Ricardo
André
O escritor e filósofo
francês Voltaire, era um deísta. Ele acreditava na existência de um ser supremo
vindo do raciocínio e não da revelação. Opunha-se acerbamente às crenças cristãs,
e dizia que os evangelhos eram uma invenção e que Jesus não existia. Voltaire
troçou de Deus dizendo que Ele é um comediante que atua para uma audiência
demasiado cheia de medo para rir. Para ele, religião era um fenômeno social. No
que lhe dizia respeito, o Cristianismo era um fenómeno prestes a desaparecer:
“Cem anos a partir de agora, não haverá uma Bíblia na Terra, além de alguma que
um curioso por antiguidades possa procurar.” Ele se orgulhava da sua total falta de fé.
Sempre que podia, criticava os seguidores de Cristo. Referindo-se aos
apóstolos, ele disse: “O cristianismo foi estabelecido por doze pescadores
ignorantes. Eu mostrarei ao mundo como um único filósofo francês será capaz de
destruí-lo”.
Conta-se que foi
convidado certa vez por Frederico o Grande, rei da Prússia. Na hora dos
brindes, ele ergueu sua taça e disse, zombando: "Troco meu lugar no céu
por um marco prussiano". Um silêncio constrangedor dominou o ambiente por
alguns instantes, até que outro convidado à mesa do rei voltou-se para Voltaire
e respondeu: "Meu senhor, na Prússia temos uma lei: quem tem algo para
vender deve provar que o objeto à venda realmente lhe pertence. O senhor pode
comprovar que possui um lugar no céu?"
Acredita-se que
Voltaire, quando adolescente, teve um professor ateu. Talvez por esta razão,
ele falou e escreveu essas coisas ofensivas a Deus e aos cristãos. A influência
daquele professor o atormentou durante toda a vida e roubou-lhe a paz até na
hora da morte.
Quando Voltaire se
apercebeu do ataque que lhe tiraria a vida, encheu-se de remorsos. Pediu
imediatamente um padre, e desejou reconciliar-se com a igreja. Os seus
aduladores agnósticos apressaram-se a ir ao seu quarto, para tentarem evitar
que tal acontecesse, mas apenas sentiram a ignomínia do filósofo e a sua
própria. Com a sua miséria aumentada pela sua presença, Voltaire amaldiçoou-os,
e exclamou em alta voz: “Ide-vos! Fostes vós que me conduzistes à minha
presente condição. Que desgraçada glória esta, que produzistes para mim!”
Voltaire sentia-se tão
torturado por tal agonia, que rangia os dentes numa raiva impotente contra Deus
e os homens. Houve alturas em que bradava: “Ó Cristo, Ó Senhor Jesus!” E mais
tarde: “Devo morrer, abandonado por Deus e pelos homens!” À medida que o fim se
aproximava, o seu estado tornou-se tão horroroso que os aduladores tinham medo
de se aproximar da sua cama. Mas guardavam a porta para que outros não pudessem
ver quão terrível era a morte de um inimigo de Deus. Até a sua enfermeira não aguentou
a horrorosa cena. Duas testemunhas da agonia de Voltaire, seu médico M.
Tronchin e o marechal de Richelieu, narram que seus últimos dias foram
dolorosos e cheios de desespero. Segundo Tronchin, “les fureurs d’Oreste ne
donnent qu’une idée bien faible de celles de Voltaire”. Angustiado pelo
remorso, alternativamente invocava e blasfemava o nome de Deus em altos gritos:
“Jésus-Christ! Jésus-Christ!”. O marechal de Richelieu narrou sua agonia nas
Circonstances de la vie et de la mort de Voltaire e nas Lettres Helviennes. Voltaire
morreu há 236 anos, no dia 30 de maio de 1778.
Voltaire, o homem que
se arrogou a capacidade de destruir o cristianismo, acabou morrendo em agonia e
desespero. Paradoxalmente, vinte e cinco anos depois da sua morte, um grupo de cristãos comprou
a casa onde ele viveu e instalou ali um depósito de Bíblias, que, mais tarde se
tornou numa Sociedade Bíblica. E foi este o fim de vida de um homem de elevado
intelecto, de excelente educação, de grande riqueza e muita honraria terrena –
mas sem Deus e sem esperança de salvação.
Verdadeiras são as
palavras de Paulo: “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem
semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). Citando o profeta Isaías,
ele ainda afirmou: “Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos
entendidos. Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo?” (1
Coríntios 1.19,20). E o apóstolo Pedro acrescenta: “Todos os seres humanos são como
a erva do campo e a grandeza deles como a flor da erva. A erva seca e as flores
caem. Mas a palavra do Senhor permanece para sempre” (1 Pedro 1.24,25).
Caro leitor, nós, seres
humanos, somos passageiros e mortais. Só Deus é eterno. Porém há uma maneira de
tornarmos imortais e eternos: crendo na infalível Palavra de Deus, que nos
aponta Cristo como o caminho, a verdade e a vida – somente através de quem
podemos nos aproximar de Deus e alcançar a vida eterna. Diz Jesus: “Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João
14.6). E o apóstolo Pedro acrescenta: “E não há salvação em nenhum
outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens,
pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.12).
Confiemos, pois, nesta
Palavra e herdaremos a tão almejada vida eterna, quando nosso Senhor Jesus voltar
em glória e Majestade (Jo 14:1-3).
Excelente matéria! Deus seja louvado por Sua PALAVRA, esta que dura para sempre! Maranata, vem Senhor Jesus!
ResponderExcluirQue Sua lei, o Seu selo e Seus mandamentos sejam gravados nas tábuas do nosso coração e que Sua graça nos salve! Amém!
Amém! Muito obrigado Mr Çicas por ter apreciado nosso texto. que nosso compassivo Salvador te abençoe sempre. Abraço afetuoso!!!
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