John
F. Ashton
Nossas chances de ver
Deus no futuro são infinitamente maiores que as chances de a ciência vir a
descobrir um processo que explique a nossa existência.
Uma das grandes coisas
sobre a fé cristã é que ela está baseada em evidências – evidências reais – de
que Deus é real, de que Jesus Cristo é Deus e de que se pode confiar na Bíblia.
Infelizmente, porém, em muitos países, os jovens estão questionando a
existência de Deus e a validade das Escrituras, depois que a teoria da evolução
passou a ser ensinada nas escolas e universidades. Então imaginei que seria um
exercício bastante útil considerar algumas das evidências que encontrei e que
fortaleceram a minha fé.
Comecei a frequentar a
igreja quando estava com pouco mais de vinte anos. Pude então conhecer e ler a
respeito de outros cristãos que experimentaram milagres e tiveram respostas
muito específicas às suas orações. Descobri que a Bíblia trazia relatos de
respostas à oração, milagres realizados publicamente e centenas de profecias
que se cumpriram ao longo da História. Ao ler a Bíblia, passei a acreditar em
Deus – especialmente em Jesus, como sendo Deus e meu Salvador – e comecei a
experimentar uma mudança interior para melhor e obter muitas respostas
específicas à oração. Essas experiências são muito reais para mim e, portanto,
Deus é também muito real em minha vida.
Algum tempo depois,
escrevi para professores universitários cristãos, em várias partes do mundo,
perguntando por que eles acreditavam em milagres e em orações respondidas.
Algumas das respostas que recebi foram compiladas e transformadas no livro On
the Seventh Day: 40 Scientists and Academics Explain Why They Believe in God
[No Sétimo Dia: 40 Cientistas e Acadêmicos Explicam Por Que Acreditam em
Deus]1.
Estes pesquisadores
profissionais altamente qualificados descreveram as evidências pessoais que
tinham de um Ser sobrenatural, real e pessoal – o Deus da Bíblia. Há,
literalmente, milhares de relatos similares de respostas à oração e de milagres
testemunhados, tanto na literatura cristã como na secular, que apresentam
muitas e sólidas evidências pessoais para a existência de Deus.
Além dessas, há também
evidências objetivas, fora do âmbito pessoal.
A
existência do Universo
Em primeiro lugar,
podemos tomar por base a existência do Universo e a nossa própria existência.
Uma série de teorias têm sido propostas para explicar a origem do Universo: a
teoria do Big Bang, teoria das cordas, teoria dos universos múltiplos, etc. Mas
há grandes problemas com todas essas teorias. Mesmo a do Big Bang, tão frequentemente
enaltecida, requer singularidade (considerada como algo isolado), inflação
hipotética, como também entidades imaginárias como a energia escura e matéria
escura, etc.2
Nenhuma dessas teorias
oferece uma explicação sobre como a primeira matéria ou energia veio à
existência, ou como as precisas leis da Matemática, Física e Química, que
restringem a matéria e a energia, passaram a existir.
Há uma lei da Física
que diz que, enquanto a matéria pode ser convertida em energia e vice-versa, de
acordo com E = mc2, a matéria e a energia não podem ser criadas ou destruídas
por processos físicos naturais. Uma vez que constatamos que a matéria e a
energia existem, elas devem ter sido criadas por um processo sobrenatural não
físico, não natural. A Bíblia explica que a matéria e a energia foram criadas
do nada, por um Deus sobrenatural, autoexistente, para além do tempo e do
espaço que podemos “conhecer”. Essa explicação é a que melhor se ajusta aos
dados observados.
