Ricardo
André
O suicídio é,
certamente, uma das grandes tragédias da vida. Desde os exemplos bíblicos de
Saul e Judas, até os últimos casos no jornal de hoje, o suicídio afeta todas as
camadas sociais, toda faixa etária, todos os níveis educacionais, toda
profissão, todas as religiões e ambos os sexos. As mortes por suicídio
aumentaram 60% nos últimos 45 anos, segundo a OMS. Quase um milhão de pessoas
tiram as suas próprias vidas todos os anos
Na maioria dos países
desenvolvidos, autoinfligida é a primeira causa de morte não natural. No
Brasil, ela ocupa a terceira posição, aqui as taxas de mortalidade por
acidentes de trânsito e homicídios estão entre as maiores do mundo.
Ele é normalmente
definido como o ato de tirar a própria vida. As cicatrizes emocionais deixadas
na família e amigos são profundas e produzem não apenas sentimentos de solidão,
mas particularmente senso de culpa e desnorteamento.
Qual deveria ser a
atitude dos adventistas do sétimo dia em relação ao suicídio? Como devemos
reagir diante do suicídio de alguém a quem amamos? As Escrituras registram dois
casos de suicídio, ambos envolvendo homens em posição de liderança. Primeiro, a
história do rei Saul. Saul estava se afastando de Deus gradualmente. Em I
Samuel 31, ele vê com horror Israel perder uma batalha vital e três de seus
filhos mortos. Então é ferido e sabe que não há modo de escapar. Ele pede ao
escudeiro que o mate, mas o homem se recusa a fazê-lo. Saul escolhe cair sobre
sua própria espada de preferência a ser capturado pelo inimigo. Aparentemente o
suicídio era mais honroso do que cair prisioneiro. Ellen White comenta: “Assim
pereceu o primeiro rei de Israel, com o crime do suicídio em sua alma. Sua vida
fora-lhe um fracasso, e sucumbira com desonra e em desespero, porque pusera sua
vontade própria e perversa contra a vontade de Deus.” (Patriarcas e Profetas,
pág. 682)
A segunda pessoa
mencionada na Bíblia a cometer suicídio foi Judas. Jesus preveniu Judas de que
ele caminhava para o desastre (Mateus 26:23-25), mas Judas achava que agia
certo ao trair a Jesus. Somente quando viu seu plano fracassando (Mateus
27:3-5) reconheceu que não valia a pena viver. Ellen White diz que Judas
“sentiu que não podia viver para ver Jesus crucificado, e em desespero, foi
enforcar-se.” (O Desejado de Todas as Nações, pág. 692) Jesus sabia o que Judas
estava planejando; contudo, não “proferiu nenhuma palavra de condenação. Olhou
piedosamente para Judas, dizendo: Para esta hora vim ao mundo.” (Idem) Se
Jesus, conhecendo o coração humano, pode continuar a trabalhar com pessoas sem
condená-las, podemos ser diferentes?
Ellen White menciona
que Pilatos também cometeu suicídio. “A arriscar sua posição, preferiu entregar
Jesus para ser crucificado. A despeito de suas precauções, porém, exatamente o
que temia lhe sobreveio mais tarde. Tiraram-lhe as honras, apearam-no de seu
alto posto e, aguilhoado pelo remorso e orgulho ferido, pôs termo à própria
vida.” (Idem, págs. 709, 710).
Nestes casos bíblicos
podemos discernir que o problema real é o modo de vida. A todos é dada a
oportunidade de conhecer a Deus. Então precisam decidir o que farão com esse
conhecimento. Aqueles que rejeitam a Deus e Seus valores, com frequência sentem
que não vale a pena viver e desejam pôr fim à própria vida. Contudo, nem todo
suicídio envolve a rejeição de Deus. Há outros fatores sobre os quais a pessoa
perde o controle: stress, solidão, traição, vergonha, depressão, doença mental,
doenças fatais.
