Ricardo
André
Alcançar a felicidade
tem sido um dos grandes sonhos da humanidade. Passam-se séculos, gerações e as
pessoas seguem na esperança de encontrar uma fórmula, algum conselho ou maneira
infalível de serem felizes. Filmes e livros são escritos sobre lugares
paradisíacos, sobre paraísos que não chegam ao nosso alcance; parece que seres
humanos dariam todas as suas possessões para descobrir essa fórmula mágica.
Vale lembrar que a vida
é mesmo muito complexa, “uma colcha de retalhos”, desde que nascemos, de
infinitos desafios, propositais para a evolução e maturidade (seja física,
emocional, intelectual ou espiritual) de cada indivíduo, de cada ser.
Mas, ela está ao nosso
alcance. A única coisa que temos que fazer é voltar para Deus, dar meia-volta
em nossa vida e entregarmos tudo nas mãos do nosso Salvador. Apresentamos aqui
quatro passos fundamentais para a “genuína felicidade” em contraste com a
“ingênua felicidade”.
1)
Sentir que somos perdoados por Deus.
Para isso é importante
seguir alguns passos: reconhecer nosso pecado, arrependermo-nos do (At 3:19)
pecado, confessarmos os nossos pecados (Prov.
28:13; I Jo 1:9), restituir onde lesamos nosso próximo (Lc 19:9, 10) e
aceitar o perdão que Cristo nos oferece. Quando cristãos errantes reconhecem
sua culpa e voltam confiando no Senhor, “Cristo Se interpõe. Embora tivessem pecado,
Cristo tomou sobre Si mesmo a culpa se seus pecados. Arrebatou a humanidade
como um tição de fogo” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 169).
Como resultado da ação
de Cristo, os cristãos são transformados aos olhos de Deus. Cristo “remove
as vestes imundas, envolve com Seu manto de justiça os crentes e arrependidos
e, junto a seus nomes, escreve nos relatórios do Céu o perdão” (Ibdem, p. 170).
É por isso que podemos voltar-nos em confiança a Deus, sabendo que, não
importa qual seja o nosso pecado, Ele aceitará nosso genuíno arrependimento e
nos cobrirá com Seu sangue. Podemos desfrutar as bênçãos da paz, sabendo que
Ele pagou o preço de nossos pecados (II Co 5:11-21).
2)
Viver uma Nova Vida.
Para isto temos que
nascer da água e do Espírito (Jo 3:3, 5). Ser novas criaturas (2 Co 5:17),
transformar nosso coração. Enfim, vivermos com Cristo, caminharmos lado a lado
com Jesus tendo um padrão de vida que é regido por Deus. Andar com Deus como o
velho patriarca Enoque andou (Gn 5:24). Permitir que Seu Espírito penetre nosso
coração e comece a obra de burilar, cortar, lapidar, purificar as arestas de
nosso mau caráter, que muitas vezes derem nosso semelhante. É uma obra
fenomenal... e somente Deus pode operar essa mudança radical em nossa vida. Diz
a escritora cristã Ellen G. White: “Quando Cristo habita o coração,
transforma-se toda a natureza. O Espírito de Cristo, Seu amor, abranda o coração,
subjuga a alma e ergue os pensamentos e desejos para Deus e para o Céu”
(Caminho a Cristo, p. 73).
3)
Dar a Deus o primeiro lugar em nossa vida.
Quais são, amigo
leitor, as prioridades da tua vida, pela ordem? Será que ainda existem pessoas
que valorizam as coisas erradas? Nas prioridades da vida, as pertencentes ao
reino de Deus devem vir primeiro, e depois as terrestres (Mt 6:33), do
contrário nunca seremos verdadeiramente felizes.
Diz-nos Ellen G. White:
“Os
que em todas as coisas consideram a Deus o primeiro, o último e o melhor, são
as pessoas mais felizes do mundo. Os sorrisos e o brilho do sol não lhes
desaparecem do semblante” (Mensagens aos Jovens, p. 38).
4)
Guardar a Lei de Deus.
Aquele cidadão que não
obedece às leis de trânsito está sempre com problemas. Se ignorarmos as leis da
Natureza, sofremos as consequências. Se esquecermos de cuidar de nossa saúde,
padeceremos toda a vida. Como poderiam os mandamentos de Deus ser diferente?
Por que homens e mulheres não obedecem aos princípios que regem todo o
Universo?
Os filhos de Deus nos
últimos dias serão caracterizados porque têm “a paciência dos santos e guardam
os mandamentos de Deus” (Ap 14:12). Outrossim, Jesus nos diz: “Se vocês obedecerem aos meus
mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos
mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço” (Jo 15:10, NVI). Que
exemplo maravilhoso o de Jesus! No entanto o segredo do Mestre era a Sua
ligação com o Pai. Nós somos Seus filhos, temos que estar ligados à videira para
produzimos frutos para a vida eterna (Jo 15:1-4).
