Teologia

sábado, 12 de julho de 2014

POR QUE HÁ TANTAS RELIGIÕES?




Ricardo André

Em termos de religião, o mundo hoje está repleto de confusão. Segundo o Boletim Internacional de Pesquisa Missionária, preparado por David Barrett surpreendentemente existem em torno de 35.500 denominações cristãs. O total do que Barrett chama de “religiões diferentes” cresceu de 1000, no ano de 1900, para 10 500 hoje, e deve chegar a 15 000 nos próximos 25 anos. (www.gospelprime.com.br). De fato, constitui uma perplexidade a pluralidade de credos, denominações eclesiásticas, e disparidade de conceitos teológicos. Com essa quantidade toda de religiões no mundo, as perguntas feitas com maior frequência são: Por que existem tantas religiões? E tantas variações doutrinárias? Como podemos encontrar a religião certa?

Muitas pessoas estão em dúvida sem saber aonde ir. Você pode ser uma destas pessoas. A dúvida pode estar atravessada em seu caminho.

Se seu desejo é exclusivamente encontrar a verdade sem subterfúgios, você não irá à procura de uma igreja pela altura de suas torres, pela riqueza de seus altares ou pela elegância de seus adeptos. Existem milhões e milhões de pessoas que se proclamam cristãs. Ela acreditam no cristianismo, opondo-se ao hinduísmo, budismo, islamismo ou judaísmo. Mas, além do vago rótulo de cristãs, não há mais semelhanças.

Cristãos e igrejas cristã parecem ir à procura de todo o tipo de variedades. Você está procurando uma organização grande, com muitos milhões de adeptos, ou um pequeno e discreto grupo? Uma igreja antiga ou uma igreja nova? Alguns escolhem uma igreja apenas porque ela está ali na esquina. Outros consideram a amizade muito importante. Há os que são atraídos pela música de um grande órgão ou pelo canto de um coral, ou procuram um pastor simpático e carismático. Poucos, muitos poucos, dão qualquer importância, ou qualquer prioridade, à verdade encontrada somente nã Bíblia Sagrada.

A verdade é o fator mais importante. Deus coloca a verdade à nossa frente. Vamos ver o que Ele diz através do profeta Isaías 8:20: "A Lei e ao Testamento! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva." Sem a luz que brilha da Palavra de Deus, não chegaremos ao pleno conhecimento da verdade. Jesus afirmou categoricamente que a Bíblia é a fonte da Verdade (Jo 17:17). Portanto, se queremos encontrar a igreja verdadeira precisamos recorrer a Bíblia.

I – Por que Existem tantas Religiões?

Antes de entrarmos na avaliação do mérito da genuinidade da igreja de Deus, é muito importante sucinto retrospecto histórico. A primitiva igreja cristã, das eras apostólicas e subapostólicas, era, indubitavelmente, a verdadeira igreja de Deus. Cedo, porém, a igreja começou a perder sua pureza, como Paulo predissera (At 20:27-31; 2 Ts 2:3-6; 2 Tm 4:1-4). O apóstolo Pedro também profetizou como um dia a igreja haveria de se corromper (2 Pd 2:1-3).

Aceitando práticas e aderências do paganismo, como as doutrinas do purgatório (século IV), a imortalidade da alma (séc. IV), missa, indulgência (séc. XI), a guarda do domingo (séc. IV), veneração de imagens (780-787 AD) e outras que paulatinamente, se infiltraram nela, principalmente depois que se aliou com o Estado, no IV ao VI séculos, a igreja apostatou de muitas verdade fundamentais, verdades originais pregadas pelos santos apóstolos, e, assim paganizada, perseguiu implacavelmente os crentes que se apegavam aos ensinamentos bíblicos.

Surgiu então a Reforma Protestante, no século XVI, sem dúvida um esforço colossal para escoimar a igreja, de práticas e doutrinas pagãs que nela se infiltraram.

“A Reforma trouxe à tona verdades há muito esquecidas. A justificação pela fé, o grande princípio do evangelho, foi redescoberta, assim como uma renovada apreciação pelo sacrifício expiatória definitivo de Cristo e Seu sacerdócio de mediação todossuficiente. Muitos ensinos que não eram pautados na Bíblia, tais como oração pelos mortos, veneração de santos e relíquias, celebração da missa, adoração a Maria, purgatório, penitência, água benta, celibato do sacerdócio, rosário, inquisição, transubstanciação, extrema unção e dependência da tradição, foram repudiados e abandonados” (Teologia do Remanescente – Uma Perspectiva Eclesiológica Adventista, p. 204).

