Teologia

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM JESUS COMO MEDIADOR DA HUMANIDADE CAÍDA


Ricardo André

As Sagradas Escrituras ensinam claramente que nosso Senhor Jesus Cristo após Sua ressurreição e ascensão ao santuário celestial, iniciou Seu ministério sacerdotal no “maior e mais perfeito tabernáculo” (Hb 9:11), “para comparecer, [...] por nós, diante de Deus” (v. 24). Como Sumo Sacerdote, Ele intercede em favor dos pecadores arrependidos cobertos por Seu sangue, com base em Seu sacrifício perfeito na cruz do Calvário, mediante a fé. Tal ministério fora prefigurado no santuário terrestre do Antigo testamento por meio do ministério dos sacerdotes (Hb 8:1-6). Assim como cada sacrifício de animais antecipava a morte de Cristo, assim cada sacerdote que ministrava no santuário terrestre antecipava o ministério mediatório de Cristo como sacerdote no santuário celestial. O escritor do livro de Hebreus afirma que Ele vive sempre “para interceder” por nós (7:25).

“Como Sumo Sacerdote perfeito, que realizou propiciação completa pelos pecados de Seu povo, Cristo acha-Se agora à destra de Deus, aplicando à nossa vida os benefícios de Seu perfeito sacrifício [...]. Ele faz isso como nosso Mediador, pois há “um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Tm 2:5). Unicamente por Seu intermédio podemos ter acesso a Deus. Como Deus, Ele é Mediador da divindade para com o homem perdido; e, como homem, Mediador do homem para com Deus. Seu sacerdócio constitui o único meio de viva comunicação entre Deus e o homem” (Questões Sobre Doutrinas, Tatuí, SP: CPB, 2008, p. 272, 273).

Como se vê, em 1 Timóteo 2:5, Cristo é claramente chamado de único Mediador entre Deus e os homens. Não existe nenhum outro porque, na verdade, ninguém mais é necessário. Por meio da obra de Cristo como Mediador, salvação e conhecimento da verdade são disponíveis a todos (1 Tm 2:4).

Por que precisamos da mediação de Cristo?

“Mediador” é um termo do antigo mundo comercial e jurídico da Grécia. Ele descreve alguém que negocia ou atua como árbitro entre duas partes, para remover uma discórdia ou para alcançar um objetivo comum, a fim de estabelecer um contrato ou aliança. A Bíblia revela que após a queda no pecado, nós, seres humanos, nos encontrávamos numa verdadeira inimizade com Deus. Tanto é assim que, quando Deus anunciou pela primeira vez a vinda do Libertador disse: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela [...]” (Gênesis 3:15, NVI). Ora, se Ele prometeu introduzir inimizade entre a mulher e o diabo, representado pela serpente, é porque a partir da queda o homem tornou-se amigo de Satanás e inimigo de Deus. A Bíblia Sagrada ensina que o pecado causou a separação entre Deus e o homem. “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59:2).

Ofendemos a Deus. Não com uma ofensa social, emocional, ou dessas que acontecem sem pensar. Nossa ofensa era e é moral; a pior de todas. Neste caso, o mediador não pode mediar unicamente negociando, ou conversando, ou encontrando uma troca de atitudes. Tem que oferecer reparação.  E desde os tempos antigos o mediador sacerdotal foi sempre uma pessoa que oferecia um sacrifício como meio simbólico de reparação pelo dano moral que o pecado causou. O sacrifício era uma expiação pelo pecado, e o sacerdote, o mediador que a oferecia.

“Ou, se pela sua oferta trouxer uma cordeira como oferta pelo pecado, sem defeito a trará; porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado, e a imolará por oferta pelo pecado, no lugar em que se imola o holocausto.  Depois o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta pelo pecado, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; então todo o resto do sangue da oferta derramará à base do altar. Tirará toda a gordura, como se tira a gordura do cordeiro do sacrifício pacífico e a queimará sobre o altar, em cima das ofertas queimadas do Senhor; assim o sacerdote fará por ele expiação do pecado que cometeu, e ele será perdoado” (Lv 4:32-35).

