Teologia

sexta-feira, 24 de abril de 2020

TODO O ISRAEL SERÁ SALVO


Kim Papaioannou*

O Israel de Deus é a comunidade universal de crentes em Cristo Jesus

“Todo o Israel será salvo” (Rm 11:26).1 Quando confrontados a respeito dessa afirmação paulina, geralmente os comentaristas bíblicos perguntam: “Qual Israel? O físico ou o espiritual?” O Israel físico é constituído pelos judeus descendentes de Abraão, considerados ainda por muitos como o povo escolhido de Deus. O Israel espiritual são todos os que se tornaram crentes em Cristo Jesus. Aqueles que defendem o conceito de um Israel espiritual acreditam que o Israel físico tenha sido o povo escolhido na época do Antigo Testamento. No entanto, sua rejeição de Jesus permitiu que o Senhor seguisse em frente com Seus propósitos. Ele estendeu o evangelho a todas as nações, e a comunidade de fé que se formou em Cristo se tornou o Israel espiritual. Espiritual no sentido de que não tem ascendência física em Abraão, mas é contado como povo de Deus pela fé.

Israel físico?

Seria bíblico o conceito de um Israel somente “físico” atualmente ou nos tempos do Antigo Testamento? Acredito que a resposta seja não. Embora Abraão tivesse gerado pelo menos oito filhos biológicos (Gn 16:11; 21:3; 25:1, 2), somente um se tornou parte da aliança, os outros não (Gn 21:10, cf. Gl 4:30, Gn 25:6). Por outro lado, outros que não descenderam biologicamente do patriarca passaram a fazer parte da aliança: “Aqueles que tiverem oito dias de idade entre vós serão circuncidados, todos os filhos do sexo masculino nas vossas gerações, aquele que nascer em vossa casa ou o comprado com dinheiro de qualquer estrangeiro, que não é seu descendente. [...] E a minha aliança estará na vossa carne como uma aliança eterna” (Gn 17:12, 13, ênfase acrescentada).

De fato, uma das razões por que Deus escolheu Abraão foi que ele ensinaria não só seus filhos, mas todas as pessoas de sua casa, independentemente do contexto histórico a que pertenciam: “Eu o escolhi [Abraão] para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor” (Gn 18:19).

A casa de Abraão era numerosa. Provavelmente, mais de mil pessoas. Certa ocasião, ele reuniu 318 homens “nascidos em sua própria casa” (Gn 14:14) e os liderou para libertar Ló. Que sua família tenha compartilhado a mesma fé fica evidenciado pelo fato de que o patriarca confiou em um de seus servos para encontrar uma esposa para Isaque, que o fez jurando “pelo Senhor” (Gn 24:1-3).

Os descendentes diretos de Jacó que entraram no Egito eram 70 (Êx 1:5). No Êxodo, Israel contava com 600 mil homens em idade militar (Êx 12:37, ver Nm 1:46), além de mulheres, crianças e idosos, totalizando 2 a 3 milhões de pessoas. Nenhuma taxa de crescimento biológico realista poderia ter produzido tal crescimento.

Entretanto, se compreendemos que Israel agia de modo inclusivo, da mesma forma que a família de Abraão foi inclusiva, então fica mais fácil entender o incrível crescimento numérico. Os cerca de 3 milhões de pessoas que deixaram o Egito não eram descendentes biológicos de Abraão, mas todos ligados à casa de Israel, unidos por meio de cônjuges, servos e ajudantes de diversas procedências.

 Na verdade, no momento em que os israelitas deixaram o Egito, uma multidão mista foi com eles (Êx 12:38), participando plenamente da aliança. A integração e aceitação desses estrangeiros fica evidenciada pelo fato de que um deles, Calebe, tornou-se líder da tribo de Judá (Nm 13:3, 6). Não há razão para supor que tais integrações tenham ocorrido somente durante o Êxodo e não antes, embora em número menor.

