Oliveira em A Mão de Deus ao Leme, p. 32).

“Dentro do movimento os crentes aguardavam com alegre expectativa. A adolescente Ellen Harmon escreveu depois: ‘Este foi o ano mais feliz de minha vida. Meu coração estava cheio de feliz expectativa’” (C. Mervyn Maxwell, História do Adventismo, CPB, p. 33). Realmente a abertura do livrinho foi doce como mel.

O desapontamento previsto na profecia

Inicialmente, Guilherme Miller, pastor da igreja batista de Nova York, começou a pregar que a volta de Jesus ocorreria no dia 22 de Outubro de 1844. O grande erro do movimento consistiu em não compreenderem seus dirigentes a natureza do acontecimento que tomaria lugar no fim do período profético dos 2300 anos, isto é, em Outubro de 1844. Para os adventistas do sétimo dia, em particular, o ano de 1844 e os que o precederam, evocam o nome de Guilherme Miller. Entretanto, ele era apenas um dos muitos que pregavam, naquele tempo, sobre o breve retorno de Jesus. Pessoas como Manuel Lacunza (um padre jesuíta), José Wolff (um judeu cristão), Henrique Drummond (um banqueiro inglês e membro do Parlamento), Guilherme Cunninngham, Henrique Richter, os pregadores-mirins na Suécia e muitos outros pregadores na Escócia, Irlanda, França, Alemanha, Holanda, Suíça, América do Sul, Oriente Médio e em maior quantidade na Inglaterra também proclamavam o fato de que as profecias do fim dos tempos estavam quase se cumprindo e, como haviam entendido, Jesus voltaria (C. Mervyn Maxwell, História do Adventismo, CPB, p. 39).    

No fim do tempo profético, precisamente como havia sido mostrado ao apóstolo João e no tempo exato predito por Daniel mais de 2.300 anos antes, a mensagem foi proclamada com ‘grande voz’ ao redor do mundo. Não é de admirar que os pioneiros adventistas ficassem tão eufóricos quando chegaram à conclusão de que era o cumprimento da profecia!

“Fui, pois, ao anjo, e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o. Ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. Tomei o livrinho da mão do anjo, e o comi. Na minha boca era doce como mel, mas tendo-o comido, o meu ventre ficou amargo” (Apocalipse 10:9, 10).

A expressão “toma-o e come-o” significa que a mensagem seria devorada: Plenamente assimilada, recebida. “Achadas as tuas palavras, logo as comi” (Jer.15:16). O anúncio da breve volta de Jesus foi recebido com grande entusiasmo. A alegria enchia o coração dos cristãos. Mas eles estavam condenados ao desapontamento. Quando a hora chegou e Jesus não apareceu, a fé dos crentes sofreu um golpe terrível. O que tinha sido doce como mel, agora se tornara amargo como fel, tal como dissera o anjo.

Não poderia haver melhor resumo do que aconteceu a seguir, na história da Igreja Adventista, do que aquelas palavras proféticas. Todos os fundadores da igreja haviam sido mileritas, ou seja, seguidores de Guilherme Miller, um fazendeiro batista que se tornara pregador e proclamava que Cristo retornaria por volta de 1843 ou 1844, no fim da profecia dos 2.300 dias, como ele havia entendido. Para os adventistas que vivem hoje, 176 anos após aquele evento, é difícil imaginar quão preciosa foi a experiência daqueles mileritas ao se aproximarem do dia 22 de outubro de 1844, data que, segundo os estudos feitos por eles, seria o fim da profecia de Daniel. Sua experiência foi fascinante durante as semanas que precederam o dia 22 de outubro. Ao ler alguns de seus relatos, vislumbramos um imenso sentimento de alegria.

“No fim do encontro, as colinas de granito de New Hampshire ecoavam o grande clamor: ‘Eis o Noivo! Saí ao Seu encontro!’ Enquanto as carroças carregadas e os vagões nas estradas de ferro voltavam para os diferentes estados, cidades e vilas da Nova Inglaterra, o clamor ainda ressoava: ‘Eis o Noivo! Saí ao Seu encontro!’ O tempo é curto! Preparem-se! Preparem-se!” (José Bates, Second Advent Way Marks and High Heaps, 1847, p. 30, 31.).

“Semelhante à vaga da maré”, Ellen White disse que “o movimento se alastrou pelo país. Foi de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, e para lugares distantes, no interior, até que o expectante povo de Deus ficou completamente desperto” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 400).

Finalmente, o grande dia chegou. Guilherme Miller disse o seguinte: “Mesmo os piores escarnecedores se calaram” naquele dia. Mas continuou dizendo: “O dia passou. Na manhã seguinte, era como se todos os demônios do mais profundo abismo viessem sobre nós. Os mesmos … que gritavam por misericórdia … antes, estavam agora … escarnecendo, zombando e ameaçando da maneira mais blasfema.” (Guilherme Miller carta manuscrita a J. O. Orr, M.D., 13 de dezembro de 1844, citado em F. D. Nichol, The Midnight Cry, p. 266).

