Pr. Renato Stencel
Diretor do Centro White – Brasil
UNASP – EC
Diretor do Centro White – Brasil
UNASP – EC
I. Introdução
Os registros da História Sagrada revelam que, em
muitas ocasiões e circunstâncias, a integridade dos profetas foi posta à prova
e examinada por inúmeras pessoas que almejavam levantar críticas, censuras ou
diversas condenações contra o exercício deste ofício sagrado. Os exemplos mais
clássicos podem ser observados nas páginas das Escrituras. O próprio Jesus, o
enviado de Deus (a verdade encarnada) para salvar a humanidade, foi alvo de
inúmeras críticas e ataques de Seus oponentes.
Quem era aquele acusado de blasfêmia, de quebrar a
Lei de Deus, de desviar o povo das tradições antigas, de manifestar insanidade
e estar possuído pelo demônio, de não ter educação formal? Qualquer pessoa
familiarizada com a história de Jesus Cristo reconhece imediatamente que Ele
foi alvo de muitas condenações. Mesmo uma vida perfeita, um ministério puro não
foi capaz de escapar das críticas ácidas e corrosivas de seus adversários
contemporâneos. Entre os muitos exemplos que podemos observar, destacamos os
seguintes:
- Jesus
Cristo
- “Responderam-Lhe
os judeus: Não é por obra boa que Te apedrejamos, e sim por causa da
blasfêmia, pois, sendo Tu homem, Te fazes Deus a Ti mesmo (Jo 10:33);
- “Por
isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-Lo, porque não somente
violava o sábado, mas também dizia que Deus era Seu próprio Pai,
fazendo-Se igual a Deus” (Jo 5:18).
- “Muitos
deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que O ouvis?” (Jo 10:20).
- “Então,
os judeus se maravilhavam e diziam: Como sabe este letras, sem ter
estudado?” (Jo 7:15).
- Moisés
– foi
acusado de se exaltar sobre a congregação de Israel.
- “E
se ajuntaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Basta! falou
Azarias Pois que toda a congregação é santa, cada um deles é santo, e o
Senhor está no meio deles; por que, pois, vos exaltais sobre a congregação
do Senhor?” (Nm 16:3).
- Jeremias
– foi
acusado de ser um falso profeta e que estava sendo influenciado para
profetizar segundo as ideias de seu amigo Baruque.
- “Então,
falou Azarias, filho de Hosaías, e Joanã, filho de Careá, e todos os
homens soberbos, dizendo a Jeremias: É mentira isso que dizes; o Senhor,
nosso Deus, não te enviou a dizer: Não entreis no Egito, para morar.
Baruque, filho de Nerias, é que te incita contra nós, para nos entregar
nas mãos dos caldeus, a fim de nos matarem ou nos exilarem na Babilônia
(Jr 43:2).
- Paulo
– foi acusado
de insanidade, de virar o mundo de cabeça para baixo e de destruir o
comércio dos artesões de Éfeso.
- Dizendo
ele estas coisas em defesa própria, Festo o interrompeu em alta voz: Estás
louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar!” (At 26:24).
- Porém,
não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as
autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também
aqui,” (At 17:6).
- Estais
vendo e ouvindo que não só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo
tem persuadido e desencaminhado muita gente, afirmando não serem deuses os
que são feitos por mãos humanas. Não somente há o perigo de a nossa
profissão cair em descrédito, como também o de o próprio templo da grande
deusa, Diana, ser estimado em nada, e ser mesmo destruída a majestade
daquela que toda a Ásia e o mundo adoram” (At 19:26, 27).
Todos os exemplos acima citados revelam de forma
convincente que, nas mais variadas épocas, os profetas bíblicos (canônicos)
tiveram que aprender a conviver com as adversidades do espírito crítico. Sua
integridade foi constantemente provada em diferentes situações e experiências.
No entanto, a partir deste quadro introdutório, resta-nos levantar a seguinte
indagação: “E quanto aos profetas modernos?” Sendo mais específicos, e Ellen
G. White? Foi ela alvo de críticas por parte de seus adversários? Sua
integridade pessoal, bem como, a integridade de seus escritos foi provada
durante os setenta anos de seu ofício profético? É notório ressaltar que a
integridade de um profeta continua sendo vindicada mesmo depois de sua morte.
Atualmente, críticos dentro e fora da IASD têm
escrito artigos e livros que visam questionar o ministério profético de Ellen
G. White. Tais argumentos são arquitetados com a finalidade de levantar dúvida,
desconfiança e ruim suspeita quanto a sua integridade. De acordo com o Dr.
