Teologia

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

AS DÁDIVAS DO NATAL


Ricardo André

Estamos na semana do Natal. No próximo dia 25 será Natal! Em toda parte haverá certamente festas, presentes, ceias, música, muita alegria e grande disposição para dar e receber. O Natal realmente semeia alegria e felicidade em volta do mundo. Mas é muito importante lembrar o que essa data realmente comemora. Quero nesta reflexão bíblica pensar nas raízes históricas do Natal. Esse é um tempo que devemos dar graças a Deus pelo infalível dom de Seu Filho. Foi o maior presente já dado em todo o Universo. O amor de Deus é incomensurável, não tem igual. Foi este amor que levou o compassivo Deus a permitir que Jesus viesse à Terra. Ele era Deus, que “Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (Jo 1:1, 14). Foi esse amor que impeliu a Cristo a oferecer-Se como dom gratuito aos homens. É este o presente de Natal para todos nós. Cristo proclamou a todos que Ele é o presente do Céu a este mundo. Essa dádiva não veio em volta em papel prateado ou dourado, mas em “faixas e deitada numa manjedoura” (Lc 2:12).

Jesus nasceu na pequena cidade de Belém, da virgem Maria. Nosso para sempre, Ele veio como “um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Is 9:6). Naquela noite tão linda, vozes celestiais falaram acerca do bebê Jesus aos ouvidos daqueles humildes pastores que apascentavam suas ovelhas: “Não tenham medo. Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador que é Cristo, o Senhor”. (Lc 2:10,11, NVI). Eles foram receptivos o suficiente para crer e para receber a bênção. Sim, isso aconteceu mesmo. Deus veio a este mundo e morou entre nós. E se Ele não tivesse vindo? Como seria diferente o nosso mundo! No dia de Natal, não nos esqueçamos jamais de que Cristo nasceu na família humana, tornando possível que conheçamos a plenitude do amor divino mediante a vida e a morte de Jesus. Quão diferente seria a minha vida e a sua se Jesus não tivesse nascido! Não teríamos esperança de vida eterna.

Quando os sábios do Oriente visitaram a Cristo, levaram-Lhe presentes. Segundo Ellen G. White, “foi mediante as dádivas dos magos de um país gentílico, supriu o Senhor os meios para a viagem ao Egito, e a estadia em terra estranha” (O Desejado de Todas as Nações, p. 65). Portanto, não fosse o ouro, incenso e mirra com que O presentearam, e teriam faltado recursos para a jornada ao Egito. E a estada lá. Maria, José e Jesus viveram ali até a morte do cruel rei Herodes. Diz mais Ellen G. White: “Os magos estiveram entre os primeiros a saudar o Redentor. Foi a sua a primeira dádiva a Lhe ser posta aos pés. E por meio daquela dádiva, que privilégio em servir tiveram eles! Deus Se deleita em honrar a oferta de um coração que ama, dando-lhe a mais alta eficiência em Seu serviço. Se dermos o coração a Jesus, trar-Lhe-emos também as nossas dádivas. Nosso ouro e prata, nossas mais preciosas posses terrestres, nossos mais elevados dotes mentais e espirituais ser-Lhe-ão inteiramente consagrados, a Ele que nos amou e Se entregou a Si mesmo por nós” (Ibdem).

Caro amigo leitor, nosso coração deveria agitar-se de tremores por esta ocasião do ano, ao de novo pensarmos no que Cristo fez por nós. Deixou Seu lar no mais alto Céu para descer à solidão e miséria deste mundo. Como seria se Ele se manifestasse de novo por ocasião deste Natal?

O espírito do verdadeiro natal é o espirito de dar, de ofertar. Deus ofertou Seu filho para nos revelar isso. Os presentes dos magos confirmam essa realidade. Eles levaram o melhor para Jesus. Não Lhe deveremos dar o melhor presente possível – o presente de nossa própria vida? Devemos dar a ele um acolhimento real em nosso coração, e peçamos-Lhe que seja nossa vida! Somente assim estaremos vivendo o verdadeiro Natal.

 

Feliz Natal para todos e todas!!!