Ellen
G. White
Manifesta-se o poder de
Deus no bater do coração, na ação dos pulmões, e nas correntes vivas que
circulam pelos mil diferentes condutos do corpo. Somos-Lhe devedores por todo
momento de existência, e por todos os confortos da vida. As faculdades e habilitações
que elevam o homem acima da criação inferior, são dotes do Criador.
Ele nos cumula de
benefícios Seus. Somos-Lhe devedores do alimento que comemos, da água que
bebemos, da roupa que vestimos, do ar que respiramos. Sem a Sua especial
providência, o ar estaria cheio de pestilência e de veneno. Ele é generoso
benfeitor e preservador.
O Sol que brilha sobre
a Terra, e embeleza toda a Natureza, a encantadora e solene luminosidade da
Lua, os esplendores do firmamento, salpicado de brilhantes estrelas, as chuvas
que refrescam a terra, e fazem florescer a vegetação, as preciosas coisas da
Natureza em toda a sua variada riqueza, as árvores altaneiras, os arbustos e as
plantas, o grão tremulante, o céu azul, a terra verde, a mudança do dia e da
noite, a renovação das estações, tudo fala ao homem do amor de seu Criador.
Tem-nos Ele ligado a Si
mesmo por todos esses laços do Céu e da Terra. Cuida de nós com mais ternura do
que cuida uma mãe de um filho em aflição. "Como um pai se compadece de
seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem." Sal.
103:13. Review and Herald, 18 de setembro de 1888.
Recipientes
Contínuos Para Dar Continuamente
Assim como
continuamente estamos recebendo as bênçãos de Deus, assim devemos nós estar
continuamente dando. Quando o Benfeitor celeste deixar de nos dar, então
poderemos ser desculpados; pois então nada teremos para dar. Deus nunca nos
deixou sem nenhuma evidência de Seu amor, pelo fato de nos ter feito o bem. ...
Cada momento somos
mantidos pelo cuidado de Deus e sustentados pelo Seu poder. Ele enche nossa
mesa de alimento. Dá-nos sono pacífico e refrigerador. Semanalmente traz-nos o
sábado, a fim de que possamos descansar de nossos trabalhos temporais e
adorá-Lo em Sua própria casa. Deu-nos Sua Palavra, para que fosse uma lâmpada
para os nossos pés e uma luz para o nosso caminho. Nas suas sagradas páginas,
encontramos sábios conselhos; e sempre que a Ele elevamos nosso coração em
contrição e fé, concede-nos as bênçãos de Sua graça. Acima de tudo, está o dom
infinito do querido Filho de Deus, através do qual fluem todas as outras
bênçãos para esta vida e para a vida vindoura.
Certamente que a
bondade e a misericórdia nos seguirão a cada passo. Tão-somente quando
desejarmos que o Pai infinito deixe de nos conceder as Suas bênçãos sobre nós,
devemos nós impacientemente exclamar: Não há fim para o dar? Não devemos,
apenas, devolver fielmente a Deus os nossos dízimos, que Ele reclama como Seus,
mas também devemos trazer à Sua tesouraria um tributo como oferta de gratidão.
Com coração alegre levemos ao nosso Criador as primícias de toda a Sua
liberalidade - as nossas mais acariciadas posses, nosso melhor e mais santo
serviço. Review and Herald, 9 de fevereiro de 1886.
A
Única Maneira de Manifestar Gratidão
O Senhor não precisa de
nossas ofertas. Não O podemos enriquecer com as nossas dádivas. Diz o salmista:
"Tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos." I Crôn. 29:14. No entanto
Deus nos permite demonstrar nossa apreciação de Suas misericórdias pelos esforços
abnegados para passá-las a outros. É essa a única maneira em que nos é possível
manifestar nossa gratidão e amor a Deus. E não proveu outro. Review and Herald,
6 de dezembro de 1887.
O
Argumento de Paulo Contra o Egoísmo
Paulo procurou
desarraigar do coração de seus irmãos a planta do egoísmo; pois o caráter não
pode ser completo em Cristo quando o amor-próprio e a cobiça são conservados. O
amor de Cristo no coração levá-los-ia a ajudar seus irmãos em suas
necessidades. Mostrando-lhes o sacrifício que Cristo fizera em seu favor,
procurou ele despertar-lhes o amor.
"Não digo isto
como quem manda", disse ele, "mas para provar, pela diligência dos
outros, a sinceridade da vossa caridade; porque já sabeis a graça de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre, para que, pela Sua
pobreza, enriquecêsseis." II Cor. 8:8 e 9.
Eis o poderoso
argumento do apóstolo. Não é mandamento de Paulo, mas do Senhor Jesus Cristo.
...
Quão grande foi a
dádiva de Deus ao homem, e como Lhe aprouve fazê-la! Com liberalidade que
jamais poderá ser excedida, Ele deu, para salvar os rebeldes filhos dos homens
e fazer-lhes ver o Seu propósito e discernir o Seu amor. Demonstrareis, pelas
vossas dádivas e ofertas, que não considerais coisa alguma boa demais para dar
Àquele que "deu o Seu Filho unigênito"? João 3:16. Review and Herald,
15 de maio de 1900.
O espírito de generosidade é o espírito do Céu. O espírito egoísta é o espírito de Satanás.
Review and Herald, 17 de outubro de 1882.
FONTE: Conselho Sobre
Mordomia, p. 17-19.
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