O sacerdote era um mediador para expiar o pecado. Mas, em realidade não o expiava ele mesmo, apenas atuava de forma simbólica, e o sacrifício que oferecia também era um símbolo, pois, como dissemos, o pecado era uma ofensa moral. Só o sangue de Cristo, ilustrado por aqueles sacrifícios, pode expiar os pecados da humanidade (Rm 3:21-25; 1 Jo 1:7).  A vida de Cristo, como nosso Mediador, é fascinante! Ele, sendo Deus (Fl 2:5-8; Rm 9:5), veio à Terra como um homem, nascido de mulher, para poder ser realmente humano. E assim identificou-Se com a família humana, sem nunca tornar-se um pecador (Jo 1:1-3, 14; Gl 4:4). Por quê? Por causa da ofensa moral do ser humano. Como Ele queria ser o Mediador e o Substituto, tinha que ser também um ser humano.

Por meio de Sua morte, ressurreição e intercessão no santuário celestial, Cristo fez a reconciliação (2 Co 5:19). Embora o pecado tivesse destruído a íntima comunhão entre a humanidade e Deus, o que poderia ter levado à destruição da humanidade, Jesus veio ao mundo e restaurou a conexão. Isso é reconciliação. Somente Ele é o elo entre Deus e a humanidade. Por meio desse elo podemos desfrutar pleno relacionamento de aliança com Ele (Hb 8:6; 9:15; 12:24).

As TJ não aproveitam o que Cristo nos ofereceu

A questão fundamental para todos nós é se aproveitaremos o que Cristo nos ofereceu, independentemente de nosso status, etnia, caráter ou ações passadas. O Corpo Governante das Testemunhas de Jeová pensa e ensina completamente diferente do ensino bíblico a respeito do papel mediador de Cristo.

A Sociedade Torre de Vigia (STV), de forma equivocada, afirma categoricamente que Jesus NÃO É O MEDIADOR entre Deus e toda a humanidade. Dizem que Ele é meramente o mediador do pacto que foi celebrado somente para os 144.000 ungidos que têm esperança de morar com Cristo no Céu.  É exatamente assim que os líderes que dirigem todas as Testemunha de Jeová no mundo pensam. Creio que muitos que são testemunhas de Jeová não sabem deste fato. E como isso é triste de ser lido. Eu tenho profunda tristeza em ler afirmações como a que vou descrever aos leitores logo abaixo. Eu descobri isso a partir da pesquisa das publicações da STV que possuo em minha biblioteca. Como isto contrasta com textos como os que acabamos de explicitar acima.  Vejamos:

"Claramente, pois, o novo pacto não é um arranjo livre, aberto a toda a humanidade. Trata-se duma cuidadosamente providenciada provisão legal envolvendo Deus e os cristãos ungidos."(A sentinela 15/08/1989, p. 30, 31).

"Assim, o sacrifício de resgate é fundamental para o novo pacto, do qual Jesus é o Mediador. Paulo escreveu: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e homens, um homem, Cristo Jesus, o qual se entregou como resgate correspondente por todos — isto é o que se há de testemunhar nos seus próprios tempos específicos.” (1 Timóteo 2:5, 6) Estas palavras aplicam-se em especial aos 144.000, com quem o novo pacto é feito." (A Sentinela 15/02/1991, p. 17, parágrafo 8).

“O apóstolo Paulo declara que existe “um só mediador entre Deus e os homens, um homem, Cristo Jesus, o qual se entregou como resgate correspondente por todos” – tanto pelos judeus como pelos gentios. (1 Ti 2:5, 6) Ele media o novo pacto entre Deus e os aceitos no novo pacto, a congregação do Israel espiritual. (He 8:10-13; 12:24; Ef 5:25-27) [...]Ele lhes transmitiu o prometido espírito santo, com o qual são selados e rebem um penhor daquilo que há de vir, sua herança celestial. (2Co 5:5; Ef 1:13, 14) O número total dos definitiva e permanentemente selados é revelado em Revelação (Apocalipse) 7:4-8 como 144.000.” (Estudo Perspicaz das Escrituras, v. 2, p. 789).

