Teologia

sábado, 31 de outubro de 2015

FESTA DO HALLOWEEN - O QUE DIZ A BÍBLIA SAGRADA?



Ricardo André

No dia 31 de outubro (dia que antecede o dia dos finados), em diversos países do mundo comemora-se a festa do Halloween também chamada de dia das Bruxas.  Embora não faça parte da nossa cultura, o Halloween ainda que que de forma tímida é também celebrado aqui no Brasil. A palavra Halloween “ é, na realidade, uma versão encurtada de "All Hallows' Even"(Noite de Todos os Santos), a véspera do Dia de Todos os Santos (All Hallows' Day). "Hallow" é uma palavra do inglês antigo para "pessoa santa" e o dia de todas as "pessoas santas" é apenas um outro nome para Dia de Todos os Santos, o dia em que os católicos homenageiam todos os santos. Com o tempo, as pessoas passaram a se referir à Noite de Todos os Santos, "All Hallows' Even", como "Hallowe'en", e mais tarde simplesmente "Halloween". (http://pessoas.hsw.uol.com.br/halloween1.htm)

Os participantes vestem-se a caráter, isto é, com as cores preta e vermelha; a maioria usa só a cor preta. As máscaras são as mais imaginativas: Diabo, vampiro, bruxa, morcego, morte, caveira, monstros, fantasmas, entre outras. Milhares de pessoas consideram a festa inofensiva para os seus filhos, que lhes permite ter uma noite de “fantasia, diversão” e sem "maldade", onde as criancinhas se vestem com fantasias para pedirem doces nas casas.

Mas as antigas origens e os atuais costumes dessa celebração provam que ela se baseia em crenças falsas sobre os mortos e os espíritos do mal, ou demônios. — Veja “História e costumes do Halloween”.

A Bíblia alerta: Não permitam que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou dedique-se à magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria ou faça encantamentos; que seja médium ou espírita ou que consulte os mortos. O Senhor têm repugnância por quem pratica essas coisas, e é por causa dessas abominações que o Senhor, o seu Deus, vai expulsar aquelas nações da presença de vocês” (Deuteronômio 18:10-12, NVI).  Embora alguns encarem o Halloween como diversão inofensiva, a Bíblia mostra que suas práticas não são. Em 1 Coríntios 10:20, 21, a Bíblia diz: “Não quero que vocês tomem parte nas coisas dos demônios. Vocês não podem beber do cálice do Senhor e também do cálice dos demônios” (NTLH).

O apóstolo Paulo em Filipenses 4:8 aconselha os cristãos a preencherem continuamente suas mentes com o que é bom. Um olhar cuidadoso e honesto sobre o Halloween revela que pouco ou nada é bom nesta festa. Pelo contrário, é um dia que aponta para o satanismo, para o medo, e para a gula.

Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? (2 Coríntios 6:14-15)

Origem e costumes da festa

Halloween é claramente uma relíquia dos tempos pagãos, e ela nunca refletiu nenhuma verdade ou virtudes cristãs.

Os costumes ligados ao Halloween estão comumente ligados a uma festa celebrada pelos sacerdotes druidas, das tribos Celtas que ocuparam o norte e oeste da Europa, mais precisamente nos países da Irlanda, Inglaterra e França. Esta festa, que remonta muitos séculos antes de Cristo, no século V a. C., começou em 31 de outubro de cada ano e foi chamada de festival de Samhain (sow-en), que significa senhor da morte. De acordo com a Enciclopédia Barsa, “o Halloween tem origem nas festas pagãs de Samhain, celebradas pelos celtas durante a Idade Média, na Bretanha e na Irlanda (. . .) Durante os festejos, imensas fogueiras eram acesas no alto das colinas para afugentar os maus espíritos e acreditava-se que as almas dos mortos visitassem suas casas nesse dia.”

No entanto, as Sagradas Escrituras ensinam claramente que “os mortos nada sabem” (Eclesiastes 9:5, NVI), ou seja, estão num estado de absoluta inconsciência. Portanto, eles não podem entrar em contato com os vivos.

Esta prática bárbara continuou abertamente durante centenas de anos, até Roma conquistar a Bretanha e bani-la. Anos se passaram, e Roma continuou a conquistar novos territórios aumentando seu poder. O povo de cada nação conquistada não só eram obrigados a tornarem-se cidadãos de Roma, como também se tornarem membros da Igreja Romana. Como você pode imaginar, estes novos “convertidos” pouco se importavam com o cristianismo e continuaram tenazmente agarrados as suas amadas práticas pagãs.