Jemison(1), as críticas a ela direcionadas salientam: (a) desordem nervosa; (b)
falsos ensinos; (c) plágio; (d) profecias não cumpridas e (f) questões da vida
pessoal.
II. Razões para o surgimento de críticas quanto à
integridade da vida e obra de Ellen G. White
Nesta seção, verificaremos que as mesmas críticas
dirigidas aos profetas bíblicos foram também direcionadas a Ellen G. White, o
que revela um paralelismo entre ambas as realidades vivenciadas em
circunstâncias e épocas completamente diferentes. Muitas das críticas
direcionadas a Ellen G. White se manifestam numa cadência cíclica. Tais
acusações levantadas contra ela hoje, não são novas, pois tiveram início no
começo do seu ministério e continuaram ao longo de sua vida. O mais
interessante é que muitas delas ainda persistem mesmo após sua morte.
Entretanto, quando uma nova geração entra em cena,
críticos levantam os velhos assuntos novamente – algumas vezes com novas
roupagens. Tais gerações, inconscientes de que se trata de “temas antigos” e de
que já foram completamente respondidos no passado, muitas vezes se assustam e
se julgam enganados. E alguns vão mais longe: ao negar sua crença em Ellen
White como uma profetisa genuína, acabam por abandonar a igreja.
De acordo com o Dr. Herbert E. Douglass(2) há pelo
menos sete motivos considerados como principais agentes causadores das críticas
e acusações quanto à vida e obra de Ellen G. White:
- Os
que rejeitam qualquer pessoa que afirme ser um profeta moderno, inclusive
Ellen White.
- Os
que deixam de utilizar as regras de interpretação básicas e comumente
aceitas.
- Os
que confiam em rumores e boatos sem nenhuma evidência documental para suas
alegações. Deve-se dar pouco crédito a informações que existem apenas na
memória de um crítico declarado de Ellen White.
- Os
que veem mudanças editoriais nos escritos de um profeta e as chamam
de “supressões”.
- Os
que ficam perturbados com a aparente dependência literária.
- Os
que carregam consigo pressuposições pessoais sobre a maneira de um profeta
atuar. Acreditam, por exemplo, que os profetas “devem ter conhecimento
completo” desde o início de seu ministério; suas predições devem ser
inalteráveis; seus escritos devem ser isentos de erros, discrepâncias e
equívocos, e jamais incluir fontes não inspiradas. Para eles, os profetas
nunca expressam opiniões meramente pessoais em seus escritos.
- Os
que aceitam Ellen White como escritora devocional inspirada, mas rejeitam
seu ministério teológico.
Os mais acirrados críticos de Ellen G. White,
normalmente se apegam a um ou dois itens desta lista. Na visão do Dr. Coon(3)
“De todos os assim chamados assuntos ‘problemas’, talvez dois deles tenham
obtido maior impacto em destruir a confiança na credibilidade de Ellen G. White
como profetisa autêntica do Senhor: (a) Afirmações questionáveis de natureza
científica que motivaram sarcasmo e dúvidas porque parecem ser contrárias à
forma que a ciência vê esses assuntos hoje e (b) A alegação de “plágio”.
Em face dessa dupla realidade, pode-se notar que
grande parte das críticas direcionadas a ela tem sua raiz ligada à questão da
dependência literária, ou seja, ao plágio. De acordo com o dicionário(4), a
palavra plágio indica uma “cópia fraudulenta do trabalho de outrem que um autor
apresenta como sua.”
Neste ponto, é de vital importância diferenciar
tecnicamente dois termos: plágio e empréstimo literário. É
importante distinguir entre plágio (o qual descobriremos que Ellen White
não cometeu) e “empréstimos literários” (prática que não somente Ellen
White adotou, mas que foi usada também – repetidamente – pelos escritores da
Bíblia). A seguir apresentamos uma breve distinção entre ambos os termos:
(a) Plágio – Na concepção do Dr. Roger Coon(5), o plágio se caracteriza
quando um escritor conscienciosamente e propositalmente toma o material
literário de outro escritor e intencionalmente o transforma para seu próprio
uso (um tipo de “apropriação” literária). Tal atitude visa persuadir o leitor
de que ele – o “copiador” – é na verdade o criador original dessas palavras e
ideias. Em suma, plágio é uma literatura mascarada no que diz respeito à
identificação do verdadeiro autor.
(b) Empréstimo literário – O empréstimo literário se
caracteriza quando um escritor utiliza e emprega as ideias – e algumas vezes
até usa a fraseologia – de outro escritor, para reforçar um ponto a fim de
sobressaltar uma ideia em seu texto. Sendo assim, de acordo com as leis
literárias a prática do empréstimo literário não constitui plágio.
