Teologia

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A CRUZ – A MAIOR DE TODAS AS INTERVEÇÕES JÁ FEITAS EM NOSSO LUGAR, PARA NOSSA SALVAÇÃO



Ricardo André
Era a hora nona quando Jesus clamou em alta voz: “Está consumado!” (João 19:30) Então inclinou a cabeça e morreu. A hora nona eram três horas da tarde, o momento exato em que os sacerdotes ofereciam o cordeiro no templo, mas a morte de Jesus na cruz foi o sacrifício real. Era Ele o Cordeiro de Deus (Jo 1:29) para o qual apontavam todos os antigos sacrifícios realizados na santuário terrestre.

Quando os soldados foram para quebrar as pernas das três vítimas da crucifixão para apressar-lhes a morte, Jesus já estava morto (Jo 19:33). Os guardas esmagaram as pernas dos ladrões, mas como Jesus estava morto, não tocaram em Suas pernas (v. 36), cumprindo assim a profecia: “Ele lhe guarda todos os seus ossos; nem sequer um deles se quebra” (Salmos 34:20). 

Cristo morreu como conquistador, dirigindo a Seu Pai o poderoso brado: “Está consumado!” Que palavra de irrevogável certeza! No grego bíblico, esta é uma só palavra: Tetelesmai! A escritora cristã Ellen G. White afirma que “os anjos se alegraram quando estas palavras foram proferidas, pois o grande plano da redenção estava sendo triunfantemente executado. Houve alegria no Céu de que os filhos de Adão pudessem agora, mediante uma vida de obediência, ser elevados finalmente à presença de deus. Satanás foi derrotado, e sabia que seu reino estava perdido” (História da Redenção, p. 227).

Cristo, cuja sabedoria é inesgotável, cujos recursos são ilimitados, cuja graça é inesgotável, declara que a transação mais significativa dos tempos e da eternidade está completa. Jesus concluiu a obra que viera fazer. No Calvário, Ele não deixou nada faltando, a fim de completar as provisões para a salvação de todo o mundo, tornando assim possível a salvação de todos os que estiverem dispostos a crer e receber a Cristo como Redentor. Deus tinha feito provisão para tirar os pecados do mundo. O Salvador deu Sua vida por aqueles que não O conheciam ou mesmo O odiavam. Os pecadores podem ser salvos se buscarem a salvação em Jesus, o Cordeiro de Deus. Aqui está o evangelho eterno. Deus não minimiza ou ignora o pecado. Longe disso. Se alguém deseja saber o que Deus pensa do pecado, olhe para cruz. Só na cruz podemos ver como o pecado realmente é terrível, porque foi necessário algo tão tão extremo, tão incrível como a cruz para expiá-lo. Nada revelou tanto o horror e a gravidade do pecado como a cruz, onde Deus, “em Cristo” (2 Co 5:19), sofreu as consequências mais graves do pecado a fim de não termos que sofrê-las por nós mesmos. A separação entre a humanidade e Deus, causada pelo pecado, foi tão séria que levou Deus a impor o castigo do pecado sobre Si mesmo a fim de nos salvar do pecado, para nos reconciliar com Deus. 

Caro leitor, nunca devemos esquecer que “Deus estava em Cristo” na cruz, suportando em Si mesmo a penalidade do pecado. O pecado é tão mau que a cruz foi necessária para nos salvar dele. A dívida que nós tínhamos diante de Deus por causa dos nossos pecados era tão grande que só o próprio Deus a poderia pagar. Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. O Calvário Julgou o pecado e destruiu-lhe o poder no Universo para sempre.

A cruz revela, ao mesmo tempo, o perdão e o amor eterno de Deus. O Brado triunfante de Cristo ainda ressoa através do Universo: “Está consumado!” O poder do pecado e da morte acabou. Cristo realizou um sacrifício expiatório pleno e completo na cruz. A porta para a cidade de Deus está aberta para aqueles que estão desapontados com a vida, consigo mesmos, com as filosofias do mundo, com esforços e tristezas. Através daquela porta aberta, Deus convida a todos para que se acheguem ao Calvário e olhem verdadeiramente para Jesus. Caro leitor, quando passarmos a amá-Lo, nossa vida nunca mais será a mesma. Ele nos dá uma alegria que nada poderá arrebatar. E isso é uma ótima notícia!

Como responderemos a esse amor tão grande? Que Deus nos poupe de uma resposta superficial e apática à maior de todas as intervenções já feitas em nosso lugar, para o nosso bem eterno. Como disse o matemático e engenheiro escocês James Watts: “Amor maravilhoso, tão divino, requer minha vida, meu ser, meu tudo”.

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