Vida
provém de vida
O segundo ponto
objetivo da evidência é a observação de que nós e outras formas de vida estamos
vivos. No entanto, observamos também que vida sempre provém de vida. De fato, a
ressurreição de Jesus nós chamamos de milagre porque sabemos que as coisas inanimadas
não podem tornar-se vivas por processos naturais. Além disso, a partir da
perspectiva da “teoria das origens”, não há nenhum mecanismo viável que possa
explicar como a primeira célula viva poderia ter se formado. Na verdade, agora
sabemos que é bioquimicamente impossível. Isso é explicado pelos bioquímicos
Dr. João Marcus e Dr. George Javor em meu livro: In Six Days: Why 50 Scientists
Choose to Believe in Creation [Em Seis Dias: Por Que 50 Cientistas Escolheram
Acreditar na Criação]. 3
Para que a primeira
vida se forme, é necessário que se produzam quantidades massivas de
biopolímeros. No entanto, estes tipos de moléculas gigantes não conseguem se
formar naturalmente em um ambiente aquoso, de acordo com o princípio de Le
Chatelier. O DNA, que contém os códigos para os componentes dos seres vivos, é
uma grande molécula que codifica enormes quantidades de informações. Por
exemplo, a bactéria, a mais simples forma de vida livre, tem um código de DNA
que contém 580.000 componentes de base. Além disso, o primeiro código genético
transportado numa molécula de DNA também teve que ser formado por algum
processo natural. No entanto, não há nenhum mecanismo conhecido ou experiência
que demonstre como os processos naturais poderiam produzir tal código. O
eminente biólogo Dr. Eugene Koonin (do Centro Nacional de Informação Sobre
Biotecnologia, nos Estados Unidos) fez a seguinte declaração em seu artigo,
escrito em 2009, intitulado “Origin and Evolution of the Genetic Code: The
Universal Enigma” [“Origem e Evolução do Código Genético: O Enigma Universal”]:
“Na verdade, é lógico que qualquer cenário da origem e evolução do código
permanecerá vazio se não for combinado com a compreensão da origem do princípio
da codificação em si e do sistema de tradução nele incorporados. No cerne desse
problema, está um monótono círculo vicioso: Qual seria a força seletiva por
trás da evolução do extremamente complexo sistema de tradução, antes de
existirem as proteínas funcionais? E, evidentemente, não poderia haver nenhuma
proteína sem um sistema de tradução suficientemente eficaz. Várias hipóteses
têm sido propostas na tentativa de quebrar o círculo, mas, até agora, nenhuma
delas parece ser realmente coerente ou tenha obtido apoio suficiente para
reivindicar o status de uma teoria verdadeira.”4
Assim, a ciência não
oferece nenhuma explicação naturalista para a origem do código do DNA, mas sim,
que se constitui numa prova evidente do incrível design inteligente.5
Entretanto, há outra
questão a ponderar. O fato de algo possuir um código de DNA, não significa que
ele seja vivo. Os cientistas não conseguem pegar bactérias mortas, que tenham
todo o seu DNA intacto, e transformá-las em seres vivos. Para fazer com que uma
célula tenha vida, alguém teria que reorganizar centenas de reações bioquímicas
em estado de desequilíbrio, exatamente nas concentrações corretas. Ou seja, a
química A teria que ser estabelecida na concentração certa, apenas para fazer a
B, que teria que estar na concentração exata para fazer a C, e assim por
diante, para centenas de reações, o que é impossível de se fazer por meio de
qualquer tecnologia conhecida, e muito menos vir a acontecer naturalmente.
Assim, com base em
nosso conhecimento científico, é impossível a vida começar por algum processo
natural. No entanto, continuamos observando a vida. Dou mais detalhes em meu
livro Evolution Impossible: Twelve Reasons Why Evolution Cannot Explain the
Origin of Life on Earth [Os Impossíveis da Evolução: Doze Razões Por Que a
Evolução Não Pode Explicar a Origem da Vida na Terra].6
A
mente
A terceira parte
objetiva da evidência é a observação de que temos uma mente, temos pensamentos,
criamos novas ideias e temos vontade individual. Acordamos e pensamos: “Eu vou
sair da cama”, e esse pensamento ativa os impulsos nervosos, que por sua vez,
ativam os músculos, e então nos levantamos.
No que se constitui a
mente ou os pensamentos? O cérebro é uma entidade física, composta de moléculas
químicas; tem massa e ocupa um espaço, mas a mente e os pensamentos não são
materiais. Os pensamentos não têm massa. Eles não ocupam centímetros cúbicos de
espaço. Entretanto, mesmo não sendo materiais, os pensamentos afetam os
impulsos nervosos e movem o corpo para criar algo que poderíamos chamar de
design inteligente (não algo aleatório, que nunca existiu antes), como um
poema, um telefone celular, um tanque do exército, uma pintura, uma escultura,
etc. Os pensamentos de Handel criaram a incrível composição musical “O
Messias”. Os pensamentos de Jorn Utzon se tornaram o projeto que está agora na Casa
de Ópera de Sydney, na Austrália.
No entanto, onde é que
os pensamentos e a mente se originaram? Como é que uma mente e pensamentos se
tornaram parte da vida? O cérebro é físico e incorpora processos químicos que
obedecem a leis químicas que não codificam a “inteligência ou força de
vontade”.