Muitos têm insinuado que grandes porções de todos
os seus escritos são produto da mente e literatura de outras pessoas. Partindo
desta premissa, perguntamos: Tal acusação tem algum fundamento? A seguir,
buscaremos apresentar alguns argumentos que refutam tais insinuações. Em 1981,
a IASD se posicionou favoravelmente a uma análise técnica, após sucessivas
acusações por parte de críticos quanto à prática de plágio nos escritos de
Ellen G. White.
Sendo assim, a Associação Geral da IASD contratou
os serviços de um advogado especialista em leis de direitos autorais, o Dr.
Vincent Ramik. Tal proposta visava obter a opinião de um perito a fim de saber
se Ellen White foi ou não culpada de tais denúncias. Em princípio, foram
informadas a Ramik todas as acusações contra Ellen White, e todos os documentos
de defesa preparados pela igreja, bem como os livros envolvidos por Ellen White
em várias acusações. Em sua primeira leitura Ramik esteve inicialmente
inclinado em favor da posição dos críticos.
Porém, após empreender mais de trezentas horas no
estudo de mais de mil casos de lei literária norte-americana (1790–1915), no
contexto de acusações críticas e respostas da Igreja em sua defesa, O Dr. Roger
Coon assim descreve o processo de análise do Dr. Ramik(6): (a) Ele também
dedicou um tempo considerável na leitura dos livros de Ellen White,
especialmente O Grande Conflito; (b) Apesar de Ramik ser um católico
romano por persuasão religiosa, não se sentiu ofendido nem afrontado pelas
referências no Grande Conflito em relação à instituição do Papado.
Os resultados das análises do Dr. Ramik vieram após
algumas semanas de intenso trabalho e estudo, em que, terminado este período,
ele formulou um documento com cerca de 50 páginas. A seguir, podemos encontrar
uma síntese de suas conclusões:
(a) Sua opinião legal: Ellen White não pode ser
acusada de plagiadora; “tal afirmação não procede…”
(b) Creio que os críticos perderam uma grande oportunidade de focar sua atenção sobre as mensagens de Ellen G. White em vez de focar apenas nos seus escritos.
(c) Ellen White usou os escritos de outros autores; mas a forma como ela os utilizou, foi única e pessoal, de forma ética e legal. Portanto, ela está dentro dos padrões legais “do uso correto” concernente a um autor usando materiais de outros.
(d) Ellen White [usou]. . . palavras, frases, sentenças, parágrafos, sim, e mesmo páginas dos escritos de outros autores. Porém, ela permaneceu dentro dos parâmetros legais e em todo o tempo ela criava algo que era substancialmente maior (e ainda mais belo) do que a soma das partes dos conteúdos de seu empréstimo literário. E eu penso que a tragédia maior é que os críticos falharam em ver esse detalhe.
(e) Ao fim do processo, ele deu seu testemunho pessoal sem nem mesmo ter sido solicitado. No que tange a sua leitura dos livros de Ellen White: “Sou um homem mudado. Nunca mais serei o mesmo. (Vincent Ramik)”.
(b) Creio que os críticos perderam uma grande oportunidade de focar sua atenção sobre as mensagens de Ellen G. White em vez de focar apenas nos seus escritos.
(c) Ellen White usou os escritos de outros autores; mas a forma como ela os utilizou, foi única e pessoal, de forma ética e legal. Portanto, ela está dentro dos padrões legais “do uso correto” concernente a um autor usando materiais de outros.
(d) Ellen White [usou]. . . palavras, frases, sentenças, parágrafos, sim, e mesmo páginas dos escritos de outros autores. Porém, ela permaneceu dentro dos parâmetros legais e em todo o tempo ela criava algo que era substancialmente maior (e ainda mais belo) do que a soma das partes dos conteúdos de seu empréstimo literário. E eu penso que a tragédia maior é que os críticos falharam em ver esse detalhe.
(e) Ao fim do processo, ele deu seu testemunho pessoal sem nem mesmo ter sido solicitado. No que tange a sua leitura dos livros de Ellen White: “Sou um homem mudado. Nunca mais serei o mesmo. (Vincent Ramik)”.
** Para aqueles que têm interesse em obter uma
síntese do processo de condução do estudo e elaboração do documento do Dr.