A experiência que havia sido tão doce em sua boca, como predito pelo apóstolo João, agora se tornara amarga no estômago. Assim como não podemos compreender completamente a experiência pela qual passaram, há tanto tempo, ao aguardar a volta de Jesus naquela terça-feira, também não entendemos plenamente a intensidade da dor que sentiram nos dias e semanas após o desapontamento de 22 de outubro.

Logo que me tornei adventista em meados de 1980, li com fascinação a história dos pioneiros e do grande desapontamento de 1844. É difícil compreender o grande drama experimentado pelos pioneiros adventistas naquela época. Calcula-se que mais de 50.000 pessoas esperavam a volta de Jesus, “naquele dia”! A população dos Estados Unidos era de 20 milhões!

“Ao soar a hora no relógio, a família de [Hiram] Edson e seus amigos, tal como os mileritas por toda parte, contaram as batidas com corações opressos. Quando nada mais se fez ouvir, senão o monótono ritmo de seu tique-taque, certificaram-se de que o “dia havia passado” e seu “desapontamento tornou-se uma certeza”. Disse Edson: Nossas mais caras esperanças e expectações foram esmagadas, e um tal espírito de pranto nos sobreveio como nunca havíamos experimentado antes.[...] Choramos e choramos, até o alvorecer.” (C. Mervyn Maxwell, História do Adventismo, CPB, p. 49).

“Escreveu Tiago White anos depois: ‘Quando o irmão Himes visitou Portland, Maine, poucos dias após a passagem da data, e declarou que os irmãos deveriam preparar-se para outro duro inverno, meus sentimentos foram quase incontroláveis. Deixei o local da reunião e chorei como uma criança’” (Idem, p. 36).

Os discípulos de Cristo passaram por idêntica experiência. Poderia haver coisa mais trágica do que a morte de Jesus, para homens que haviam abandonado tudo, crendo que Ele era o Cristo? Quando eles desceram da cruz o corpo do seu Senhor, e o sepultaram, também sepultaram as suas esperanças.

Sua obra, porém, não estava terminada. Na verdade, ela mal havia começado. Foi depois do seu grande desapontamento que os apóstolos realizaram sua maior obra. Na tarde após a ressurreição, lemos que o Senhor “abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras” (Luc. 24:45).

Desapontamentos humanos são, às vezes, desígnios divinos, e como os apóstolos, dezoito séculos antes, este grande desapontamento de 1844 provou-se ser uma bênção disfarçada.

Uma mensagem maior precisava ainda ser dada ao mundo. Alguns, é certo, renunciaram à sua fé e deixaram a Palavra de Deus; mas, esse próprio desapontamento conduziu muitos outros a um estudo mais aprofundado da Bíblia.

O despertar de um novo movimento mundial

“Então foi-me dito: Importa que profetizes outra vez acerca de muitos povos, nações, línguas e reis” (Apocalipse 10:11).

É notável como a profecia indica neste texto um novo movimento mundial constituído de crentes que participaram do grande desapontamento de 1844. Outra vez deviam levantar o clamor mundial da segunda vinda de Cristo, sem, no entanto, assinalarem uma nova data para o Seu aparecimento.

Nova luz deveria incidir sobre o caminho dos pesquisadores da Palavra de Deus. Uma maior mensagem, abarcando profecias ainda não imaginadas, devia vir à luz como resultado daquele estudo. Aquela mensagem pregada até 1844, não era a mensagem final de Deus.

Depois do grande desapontamento de 1844, os crentes genuínos não abandonaram sua crença na Segunda Vinda de Cristo, ou a convicção de que o seu movimento era de origem divina. Renovado interesse no estudo da Bíblia resultou em mais clara compreensão da profecia. “Muitas vezes ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra”, escreveu Ellen G. White (Mensagens escolhidas, v. 2, p. 206). Foi desse espírito de oração e sincero exame das Sagradas Escrituras que surgiu a Igreja Adventista do Sétimo Dia. A breve volta de Jesus tornou-se uma grande certeza para Ela. Essa igreja foi estabelecida com a missão mundial de avisar ao mundo de que Cristo voltará. Fundaram-se instituições médicas e educacionais em muitas partes do Globo. Foram erigidas igrejas, escolas, hospitais e casas publicadoras para ajudar a levar o evangelho eterno a toda nação, tribo, língua e povo. Os Adventistas do Sétimo Dia consideram sua vocação um cumprimento da profecia bíblica. Eles devem desempenhar uma parte muito importante no soar da sétimo trombeta (Ap 11). Encaram com seriedade a ordem de Ap 10:11: “Importa que profetizes outra vez acerca de muitos povos, nações, línguas e reis”.

