Ricardo
André
No século XVIII, quando
o ateísmo sacudiu a Europa e a ideologia humanista alcançou o apogeu, criou-se
à ideia que o homem, por sua própria capacidade, superaria todos os problemas,
tanto do presente quanto do futuro. Que a sociedade humana jamais encontraria
uma barreira intransponível na sua trajetória. Que os avanços tecnológicos,
fruto das recentes descobertas científicas naquela época, seriam capazes de dar
ao homem o senhorio de seu próprio destino.
Entretanto, em pleno
século XXI as perspectivas para a humanidade são angustiantes. O prognóstico
atual para o futuro da humanidade tem tirado o sono das principais autoridades
políticas da Terra. A exaustão dos recursos naturais tais como petróleo e água,
o aumento da emissão de gases poluentes na atmosfera, a degradação do ambiente
em alta escala anunciam um quadro apocalíptico para o planeta. Segundo alguns
ambientalistas, este século tem mais de 50% de chance de se tornar o último da
história da humanidade. Compreendemos que a Terra após ter seus recursos
naturais usados de forma não econômica, pode ser comparada a uma máquina
desgastada que já está pedindo recondicionamento ou aposentaria e parece
utópica a ideia de reversão do quadro.
A humanidade vem
transpondo, no decorrer dos séculos, graves problemas que ameaçam sua
subsistência, tais como: guerras mundiais, pestes, ameaças terroristas, entre
outros. Mas tudo isso é incomparável a uma situação de pane na conjuntura
econômica mundial.
O modelo capitalista
está se tornando unanimidade no mundo, no entanto demanda um progresso não sustentável.
Este modelo é baseado na produção, consumo e renda. A produção depende da
exploração dos recursos naturais, o trabalho utilizado na produção gera renda,
por outro lado o consumo gera lixo, causando mais degradação ambiental. A
emissão de gases poluentes na atmosfera ocasiona o efeito estufa que traz
consequências negativas de amplitude ainda não completamente conhecida. Alguns
fatos, já podemos observar, como as alterações climáticas em todo globo e o
aumento da frequência de tornados, furacões e enchentes.
As catástrofes naturais
foram consideradas os eventos mais significativos de 2005, de acordo com
pesquisa de opinião feita pela BBC em 27 países. Na matéria de capa da revista
Veja do dia 21 de junho de 2006, é dito que "já começou a catástrofe causada
pelo aquecimento global, que se esperava para daqui a trinta ou quarenta anos.
A ciência não sabe como reverter seus efeitos".
A reportagem informa
ainda que, em 2005, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas,
ocorreram 360 desastres naturais, dos quais 259 são diretamente relacionados ao
aquecimento global. "No início do século XIX, de acordo com alguns historiadores,
dificilmente havia mais de meia dúzia de eventos de grandes dimensões em um
ano. No total, foram 168 inundações, 69 tornados e furacões e 22 secas que
transformaram a vida de 154 milhões de pessoas."
Será o fim para a
humanidade? Será que vai haver um “fim do mundo”, ou esta é simplesmente uma
opinião de cristãos fanáticos que ficam nas esquinas pregando que “O fim está
próximo”? Acredite ou não, de acordo com a Bíblia, sim, haverá um fim! Jesus
Cristo predisse: “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo como um
testemunho à todas as nações, e então virá o fim” (Mateus 24:14). O
desequilíbrio da natureza e as catástrofes decorrentes são sinais de que o
mundo não vai muito longe.
De acordo com as
Sagradas Escrituras, o fim do mundo se dará com a volta de Jesus. Com Sua volta
à Terra estabelecer-se-á uma nova era para a humanidade. A Bíblia está cheia de
previsões a respeito da Segunda Vinda de Cristo. Não há a menor sombra de
dúvida no que diz respeito a Sua promessa de voltar. Pode ser que os pregadores
modernos não falem muito a respeito, mas Jesus foi o maior pregador que já
andou por esta terra, e Ele disse:
“Não se turbe o vosso
coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas
moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim
mesmo, para que onde eu estou estejais vós também.” (João 14:1-3).