Vincent Ramik, queiram se reportar ao periódico Adventist Review de17 de
setembro de 1981, ou baixá-lo pelo seguinte site:
http://www.adventistarchives.org/docs/RH/RH1981-38/index.djvu
http://www.adventistarchives.org/docs/RH/RH1981-38/index.djvu
Um dos mais abalizados estudos efetuados sobre o
assunto de plágio nos escritos de Ellen G. White foi conduzido pelo próprio
Patrimônio White Estate e se tornou conhecido como o “Projeto Surpresa”(7). No
mesmo ano de 1981, Tim Poirier, arquivista do Patrimônio White, recebeu uma
coleção completa de todos os escritos de Ellen White publicados em inglês. Ao
receber tais escritos, foi-lhe solicitado que:
- Tomasse
nota nas margens de todas as referências dos conteúdos de autores citados
por Ellen White, trechos evidentes ou paráfrases.
- Examinasse
todas as descobertas dos críticos de Ellen G. White (plágio) a fim de
serem avaliadas, com a finalidade de descobrir paralelos literários entre
os escritos dela e outros autores.
Tal projeto levou cinco anos para ser concluído. O
“Projeto Surpresa” foi assim designado porque não importava o quanto fosse
encontrado – se ela havia tomado emprestado muito ou pouco – isso, sem sombra
de dúvida, seria uma “surpresa” para alguns da igreja! Em 1986, Poirier prestou
o relatório de sua pesquisa, que revelou os seguintes achados:
- A
maior porcentagem dos empréstimos literários foi encontrada no livro O
Grande Conflito – 20.16%.
- No
livro Sketches From de Life of Paul (Relatos da Vida de Paulo)foi
encontrado 12,23% de empréstimos literários.
- No
restante dos livros incluídos neste estudo foram encontrados 2% ou
menos em seu total de empréstimos literários.
As conclusões de Poirier colocaram por terra as
declarações públicas de um dos maiores críticos de Ellen G. White quanto a
questão de plágio – Dr. Walter Rea – de que ela havia usado cerca de 80 a 90%
de empréstimos literários.
III. Possíveis razões para o uso do “empréstimo
literário” nos escritos de Ellen G. White
De acordo com o Dr. Roger Coon(8), podemos destacar
pelo menos cinco raz ões pelas quais Ellen G. White teria feito uso dos
empréstimos literários em seus escritos:
1. Para ajudá-la a expressar melhor as
ideias/verdades reveladas a ela em visão:
(a) Educação formal limitada (cf. breves
declarações de William C. White).
(b) Limitada quantidade de tempo disponível para escrever a visão total de seu ministério.
(b) Limitada quantidade de tempo disponível para escrever a visão total de seu ministério.
2. Suplantar detalhes não dados a ela em visão:
(a)Ela se obrigava a fazer pesquisas após as visões
para melhorar o texto para a publicação. Ex. Detalhes históricos, geográficos,
cronológicos, etc.
(b) Ela usou materiais históricos para ilustrar, e não provar (intenção).
(b) Ela usou materiais históricos para ilustrar, e não provar (intenção).
3. Embelezar os elementos literários com bonitas
pérolas de pensamento:
(a) Razões estéticas: beleza pelo seu próprio
objetivo.
(b) Razões de respeito: para honrar a Deus.
(c) Razões psicológicas: como um dispositivo pedagógico para impressionar a memória.
(b) Razões de respeito: para honrar a Deus.
(c) Razões psicológicas: como um dispositivo pedagógico para impressionar a memória.
4. Explicar as posições doutrinárias da IASD para o
nosso povo:
(a) Relatos da situação das Conferências Sabatinas
de 1848-50 foram entendidas em consenso.
(b) Todos contribuíram; todos se sentiriam livres para usar posteriormente.
(b) Todos contribuíram; todos se sentiriam livres para usar posteriormente.
5. Um possível exercício do subconsciente de uma
eventual memória fotográfica de Ellen White:
(a) Durante a semana ela provavelmente lia
artigos de vários autores;
(b)No sábado, falando de modo improvisado, sem anotações, ela iria refletir algumas das verdades expressas por outros autores não inspirados.
(b)No sábado, falando de modo improvisado, sem anotações, ela iria refletir algumas das verdades expressas por outros autores não inspirados.
