Teologia

domingo, 3 de julho de 2016

DEUS EXISTE!



John F. Ashton

Nossas chances de ver Deus no futuro são infinitamente maiores que as chances de a ciência vir a descobrir um processo que explique a nossa existência.

Uma das grandes coisas sobre a fé cristã é que ela está baseada em evidências – evidências reais – de que Deus é real, de que Jesus Cristo é Deus e de que se pode confiar na Bíblia. Infelizmente, porém, em muitos países, os jovens estão questionando a existência de Deus e a validade das Escrituras, depois que a teoria da evolução passou a ser ensinada nas escolas e universidades. Então imaginei que seria um exercício bastante útil considerar algumas das evidências que encontrei e que fortaleceram a minha fé.

Comecei a frequentar a igreja quando estava com pouco mais de vinte anos. Pude então conhecer e ler a respeito de outros cristãos que experimentaram milagres e tiveram respostas muito específicas às suas orações. Descobri que a Bíblia trazia relatos de respostas à oração, milagres realizados publicamente e centenas de profecias que se cumpriram ao longo da História. Ao ler a Bíblia, passei a acreditar em Deus – especialmente em Jesus, como sendo Deus e meu Salvador – e comecei a experimentar uma mudança interior para melhor e obter muitas respostas específicas à oração. Essas experiências são muito reais para mim e, portanto, Deus é também muito real em minha vida.

Algum tempo depois, escrevi para professores universitários cristãos, em várias partes do mundo, perguntando por que eles acreditavam em milagres e em orações respondidas. Algumas das respostas que recebi foram compiladas e transformadas no livro On the Seventh Day: 40 Scientists and Academics Explain Why They Believe in God [No Sétimo Dia: 40 Cientistas e Acadêmicos Explicam Por Que Acreditam em Deus]1.

Estes pesquisadores profissionais altamente qualificados descreveram as evidências pessoais que tinham de um Ser sobrenatural, real e pessoal – o Deus da Bíblia. Há, literalmente, milhares de relatos similares de respostas à oração e de milagres testemunhados, tanto na literatura cristã como na secular, que apresentam muitas e sólidas evidências pessoais para a existência de Deus.

Além dessas, há também evidências objetivas, fora do âmbito pessoal.

A existência do Universo

Em primeiro lugar, podemos tomar por base a existência do Universo e a nossa própria existência. Uma série de teorias têm sido propostas para explicar a origem do Universo: a teoria do Big Bang, teoria das cordas, teoria dos universos múltiplos, etc. Mas há grandes problemas com todas essas teorias. Mesmo a do Big Bang, tão frequentemente enaltecida, requer singularidade (considerada como algo isolado), inflação hipotética, como também entidades imaginárias como a energia escura e matéria escura, etc.2

Nenhuma dessas teorias oferece uma explicação sobre como a primeira matéria ou energia veio à existência, ou como as precisas leis da Matemática, Física e Química, que restringem a matéria e a energia, passaram a existir.

Há uma lei da Física que diz que, enquanto a matéria pode ser convertida em energia e vice-versa, de acordo com E = mc2, a matéria e a energia não podem ser criadas ou destruídas por processos físicos naturais. Uma vez que constatamos que a matéria e a energia existem, elas devem ter sido criadas por um processo sobrenatural não físico, não natural. A Bíblia explica que a matéria e a energia foram criadas do nada, por um Deus sobrenatural, autoexistente, para além do tempo e do espaço que podemos “conhecer”. Essa explicação é a que melhor se ajusta aos dados observados.

Vida provém de vida

O segundo ponto objetivo da evidência é a observação de que nós e outras formas de vida estamos vivos. No entanto, observamos também que vida sempre provém de vida. De fato, a ressurreição de Jesus nós chamamos de milagre porque sabemos que as coisas inanimadas não podem tornar-se vivas por processos naturais. Além disso, a partir da perspectiva da “teoria das origens”, não há nenhum mecanismo viável que possa explicar como a primeira célula viva poderia ter se formado. Na verdade, agora sabemos que é bioquimicamente impossível. Isso é explicado pelos bioquímicos Dr. João Marcus e Dr. George Javor em meu livro: In Six Days: Why 50 Scientists Choose to Believe in Creation [Em Seis Dias: Por Que 50 Cientistas Escolheram Acreditar na Criação]. 3

