Teologia

terça-feira, 10 de março de 2015

O INCOMENSURÁVEL AMOR DE DEUS O PAI


Ricardo André

Li recentemente a história de um ateu que, alguns anos atrás, declarou a alguns transeuntes: “Se existe um Deus no Céu, eu O desafio a me fulminar dentro de cinco minutos”. Finalmente, depois de passados os cinco minutos, ele disse com sarcasmo: “Viram só? Deus não existe, pois a esta altura eu já estaria morto, fulminado”.

Uma mulher parada ali perto o ouviu. Quando ele fez menção de ir embora, ela se adiantou e lhe perguntou:
- O senhor tem filho?

- Sim, um filho – o homem respondeu.

- Se o seu filho lhe desse uma faca e pedisse que o senhor o matasse, o senhor o faria?

- Claro que não! – respondeu ele prontamente.

- Bem – continuou ela – e por que não?

- Simplesmente porque eu o amo demais.

Antes de virar-se para sair, a mulher explicou:

- Meu senhor, é por que Deus o ama tanto, mesmo sendo ateu, que Ele Se recusa a aceitar seu insensato desafio. Ele quer vê-lo salvo, e não perdido!

Esse é o meu Deus. Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Diz-nos a Bíblia: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5:8, NVI).  Você estaria disposto a morrer por um viciado em drogas com acusações múltiplas de abusos de crianças? Você poderia estar disposto a arriscar sua vida doando um órgão para salvar seu filho que morreria se você não fizesse a doação, mas você daria a vida por um estuprador? Provavelmente não. Deus, entretanto, deu Seu Filho para morrer pelos “ímpios”. Essa foi a maior demonstração de amor que Ele deu aos pecadores que estavam em rebelião contra Ele. Isso é algo que nós, mortais, não compreendemos. Por que deveria Deus amar-nos tanto a ponto de enviar Seu próprio Filho ao mundo, sabendo que os homens maus O rejeitariam, O perseguiriam e finalmente O pregariam à cruz? A cruz não existe mais, porém, o amor permanece.

Ellen G. White diz assim a respeito do infinito amor de Deus o Pai: “Todo o amor paterno que passou de geração a geração através do coração humano, todas as fontes de ternura que romperam no coração humano, todas as fontes de ternura que romperam no coração humano, não são mais que um pequeno regato para o oceano infinito, quando se compara com o amor infinito, inesgotável, de Deus. A língua não o pode narrar; a pena não o pode descrever. Você pode medir nele cada dia de sua vida; pode estudar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; pode fazer uso de toda energia e habilidade que Deus lhe tenha dado, no esforço de compreender o amor e compaixão do Pai celeste; ainda assim, há um infinito à frente. Você pode estudar esse amor por séculos; mas nunca poderá compreender plenamente o comprimento e a largura, a profundeza e a altura, do amor de Deus, ao dar Se filho para morrer pelo mundo”. (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 740).

Somente na eternidade iremos compreender o amor de Cristo e chegar a um completo conhecimento de Seu amor, que excede todo entendimento.

O apóstolo João que foi uma das testemunhas junto ao Calvário escreveu posteriormente que “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).

Esse verso é o mais conhecido da Bíblia. É difícil encontrar um cristão que não conheça este versículo de memória! Ele é frequentemente chamado de "texto de ouro" das Escrituras. Como maravilhosamente o amor de Deus é aqui retratado. Ao contrário dos deuses do paganismo, que eram ferozes e cruéis, e também o frio e indiferente "deus" da filosofia moderna, o Deus da Bíblia é amor (2 Coríntios 13:11, 1 João 4:8,16). O amor é a própria natureza de Deus. Tudo o que Ele faz é motivado pelo amor. Podemos ver amor em todas as Suas obras. Se prodigioso amor é revelado nas coisas do mundo ao nosso redor e na infinita expansão dos céus acima. Se pudéssemos ver o amor, estaríamos vendo Deus. E ninguém pode ver o amor sem ver a Deus! Os que sentem o toque de Deus sentem o toque do amor.

O cântico abaixo é uma tradução de Meir Bem Issac Nehorai de um poema caldeu musicado e cantado nas sinagogas judaicas durante o culto do primeiro dia da Festa do Pentecostes. Aparece em muitos hinários e coletâneas adventistas do sétimo dia (HASD, 31).

“Se em tinta o mar se transformasse,
E em papel o céu também,
E a pena ágil deslizasse,
Dizendo o que esse amor contém,
Daria fim ao grande mar,
Ao esse amor descrever,
E o céu seria mui pequeno
Pra tal relato conter”.


O verso é também o mais querido na Bíblia e se aplica a você, caro leitor, seja quem você for – ateu, cético, membro morno da igreja, mãe frustrada, esposa deprimida, marido zangado ou cristão dedicado. O amor de Deus e de Jesus, Seu Filho, pode mudar sua vida hoje!

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