A psicologia e a
psiquiatria têm revelado que o suicídio geralmente é o resultado de um profundo
transtorno emocional ou desequilíbrio bioquímico associado a um profundo estado
de depressão e medo. Não deveríamos julgar as pessoas que optaram pelo suicídio
sob tais circunstâncias.
Embora não possamos
compreender plenamente as causas e motivações por trás do suicídio, como
adventistas podemos afirmar três princípios importantes:
·
Primeiro, a vida é preciosa e é um dom
de Deus, para ser vivida por Sua graça e pela fé. Nenhum problema é demasiado
grande que não possa ser trazido a Deus em oração.
· Segundo, quando encontramos uma pessoa
com pensamentos suicidas, temos o dever de ajudá-la. Com a ajuda de Deus,
podemos encarar a culpa de uma maneira construtiva, tendo em mente que muitas
vezes aqueles que cometeram suicídio necessitavam de ajuda profissional que nós
mesmos fomos incapazes de proporcionar.
Terceiro, a psicologia e a psiquiatria
têm revelado que o suicídio geralmente é o resultado de um profundo transtorno
emocional ou desequilíbrio bioquímico associado a um profundo estado de
depressão e medo (ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Suic%C3%ADdio)
Não deveríamos julgar as pessoas que optaram pelo suicídio sob tais
circunstâncias. Não nos cabe julgar. Enquanto devemos estender um ministério de
amor e ternura à pessoa envolvida, não devemos julgar que tal pessoa cometeu o
pecado máximo.
Caro amigo leitor, se
você alguma vez for tentado a cometer suicídio, saiba que há profissionais
disponíveis, medicamentos que podem ajudá-lo a superar a depressão, amigos que
o amam e fariam todo o possível para ampará-lo, e um Deus que está disposto a
trabalhar por você e, por meio de outros, dar-lhe forças quando caminhar pelo
vale da sombra da morte.
Lembre-se: Jesus te ama
com cada fibra de Seu Ser e está interessado em você e em seus problemas. A
Bíblia aconselha: “Lançando sobre ele
toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós (1 Pedro 5:7). O
apóstolo Paulo escreveu: “Comunicai com
os santos nas suas necessidades” (Romanos 12: 13). E o salmista nos disse: "Lança os teus cuidados sobre o
Senhor e Ele te susterá" (Salmos 55: 22).
Nunca perca a
esperança!
Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar.
ResponderExcluir1 Coríntios 10:13
Obrigado por suas palavras
ExcluirObrigado por suas palavras
ExcluirSabe o que eu acho é que ao querer confortar os familiares de pessoas que sofrem acabamos endossando o pensamento de pessoas que já não estão mais valorizando a vida por causa do desequilíbrio emocional a cometerem um pecado contra a própera vida caso em que dificilmente se arrependerão.
ResponderExcluirSuicídio é pecado como a beber é pecado. A única forma de ser perdoado dos seus pecados é o arrependimento. Não se pode banalizar o pecado. As pessoas assim acabam por se sentirem incentivadas a pecar se imaginarem que seus pecados não são tão graves assim.
Sei que muitos desejam sinceramente ajudar as pessoas que sofrem emocionalmente, mas crimes são crimes, pecados são pecados, não é pelo fato de sermos pecadores suscetíveis ao pecado que devemos agora nos sentir motivados a cometer os pecados
O pecado não é algo que devemos consentir com a convivência, pelo contrário devemos lutar contra ele, mesmo conhecenão nossa condição.
"Cuidado para não aprovares em tuas palavras aquilo que condenas".
Não advertir as pessoas das consequências dos seus atos é apatia diante da possibilidade do erro. É importante informar as pessoas das consequências dos seus atos.
Oferecer esperança às pessoas é apresentar argumentos que as insentive a lutar contra o mal.
Verdade! Agora virou moda em nosso meio adventista...acariciar o suicídio como uma solução para a dor.
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