Para que a primeira vida se forme, é necessário que se produzam quantidades massivas de biopolímeros. No entanto, estes tipos de moléculas gigantes não conseguem se formar naturalmente em um ambiente aquoso, de acordo com o princípio de Le Chatelier. O DNA, que contém os códigos para os componentes dos seres vivos, é uma grande molécula que codifica enormes quantidades de informações. Por exemplo, a bactéria, a mais simples forma de vida livre, tem um código de DNA que contém 580.000 componentes de base. Além disso, o primeiro código genético transportado numa molécula de DNA também teve que ser formado por algum processo natural. No entanto, não há nenhum mecanismo conhecido ou experiência que demonstre como os processos naturais poderiam produzir tal código. O eminente biólogo Dr. Eugene Koonin (do Centro Nacional de Informação Sobre Biotecnologia, nos Estados Unidos) fez a seguinte declaração em seu artigo, escrito em 2009, intitulado “Origin and Evolution of the Genetic Code: The Universal Enigma” [“Origem e Evolução do Código Genético: O Enigma Universal”]: “Na verdade, é lógico que qualquer cenário da origem e evolução do código permanecerá vazio se não for combinado com a compreensão da origem do princípio da codificação em si e do sistema de tradução nele incorporados. No cerne desse problema, está um monótono círculo vicioso: Qual seria a força seletiva por trás da evolução do extremamente complexo sistema de tradução, antes de existirem as proteínas funcionais? E, evidentemente, não poderia haver nenhuma proteína sem um sistema de tradução suficientemente eficaz. Várias hipóteses têm sido propostas na tentativa de quebrar o círculo, mas, até agora, nenhuma delas parece ser realmente coerente ou tenha obtido apoio suficiente para reivindicar o status de uma teoria verdadeira.”4

Assim, a ciência não oferece nenhuma explicação naturalista para a origem do código do DNA, mas sim, que se constitui numa prova evidente do incrível design inteligente.5

Entretanto, há outra questão a ponderar. O fato de algo possuir um código de DNA, não significa que ele seja vivo. Os cientistas não conseguem pegar bactérias mortas, que tenham todo o seu DNA intacto, e transformá-las em seres vivos. Para fazer com que uma célula tenha vida, alguém teria que reorganizar centenas de reações bioquímicas em estado de desequilíbrio, exatamente nas concentrações corretas. Ou seja, a química A teria que ser estabelecida na concentração certa, apenas para fazer a B, que teria que estar na concentração exata para fazer a C, e assim por diante, para centenas de reações, o que é impossível de se fazer por meio de qualquer tecnologia conhecida, e muito menos vir a acontecer naturalmente.

Assim, com base em nosso conhecimento científico, é impossível a vida começar por algum processo natural. No entanto, continuamos observando a vida. Dou mais detalhes em meu livro Evolution Impossible: Twelve Reasons Why Evolution Cannot Explain the Origin of Life on Earth [Os Impossíveis da Evolução: Doze Razões Por Que a Evolução Não Pode Explicar a Origem da Vida na Terra].6
A mente

A terceira parte objetiva da evidência é a observação de que temos uma mente, temos pensamentos, criamos novas ideias e temos vontade individual. Acordamos e pensamos: “Eu vou sair da cama”, e esse pensamento ativa os impulsos nervosos, que por sua vez, ativam os músculos, e então nos levantamos.

No que se constitui a mente ou os pensamentos? O cérebro é uma entidade física, composta de moléculas químicas; tem massa e ocupa um espaço, mas a mente e os pensamentos não são materiais. Os pensamentos não têm massa. Eles não ocupam centímetros cúbicos de espaço. Entretanto, mesmo não sendo materiais, os pensamentos afetam os impulsos nervosos e movem o corpo para criar algo que poderíamos chamar de design inteligente (não algo aleatório, que nunca existiu antes), como um poema, um telefone celular, um tanque do exército, uma pintura, uma escultura, etc. Os pensamentos de Handel criaram a incrível composição musical “O Messias”. Os pensamentos de Jorn Utzon se tornaram o projeto que está agora na Casa de Ópera de Sydney, na Austrália.

No entanto, onde é que os pensamentos e a mente se originaram? Como é que uma mente e pensamentos se tornaram parte da vida? O cérebro é físico e incorpora processos químicos que obedecem a leis químicas que não codificam a “inteligência ou força de vontade”.