Portanto, uma vez que a Igreja Romana não foi capaz de fazer as pessoas abandonarem os seus festivais pagãos, ela decidiu então “santificar” alguns deles. A celebração druida em honra ao senhor da morte tornou-se o Dia de Todos os Santos, e passou a ser observado por todas as igrejas.

Oficialmente, ela foi proclamada como um dia para se homenagear todos os santos que tinham morrido, conhecidos ou desconhecidos. Mas, na prática, permaneceu o que era verdadeiramente, uma festa pagã do “Dia dos Mortos”.  A Bíblia Sagrada proíbe terminantemente  misturar práticas pagãs com a adoração de Deus:  “Portanto, "saiam do meio deles e separem-se", diz o Senhor. "Não toquem em coisas impuras, e eu os receberei" (2 Coríntios 6:17).

Na Europa medieval, muitos padres católicos adotaram costumes pagãos locais e incentivavam os fiéis a ir de casa em casa vestindo fantasias e pedindo pequenos presentes em troca de uma oração pelos mortos e carregavam “velas dentro de nabos esculpidos, que simbolizavam uma alma presa no purgatório”. (Halloween — From Pagan Ritual to Party Night [Halloween: Ritual Pagão Transformado em Noite de Festa]) Outros dizem que essas velas eram usadas para afastar espíritos maus. Durante o século XIX, na América do Norte, os nabos foram substituídos por abóboras, que eram mais fáceis de encontrar, bem como de esvaziar e esculpir. As crenças por trás desse costume — a imortalidade da alma, o purgatório e as orações pelos mortos — são crenças que não possuem sustentação bíblica (Ezequiel 18:4).

Claramente, os ritos e símbolos deste feriado revelam que este é um dia que glorifica a Satanás. Fotos de fantasmas, demônios, vampiros, lobisomens, bruxas e zumbis, gnomos, esqueletos, abóboras e máscaras de diabo aparecem nas vitrines das lojas em toda a parte. Filmes de terror são promovidos na televisão e nos cinemas, livrarias passam a dar mais ênfase aos livros que lidam com assuntos sobre a morte e o oculto. Já por muito tempo, essas criaturas têm sido relacionadas ao mundo espiritual do Diabo. A Bíblia é clara ao dizer que devemos nos opor aos espíritos maus, não festejar com eles: “pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais” (Efésios 6:12, NVI)”.

Diz mais a Bíblia: “E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as. (Efésios 5:1). Portanto, como cristãos, não devemos estar associados às coisas de Satanás. Cristo nos diz que : “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro (…)” (Mateus 6:24).

Caro amigo leitor diante do exposto, devemos dizer que se queremos viver em conformidade com a vontade de Deus, não devemos participar dessa festa pagã e tenebrosa.  Por amor a Jesus, não tomem parte destas coisas!



sábado, 17 de outubro de 2015

MEU FILHO É GAY. E AGORA?



Karyne Correia*

Nos últimos anos,  muitos adolescentes, jovens e adultos, cristãos e não cristãos, tiveram coragem de se declarar homossexuais. Muitas mudanças ocorreram em nossa sociedade e criaram um contexto propício para que pessoas que até pouco tempo sofriam em silêncio acerca de sua sexualidade. E fez com que pudessem agora se sentir um pouco menos constrangidas em se revelar entre familiares, amigos. E tudo isso publicamente.

Contudo, para pais cristãos este ainda parece ser um assunto extremamente delicado. Há alguns meses, ao falar sobre quando contou a sua mãe acerca da sua bissexualidade, a artista Miley Cyrus declarou que foi difícil para a mãe dela entender. “Ela tinha medo que eu fosse julgada e também não queria que eu fosse para o inferno.” Desconheço as convicções religiosas desta mãe, mas percebo que estes dois receios são comuns a pais cristãos.

Como as pessoas irão tratar meu filho (ou minha filha)? É verdade que, apesar de nossa sociedade estar um pouco mais aberta às relações homoafetivas, ainda existe preconceito, julgamento, e sim, um filho gay poderá encontrar muitas dificuldades em função de sua sexualidade. Contudo, tenho observado que o maior sofrimento de jovens e adolescentes homossexuais é gerado dentro das relações familiares. Como você lida com esse assunto pai, ou mãe, a forma como trata seu filho ou sua filha a partir do momento que toma conhecimento acerca de sua sexualidade, pode feri-lo(a) muito mais do que como as pessoas lá fora irão trata-lo(a).