O
exemplo da queda de Jerusalém
Um dos capítulos mais
trágicos da história de Israel foi a conquista e destruição de Jerusalém pelos
exércitos romanos no ano 70 d.C., conforme predito por Jesus em seu sermão
escatológico (Mt 24; Lc 21). Além das advertências de Cristo, ocorreram vários
acontecimentos estranhos, com avisos sobrenaturais das calamidades iminentes
que que levariam à ruina da cidade.
A escritora cristã Ellen G. White
descortina em sua obra prima O Grande Conflito os
acontecimentos relacionados com estas tragédias que aconteceram no passado e
que acontecerão no futuro, no fim do mundo. Com base na obra A História
dos Judeus, de Henry Hart Milman, conta o que ocorreu em Jerusalém nos
dias que antecederam sua destruição.
“Apareceram sinais e prodígios,
prenunciando desastre e condenação: Ao meio da noite, uma luz
sobrenatural resplandeceu sobre o templo e o altar. Sobre as
nuvens, ao pôr-do-sol, desenhavam-se carros e homens de guerra reunindo-se
para a batalha. Os sacerdotes que ministravam à noite no santuário,
aterrorizavam-se com sons misteriosos; a terra tremia e
ouvia-se multidão de vozes a clamar: “Partamos daqui!” A grande porta
oriental, tão pesada que dificilmente podia ser fechada por uns vinte
homens, e que se achava segura por imensas barras de ferro fixas profundamente
no pavimento de pedra sólida, abriu-se à meia-noite, independente
de qualquer agente visível. Durante sete anos um homem esteve
a subir e descer as ruas de Jerusalém, declarando as desgraças que deveriam
sobrevir à cidade” (O Grande Conflito, p. 29, 30).
Mesmo em meio à desolação, o Senhor
procura livrar todos os que querem ser salvos. Jesus disse aos Seus discípulos
que fugissem antes que a abominação (a destruição de Jerusalém) fosse
posta: “Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão
que a sua devastação está próxima. Então os que estiverem na Judéia fujam para
os montes, os que estiverem na cidade saiam, e os que estiverem no campo não
entrem na cidade. Pois esses são os dias da vingança, em cumprimento de tudo o
que foi escrito” (Lucas 21:20-22, NVI). A primeira tentativa
romana de tomar Jerusalém foi feita pelo general Céstio Galo. Ele sitiou a
cidade no ano 66 d. C. Por razões desconhecidas, “quando a cidade estava a
ponto de cair”, diz Flavio Josefo, “retirou seu exército e os soldados judeus o
perseguiram”.
Ellen G. White afirma: “Os
sitiados, perdendo a esperança de poder resistir, estavam a ponto de se
entregar, quando o general romano retirou suas forças sem a mínima razão
aparente” (Idem, p. 30). Nesse momento, a saída da cidade ficou
totalmente viável e os cristãos aproveitaram a oportunidade para fugir. Diz
Ellen G. White:
“Os acontecimentos foram encaminhados
de tal maneira que nem judeus nem romanos impediriam a fuga dos cristãos. Com a
retirada de Céstio, os judeus, fazendo uma surtida de Jerusalém, foram ao
encalço de seu exército que se afastava; e, enquanto ambas as forças estavam
assim completamente empenhadas em luta, os cristãos tiveram ensejo de deixar a
cidade” (Idem).
O Comentário Bíblico Adventista
informa que todos os cristãos judeus que fugiram de Jerusalém foram para “Pela,
uma cidade no sopé a leste do rio Jordão, cerca de 30 km ao sul do mar da
Galileia” (CBA, v. 5, p. 533).