Quando Deus renovou o concerto com Israel (Êx 19-24), foi um pacto aberto. A participação era voluntária. Na história dos israelitas, muitas pessoas que não eram descendentes diretos de Abraão passaram a fazer parte da comunidade da aliança. José se casou com uma egípcia (Gn 41:45); Moisés, com uma midianita (Êx 2:16-21); Calebe, já mencionado, era quenezeu (Nm 32:12); Raabe, cananeia (Js 2:1, 2); Rute, moabita (Rt 1:4); Urias, heteu (2Sm 11:3). O próprio rei Davi não era totalmente israelita (Rt 4:17).

Não somente pessoas, mas grupos inteiros de estrangeiros aderiram à aliança. Por exemplo, além da “multidão mista” mencionada, os cananeus que não foram mortos nem expulsos, e também os recabitas, que foram aceitos por sua fidelidade a Deus (Jr 35:1-19). Os capitães de Davi comandavam queretitas e peletitas (1Cr 18:17), provavelmente, convertidos, pois seria difícil imaginar o exército do rei de Israel cheio de soldados pagãos.

Ao longo de toda a monarquia, houve milhares de estrangeiros em Israel (1Cr 22:2; 2Cr 30:25), aos quais a Septuaginta (LXX) chama de prosēlutoi, “prosélitos” ou conversos.2 No tempo de Salomão, seu número chegou a mais de 153 mil (2Cr 2:17).

Na época de Ester, após o colapso do plano de Hamã, “muitos do povo da terra se tornaram judeus” (Et 8:17). Essa onda de conversões continuou mesmo após os eventos importantes descritos no livro (Et 9:27). Artaxerxes autorizou Esdras a nomear juízes para o povo da província “além do rio” que conhecia a lei, e para ensinar aqueles que não a conheciam (Ed 7:25). Possivelmente, tenha sido uma autorização para converter pessoas de outras nações.3

Durante o período intertestamentário, o rei João Hircano converteu toda a nação dos idumeus (edomitas) ao judaísmo, sob ameaça de morte.4 Dali veio a célebre família de Herodes.5

Nos tempos do Novo Testamento, os fariseus ficaram conhecidos por seu zelo missionário (Mt 23:15). As sinagogas tinham conversos estrangeiros que temiam ao Senhor (At 13:16, 26; 16:14; 17:17). Gentios se reuniam em Jerusalém para adorar durante as festas (Jo 12:20). Quinze nações são mencionadas entre “judeus” e “prosélitos” (At 2:9-11) que participaram do Pentecostes.

Deus desejava que Sua aliança fosse estendida a todas as nações: “A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Is 56:7). O fato de que para alguns, como os moabitas, houve certas restrições para participar da aliança (Dt 23:3), mostra que, para outros, o acesso era livre.

Qualquer pessoa, de qualquer etnia, podia fazer parte do concerto. Contudo, os israelitas que pertenciam a ele podiam optar entre permanecer ou ser expulsos. Ser “cortado” do povo de Israel equivalia a estar sendo castigado por vários pecados (por exemplo, Êx 30:33, 38; 31:14; Lv 7:20, 21, 25, 27). Até que ponto isso foi realizado, não sabemos, mas a provisão estava lá. A palavra apostasia, ou “afastar-se da fé”, não é incomum na LXX para descrever a atitude às vezes rebelde de Israel em relação a Deus (Js 22:22; 2Cr 29:19).

É evidente, então, que qualquer pessoa podia aderir à aliança divina, e centenas de milhares (talvez milhões) o fizeram ao longo da história de Israel. Além disso, qualquer pessoa podia escolher não mais fazer parte dela.

Na linguagem atual, poderíamos dizer que Israel funcionou como uma igreja, tendo pessoas se juntando a ela ou saindo dela. Na verdade, ekklēsia, “igreja”, foi o termo escolhido por Estêvão para descrever o antigo Israel de Deus: “Este é aquele que estava na congregação [ekklēsia] no deserto” (At 7:38). Para que ninguém se sinta tentado a considerar esse um exemplo solitário, a LXX usa ekklēsia 77 vezes, e quase todas as menções se referem a Israel.