Meu filho vai se perder espiritualmente? Esta é uma questão teológica, e eu deixarei sua resposta para os teólogos. Entretanto, existe um ponto que me chama a atenção acerca da elaboração desta pergunta. Quantas coisas poderiam levar o seu filho a perder a salvação, queridos pai e mãe, e que você negligencia no dia-a-dia, desde antes mesmo da criança nascer?

Ao ler o livro Orientação da Criança você poderá identificar muitos fatores para as quais pais e mãe fecham os olhos, e que põem em risco a salvação de seus filhos. Ainda que biblicamente os cristãos possam ter uma posição contrária às condutas homossexuais, a negligência existente em torno de tantos outros assuntos que biblicamente são relevantes para o destino eterno de nossos filhos me leva a pensar que o assunto da homossexualidade carrega um estigma entre nós cristãos, enquanto outros assuntos são cada vez menos alvo de preocupação. Então eu lhe pergunto: você que tem um filho gay está realmente preocupado com o destino eterno de seu filho ou está usando uma crença religiosa como forma de esconder o seu próprio preconceito? Corro um tremendo risco de ser mal compreendida aqui, e quero deixar bem claro que não estou defendendo nenhuma prática condenada pela Bíblia.

O que estou fazendo é o contrário. Quero chamar a sua atenção para a existência de outras práticas condenáveis com as quais parecemos não nos importar. Creio piamente que princípios cristãos não existem para velar preconceitos, pois devem reger toda a vida, e não apenas a área da sexualidade. Muitos filhos se sentem vítimas de preconceito por parte dos pais cristãos, porque percebem esta tremenda incoerência que há em tratar com leviandade tantos assuntos importantes e se apegar de forma tão veemente ao assunto da sexualidade. Sabe o que eles aprendem com isso? Que seus pais cristãos são homofóbicos. E queridos, de certa forma, eles têm razão ao deduzir isto, quando veem esta incoerência no lar.

E falando em princípios, não poderia deixar de mencionar aquele que é o mais importante de todos – o amor. “Ser cristão é ser semelhante a Cristo” (EGW, O lar Adventista, p. 427). E Cristo amava as pessoas. Jesus tratava a todos com amor. A melhor forma de lidar com um filho homossexual é o amando. Você não precisa concordar com o que ele faz ou deixa de fazer. Você precisa apenas amá-lo. E como é difícil isso! É muito mais fácil fazer um sermão para o adolescente, usar palavras rudes e trata-lo com preconceito. Mas se você é um cristão, querido pai/mãe, o seu dever é amar. E isso não se aprende lendo um artigo em minha coluna. Isto, você poderá aprender ao ligar-se Àquele que é o próprio amor.

A homossexualidade de seu filho pode ser visível aos homens, mas a falta de amor e os pecados acariciados no lar estão sempre visíveis aos olhos de Deus. E para um cristão, apenas um julgamento de fato importa – aquele que Deus faz!

Karyne Correia*, é Psicóloga e Mestre em Psicologia. Atua na área clínica, é palestrante e consultora na área de treinamentos, realiza atendimento psicológico online, é coordenadora do Programa Pense Magro, e editora do Blog MulherAdventista.com. Twitter: @karynemlira Blog: www.karynemlira.com Facebook: https://www.facebook.com/KaryneMLiraCorreia

terça-feira, 13 de outubro de 2015

TATARANETO DE ELLEN WHITE



Descendente da pioneira incentiva os membros da igreja a lerem os escritos inspirados

O pastor Justin Torossian teve o privilégio de nascer em uma das famílias mais importantes para a história do adventismo. Tataraneto de Tiago e Ellen White, ele passou a infância nas proximidades de Elmshaven, última residência da profetisa, que morreu no dia 16 de julho de 1915. Filho de guias turísticos, Torossian conta que, mesmo vivendo no local onde a tataravó morou, a imagem que ele tinha inicialmente dela não passava de “uma vizinha compassiva e de uma mãe amorosa”.

Embora tivesse crescido sabendo que era parente de alguém que Deus havia usado de forma miraculosa, ele não se deu conta disso até por volta dos 17 anos de idade. “Foi então, depois de minha reconversão, em uma série de evangelismo, que voltei para Elmshaven e senti, pela primeira vez, que eu estava pisando em solo sagrado”, conta.

