Ricardo
André
Neste sábado (01/11)
participei do funeral da mãe de meu amigo Rangel. Vi muitas lágrimas de aflição
e tristezas nos familiares e amigos. Dezenas de pessoas e um sentimento em
comum: tristeza. Família e amigos expressavam em lágrimas e perplexidade a dor
pela morte da senhora Jarinete. Os funerais são sempre tristes, deprimentes. As
Sagradas Escrituras, entretanto, registram o caso de um funeral maravilhoso,
que começou mal, mas terminou muito bem:
Logo depois, Jesus foi
a uma cidade chamada Naim, e com Ele iam os Seus discípulos e uma grande
multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho
único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o
Senhor Se compadeceu dela e disse: ‘Não chore’”(Lc 7:11-15).
O funeral começara mal,
como sempre, isto é, com pranto e lamentação, especialmente por parte da mãe,
viúva, que perdera o único filho. E não há nada mais doloroso do que perder um
filho, especialmente se é o único.
A viúva e mãe estava
desesperada. Já era a segunda vez que passava por essa experiência dolorosa.
Anos sepultara o marido, e fora com grande sacrifício que criara o filho. Mas
valera a pena, pois ele se tornara um excelente rapaz. Era sua única esperança
de dias melhores. Mas agora ele se fora. Quem proveria o sustento se sua velha
mãe?
Como preparativo para o
sepultamento, enrolaram o jovem em um lençol de linho e o depositaram numa
espécie de padiola de vime. À tardinha, saiu o cortejo. Haviam acabado de
atravessar o portão da cidade, quando se encontraram com outra multidão,
alegre, animada, por ter consigo a Jesus, o Doador da vida. E assim a morte se
encontrou com a vida naquele entardecer.
Ao ver aquela mãe
alquebrada pelo sofrimento, Jesus Se compadeceu dela e lhe disse: “Não
chore”. Palavras estranhas para serem ditas em tal ocasião. Mas Jesus
disse isso porque sabia o que ia fazer. Ao tocar Ele o esquife, o cortejo
parou. O ambiente ficou tenso. Então, em meio ao silêncio, ouviu-se a poderosa
voz de Cristo: “Jovem, Eu lhe digo, levante-se!”
A multidão ficou
arrepiada de espanto. O morto piscou os olhos e se levantou. Mãe e filho se
abraçaram. As lágrimas de aflição se converteram em lágrimas de alegria e
gratidão.
O funeral que começou
com choro e tristeza, mas terminou com alegria e riso. E assim será quando
Jesus voltar em glória e majestade: os que dormiram em Cristo se erguerão da
sepultura para abraçar os entes queridos. "Quando este corpo corruptível se
revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de
imortalidade" (I Co 15: 54, 55), então a palavra vitória será
pequena demais para descrever o acontecimento. E quando todos os justos de
todos os tempos se reunirem numa grande e inumerável multidão, e atravessarem
os portais da Cidade Eterna, a Cidade que não tem cemitérios, então a palavra
vitória não será suficientemente grande para descrever a ocorrência.
O apóstolo Paulo deixou
claro que a ressurreição de Jesus é o penhor de nossa esperança, ao afirmar: “Porque,
se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem,
Deus os tornará a trazer com ele” (1 Tessalonicenses 4:14).
Sim, “vem
a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz e (...) sairão”
(Jo 5:28, 29).
O pensamento de que
esta hora se aproxima, enche o meu coração de um reverente temor. Jamais o
mundo testemunhou semelhante acontecimento. Com milhões de anjos, o Senhor
Jesus se manifestará. Ele chamará os mortos, e a terra abrirá o seu ventre e o
mar as suas entranhas, devolvendo à vida os seus mortos, prisioneiros do
silêncio. Diz a Bíblia: “Contudo, os teus mortos viverão; seus
corpos ressuscitarão! Despertai e cantai, pois, vós os que retornaram ao pó;
despertai e cantai com grande júbilo. O teu orvalho é orvalho de luz; a terra
dará à luz os seus mortos!” (VKJ).
Como é bom ser
adventista e crer na volta de Jesus. O quadro pintado pelo apóstolo Paulo em I
Tessalonicenses 4:13-17 será a concretização da esperança de todos os
que creram e que creem em Jesus e que, vivos ou mortos, aguardam ansiosos por
Sua segunda vinda à Terra. Para eles, a morte não é o ponto final, não é o fim
de todas as coisas; é simplesmente um sono de espera pela ressurreição e a vida
eterna.
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