Teologia

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

OS CRISTÃOS SÃO ATEUS



Ricardo André

Na primeira perseguição movida pelo Império Romano contra os cristãos primitivos, no século I, curiosamente eles foram mortos porque se presumia que fossem ateus. Você pode ficar pensando como podia ser isto. Não tinham essas pessoas dado tudo por suas crenças religiosas?  Milhões desses cristãos não sacrificaram a vida por Cristo?

Isso é verdade, mas eles não honravam as divindades greco-romanas, inclusive o imperador, e por esse motivo foram implacavelmente perseguidos pelos césares romanos. Assim sendo, eram ateus do ponto de vista das culturas em que viviam. Não apenas eram ateus, mas considerados inimigos da humanidade, pois o fato de não adorarem os deuses civis significava que a comunidade não podia ser plenamente abençoada pelas divindades.

Os cristãos de hoje também devem parecer ateus. Os deuses da cultura moderna são riquezas materiais e posições de prestígios e poder. São esses os valores supremos para a maioria das pessoas. Muitos farão qualquer coisa para obtê-los, e poucas são as pessoas que não se curvam perante seus altares, nem mostram deferência para com seus sumos sacerdotes. Dizem que não possuímos as coisas que temos; as coisas que temos nos possuem. É fácil se tornar absorvidos pelos bens materiais; por isso Jesus advertiu sobre “os enganos das riquezas” (Mc 4:19). No mundo pós-moderno, muitas pessoas vivem como se a pergunta a ser feita no juízo fosse: “Quanto dinheiro você ganhou?”

Os verdadeiros cristãos se recusam a entrar nesse jogo. Como os cristãos primitivos, eles adoram um Deus estranho para a cultura pós-moderna; adoram a Yahweh, o Deus invisível que exige lealdade total.

Os cristãos são diferentes da cultura em geral. Servem a um Senhor diferente. Cristo inverte nossas prioridades equivocadas. Embora adquirir bens não seja proibido, eles devem ser colocados na devida perspectiva. Os bens materiais são instrumentos de Deus designados para beneficiar a humanidade. Eles se tornam bênçãos quando compartilhamos e não quando são acumulados. Quando amontoados, tornam-se maldição.

Pessoas materialistas estão em perigo de sacrificar o bem-estar eterno pelos prazeres temporais. A satisfação eterna é trocada por fantasias passageiras que se deterioram e se tornam obsoletas. Os seres humanos servem a Deus ou ao dinheiro, nunca a ambos. Todos, ricos ou pobres, precisam ser lembrados: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder  sua alma?” (Mc 8:36). O que quer que ganharmos neste mundo, tudo o que realizarmos, tudo o que fizermos para nós mesmos, será apenas temporário. Essas coisas não durarão, mas desaparecerão para sempre. Em contraste com isso, aquilo que ganharmos por meio de Jesus, a vida eterna em um novo Céu e em uma nova Terra (Jo 14:1-3; Ap 22:1-5), vale muito mais do que tudo o que este mundo jamais poderia oferecer.

Caro amigo leitor, entregue sua vida a Jesus hoje para que quando Ele voltar em glória e majestade possa levá-lo para um lugar especial, chamado pela Bíblia de Céu (2 Co 3:13; Ap 21:1-5). Ali todos os salvos andarão em ruas de ouro, verão o rio de cristal e comerão do fruto da árvore da vida e viverão eternamente com Cristo (Ap. 22:1-5).

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