A certeza da Sua vinda

223 anos nos separam do início do tempo do fim, 177 anos do início do juízo investigativo no Céu, e Cristo ainda não voltou. Quanto tempo mais teremos que esperar para O encontrar em Sua vinda? Felizmente, não nos compete saber. É da alçada divina. Deus sabe quando Seu Filho deverá voltar para nos buscar. O que me concerne é estar preparado, vigilante, hoje. É isso que o Senhor espera de mim e de qualquer que ama a Sua vinda. A verdade é que, independentemente de quanto tempo tenhamos que esperar, é certo que Jesus virá, pois Ele mesmo deu Sua palavra de honra ao prometer: “Virei outra vez” (Jo 14:3; Ap 22:20). Seu segundo advento é um certeza divina! O apóstolo Paulo sabendo que, no tempo do fim, os que houvessem aceitado o evangelho eterno seriam tentados a perder a confiança nele por causa da aparente demora da volta de Jesus, ele escreveu: “Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará” (Hebreus 10:37, ACF). Deus mantém conta certa do tempo. A Bíblia permanece verdadeira. O cumprimento das profecias de Daniel e Apocalipse com precisão e muitas outras no futuro bem próximo, indicam que Jesus está prestes a voltar, a fim de estabelecer seu reino. E o novo reino “não será jamais destruído” e “subsistirá para sempre” (Dn 2:44). As mensagens dadas à Igreja Remanescente pela inspirada profetisa Ellen G. White nos guiarão até ao fim. Muitos luminares brilhantes poderão apagar-se, tornando-se trevas, mas a luz profética brilhará e mais à medida que se aproximar do glorioso dia da volta de Jesus.

Vislumbrando aquele grande dia Ellen White escreveu: “Dentro de pouco tempo Jesus virá para salvar Seus filhos e dar-lhes o toque final da imortalidade. Este corpo corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e este corpo mortal se revestirá da imortalidade. As sepulturas se abrirão, e os mortos sairão vitoriosos, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" I Cor. 15:55. Os nossos queridos, que dormem em Jesus, sairão revestidos da imortalidade. E, ao ascenderem os remidos aos Céus, abrir-se-ão os portais da cidade de Deus de par em par, e neles entrarão os que observaram a verdade. Ouvir-se-á uma voz mais bela que qualquer música que já soou aos ouvidos mortais, dizendo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mat. 25:34. Então os justos receberão sua recompensa. Sua vida correrá paralela à vida de Jeová. Lançarão suas coroas aos pés do Redentor, tangerão as harpas de ouro e encherão todo o Céu de bela música” (Conselhos Sobre Mordomia, p. 350).

Que dia será aquele, quando Ele abrir todos os cemitérios do mundo! Erguerá os mortos e nos unirá pela eternidade como os nosso queridos. Jesus promete tanto aos ressuscitados quantos aos vivos: “(...) voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14:3, NVI). Vidas solitárias e frustradas despertarão para a amizade com Jesus através dos tempos eternos.

Querido amigo, como está a sua fé e esperança na volta de Jesus? Esperando-O cada dia, preparado? Não me é tão importante que eu esteja esperando meu Senhor por 36 anos e quanto mais terei de esperar. O que me preocupa é meu preparo, da minha família e o da minha igreja nestes dias tão importante nos quais esperamos nosso Senhor. A vinda dEle é certa. Nunca percamos a fé e a esperança na Sua vinda. Ele é o Senhor do Advento. Nos preparemos e ajudemos a outros também a se prepararem para o glorioso encontro com Senhor. “Todo o que pretende ser um servo de Deus é convidado a realizar Seu serviço como se cada dia fosse o último.” (Ellen G. White, Maranata: O Senhor Vem![MM 1977], p. 106).

Assim, como seres humanos, temos apenas dois finais possíveis. Quando tudo estiver dito e feito, ou vamos ser destruídos totalmente com o pecado, com os pecadores impenitentes e com o mal, ou vamos viver para sempre junto a Deus, que, por meio de Jesus, abriu o caminho a todos nós, mesmo aos piores entre nós, para morarmos com ele no paraíso. De uma maneira ou de outra, a eternidade aguarda todos nós.

Amigo, de que lado você vai estar por ocasião do fim do mundo? Que tipo de emoção você vai ter alegria ou terror? Decida estar entre o grupo que vai dizer: “Este é o nosso Deus a quem aguardávamos” (Is 25:9). Se fizermos dEle o Senhor do nosso coração, nós O receberemos alegremente por ocasião de Seu retorno à Terra.

Não adie o seu encontro com Jesus. Não espere mais. Tome uma decisão hoje de pertencer a Ele e a Sua Igreja, “ou seja, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap 12:17). Abra seu coração a Jesus. Peça a Ele que dirija a sua vida. Agora é o tempo, agora é o momento de entregar-se totalmente nas mãos de Jesus e preparar-se para a sua volta.

Deus te abençoe ricamente!