"De modo que este homem, Cristo Jesus, foi o primeiro duma nova criação, ungido para fazer a vontade de Deus. Mais tarde, à base da sua morte sacrificial, Jesus tornou-se o Mediador dum novo pacto entre Deus e um grupo seleto de homens" (A Sentinela 01/01/1993, p.  5).

Este "seleto grupo de homens" no caso aqui são os 144.000 – homens e mulheres -  que possuem “esperança de vida celestial”, e reinarão com Cristo no Seu Reino milenar. Segundo a Torre de Vigia somente eles estão autorizados a participar do pão e do vinho no memorial, ou Refeição Noturna do Senhor das testemunhas de Jeová (Comemoração da Morte de Cristo). Em 2015, foram mais de 18.000 testemunhas de Jeová ungidas que participaram desses emblemas (https://pt.wikipedia.org/wiki/Comemora%C3%A7%C3%A3o_da_Morte_de_Cristo).

Como se vê, para as Testemunhas de Jeová, Cristo é o mediador apenas dos 144.000 "ungidos" da Torre de Vigia que vão para o céu (que hoje chegam a uns 18.000 vivos). Isto é uma distorção do claro ensino bíblico. Isto é algo muito sério, pois a STV tem de fato desviado as pessoas do único Mediador (Jesus), colocando em perigo espiritual a vida de mais de milhões de pessoas.

Somente a frase de 1 Timóteo 2:5 de um "só mediador entre Deus e os homens" não dá margem para uma outra interpretação. Isto está claro como cristal e a Sociedade faz ginástica teológica para ensinar o contrário.

Ademais, dizer que Cristo fez um pacto ou aliança somente com 144.000 literal é uma verdadeira aberração teológica. De acordo com Jeremias 31:31-34, a aliança de Deus é dada primeiramente ao Seu povo, e então, por sua vez, Seu povo partilha a aliança com o mundo. “Estão chegando os dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova aliança com a comunidade de Israel e com a comunidade de Judá. Não será como a aliança que fiz com os seus antepassados quando os tomei pela mão para tirá-los do Egito; porque quebraram a minha aliança, apesar de eu ser o Senhor deles", diz o Senhor. Esta é a aliança que farei com a comunidade de Israel depois daqueles dias", declara o Senhor: "Porei a minha lei no íntimo deles e a escreverei nos seus corações. Serei o Deus deles, e eles serão o meu povo. Ninguém mais ensinará ao seu próximo nem ao seu irmão, dizendo: ‘Conheça ao Senhor’, porque todos eles me conhecerão, desde o menor até o maior", diz o Senhor. "Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados."

Essa mesma promessa é ratificada no livro de Hebreus 8:8-10. Note que a Bíblia afirma tanto em Jeremias como em Hebreus que a nova aliança é feita “com a casa de Israel e com a casa de Judá.” Mas, os textos não quer dizer que a nova aliança está confinada ao crente judeu. Embora o anúncio dela seja dirigido diretamente aos judeus, ela se aplica a todos os crentes em Jesus. Vale ressaltar que, quando a nação de Israel rejeitou o objetivo de Deus para ela, Ele levou o Evangelho aos gentios. A igreja cristã é agora a nação de Deus. É a casa e o templo espiritual. Somos sacerdotes espirituais (1 Pe 2:9). As promessas para o Israel literal são espiritualmente cumpridas no Israel espiritual, e em todos aqueles que aceitarem Jesus – judeu ou gentio convertido. Escrevendo aos gentios convertidos ao cristianismo, Pedro diz: “Vós, que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus [...]” (1 Pe 2:10). Observe a forma como isto é repetidamente enfatizado no Novo Testamento.

“Não é judeu quem o é apenas exteriormente, nem é circuncisão a que é meramente exterior e física. Não! Judeu é quem o é interiormente, e circuncisão é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita. Para estes o louvor não provém dos homens, mas de Deus” (Romanos 2:28, 29, NVI).

Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade” (Efésios 2:11-14, NVI).

Quando nascemos de novo (Jo 3:3, 5), nós os cristãos gentios, tornamo-nos um com os judeus cristãos. Somos todos um em Cristo.

Portanto, vocês já não são estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor. Nele vocês também estão sendo juntamente edificados, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito” (Efésios 2:19-22, NVI).

“Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus. E, se vocês são de Cristo, são descendência de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:26-29, NVI).

Assim, no Novo Testamento, o Israel não se aplica somente aos judeus literais, mas também para todos aqueles que são nascidos em Cristo, Sua igreja! Em outras palavras, todos os verdadeiros cristãos são agora o Israel Espiritual de Deus. Paulo escreveu: “nem todos os de Israel são, de fato, israelitas” (Romanos 9:6). Ou seja, nem todos são parte do Israel espiritual de Deus que é a nação literal de Israel. Paulo continuou, “não são os filhos naturais [descendentes físicos de Abraão], que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa é que são considerados descendência de Abraão.” (Romanos 9:8). Os filhos da carne são apenas os descendentes naturais de Abraão, mas os filhos da promessa são contados como semente verdadeira. Hoje qualquer pessoa, judeu ou gentio pode tornar-se parte desta nação espiritual de Israel por meio da fé em Jesus Cristo. Uma vez que o Israel espiritual representa o povo de Deus do Novo Testamento constituído por todos os que creem em Cristo, Ele não estabeleceu um pacto somente com cristãos judeus ou com apenas 144.000 seres humanos. Logo, Jesus é, de fato, como diz o texto bíblico, o Mediador de todos os que aceitam a Ele como Senhor e Salvador de sua vida.

Através do sacrifício perfeito de Jesus na cruz, todos os nossos pecados foram perdoados (Mt 20.28; Mc 10.45; Tt 2.14; 1Pe 1.18-19). Para recebemos esse perdão em nossa vida basta nos arrependermos e aceitarmos Jesus como nosso Salvador (Jo 1:11, 12, 3:16; Rm 6:24; 1 Jo 1:9). “Dos seus pecados jamais Me lembrarei!”, é a promessa final de Jeremias 31:34. Essa é a nova aliança. Foi ratificada, não com o sangue de um animal, mas com o sangue de Jesus Cristo (Hb 9:13, 14). Agora Deus mora dentro de cada crente e muda seu coração, e escreve Suas leis morais em seu coração, e pela fé em Cristo, o crente vive em obediência à estas leis. Qualquer pessoa – seja judeu ou não-judeu – é convidada a entrar em aliança com Deus. Basta aceitar sacrifício do Filho de Deus feito em seu próprio favor. Portanto, não existe base bíblica para restringir essas bênçãos da nova aliança somente aos judeus tampouco a um “grupo seletos de homens”.

Caro amigo leitor, desde o dia em que Jesus retornou para o Céu, Ele tem estado com Seu povo. Como nosso solícito Sumo Sacerdote, Ele é exatamente a pessoa de quem precisávamos, pois vive sempre para interceder” por nós (Hb 7:25). Seu único propósito ao vir, viver, morrer, ressuscitar e ascender foi o de poder mediar a salvação aos sofredores. “Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.”

Como nosso solícito Mediador, Jesus espera constantemente ajudar-nos a vencer o pecado quando enfrentamos a tentação. Embora não seja visível aos olhos físicos, podemos sentir-Lhe a presença com os olhos espirituais. O mesmo Jesus que mostrou compaixão para com a mulher apanhada em adultério, que perdoou ao ladrão moribundo e auxiliou tantos a encontrar a liberdade de sua vida de pecado, é um socorro bem presente para nós hoje. Ele está conosco ao enfrentarmos os desafios, as dificuldades e alegrias da vida – Era dEle que precisávamos. Assim, ao encararmos os remorsos decorrentes de pecados cometidos no passado, olhe para Jesus, pois Ele é um conselheiro solidário que “vive para interceder” e para “salvar definitivamente.”







Um comentário:

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