Teologia

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A FÓRMULA DA FELICIDADE



Ricardo André

Alcançar a felicidade tem sido um dos grandes sonhos da humanidade. Passam-se séculos, gerações e as pessoas seguem na esperança de encontrar uma fórmula, algum conselho ou maneira infalível de serem felizes. Filmes e livros são escritos sobre lugares paradisíacos, sobre paraísos que não chegam ao nosso alcance; parece que seres humanos dariam todas as suas possessões para descobrir essa fórmula mágica.

Vale lembrar que a vida é mesmo muito complexa, “uma colcha de retalhos”, desde que nascemos, de infinitos desafios, propositais para a evolução e maturidade (seja física, emocional, intelectual ou espiritual) de cada indivíduo, de cada ser.

Mas, ela está ao nosso alcance. A única coisa que temos que fazer é voltar para Deus, dar meia-volta em nossa vida e entregarmos tudo nas mãos do nosso Salvador. Apresentamos aqui quatro passos fundamentais para a “genuína felicidade” em contraste com a “ingênua felicidade”.

1) Sentir que somos perdoados por Deus.
Para isso é importante seguir alguns passos: reconhecer nosso pecado, arrependermo-nos do (At 3:19) pecado, confessarmos os nossos pecados (Prov.  28:13; I Jo 1:9), restituir onde lesamos nosso próximo (Lc 19:9, 10) e aceitar o perdão que Cristo nos oferece. Quando cristãos errantes reconhecem sua culpa e voltam confiando no Senhor, “Cristo Se interpõe. Embora tivessem pecado, Cristo tomou sobre Si mesmo a culpa se seus pecados. Arrebatou a humanidade como um tição de fogo” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 169).

Como resultado da ação de Cristo, os cristãos são transformados aos olhos de Deus. Cristo “remove as vestes imundas, envolve com Seu manto de justiça os crentes e arrependidos e, junto a seus nomes, escreve nos relatórios do Céu o perdão” (Ibdem, p. 170). É por isso que podemos voltar-nos em confiança a Deus, sabendo que, não importa qual seja o nosso pecado, Ele aceitará nosso genuíno arrependimento e nos cobrirá com Seu sangue. Podemos desfrutar as bênçãos da paz, sabendo que Ele pagou o preço de nossos pecados (II Co 5:11-21).

2) Viver uma Nova Vida.
Para isto temos que nascer da água e do Espírito (Jo 3:3, 5). Ser novas criaturas (2 Co 5:17), transformar nosso coração. Enfim, vivermos com Cristo, caminharmos lado a lado com Jesus tendo um padrão de vida que é regido por Deus. Andar com Deus como o velho patriarca Enoque andou (Gn 5:24). Permitir que Seu Espírito penetre nosso coração e comece a obra de burilar, cortar, lapidar, purificar as arestas de nosso mau caráter, que muitas vezes derem nosso semelhante. É uma obra fenomenal... e somente Deus pode operar essa mudança radical em nossa vida. Diz a escritora cristã Ellen G. White: “Quando Cristo habita o coração, transforma-se toda a natureza. O Espírito de Cristo, Seu amor, abranda o coração, subjuga a alma e ergue os pensamentos e desejos para Deus e para o Céu” (Caminho a Cristo, p. 73).

3) Dar a Deus o primeiro lugar em nossa vida.
Quais são, amigo leitor, as prioridades da tua vida, pela ordem? Será que ainda existem pessoas que valorizam as coisas erradas? Nas prioridades da vida, as pertencentes ao reino de Deus devem vir primeiro, e depois as terrestres (Mt 6:33), do contrário nunca seremos verdadeiramente felizes.

Diz-nos Ellen G. White: “Os que em todas as coisas consideram a Deus o primeiro, o último e o melhor, são as pessoas mais felizes do mundo. Os sorrisos e o brilho do sol não lhes desaparecem do semblante” (Mensagens aos Jovens, p. 38).

4) Guardar a Lei de Deus.
Aquele cidadão que não obedece às leis de trânsito está sempre com problemas. Se ignorarmos as leis da Natureza, sofremos as consequências. Se esquecermos de cuidar de nossa saúde, padeceremos toda a vida. Como poderiam os mandamentos de Deus ser diferente? Por que homens e mulheres não obedecem aos princípios que regem todo o Universo?

Os filhos de Deus nos últimos dias serão caracterizados porque têm “a paciência dos santos e guardam os mandamentos de Deus” (Ap 14:12).  Outrossim, Jesus nos diz: “Se vocês obedecerem aos meus mandamentos, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço” (Jo 15:10, NVI). Que exemplo maravilhoso o de Jesus! No entanto o segredo do Mestre era a Sua ligação com o Pai. Nós somos Seus filhos, temos que estar ligados à videira para produzimos frutos para a vida eterna (Jo 15:1-4).

