Ellen
G. White
Deixo-vos
a paz, a Minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o
vosso coração, nem se atemorize. João 14:27.
Pouco antes de Sua
crucifixão, Cristo legou a Seus discípulos uma herança de paz. … Esta paz não é
aquela que vem mediante conformação com o mundo. É mais uma paz interior, que
paz externa. Exteriormente haverá guerras e combates, pela oposição de inimigos
confessos, e frieza e suspeitas dos que pretendem ser amigos. A paz de Cristo
não se destina a banir divisões, mas a persistir em meio de luta e divisão.
Se bem que Ele usasse o
título de Príncipe da Paz, Cristo disse de Si mesmo: “Não cuideis que vim trazer
a paz à Terra; não vim trazer paz, mas espada”. Mateus 10:34. … O Príncipe da
Paz, era não obstante a causa de divisões.
Todos quantos recusam
Seu infinito amor verão no cristianismo uma espada, um perturbador de sua paz.
Será impossível a quem
quer que seja tornar-se verdadeiro seguidor de Jesus Cristo, sem se distinguir
da multidão de incrédulos. Caso o mundo aceitasse Cristo, então não haveria
espada ou dissensão; pois todos seriam discípulos de Jesus e viveriam em
comunhão uns com os outros, e sua união não seria interrompida. Mas assim não
é. Aqui e ali um indivíduo, membro de uma família, é fiel às convicções de sua
consciência, e compelido a ficar sozinho. … Torna-se distinta a linha de
demarcação. Uns se firmam na Palavra de Deus, os outros nas tradições e dizeres
dos homens.
A paz dada por Cristo a
Seus discípulos, e pela qual oramos, é a paz que nasce da verdade, uma paz que
não deve ser extinta por causa de divisões. Externamente pode haver guerras e
conflitos, ciúmes, invejas, ódios e contendas; mas a paz de Cristo não é aquela
que o mundo dá ou arrebata.
FONTE: Nossa Alta
Vocação, [MM 1962], p. 326.
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