Teologia

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ADOLESCENTES MUÇULMANOS SE UNEM A ADVENTISTAS E SE RECUSAM A REALIZAR EXAMES AOS SÁBADOS




Estudantes muçulmanos de uma escola adventista na ex-União Soviética, tinham tanta certeza de que Deus interviria na mudança do dia dos seus exames finais do sábado para outro dia, que permaneceram solidários a seus colegas de classe adventistas, recusando-se a fazer os exames em uma escola pública, mesmo correndo o risco de não se formar.

A fé dos adolescentes foi recompensada.

No último minuto, o governo do país de maioria muçulmana, autorizou a remarcação dos exames, impressionando os professores adventistas que passaram vários dias angustiados com a situação.

Mais impressionante ainda foi o fato de que a autorização veio do escritório de um ministro que recentemente forçou a escola adventista a remover a palavra “cristã” de seu nome.

“Os alunos muçulmanos decidiram permanecer firmes aos princípios de não trabalhar ou estudar no sábado que aprenderam na escola adventista, e essa foi uma decisão maravilhosa”, disse Guillermo Biaggi, presidente da Divisão Euro-Asiática da Igreja Adventista, cujo território inclui a maior parte da ex-União Soviética.

“Deus não apenas inspirou alguém do governo para mudar o dia dos exames, mas também inspirou os estudantes a colocar sua confiança em nosso Criador e Redentor”, disse ele.

A história sobre os exames no sábado surgiu em recente reunião de negócios de final de ano realizada na Divisão Euro-Asiática. A Adventist Review não está identificando a escola ou sua localização, para evitar complicação em seu trabalho.

O ano letivo de 2013-2014 foi muito difícil para essa escola frequentada por 280 alunos com idades entre 6 e 17 anos, pois enfrentou vários desafios impostos pelas autoridades e outras pessoas não contentes com a presença de uma escola cristã em um país muçulmano, disseram os líderes da igreja.

Mas nada preparou os professores para a surpresa do decreto do Ministério da Educação determinando que os exames finais para a nona e décima primeira séries fossem realizados no sábado.
Os professores começaram a orar. Alguns dos alunos da décima primeira série eram de famílias adventistas, mas não havia nenhum aluno adventista na nona série.

Todas as tentativas de atrasar os exames por um dia, para o domingo, pareciam falhar. Nenhuma das autoridades educacionais queria assumir a responsabilidade da autorização da mudança. A diretora da escola enviou uma carta para um funcionário do Ministério da Educação que prometeu ajudar, mas não recebeu resposta.

“A única esperança era Deus”, disse o diretor em declaração enviada pela Divisão Euro-Asiática.

Ela reuniu os estudantes para explicar a situação. Disse que a escola ainda estava tentando remarcar os exames, mas não prometia ser bem-sucedida. Disse também que tinha feito arranjos com uma escola pública próxima para aplicar os exames para aqueles que desejassem.

“Isso deu a cada aluno a oportunidade de tomar sua decisão, sabendo muito bem as consequências de sua decisão”, disse a diretora.

Os alunos da décima primeira série que deixassem de fazer o exame, não se formariam. A décima primeira séria é a última antes da formatura do ensino médio na ex-União Soviética.

De repente, apenas dois dias antes dos exames, a diretora recebeu um telefonema do Ministério da Educação. A ligação era de um assistente administrativo do ministro, disse que seu chefe tinha escrito uma resposta para a carta aparentemente extraviada e que a escola podia enviar alguém para buscá-la.

A diretora disse que esse telefonema fez com que ela perdesse toda a esperança, porque o ministro da educação era a mesma pessoa que tinha forçado a escola a mudar seu nome apenas algumas semanas antes.

E isso não era tudo.

“Antes do telefonema, esperávamos poder aplicar os exames em um dia diferente sem sermos descobertos pelos funcionários da educação”, disse ela. “Mas agora que o governo havia dado uma resposta oficial, seria impossível aplicar os exames sem sermos notados.”

A diretora estava chocada. Ela se lembra de que quando abriu o envelope da carta do ministro, exclamou: “Isso é impossível! Como o Senhor é bom!”

O que aconteceu foi que o ministro da educação teve que fazer uma viagem de trabalho, e o pedido da escola foi atendido por outro ministro, que autorizou a realização dos exames no domingo.

A diretora ansiosamente compartilhou a notícia com os alunos. Mas quando percebeu que eles não demonstraram muita emoção, pensou que não tinham entendido e repetiu a história. Então, um dos alunos quebrou o silêncio com uma explicação que a diretora achou ainda mais inacreditável do que a permissão de última hora do ministro para mudar os exames.

O aluno disse: “Nunca duvidamos de que Deus ajudaria a resolver essa situação.”

A diretora descobriu que nenhum dos alunos havia se inscrito para fazer os exames no sábado, na escola pública. Ao conversar com eles, ela soube que os alunos tinham visto tantas manifestações do poder de Deus durante aquele ano escolar tão difícil, que concluíram que Deus não abandonaria a escola em algo tão simples como um exame escolar no sábado. Os alunos muçulmanos decidiram se unir aos seus colegas de classe adventistas e permanecer fiéis ao sábado bíblico.

“Filhos de famílias não adventistas viram como Deus está dirigindo nossa escola e creram de todo o coração que o problema seria resolvido”, disse a diretora. “Só nós, os professores adventistas é que estávamos preocupados.”

Andrew McChesney, editor de notícias da Adventist World


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