Um breve olhar sobre os Dez Mandamentos nos ajuda a entender porque eles e a Bíblia são fundamentos indispensáveis para viver corretamente.

Os Dez Mandamentos se dividem em duas categorias principais: os primeiro quatro definem nosso relacionamento com Deus, e os últimos seis definem nosso relacionamento com as outras pessoas. Eles se encontram em Êxodo 20:3-17.

Os primeiros dois mandamentos esboçam nossa relação com Deus e com a adoração devida a Ele.
I. “Não terás outros deuses diante de mim”.
II. “Não farás para ti nenhum ídolo… Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto…”.

O 3o e 4o mandamentos tratam da nossa relação com o nome e o dia santo de Deus.
III. “Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus…”.
IV. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, teu Deus…”.

Os mandamentos de 5 e 7 protegem os laços familiares:
V. “Honra teu pai e tua mãe…”.
VII. “Não adulterarás”.

Os mandamentos 6, 8, 9 e 10 protegem nossas relações sociais.
VI. “Não matarás!”.
VIII. “Não furtarás!”.
IX. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”.
X. “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo… nem coisa alguma que lhe pertença”.

Os Dez Mandamentos definem nosso relacionamento tanto com Deus quanto com as outras pessoas. Eles são os sinais que indicam um estilo de vida cristão.

Um dia, enquanto Jesus ensinava, um empolgado jovem foi até Ele e perguntou: “Mestre, que farei de bom para ter a vida eterna?” (Mateus 19:16). Cristo podia ver que ele estava lutando contra o problema do amor ao dinheiro, e o aconselhou a se livrar de suas posses e “obedecer aos mandamentos” (verso 17).

O jovem tentou despistar o diagnóstico de Cristo de seu problema ao perguntar de quais mandamentos Ele estava falando. Jesus listou alguns dos Dez Mandamentos (versos 18, 19).

Finalmente, o “jovem rico” se virou e foi embora com tristeza (versos 20-22). Ele conseguia concordar mentalmente com os Dez Mandamentos, mas ele não conseguiria obedecer ao espírito da lei e com isso abandonar seu modo de viver egoísta.

Os Dez Mandamentos nos mostram as fronteiras dentro das quais relacionamentos saudáveis, com Deus e com os outros, podem se desenvolver. Jesus ressaltou o fato de que a obediência é a maneira de ter real felicidade:

“Se vocês OBEDECEREM AOS MEUS MANDAMENTOS, permanecerão no meu amor, assim como tenho obedecido aos mandamentos de meu Pai e em seu amor permaneço. TENHO LHES DITO ESTAS PALAVRAS para que a minha alegria esteja em vocês e A ALEGRIA DE VOCÊS SEJA COMPLETA”. João 15:10, 11

O livro de Eclesiastes é um relatório da busca de Salomão pela felicidade. Ele registra sua busca por felicidade nas riquezas do mundo: em casas magnificentes, em vinhas produtivas, em maravilhosos jardins, e em pomares de frutos suculentos. Ele multiplicou seus servos. Ele se encontrou rodeado de qualquer coisa material que uma pessoa poderia desejar. Mas a felicidade o iludiu e ele escreveu:

“Quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento”. Eclesiastes 2:11.

Salomão, então, se voltou para buscar os prazeres desse mundo com esperança de encontrar a felicidade. Ele foi tomado pelos prazeres do vinho, de mulheres e da música. Sua conclusão:

“Tudo sem sentido! Tudo sem sentido!… Nada faz sentido!” Eclesiastes 12:8

Salomão já tinha provado e visto que o Senhor é bom. Ao comparar sua vida anterior de obediência ao Senhor que uma vez ele já tinha usufruído, com sua busca incessante pela felicidade nas coisas do pecado, ele dá o veredicto:

“Aqui está a conclusão: Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos”. Eclesiastes 12:13

Salomão achou que poderia encontrar um atalho para a felicidade na vida libertina. Próximo ao fim de sua vida, ele foi homem o suficiente para admitir seu erro. Para salvar outros do mesmo erro ele escreveu:

“O que guarda a Lei, esse é feliz”. Provérbios 29:18, Versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição.

Caro amigo eleitor, você já descobriu esse segredo ou fórmula por você mesmo? O amor de Jesus fez com que Ele pagasse com a vida o preço do seu pecado. Ele se oferece para melhorar todos os seus relacionamentos através de Seu amor e do aperfeiçoamento de sua vida em todo o bem para fazer a vontade dEle (Hebreus 13:21). Qual é sua resposta?


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