Prof.
Ricardo André
Milhões de pessoas ao
longo dos séculos já professaram que são seguidores de Jesus Cristo. No
entanto, é extremamente necessário que os discípulos de Cristo conheçam o
caráter do Senhor e Salvador que afirmam seguir. O tipo de caráter que é visto
em Jesus deve ser visto em nós também.
“Abnegação e nobreza de
propósito assinalaram a Sua vida. Do começo ao fim de Seu ministério terrestre
Ele andou fazendo o bem. Em Sua vida não houve pecado. Nenhum egoísmo
desfigurou-Lhe as palavras e os atos” (Ellen G. White, Este Dia com Deus – MM,
1980, p. 66).
Em 1 João 2:5, 6 lemos que “andar assim como Cristo andou” é um dever
para o verdadeiro cristão. Neste versículo encontra-se mais um imperativo
bíblico: DEVEMOS VIVER COMO ELE VIVEU. Já que é um dever, obviamente não temos
outra opção confirmada pelas Escrituras. A nossa profissão de fé verbal
necessariamente precisa ser acompanhada de mudanças efetivas que nos assemelham
a Jesus. “Fé em Jesus como Salvador e conformidade com seu caráter são
inseparáveis.”
As Sagradas Escrituras não fazem uma
sugestão para seguirmos o exemplo de Cristo, pois o Seu exemplo não é opcional
para o cristão (Jo.13:15; Fl. 2:5; 1 Pe. 2:21). Ser como Cristo é um padrão
obrigatório para o cristão de todas as épocas.
“Ao passarmos pela
vida, deparamos com muitas oportunidades para serviço. Por toda parte ao nosso
redor há portas abertas para o ministério. Mediante o uso correto da linguagem,
muito podemos fazer pelo Mestre. As palavras constituem um poder para o bem
quando se acham impregnadas da ternura e simpatia de Cristo. Dinheiro, influência,
tato, tempo e força – tudo isso são dons que nos foram confiados para
tornar-nos mais úteis aos que nos rodeiam e maior honra a nosso Criador.
Onde encontrar as
pegadas de Jesus para segui-Lo? Como andar nos passos de Jesus?
A Sra. Ellen G.
White, pontua:
“Muitos
acham que seria um privilégio visitar os cenários da vida de Cristo na Terra,
andar pelos lugares por Ele trilhados, contemplar o lago onde Ele gostava de
ensinar, bem como os vales e as colinas em que Seus olhos pousaram tantas
vezes; mas não precisaremos ir à palestina a fim de andar nos passos de Jesus.
Encontraremos Suas pegadas ao lado do leito do enfermo, nas choças da pobreza,
nas regorgitantes avenidas das grandes cidades, e em todo lugar em que há
corações humanos necessitados de consolação” (Este Dia com Deus – MM, 1980, p. 66).
Entre todas as coisas
boas que podemos fazer aos outros, a maior é a de levar-lhes o conhecimento do
Salvador Jesus Cristo, aquele que, na cruz, pagou os pecados de todo ser humano
Se cremos que todo cristão está encarregado de partilhar com o mundo essas
boas novas do sacrifício de Cristo, a questão não é se devemos testemunhar aos
outros, mas como. Aqui, novamente, podemos seguir as pegadas de Jesus: “Unicamente os métodos de Cristo trarão
verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens
como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles,
ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança” (Ellen G. White,
A Ciência do Bom Viver, p. 143).
Muitas vezes somos
tentados a achar que ao colocar nossa ofert na salva ou distribuir alguns
convites para uma série evangelística, fazemos o suficiente. Embora essas
coisas tenham o seu valor, elas não são a mesma coisa que misturar-nos com o
povo, passar tempo com as pessoas e atender às suas necessidades. Para fazer
isso, precisamos dar-nos a nós mesmos em serviço desinteressado. E isso nem
sempre é fácil; requer uma morte dolorosa para o eu e a disposição de servir ao
Senhor no serviço aos outros.
Reproduzo aqui um texto
do Pastor Walmir Rosa que diz que, Jesus “desceu do monte com o rosto brilhando
por ter estado na presença de Deus e chamou seguidores para experimentar a
comunhão com o pai por meio da amizade que desenvolveriam com Ele. Ao invés de
seguir os métodos convencionais, Jesus escolheu vivenciar os relacionamentos amorosos
dentro de um grupo formado por treze pessoas, levando-os a experimentar a vida
em comunidade. Deixando assim um modelo de igreja aos seus seguidores e,
enviando-os a fazer discípulos por meio da reprodução desse modo de viver.
“Em cada passo que
dava, em cada palavra que proferia, em cada ação que executava, deixava
destilar do seu Ser a essência do Seu ministério: ensinar os discípulos a serem
semelhantes a Si. (...) Ao se misturar com o povo e atende-los em suas
necessidades Jesus estava dizendo aos discípulos: ‘Para isso Eu os chamei! As
pessoas são importantes para mim! Quero que vivam em função delas, atendam suas
necessidade, usem os dons que eu lhes der para que elas Me conheçam. Eu não os
chamei para ficar o tempo todo no templo batendo as mãos no peito e se achando
superiores aos outros. Eu os chamei para viverem a minha vida, relacionando-se
intimamente comigo e com as pessoas’” (Igreja Essencial: resgatando a essência
do evangelismo no corpo de Cristo, pp. 35-38).
Esta é a essência do
serviço cristão, e só ela pode abrir os corações à nossa mensagem com um poder que
nenhuma argumentação, nenhuma explicação brilhante dos digramas proféticos,
nenhum estudo bíblico poderia conter.
Será que a nossa vida é
um reflexo do caráter de Jesus? Temos em atitudes e palavras nos parecidos com
Cristo? Estamos dispostos a fazer sacrifícios pessoais necessários a fim de alcançar
pessoas com a mensagem do evangelho, usando os métodos de Cristo?
Que andemos nos passos
de Jesus!
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