Entretanto, a despeito do parentesco com a família White, Justin Torossian considera que a sua ligação espiritual com os pioneiros da igreja tem maior valor para ele do que sua ascendência biológica. Ele justifica seu argumento citando um trecho escrito pela própria EGW: “Cristo não reconhecia virtude na estirpe. Ensinava que a ligação espiritual supera a natural” (Parábolas de Jesus, p. 139). Assim, argumenta ele, “de acordo com o próprio Jesus (João 8:39-40), bem como com Ellen White, é isso o que tem maior valor. […] E esse é um privilégio que todos podemos ter, não importa em que família biológica nós nascemos”.

Justin Torossian, que exerce o ministério em uma comunidade hispânica em Michigan (EUA) e cursa mestrado em Teologia na Andrews University, concedeu uma entrevista publicada nesta semana pela Agência Sul-Americana de Notícias (ASN). Além de falar sobre suas origens, o pastor faz um apelo aos membros da igreja para que leiam os escritos inspirados. “Una-se a mim no compromisso de ler, pelo menos, dois livros de Ellen White a cada ano, começando agora até a volta do Senhor. E ao fazê-lo, meu conselho é que você peça a Deus para que lhe fale por meio desses escritos. Lembre-se sempre de que as mensagens dadas por meio de um profeta são apenas isto – mensagens de Deus. Embora as palavras tenham sido escritas por Ellen White, as mensagens são divinas, vindas do próprio Deus. E assim como o propósito e o âmago de toda a Escritura é Jesus (João 5:39), igualmente Ele é o propósito e o centro dos escritos de Ellen White”, enfatizou.


Leia a entrevista completa abaixo:

TATARANETO DE ELLEN WHITE DESAFIA A LEITURA DE LIVROS PROFÉTICOS



Brasília, Brasil…[ASN] No marco do centenário da morte de Ellen White, são desenvolvidas ações efetivas em 2015, em diversas partes do mundo, organizadas pelo White Estate (órgão da Igreja Adventista mundial). A sede sul-americana adventista (Divisão Sul-Americana) lançou uma série de vídeo com o objetivo de dar a conhecer a vida, família, pessoa e ministério da escritora. Nesse propósito e para fortalecer essa iniciativa, a Agência Adventista Sul-Americana de Notícias entrevistou, pela primeira vez, um dos parentes de Ellen White, o pastor Justin Torossian, que é seu tataraneto.

ASN: Fale um pouco de seu parentesco com Ellen White.

Pastor Justin Torossian: Tiago e Ellen eram meus tataravôs. De seus dois filhos sobreviventes, Willie foi o único que teve filhos, porém, ele teve o suficiente para ambos! A primeira de seus sete filhos foi Ella (Robinson). Ella teve três filhos, e minha avó, Gladys Kubrock, era a mais nova. Depois de se casar com meu avô, Daniel, eles tiveram seis filhos, sendo um deles minha mãe, Edee. Então meus pais me tiveram.

ASN: Que tipo de influência você recebeu de sua mãe da vida de Ellen G. White, a escritora?

Pastor Torossian: Na minha infância, vivi a 10 minutos da Estrada de Elmahaven, a última casa de Ellen White. Por meus pais morarem ali e atuarem como guias turísticos, minha imagem de Ellen White foi a de uma vizinha compassiva e de uma mãe amorosa. Embora eu tivesse crescido sabendo que éramos parentes de alguém que Deus havia usado de forma miraculosa, eu realmente não me dei conta disso até quase os dezessete anos. Foi então, depois de minha reconversão, em uma série de evangelismo, que voltei para Elmshaven e senti, pela primeira vez, que eu estava pisando em solo sagrado. Foi aí que eu realmente comecei a mergulhar em seus livros e a ser abençoado pelas mensagens de Deus a nós por meio dela.

ASN: Como pastor, que livro de Ellen G. White mais influenciou sua vida e ministério?

Pastor Torossian: Caminho a Cristo. Eu o relia a cada ano, como parte de minhas devoções (apenas uma página por dia, e são necessários quatro a cinco meses para a conclusão da leitura!). Além dele, uma compilação chamada Obreiros Evangélicos tem sido uma bênção. É um livro que deve ser lido por todos os interessados!

ASN: Da vida e história de Ellen G. White, o que mais lhe chamou a atenção ou exerceu influência sobre você?

