Ricardo
André
Todos nós, certamente conhecemos este ditado: “Não
deixe para amanhã o que se pode fazer hoje”. Entre as coisas que não devemos
deixar para depois, estão as palavras bondosas e todas as ações que tornarão
nosso semelhante mais feliz.
Em todos os funerais que tenho participado, tenho
notado a presença abundante de coroas de flores enviadas por instituições
ligadas aos falecidos ou por amigos dos mesmos. Às vezes fico matutando: Por
que mandar flores aos funerais e honrar os que já partiram? Por que pronunciar
palavras bondosas e exprimir gratidão pela maravilhosa influência de seus atos?
Não que tudo isso não deva ser feito, mas, não seria melhor apresentar agora
nossas flores aos nossos queridos, para que fruíssem seu perfume e beleza?
As Sagradas Escrituras relata a experiência de Maria,
irmã de Lázaro, que numa festa na casa de Simão, levou seu precioso vaso de
alabastro a Jesus, para ungi-Lo, antes de sua morte. Maria ungiu Jesus com um perfume
muito caro (Jo 12:1-3). Segundo os estudiosos da Bíblia, o valor daquele vaso de
perfume era equivalente a um ano de salário. E Jesus a elogiou por este ato.
Disse Ele: “Em verdade vos digo que,
onde quer que este evangelho for pregado em todo o mundo, também será referido
o que ela fez, para memória sua” (Mateus 26:13). Como se vê, o Salvador
apreciou seu gesto de consideração e bondade.
Maria legou-nos lindo exemplo! Por que não falar
hoje a palavra bondosa? Por que não dizer aos nossos amigos e familiares quanto
os apreciamos? Muitos lutam contra
tentações e carecem de uma palavra de animação. Outros se sentem solitários e
abandonados. Uma palavra de encorajamento ergueria o espírito abatido e os animariam
na jornada para o Céu. Não esperes o momento da partida de alguém para colocar
flores sobre o esquife ou sobre a tumba.
Remorso é uma das palavras mais tristes de nossa
língua. Quantos desejariam poder dizer a um ente querido que lhes foi
arrebatado pela morte, quanto o apreciavam – mas é tarde! Por que chorar de
remorso e saudades? Graças a Deus, que essa não é a minha experiência. A morte
de minha mãe completará nove anos no próximo dia 25 de junho. Mas, antes disso
acontecer pus um sorriso no seu rosto enviando-lhe “flores” ao dizer que eu o
amava. Minha querida mãe faleceu anos depois da minha declaração de amor, mais
precisamente, em 25 de junho 2005. Porém, morreu com a certeza do amor do seu
filho, que morava distante dela.
É desconhecido o autor do excerto que segue, mas,
indubitavelmente, essas palavras devem ser memorizadas: “Passarei por este mundo apenas
uma vez. Portanto, qualquer bem que possa fazer ou qualquer gesto de bondade
que possa mostrar a qualquer ser humano, que o faça agora. Não o protele eu nem
o negligencie, pois não passarei outra vez por este caminho”.
A escritora cristã, Ellen G. White, escreveu este
pensamento inspirado: “Nossa vida deve ser consagrada ao bem e à
felicidade dos outros, como foi a de nosso Salvador. Devemos esquecer-nos a nós
mesmos, sempre à espreita de oportunidades – mesmo em coisas pequeninas – para mostrar
gratidão pelos favores recebidos de outros, e estar atentos para observar
oportunidades para animar outros, confortando-os em suas tristezas e
aliviando-lhes as cargas por mostras, de terna bondade e pequenos atos de amor.
Essas atenciosas cortesias, que iniciando-se em nossa família estendem-se até
fora do círculo familiar, ajudam a tornar a soma da vida feliz”. Testemunhos
Para a Igreja, vol. 3, pp. 539 e 540.
Caro leitor, não sejamos avarentos, se podemos
espalhar com fartura o amor que Deus nos concedeu. Não espere para depois,
faça-o agora!
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