Ricardo
André
Na primeira perseguição
movida pelo Império Romano contra os cristãos primitivos, no século I, curiosamente
eles foram mortos porque se presumia que fossem ateus. Você pode ficar pensando
como podia ser isto. Não tinham essas pessoas dado tudo por suas crenças
religiosas? Milhões desses cristãos não
sacrificaram a vida por Cristo?
Isso é verdade, mas
eles não honravam as divindades greco-romanas, inclusive o imperador, e por
esse motivo foram implacavelmente perseguidos pelos césares romanos. Assim
sendo, eram ateus do ponto de vista das culturas em que viviam. Não apenas eram
ateus, mas considerados inimigos da humanidade, pois o fato de não adorarem os
deuses civis significava que a comunidade não podia ser plenamente abençoada
pelas divindades.
Os cristãos de hoje
também devem parecer ateus. Os deuses da cultura moderna são riquezas materiais
e posições de prestígios e poder. São esses os valores supremos para a maioria
das pessoas. Muitos farão qualquer coisa para obtê-los, e poucas são as pessoas
que não se curvam perante seus altares, nem mostram deferência para com seus
sumos sacerdotes. Dizem que não possuímos as coisas que temos; as coisas que
temos nos possuem. É fácil se tornar absorvidos pelos bens materiais; por isso
Jesus advertiu sobre “os enganos das
riquezas” (Mc 4:19). No mundo pós-moderno, muitas pessoas vivem como se a
pergunta a ser feita no juízo fosse: “Quanto dinheiro você ganhou?”
Os verdadeiros cristãos
se recusam a entrar nesse jogo. Como os cristãos primitivos, eles adoram um
Deus estranho para a cultura pós-moderna; adoram a Yahweh, o Deus invisível que
exige lealdade total.
Os cristãos são
diferentes da cultura em geral. Servem a um Senhor diferente. Cristo inverte
nossas prioridades equivocadas. Embora adquirir bens não seja proibido, eles
devem ser colocados na devida perspectiva. Os bens materiais são instrumentos
de Deus designados para beneficiar a humanidade. Eles se tornam bênçãos quando
compartilhamos e não quando são acumulados. Quando amontoados, tornam-se
maldição.
Pessoas materialistas
estão em perigo de sacrificar o bem-estar eterno pelos prazeres temporais. A
satisfação eterna é trocada por fantasias passageiras que se deterioram e se
tornam obsoletas. Os seres humanos servem a Deus ou ao dinheiro, nunca a ambos.
Todos, ricos ou pobres, precisam ser lembrados: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?” (Mc 8:36). O que quer que
ganharmos neste mundo, tudo o que realizarmos, tudo o que fizermos para nós
mesmos, será apenas temporário. Essas coisas não durarão, mas desaparecerão
para sempre. Em contraste com isso, aquilo que ganharmos por meio de Jesus, a
vida eterna em um novo Céu e em uma nova Terra (Jo 14:1-3; Ap 22:1-5), vale
muito mais do que tudo o que este mundo jamais poderia oferecer.
Caro amigo leitor, entregue
sua vida a Jesus hoje para que quando Ele voltar em glória e majestade possa levá-lo
para um lugar especial, chamado pela Bíblia de Céu (2 Co 3:13; Ap 21:1-5). Ali
todos os salvos andarão em ruas de ouro, verão o rio de cristal e comerão do
fruto da árvore da vida e viverão eternamente com Cristo (Ap. 22:1-5).
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