À luz das evidências apresentadas até aqui, seria antibíblico falar do “Israel físico” como “descendentes físicos exclusivos” de Abraão. Embora o Israel literal existisse como nação durante boa parte de sua história no Antigo Testamento, aos olhos de Deus, a verdadeira filiação não dependia da ascendência, senão da fé (Rm 2:29). Paulo reconheceu isso quando afirmou que, durante o tempo de Acabe, de toda a nação, somente um remanescente de 7 mil fiéis permaneceu leal a Deus, e eles constituíam o verdadeiro Israel (Rm 11:1-5). Biblicamente, portanto, Israel era uma comunidade espiritual à qual as pessoas se uniam e/ou dela eram removidas sem consideração de ascendência ou raça.6

Com essas circunstâncias em mente, podemos entender a declaração paulina de que “todo Israel será salvo” em seu contexto.

A parábola da oliveira

Em Romanos 11:16-24, Paulo tomou o conceito da identidade espiritual e o desenvolveu para explicar a relação entre a igreja cristã e os judeus que rejeitaram Jesus. Ele fez isso por meio da parábola da oliveira.

A parábola foi extraída de Jeremias 11:16, 17, em que Israel é comparado a uma “oliveira verde, formosa por seus deliciosos frutos” (v. 16). No entanto, como o povo havia se conduzido mal, seguindo a Baal, Deus queimaria alguns ramos com fogo. Parte do motivo dessa punição era porque haviam rejeitado as mensagens de advertência do profeta Jeremias (Jr 11:17-23).

A oliveira representava Israel, a comunidade da aliança, que uma vez fora bela e perfeita. Contudo, assim como os israelitas rejeitaram os apelos de Jeremias (v. 19), que se sentia como um “manso cordeiro” sendo levado ao matadouro, eles rejeitaram outro Cordeiro, Jesus, e O levaram à morte. Não somente isso: mesmo após Sua ressurreição, muitos judeus ainda O rejeitaram.

Paulo comparou os ramos que foram cortados aos judeus que haviam rejeitado Jesus (Rm 11:17) “por causa da incredulidade” (v. 20). Esses ramos “naturais” foram excluídos da família de Deus (v. 20, 21).

Duas coisas se destacam aqui. Primeira, apenas os ramos mortos (estéreis) foram cortados, a árvore não foi rejeitada. De fato, ela continua viva e “santificada” (v. 16), a fim de nutrir e sustentar os ramos restantes (v. 18). Segunda, uma vez que a árvore representa Israel e os ramos que eram estéreis foram cortados, segue-se que eles não são mais parte da árvore (Israel). Assim, nenhum ramo “incrédulo” pertence mais ao verdadeiro Israel.

Com seus ramos cortados, a árvore que foi bela agora parece disforme. Como Deus lida com esse problema? Os ramos de outras oliveiras, oliveiras selvagens, são enxertados na boa oliveira. Esses ramos são pessoas de todas as nações que vêm pela fé em Jesus, “[os cristãos de todas as nações], sendo uma oliveira selvagem, foram enxertados entre eles” (v. 17).

Um ponto importante precisa ser observado. Deus não planta uma nova árvore, a igreja cristã. Em vez disso, os ramos, que eram selvagens, são enxertados na mesma árvore antiga, que continua a existir e a fornecer alimento. Uma vez que a planta simboliza o Israel de Deus e os ramos selvagens são enxertados nela, eles se tornam parte do Israel bíblico. Eles não são uma nova instituição. Em certo sentido, o Israel do Antigo Testamento que, como vimos, era uma entidade espiritual, continua a existir e prosperar, depois de ter passado por um processo de poda por meio da eliminação dos ramos infrutíferos e da adição de novos fiéis.

A árvore era bela e majestosa. Depois, ficou disforme, porque alguns de seus ramos foram podados. No entanto, após novos ramos serem enxertados, a planta se tornou novamente formosa e completa. Os novos ramos são a continuação natural dessa maravilhosa árvore. A igreja não substituiu Israel. A igreja é a continuação natural de Israel, assim como os ramos são a continuação natural de uma árvore! Os crentes em Cristo são o verdadeiro Israel.