III. Conclusão
Na visão do Dr. Pfandl (9) “Ellen White lia
amplamente e, além disso, ela possuía memória retentiva [fotográfica], o que
significa que frequentemente ela usava conteúdos de materiais que tinha lido
sem se reportar a sua biblioteca para encontrar a fonte exata de onde ela havia
retirado tal empréstimo literário”. Ainda assim, Deus lhe revelara “que
ao ler os livros e periódicos religiosos, ela encontraria gemas preciosas de
verdades expressas numa linguagem aceitável e que ela receberia auxílio
celestial para reconhecê-los e separá-los dos resíduos de erros que por vezes
pudesse encontrar.”(10)
Ao enfatizar a importância quanto ao uso das ideias
de outros pensadores humanos, em sua obra O Desejado de Todas as Nações(11),
ela afirmou:
“O mundo tem tido seus grandes ensinadores, homens
de cérebro gigantesco e dotados de admirável capacidade de investigação; homens
cujas declarações têm estimulado o pensamento e aberto à visão vastos campos de
conhecimento; e esses homens têm sido honrados como guias e benfeitores de sua
raça. Alguém existe, porém, que os supera a todos. ‘A todos quantos O
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.’ ‘Deus nunca foi
visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse O fez
conhecer’ (Jo 1:12 e 18).
Podemos seguir os passos dos grandes homens do
mundo até aonde se estende o registro da história humana; a Luz, porém, existia
antes deles. Como a Lua e as estrelas de nosso sistema solar brilham pelo
reflexo da luz do Sol, assim, no que há de verdadeiro em seus ensinos, refletem
os grandes pensadores do mundo os raios do Sol da Justiça. Toda joia de
pensamento, todo lampejo de intelecto, provém da luz do mundo”.
Em vez de tentar esconder as fontes literárias de
onde efetuava seus empréstimos, Ellen G. White muitas vezes recomendava as
pessoas para que lessem os livros que ela utilizava para compor o conteúdo de
seus escritos. Desta forma, podemos inferir que sua obra como autora estava em
comum acordo com os costumes de sua época. Como vimos, ela não quebrou nenhuma
das regras de direitos autorais e sua conduta como autora foi moralmente
correta e ética.
Ao concluir este comentário, podemos afirmar que, durante
os seus setenta anos de ofício profético, Ellen G. White jamais visou enganar
ninguém enquanto se valia do pensamento e palavras de outros autores. Tal fato,
não afeta sua integridade nem põe em descrédito a genuína inspiração que a
capacitou a ser considerada a Mensageira do Senhor. Podemos ressaltar
que seu íntegro propósito foi sempre comunicar a verdade a fim de exaltar e
glorificar a pessoa de Deus.
Bibliografia
1. Jemison, T.H. Prophet
among you. Mountain View, CA: Pacific Press Publishing Association,
2. Douglass, H. E. Mensageira do Senhor. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p. 468.
3. Coon, R. Ellen G. White e “empréstimos literários”: A questão do plágio. Apostila do Curso de
Mestrado em Teologia do SALT/SUL para a disciplina de Escritos de Ellen G. White. [Org.] Renato Stencel: Engenheiro Coelho, SP, p. 116.
4. Priberam, Dicionário da Língua Portuguesa on-line:
http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx.
5. Coon, pp. 116-117.
6. Ibid. p. 122.
7. Ibid. p. 122.
8. Ibid. p. 123.
9. Pfandl, G. The gift of prophecy – The role of Ellen White in God’s remnant church, Nampa, ID: Pacific Press Publising Association, 2008, p. 86.
10. White, E. G. Brief statement regarding the writings of Ellen G. White, reprint (St. Helena, Calif.: Elmshaven Office of the Ellen G. White Estate, 1935). Citado por: Pfandl, G. The gift of prophecy – The role of Ellen White in God’s remnant church, Nampa, ID: Pacific Press Publishing Association, 2008, p. 86.
11. White, E.G. O Desejado de Todas as Nações, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, pp. 464-465.
2. Douglass, H. E. Mensageira do Senhor. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, p. 468.
3. Coon, R. Ellen G. White e “empréstimos literários”: A questão do plágio. Apostila do Curso de
Mestrado em Teologia do SALT/SUL para a disciplina de Escritos de Ellen G. White. [Org.] Renato Stencel: Engenheiro Coelho, SP, p. 116.
4. Priberam, Dicionário da Língua Portuguesa on-line:
http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx.
5. Coon, pp. 116-117.
6. Ibid. p. 122.
7. Ibid. p. 122.
8. Ibid. p. 123.
9. Pfandl, G. The gift of prophecy – The role of Ellen White in God’s remnant church, Nampa, ID: Pacific Press Publising Association, 2008, p. 86.
10. White, E. G. Brief statement regarding the writings of Ellen G. White, reprint (St. Helena, Calif.: Elmshaven Office of the Ellen G. White Estate, 1935). Citado por: Pfandl, G. The gift of prophecy – The role of Ellen White in God’s remnant church, Nampa, ID: Pacific Press Publishing Association, 2008, p. 86.
11. White, E.G. O Desejado de Todas as Nações, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, pp. 464-465.
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