Ricardo
André
No dia 27 de outubro,
numa segunda-feira, o Papa Francisco comentou em seu discurso na Pontifícia
Academia de Ciências, sobre temas, como a Teoria da Evolução e o Big Bang. Ele surpreendeu
o mundo cristão com declarações polêmicas que negam a Criação literal descrita
no Gênesis. Nos seus comentários Francisco também disse que a teoria do big
bang sobre as origens do universo não estão em contradição com Deus. Ele
explicou que "quando lemos a respeito da criação em Gênesis, corremos o
risco de imaginar que Deus era um mágico, com uma varinha de condão capaz de
fazer tudo. Mas não é assim... Deus não é um mágico, mas o Criador que trouxe
tudo à vida. A evolução na natureza não é incompatível com a noção de criação,
pois a evolução exige a criação de seres que evoluem".
Nós, cristãos
criacionistas cremos que, de fato, Deus não é um "mágico", todavia
Francisco colocou a palavra do homem acima da Palavra de Deus, apoiando a visão
de que não seria correta uma interpretação literal do Gênesis. Desse modo, o
Bispo de Roma comprometeu a autoridade bíblica em favor das ideias do homem na
área das origens. Infelizmente, essa visão sobre Deus está se espalhando
rapidamente, mesmo em toda a igreja protestante. Certa vez, Jesus disse, em
referência à segunda vinda: “Quando Filho do homem vier, encontrará fé na
Terra?” (Lc 18:8). A menos que haja uma mudança radical, Ele certamente não
encontrará muita fé a respeito do relato bíblico da criação, isto é certo. Ocorre
que temos pelos menos três básicos e grandes problemas com essa visão evolucionista
teísta do pontífice:
1) O texto bíblico fala
claramente não de uma "evolução", mas de uma "criação" ex-nihilo (criação do nada),
inclusive - Deus fez a terra, as plantas, as aves, os répteis, os mamíferos, o
homem - e tudo fez em "idade madura" e em dias de 24 horas, não em
eras (é realmente uma questão de fé!) (Gn 1: 1-28); “As palavras do Gênesis – ‘Disse
Deus’ – apresentam a dinâmica ordem divina, responsável pelos majestosos
eventos dos seis dias da Criação (Gn 1:3, 6, 9, 11, 14, 20 e 24). Cada ordem
veio acompanhada de energia criativa que transformou o planeta ‘sem forma e
vazia’ num paraíso. ‘Ele falou, e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a
existir’ (Sl 33:9. Verdadeiramente, ‘foi o Universo formado pela palavra de
Deus” (Hb 11:3)” (Nisto Cremos, CPB, p. 101).
A Bíblia não oferece
espaço para a evolução teísta ou outras teorias que buscam integrar um longo
processo evolucionário à obra de Deus ao criar a vida na Terra, especialmente a
vida humana.
2) Se atribuirmos uma
interpretação não literal ao início de Gênesis, teremos que fazer o mesmo com o
restante dele, posto não haver quaisquer precedentes na narrativa para se fazer
concessão aos primeiros momentos da história - o problema ficaria ainda maior
já que Noé, Abraão, Isaque, Jacó, tudo o mais no primeiro livro da Torá, teria
que ser revisto; Nossa maneira de abordar a história da criação dá o tom da nossa abordagem em relação ao restante da Bíblia. Na realidade o método de reinterpretar o relato de Gênesis do Papa Francisco pretende tornar o mesmo mais agradável à mente pós-moderna. No entanto, a interpretação bíblica não deve ser conduzida nem influenciada pelo desejo humano, mas deve permitir que a Bíblia interprete a si mesma.
3) O "Big Bang"
é tão somente uma "teoria"! Uma sugestão científica apenas, baseada
em elementos que não podem ser provados/comprovados empiricamente (em
laboratório) por não termos como saber quais eram e sob que circunstâncias
agiram (é que não havia ninguém lá para dar uma checadinha!). Nesse sentido é
preciso tanto ou mais "fé" para se crer que o Universo é auto-criado
ou, que tudo evoluiu de um processo aleatório e independente do Criador. Não
nos esqueçamos que "não vida" não pode gerar "vida" (Lei da
Biogênesis) e que os "elos" estão, de fato, "perdidos".
A verdade é que os
comentários desastrosos do Papa Francisco serve ao inimigo de Deus, Satanás,
que trabalha muito para afastar o mundo do Deus verdadeiro. Um de seus métodos
é o de pôr dúvidas em nossa mente quanto à veracidade da Bíblia. O próprio
livro de Gênesis está sob um ataque feroz. Se ele puder enfraquecer nossa fé
nesse livro, tão fundamental para compreendermos nossas origens, seria fácil enfraquece-la
em tudo mais.
Caro amigo leitor,
vamos ouvir os críticos, que vêm com todos os tipos de “evidências” para
questionar a veracidade histórica do Gênesis, ou vamos seguir a direção
daqueles que, como Jesus, Paulo e Pedro, mostraram fé inabalável nesse livro?
(Mt 19: 3-8; Lc 17:26-30; Rm 4:3, 9-21). Realmente, o questionamento do Gênesis
significa o questionamento da veracidade do Novo Testamento, que vez após outra
se refere ao Gênesis. Como poderíamos confiar no Novo Testamento se ele
estivesse errado sobre o Gênesis? Se começarmos a duvidar da veracidade histórica do
Gênesis, todo o edifício da fé se desintegrará. Evidentemente, é isso que
Satanás quer.
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