É importante notar que, ao fazer tal abordagem Paulo refletiu o pensamento de seu tempo. O conceito judaico de estar em apostasia ou “cortado” não era desconhecido naqueles tempos turbulentos. Os fariseus, que foram os responsáveis pelo desenvolvimento teológico do judaísmo, surgiram dos judeus piedosos que haviam rejeitado a adoção do sumo sacerdócio pelos asmoneus no segundo século antes de Cristo, e se consideravam separados da elite governante.7

De fato, o termo fariseu deriva do aramaico perisa, que significa “separado”, “separados”.8 Os essênios, que eram contemporâneos de Jesus e de Paulo, consideravam a si mesmos o verdadeiro Israel, e o templo de Jerusalém e seu sacerdócio, apóstatas. Eles se separaram do judaísmo original não apenas teológica e cerimonialmente, mas também fisicamente, e formaram a conhecida comunidade de Qumran.9 Portanto, quando Paulo tratou os judeus que haviam rejeitado Jesus como ramos cortados da oliveira verdadeira (Israel), e os crentes em Cristo como verdadeiros ramos, ele argumentou com fundamentos teológicos que eram conhecidos dos seus contemporâneos.

Além disso, inicialmente, Paulo não se preocupou em discutir a questão da separação entre cristãos e judeus, a qual começou a amadurecer somente uma geração depois. Nessa fase inicial, os cristãos eram, em sua grande maioria, de origem judaica, e trabalhavam no contexto da sinagoga e do judaísmo. Então, ver alguns participantes do serviço da sinagoga como ramos saudáveis e outros como cortados seria um conceito familiar. Que cristãos e judeus tenham tomado rumos totalmente separados, talvez sirva para reforçar o paradigma que o apóstolo estava adotando.

“Todo o Israel será salvo”

Paulo concluiu sua argumentação com a declaração inicial deste artigo, afirmação quase sempre mal-interpretada: “Todo Israel será salvo” (v. 26). Afinal, qual Israel será salvo, o “físico” ou “espiritual”? De maneira bem simples, a chave para entender esse texto está na interpretação de suas palavras em paralelo com a ilustração paulina sobre a oliveira e seus ramos. Israel, o povo de Deus, era belo e majestoso. Entretanto, uma “cegueira” (NKJV) ou “endurecimento” tomou conta de uma grande parte dos israelitas (Rm 11:25). Eles endureceram o coração (Hb 4:7).10 Recusaram a salvação em Cristo. Essa condição foi ilustrada por Paulo pelo corte de alguns ramos da oliveira original. O fracasso de Israel para com a aliança abraâmica e a rejeição de Jesus transformou a expectativa divina da oliveira em uma decepção. Entretanto, a intenção de Deus para com a oliveira, que ela dê fruto e manifeste a graça divina revelada na cruz para a redenção da humanidade, não pode e não deve falhar.

Como Deus lida com isso? Ele traz “a plenitude dos gentios” (Rm 11:25). Traz para onde? Para Israel, é claro! Para preencher o espaço deixado por aqueles cujo coração endureceu. A palavra grega plērōma, “plenitude”, é um substantivo que indica algo que está parcialmente vazio ou sendo preenchido.11 Assim, o vazio deixado por aqueles que não acreditaram é preenchido pelos gentios que entram e ocupam seu lugar. Paulo argumentou que os gentios, os ramos da oliveira brava, estranhos à aliança, são enxertados e formam a comunidade da fé cristã, uma árvore frutífera, reunida de toda a raça humana.

Então, Paulo declarou: “E, assim todo o Israel será salvo” (v. 26). A expressão: “E, assim” indica uma conclusão. Alguns caíram por causa de sua incredulidade, outros entraram e entrarão para ocupar seu lugar. Por isso, Paulo pôde alegremente declarar que todo o Israel será salvo. Portanto, “todo o Israel” não se refere ao “Israel físico”, um conceito errôneo. “Todo o Israel” significa todos os crentes de todas as épocas, dos patriarcas do Antigo Testamento aos cristãos da atualidade, das raízes da oliveira original (abraâmica) no Antigo Testamento até seu último e menor ramo. Refere-se à totalidade do povo de Deus ao longo dos séculos.