Destruição de Jerusalém pelo general
romano Tito. Na primavera do ano 70 d. C., ocorre novamente o
cerco a Jerusalém sob o comando do general romano Tito. Quando isso aconteceu,
voltaram as atrocidades da guerra. Fome, ódio, rancores, traições, sofrimentos,
paixões; toda sorte de desgraças humanas e demoníacas entraram em ação. Flavio
Josefo informa o caso de Maria, filha de Eleazar, uma mulher rica que vivia na
Peréia. O cerco a apanhou em Jerusalém. Sofreu a fome de maneira tão
desastrosa, que assou a metade de seu bebê de peito e o comeu. Por causa da
fome, muitas pessoas saíram da cidade procurando algo para comer. Foram tomados
prisioneiros e crucificados em frente da cidade, para aterrorizar seus
habitantes e forçá-los a se rederem. Tomaram 95 mil prisioneiros naquele dia.
Ellen G. White afirma: “Nenhum
cristão pereceu na destruição de Jerusalém. (...) O sangue corria como água
pelas escadas do Templo. (...) O morticínio, do lado de dentro, era até mais
terrível do que o espetáculo visto fora. Homens e mulheres, velhos e moços,
rebeldes e sacerdotes, os que combatiam e os que imploravam misericórdia, eram
retalhados em indiscriminada carnificina. O número de mortos excedeu ao dos
matadores. Os legionários tiveram de trepar sobre os montes de cadáveres para
prosseguir na obra de extermínio.” (...) No cerco e morticínio que se seguiram,
pereceram mais de um milhão de pessoas; os sobreviventes foram levados como escravos,
como tais vendidos, arrastados a Roma para abrilhantar a vitória do vencedor,
lançados às feras nos anfiteatros, ou dispersos por toda a Terra como
vagabundos sem lar. (...) (Idem, p. 30, 33 e 35).
Duplo sentido de Mateus 24. Cristo misturou Sua
descrição da destruição de Jerusalém com a dos eventos prevalecentes no mundo
antes de Sua segunda vinda. “A profecia que Ele proferiu era dupla em
seu sentido: ao mesmo tempo em que prefigurava a destruição de Jerusalém,
representava igualmente os terrores do último grande dia” (Idem, p. 25).
A
pandemia do coronavírus indica que o fim está à vista
Como vimos, a pesar da
tomada de Jerusalém pelos romanos, todos aqueles que levaram a sério a
advertência de Cristo e saíram da cidade foram salvos! Ele também enfatizou que
diversos eventos indicariam a aproximação de sua segunda vida e o fim do mundo.
Similarmente, aqueles que estiverem atentos aos avisos dados por Deus e se
prepararem escaparão da destruição final. Nas palavras dEle: “E haverá em
muitos lugares enormes terremotos, epidemias
horríveis e devastadora falta de alimentos. Então sucederão eventos
terríveis e surgirão poderosos fenômenos celestes” (Lc 21:11, KJ).
Note que um dos sinais
do fim da história deste mundo é a aparição de epidemias horríveis, isto é, novas doenças capazes de dizimar
milhares de pessoas. O Senhor Jesus, quando falava sobre os sinais que
antecederão o fim, aos discípulos, afirmou que doenças estariam presentes.
Atualmente, o mundo está em pavoroso com o surgimento de mais uma doença que
está se propagando rapidamente pelo mundo inteiro: Covid-19. Por conta disso, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na quarta-feira passada (11/03) pandemia de Covid-19, doença causada
justamente pelo novo coronovírus. Milhares de pessoas já morreram no mundo e
outros milhares estão infectadas pelo vírus. Em vários países do mundo,
inclusive no Brasil, eventos que envolvem juntar muitas pessoas estão sendo
suspensas, escolas e universidades com aulas suspensas, igrejas fechadas, da
mesma forma, cinemas e teatros têm cancelado sessões, como medidas preventivas
para evitar a disseminação dessa doença que é letal.