Pastor Torossian: Há muitas histórias da vida de Ellen White que demonstram sua forte fé, fidelidade para com o dever e amor pelo pobre. Embora “Mr. Faulkhead and the Secret Sign” (Sr. Faulkhead e o sinal secreto) seja uma de minhas favoritas, gostaria de contar a história que minha bisavó, Ella, escreveu em seu livro* que nos dá melhor compreensão de sua personalidade e criatividade. Quando Willie era bebê, a irmã do Tiago, Anna, vivia com eles e ajudava no trabalho do escritório. A tia Anna amava segurar e acariciar o Willie, mas ela tinha tuberculose! Como a Ellen poderia tirar o Willie dos braços cunhada sem lhe ferir os sentimentos? Então, ela teve uma ideia! Aproximando-se mais e mais da Anna e do bebê, ela estendeu a mão e deu um leve beliscão no bebê, apenas o suficiente para que ele começasse a chorar. “Hmm, ele deve estar querendo a mãe!”, a Ellen disse. “Sim, eu creio que sim”, a Anna respondeu, entregando-o à Ellen. Essa artimanha foi repetida muitas vezes, mas a Anna nunca percebeu. Essa história não apenas mostra a criatividade de Ellen White, mas também seu coração compassivo. A maioria das mães nessa situação não iria hesitar em dizer à cunhada: “Por favor, não segure meu bebê, você irá lhe transmitir a doença!” Mas o coração sensível da Ellen considerou os sentimentos da Anna e encontrou uma forma de resolver o problema sem arriscar lhe ferir os sentimentos. Essa é uma das muitas histórias que demonstram que, embora tivesse sido instruída por Deus para transmitir mensagens que, às vezes, eram difíceis de serem transmitidas e difíceis de serem ouvidas, Ellen White era semelhante a Jesus – ela sempre o fazia com amor e compaixão.

Ela era uma pessoa agradável, tinha senso de humor e amava as pessoas. Uma das muitas pessoas jovens que viveram com os Whites, enquanto criança, foi a Sra. H. E. Rogers, com ternas lembranças ao relembrar que “ela tinha muito interesse em nossas brincadeiras de criança. À noite, ela nos contava histórias e orava conosco, e então nos mandava para cama. Uma vez por semana, ela nos deixava ter uma briga de travesseiros. Ela era afetuosa e humana.”

Quando compreendemos que uma das profetisas de deus era apenas uma pessoa, isso nos ajuda a termos melhor compreensão de Suas mensagens por intermédio dela.

ASN: Como sua vida de pastor é afetada por se tataraneto de Ellen White?

Pastor Torossian: Considero um privilégio ser descendente biológico dos Whites. Mas se há algo que desejo que as pessoas se lembrem dessa entrevista é isto: No livro Parábolas de Jesus, p. 139, ela diz: “Cristo não reconhecia virtude na estirpe. Ensinava que a ligação espiritual supera a natural.” De acordo com o próprio Jesus (João 8:39-40), bem como com Ellen White, é isso o que tem maior valor. Então, embora eu seja grato pelo parentesco biológico em os White, sou ainda mais grato por ter um parentesco espiritual com eles! E esse é um privilégio que todos podemos ter, não importa em que família biológica nós nascemos.

ASN: Atualmente, onde o senhor está servindo?

Pastor Torossian: Estou ajudando em uma igreja local, de hispanos, em Michigan, nos Estados Unidos, enquanto trabalho em meu Mestrado em Teologia, na Andrews University. Depois da graduação, em 1º de maio de 2016, pela graça de Deus, estarei voltando para o centro da Califórnia, para ali servir como pastor de um distrito com duas igrejas.

ASN: Qual é o seu conselho aos leitores dos livros de Ellen White?

Pastor Torossian: Creio que tenho um desafio e um conselho. Meu desafio a você é: Una-se a mim no compromisso de ler, pelo menos, dois livros de Ellen White a cada ano, começando agora até a volta do Senhor. E ao fazê-lo, meu conselho é que você peça a Deus para que lhe fale por meio desses escritos. Lembre-se sempre de que as mensagens dadas por meio de um profeta são apenas isto – mensagens de Deus. Embora as palavras tenham sido escritas por Ellen White, as mensagens são divinas, vindas do próprio Deus. E assim como o propósito e o âmago de toda a Escritura é Jesus (João 5:39), igualmente Ele é o propósito e o centro dos escritos de Ellen White. É por isso que o dom de profecia é chamado de “o testemunho de Jesus” (Apocalipse 19:10)! Ao você ler as mensagens de Deus a nós na Bíblia e nos escritos de Ellen White, peça a Deus para fazer mais do que informar sua mente. Peça-Lhe para transformar seu coração. Ao aplicarmos o que aprendemos pelo fortalecimento do Espírito Santo, Ele operará uma mudança duradoura em nós! Uma transformação que nos levará à Eternidade. [Equipe ASN, Cárolyn Azo e Felipe Lemos]