De acordo com a afirmação do eminente professor Thomas Nagel, da Universidade de Nova York, em seu recente livro Mind and the Cosmos: Why the Materialist Neo-Darwinian Conception of Nature Is Almost Certainly False [A Mente e o Cosmos: Por Que a Concepção Materialista Neo-Darwiniana da Natureza é Quase Que Certamente Falsa?], a evolução não pode explicar a origem da mente.7

Se os pensamentos humanos podem causar reações físicas no corpo, então os pensamentos de Deus podem tornar possível a existência do Universo e de nós mesmos. Conclui-se que, assim como os artefatos são evidência da atividade humana, o Universo é uma prova da existência de Deus.

O quadro geral

Quando levamos em consideração o quadro geral, podemos entender que a ciência não consegue explicar a nossa existência. Ao contrário, a evidência impressionante do design no Universo, em nosso Planeta e nos seres vivos, aponta para um Designer inteligente, sobrenatural, não material e criador, cujos pensamentos deram início à nossa existência – nosso Universo, nosso Planeta e a vida em si. Esse cenário é compatível com nossas três observações de evidências objetivas.

O cenário de Deus como o Criador é consistente com o relato bíblico, como também em relação aos muitos milagres sobrenaturais e respostas às orações relatadas na literatura cristã. Assim, com base nos argumentos acima expostos, a minha proposta é a de que temos evidências consistentes, tanto da ciência quanto da experiência pessoal, para afirmar a existência de Deus.

Por outro lado, um ateu pode ser tentado a argumentar que, no futuro, descobriremos mecanismos aparentemente impossíveis para explicar o Universo, a vida e a mente. Em vista disso, eu diria que, no futuro, vamos ver Deus, porque isso está previsto na Bíblia. O professor J. B. Payne, que obteve seu doutorado no Seminário Teológico da Universidade de Princeton, EUA, observa em seu livro Encyclopaedia of Biblical Prophecy [Enciclopédia da Profecia Bíblica], publicada em 1973, que há 737 eventos previstos na Bíblia, já claramente cumpridos em sua maioria.8 Assim, nossas chances de ver a Deus no futuro são infinitamente maiores que as chances de a ciência vir a descobrir um processo que explique a nossa existência.

John F. Ashton (PhD pela Universidade de Newcastle) é gerente de pesquisa estratégica para o Sanitarium Health and Wellbeing, e atua como professor adjunto de Ciências Aplicadas no Royal Melbourne Institute, da Universidade de Tecnologia, na Austrália. É coautor de dezenas de artigos relacionados a assuntos científicos e publicou vários livros, incluindo Evolution Impossible: Twelve Reasons Why Evolution Cannot Explain the Origin of Life on Earth [Os Impossíveis da Evolução: Doze Razões Por Que a Evolução Não Pode Explicar a Origem da Vida na Terra] (Green Forest, Arkansas: Master Books, 2012). E-mail: john.ashton@sanitarium.com.au

REFERÊNCIAS

   1.  J. Ashton, ed., On the Seventh Day: 40 Scientists and Academics Explain Why They Believe in God (Green Forest, Arkansas: Master Books, 2002).

    2. Ver, por exemplo, http://www.cosmologystatement.org/ e http://metaresearch.org/cosmo logy/BB-top-30.asp.

  3.  J. Ashton, ed., In Six Days: Why 50 Scientists Choose to Believe in Creation (Green Forest, Arkansas: Master Books, 2001).


    5. Um ex-líder pesquisador na área da evolução química, o Dr. Dean Kenyon, professor emérito de Biologia na San Francisco State University, explica como ficou convencido de que é impossível que a evolução química tenha produzido a primeira célula viva. Ver http://www.youtube.com/watch?v=a2RZzyFTTXo.

   6.  J. Ashton, Evolution Impossible: 12 Reasons Why Evolution Cannot Explain the Origin of Life on Earth (Green Forest, Arkansas: 2012).

    7. 7T. Nagel, Mind and the Cosmos, Why the Materialist Neo-Darwinian Conception of Nature Is Almost Certainly False (New York: Oxford University Press, 2012).

   8.  J. Payne, Encyclopaedia of Biblical Prophecy (Grand Rapids, Michigan: Baker Books, 1973).



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