A rápida disseminação da
doença está derrubando a economia global. Ela tem levado pânico aos mercados
financeiros, refletido em quedas consideráveis consecutivas nas bolsas de
valores. No Brasil, apenas na semana útil de 9 a 13 de março, o mecanismo de
paralisação do pregão – o chamado circuit breaker – foi acionado múltiplas vezes,
após passar quase três anos sem ativação. Ao redor do globo, economistas e
organizações internacionais alertam para riscos de forte desaceleração da
economia – ou até de recessão global.
Mas, além da bolsa de
valores, há outros setores da economia que sentem os primeiros impactos do
surto da doença. E isso vale para atividades produtivas. As primeiras áreas que
sentem o impacto da disseminação do coronavírus são as que envolvem diretamente
viagens. Companhias aéreas têm reduzido o número de voos e registrado quedas
nas receitas. O turismo e a hotelaria também têm sofrido com a queda no
movimento.
Ao mesmo tempo, setores
que dependem de exportação e importação de produtos podem ter suas atividades limitadas
em decorrência das orientações de viagens e quarentenas de cidades e países.
Assim, pode haver dificuldade de obter materiais que alimentam cadeias
produtivas inteiras, travando determinados setores. Boa parte dos países onde a
covid-19 se disseminou com mais força optaram por ações de isolamento, e até
quarentena. As pessoas têm sido orientadas a ficar em casa e evitar
aglomerações.
Caro amigo leitor, esse
sinal e outros mencionados no início desse artigo são sinais de que Jesus está
às portas. Eles evidenciam a iminência da volta de Jesus. Veja o que diz a
Bíblia a respeito: “Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa
cabeça; porque a vossa redenção se aproxima.” Lucas 21:28. Jesus ainda
afirmou: “Quando ouvirem falar de guerras e rebeliões, não tenham medo. É
necessário que primeiro aconteçam essas coisas, mas o fim não virá
imediatamente" (Lc 21:9, NVI).
Nesses textos Jesus
indicou duas coisas que devemos fazer quando o mundo cai ao nosso redor: 1) Não tenha medo. As guerras, as
agitações sociais e as epidemias podem suscitar o medo. Tudo o que puder ser
abalado será. Mas você que está firmado na rocha dos milênios não precisa ficar
aterrorizado. 2) Fique de cabeça
erguida. Quando o mundo desaba, a maioria, condicionada pela ansiedade e
medo, só consegue olhar para baixo. Porém, Jesus disse que devemos olhar para
cima. Quanto pior for o cenário na Terra, mais brilhante será a visão do céu.
Por isso, neste momento em que os sinais encontram a realidade, levantem a
cabeça, Sua redenção se aproxima.
Sob inspiração divina,
a irmã Ellen G. White predisse que ao nos aproximarmos do fim “as fomes
aumentarão. Epidemias arrebatarão milhares de vidas. Perigos de todos os lados
e também atuações satânicas estão por toda parte ao nosso redor, mas o poder
moderador de Deus está sendo exercido atualmente” (Eventos Finais, p. 18).
Ela nos deu alguns
vislumbres dos eventos e situações que podem ser esperados antes que Jesus
volte: “Nas últimas cenas da história terrestre, espalhará a guerra. Haverá epidemias,
pragas e fome. As águas do oceano transporão
seus limites. Propriedades e vidas serão destruídas pelo fogo e por inundações.
Deveríamos estar nos preparando para as mansões que Cristo foi preparar para os
que O amam. Há um descanso do conflito terrestre” (Maranata, o Senhor Vem! [MM 1977],
p. 175).
Os sinais indicam que
está muito, mas muito próximo de Jesus voltar. Nos preparemos e ajudemos a
outros também a se prepararem para o glorioso encontro com Senhor, pois logo
Ele virá: “Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não
tardará.” Hebreus 10:37. Se fizermos dEle o Senhor do nosso coração, nós O
receberemos alegremente por ocasião de Seu retorno à Terra.
Amém! Verdade.Jesus Cristo está voltando creio plenamente
ResponderExcluir