Um breve olhar sobre os
Dez Mandamentos nos ajuda a entender porque eles e a Bíblia são fundamentos
indispensáveis para viver corretamente.
Os Dez Mandamentos se
dividem em duas categorias principais: os primeiro quatro definem nosso
relacionamento com Deus, e os últimos seis definem nosso relacionamento com as
outras pessoas. Eles se encontram em Êxodo 20:3-17.
Os primeiros dois
mandamentos esboçam nossa relação com Deus e com a adoração devida a Ele.
I. “Não terás outros
deuses diante de mim”.
II. “Não farás para ti
nenhum ídolo… Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto…”.
O 3o e 4o mandamentos
tratam da nossa relação com o nome e o dia santo de Deus.
III. “Não tomarás em vão
o nome do Senhor, o teu Deus…”.
IV. “Lembra-te do dia
do sábado, para o santificar. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus
trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, teu Deus…”.
Os mandamentos de 5 e 7
protegem os laços familiares:
V. “Honra teu pai e tua
mãe…”.
VII. “Não adulterarás”.
Os mandamentos 6, 8, 9
e 10 protegem nossas relações sociais.
VI. “Não matarás!”.
VIII. “Não furtarás!”.
IX. “Não dirás falso
testemunho contra o teu próximo”.
X. “Não cobiçarás a
casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo… nem coisa alguma
que lhe pertença”.
Os Dez Mandamentos
definem nosso relacionamento tanto com Deus quanto com as outras pessoas. Eles
são os sinais que indicam um estilo de vida cristão.
Um dia, enquanto Jesus
ensinava, um empolgado jovem foi até Ele e perguntou: “Mestre, que farei de bom
para ter a vida eterna?” (Mateus 19:16). Cristo podia ver que ele estava
lutando contra o problema do amor ao dinheiro, e o aconselhou a se livrar de
suas posses e “obedecer aos mandamentos” (verso 17).
O jovem tentou
despistar o diagnóstico de Cristo de seu problema ao perguntar de quais
mandamentos Ele estava falando. Jesus listou alguns dos Dez Mandamentos (versos
18, 19).
Finalmente, o “jovem
rico” se virou e foi embora com tristeza (versos 20-22). Ele conseguia
concordar mentalmente com os Dez Mandamentos, mas ele não conseguiria obedecer
ao espírito da lei e com isso abandonar seu modo de viver egoísta.
Os Dez Mandamentos nos
mostram as fronteiras dentro das quais relacionamentos saudáveis, com Deus e
com os outros, podem se desenvolver. Jesus ressaltou o fato de que a obediência
é a maneira de ter real felicidade:
“Se vocês OBEDECEREM
AOS MEUS MANDAMENTOS, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos
mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. TENHO LHES DITO ESTAS PALAVRAS
para que a minha alegria esteja em vocês e A ALEGRIA DE VOCÊS SEJA COMPLETA”.
João 15:10, 11
O livro de Eclesiastes
é um relatório da busca de Salomão pela felicidade. Ele registra sua busca por
felicidade nas riquezas do mundo: em casas magnificentes, em vinhas produtivas,
em maravilhosos jardins, e em pomares de frutos suculentos. Ele multiplicou
seus servos. Ele se encontrou rodeado de qualquer coisa material que uma pessoa
poderia desejar. Mas a felicidade o iludiu e ele escreveu:
“Quando avaliei tudo o
que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para
realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento”. Eclesiastes
2:11.
Salomão, então, se
voltou para buscar os prazeres desse mundo com esperança de encontrar a
felicidade. Ele foi tomado pelos prazeres do vinho, de mulheres e da música.
Sua conclusão:
“Tudo sem sentido! Tudo
sem sentido!… Nada faz sentido!” Eclesiastes 12:8
Salomão já tinha
provado e visto que o Senhor é bom. Ao comparar sua vida anterior de obediência
ao Senhor que uma vez ele já tinha usufruído, com sua busca incessante pela
felicidade nas coisas do pecado, ele dá o veredicto:
“Aqui está a conclusão:
Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos”. Eclesiastes 12:13
Salomão achou que
poderia encontrar um atalho para a felicidade na vida libertina. Próximo ao fim
de sua vida, ele foi homem o suficiente para admitir seu erro. Para salvar
outros do mesmo erro ele escreveu:
“O que guarda a Lei,
esse é feliz”. Provérbios 29:18, Versão Almeida Revista
e Atualizada, 2a edição.
Caro amigo eleitor,
você já descobriu esse segredo ou fórmula por você mesmo? O amor de Jesus fez
com que Ele pagasse com a vida o preço do seu pecado. Ele se oferece para
melhorar todos os seus relacionamentos através de Seu amor e do aperfeiçoamento
de sua vida em todo o bem para fazer a vontade dEle (Hebreus 13:21). Qual é sua
resposta?
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