Conclusão

Este artigo procurou estabelecer dois pontos principais. Primeiro, o termo “Israel” na Bíblia não se refere à descendência física, mas denota aqueles comprometidos com a fé em Deus. Uma comunidade espiritual, não racial.

Segundo, de acordo com Romanos 9, o “Israel espiritual” nunca foi rejeitado. É verdade que a rejeição à morte e ressurreição de Jesus por parte dos israelitas foi o ponto principal da mudança das relações divinas com a humanidade (Dn 9:24-27; Mt 21:43). Entretanto, pessoas foram rejeitadas. Israel como povo de Deus continua a existir. É constituído por todos aqueles que aceitam Cristo como Senhor e Salvador, independentemente de ascendência ou raça. Os crentes em Jesus são os verdadeiros filhos de Abraão (Gl 3:7).

Quais são as implicações? Várias, mas vamos mencionar três:

1. Com relação aos judeus modernos, não há nenhum espaço para o antissemitismo. Sua Escritura Sagrada é parte da nossa, sua herança bíblica é também nossa. Eles não são uma nação indigna da salvação. São ramos cortados, irmãos e irmãs que falharam em aceitar o Messias. Nossa missão é amá-los e convidá-los a aceitar, pela fé, Jesus Cristo, como todos os outros seres humanos.

2. Contudo, eles também não são o povo escolhido de Deus. O Senhor escolheu e nutriu a oliveira verdadeira. Os ramos que foram cortados não fazem mais parte dessa árvore. Eles podem ser reintegrados, mas somente pela fé em Cristo (Rm 11:23). Os propósitos divinos serão cumpridos na árvore – os crentes em Jesus – não nos ramos cortados.

3. Os cristãos fariam bem em explorar novamente as raízes do Israel bíblico, incluindo o sábado do sétimo dia, e vê-las como totalmente, não indiretamente, nossa herança. A ruptura profunda entre o Israel bíblico e a igreja cristã, que provoca muitos debates teológicos atualmente, é arbitrária e não bíblica. Ela rouba do cristianismo algo que é muito valioso. A igreja cristã é a continuação natural do Israel da aliança abraâmica, assim como os ramos são a continuação natural da árvore. Uma redescoberta mais completa de nossas raízes pode aumentar nossa espiritualidade e adoração.

*Kim Papaioannou, doutor em Teologia (University of Durham), é pastor em Chipre

Referências

1. Salvo indicação contrária, todas as passagens são da Almeida Revista e Atualizada.

2. Henry George Liddell e Robert Scott, Na Intermediate Greek-English Lexicon, “prosēlutoi” (Oxford: Oxford University Press, 1945).

3. O fato de Artaxerxes reconhecer Deus como o “Deus dos céus” (Ed 7:23, NVI) pode indicar que a autoridade conferida a Esdras tivesse uma aplicação mais ampla, incluindo permissão para converter não judeus.

4. Flávio Josefo, Antiguidades 13.9.1. Ver também Bernard M. Zlotowitz, “Sincere Conversion and Ulterior Motives,” em Conversion to Judaism in Jewish Law: Essays and Responses, ed. Walter Jacob e Moshe Zemer (Pittsburgh, PA: Rodef Shalom, 1994), p. 67.

5. Josefo, Antiguidades 14.1.3.

6. Aqueles que se convertem ao judaísmo são considerados judeus e passam a ter o direito de imigrar para Israel. Por outro lado, judeus que se convertem ao cristianismo não mais são considerados judeus e não podem imigrar para lá.

7. Everett Ferguson, Backgrounds of Early Christianity (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2003), p. 514.

8. Liddell e Scott, An Intermediate Greek-English Lexicon, “perisa”.

9. Ferguson, Backgrounds of Early Christianity, p. 521-531.

10. “Apo merous” também pode significar (a) endurecimento “parcial” ou (b) de “uma parte” de Israel. O contexto favorece a segunda opção.

11. Liddell e Scott, An Intermediate Greek-English Lexicon, “plērōma”

FONTE: Revista Ministério MAR-ABR 2017, p. 24-27.

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