De acordo com a
afirmação do eminente professor Thomas Nagel, da Universidade de Nova York, em
seu recente livro Mind and the Cosmos: Why the Materialist Neo-Darwinian
Conception of Nature Is Almost Certainly False [A Mente e o Cosmos: Por Que a
Concepção Materialista Neo-Darwiniana da Natureza é Quase Que Certamente
Falsa?], a evolução não pode explicar a origem da mente.7
Se os pensamentos
humanos podem causar reações físicas no corpo, então os pensamentos de Deus
podem tornar possível a existência do Universo e de nós mesmos. Conclui-se que,
assim como os artefatos são evidência da atividade humana, o Universo é uma
prova da existência de Deus.
O
quadro geral
Quando levamos em
consideração o quadro geral, podemos entender que a ciência não consegue
explicar a nossa existência. Ao contrário, a evidência impressionante do design
no Universo, em nosso Planeta e nos seres vivos, aponta para um Designer
inteligente, sobrenatural, não material e criador, cujos pensamentos deram
início à nossa existência – nosso Universo, nosso Planeta e a vida em si. Esse
cenário é compatível com nossas três observações de evidências objetivas.
O cenário de Deus como
o Criador é consistente com o relato bíblico, como também em relação aos muitos
milagres sobrenaturais e respostas às orações relatadas na literatura cristã.
Assim, com base nos argumentos acima expostos, a minha proposta é a de que
temos evidências consistentes, tanto da ciência quanto da experiência pessoal,
para afirmar a existência de Deus.
Por outro lado, um ateu
pode ser tentado a argumentar que, no futuro, descobriremos mecanismos
aparentemente impossíveis para explicar o Universo, a vida e a mente. Em vista
disso, eu diria que, no futuro, vamos ver Deus, porque isso está previsto na
Bíblia. O professor J. B. Payne, que obteve seu doutorado no Seminário
Teológico da Universidade de Princeton, EUA, observa em seu livro Encyclopaedia
of Biblical Prophecy [Enciclopédia da Profecia Bíblica], publicada em 1973, que
há 737 eventos previstos na Bíblia, já claramente cumpridos em sua maioria.8
Assim, nossas chances de ver a Deus no futuro são infinitamente maiores que as
chances de a ciência vir a descobrir um processo que explique a nossa
existência.
John
F. Ashton (PhD pela Universidade de Newcastle) é gerente de
pesquisa estratégica para o Sanitarium Health and Wellbeing, e atua como
professor adjunto de Ciências Aplicadas no Royal Melbourne Institute, da
Universidade de Tecnologia, na Austrália. É coautor de dezenas de artigos
relacionados a assuntos científicos e publicou vários livros, incluindo
Evolution Impossible: Twelve Reasons Why Evolution Cannot Explain the Origin of
Life on Earth [Os Impossíveis da Evolução: Doze Razões Por Que a Evolução Não
Pode Explicar a Origem da Vida na Terra] (Green Forest, Arkansas: Master Books,
2012). E-mail: john.ashton@sanitarium.com.au
REFERÊNCIAS
1. J. Ashton, ed., On the Seventh Day: 40
Scientists and Academics Explain Why They Believe in God (Green Forest, Arkansas:
Master Books, 2002).
2. Ver, por exemplo,
http://www.cosmologystatement.org/ e http://metaresearch.org/cosmo
logy/BB-top-30.asp.
3. J. Ashton, ed., In Six Days:
Why 50 Scientists Choose to Believe in Creation (Green Forest, Arkansas: Master
Books, 2001).
5. Um ex-líder pesquisador na área da
evolução química, o Dr. Dean Kenyon, professor emérito de Biologia na San
Francisco State University, explica como ficou convencido de que é impossível
que a evolução química tenha produzido a primeira célula viva. Ver http://www.youtube.com/watch?v=a2RZzyFTTXo.
6. J. Ashton, Evolution Impossible: 12 Reasons
Why Evolution Cannot Explain the Origin of Life on Earth (Green Forest,
Arkansas: 2012).
7. 7T.
Nagel, Mind and the Cosmos, Why the Materialist Neo-Darwinian Conception of
Nature Is Almost Certainly False (New York: Oxford University Press, 2012).
8. J. Payne, Encyclopaedia of Biblical Prophecy
(Grand Rapids, Michigan: Baker Books, 1973).
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