Os reformadores, não conseguiram operar a reforma completa, ou a restituição da igreja à sua pureza original. No seio da igreja reformada permaneceram resquícios do paganismo e, lamentavelmente, os que seguiram os valorosos reformadores não prosseguiram esquadrinhando as Sagradas Escrituras a fim de descobrir mais verdades espirituais. “Consequentemente, a fé protestante degenerou em formalismo e escolasticismo, e os erros que deveriam ter sido corrigidos, foram perpetuados. A chama da Reforma gradualmente se extinguiu, e as igrejas protestantes tornaram-se frias, formais e, elas próprias, necessitadas de reformas” (Nisto Cremos – Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia, p. 222). Os povos que o fizeram foram forçados a separar-se de suas igrejas, porque estas não os toleravam. Temos aqui o início da diversificação. Surgiram as denominações, algumas com algum fundamento bíblico legítimo, outros como produto de dissenções e desentendimentos. Outras ainda fruto de vaidades e interesses personalistas.

As Sagradas Escrituras em Mc 7:6, 7 mostram uma outra razão para a diversificação de religiões, é que as pessoas passaram a seguir homens em vez de obedecerem a Deus.

II - A Igreja de Deus Sob o Símbolo da Mulher Vestida de Sol em Apocalipse 12

O apóstolo João, em sua visão profética, vê um grande sinal no céu – um que é de grande importância para a identificação da Igreja Verdadeira. Assim ele descreve esse sinal: "E viu-se um grande sinal do céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz." Apocalipse 12:1 e 2.

No verso 1, João vê um sinal deslumbrante ▬ uma mulher grávida, “vestida do sol com a lua debaixo dos pés”, e usando uma coroa de doze estrelas. Naturalmente, ela não é uma mulher literal. Antes ela é um sinal ou um símbolo. O que simboliza? A mulher, na profecia bíblica, significa Igreja. Deus usa com frequência o símbolo de uma mulher para representar a Igreja. Uma mulher pura e bonita representa a verdadeira Igreja. E uma mulher prostituta representa uma igreja falsa (Jer. 6:2; Ef 5:22, 23; 2 Co 11:2). Portanto, a igreja cristã, a igreja pura, tal como descrita em Ef 5:25-27 foi representada por meio de uma mulher virtuosa. Tendo isso em mente, entenderemos a profecia. Quando algumas pessoas leem o livro do Apocalipse, exclamam:
- Que coisa horrível! O capítulo 17 fala sobre prostituta! 
É bom, entretanto, que você compreenda bem a linguagem bíblica e saiba que o profeta não está se referindo à impureza física. Na verdade, "a mulher vestida de púrpura e de escarlate" (Apocalipse 17:4) representa uma igreja falsa, infiel ao Senhor. Não se esqueça de que o Novo Testamento fala também da Igreja como a noiva de Jesus. A Igreja aí é, também, simbolizada por uma mulher e Cristo é seu noivo. O caráter da mulher, no Apocalipse, simbolizava a Igreja verdadeira e a igreja falsa.

2.1. A Igreja de Deus nas Eras Apostólicas (Ap 12:1-5)

A mulher é vista como “vestida de sol”. O sol simboliza Jesus, o Sol da Justiça (Ml.4:2; Ap.1:16). Ela é vista também tendo a lua sob seus pés. Que é representado pela lua? A Bíblia, a Palavra de Deus. Assim como a lua reflete a luz do sol, as Escrituras, escritas por “homens santos de Deus..., inspirados pelo Espírito Santo” (2Ped.1:21), refletem a luz de Cristo (Jo.5:39; Lc.24:27,44). A igreja está firmada em toda a Palavra de Deus. Dizendo assim é como dizer que ela está fundada sobre Jesus Cristo.

A mulher é ainda vista como tendo “uma coroa de doze estrelas na cabeça”, que representa a vitória espiritual e a vida eterna concedida aos crentes no passado e no tempo presente (Jo.3:36; 5:24;1 Jo.5:4,11-13). Frequentemente, nas Escrituras, estrelas simbolizam o fiel povo de Deus como um todo (Dn.8:10; 12:3). As doze estrelas de Apocalipse 12:1 são um símbolo da totalidade do fiel povo de Deus que está seguindo os princípios divinos dados à Israel e à Igreja Cristã, e que permite que a luz da verdade brilhe por seu intermédio.

A igreja no primeiro século é descrita nos versos 2 a 5, como que estando grávida, e com dores de parto prestes a dá à luz a um Filho varão. Quem é o filho varão? Era Deus encarnado (Rom.9:4,5; Jo.1:1,14). As dores de parto foram os trabalhos pelos quais passou a igreja enquanto gerava Cristo, em meio a aflições e perseguições. (Rm.8:19,22; 1Jo.3:1,2; 2Tm.3:12)

Em certo momento da profecia João vê outro sinal, ou maravilha aparecer no céu, "E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho” (Ap 12:3, 4).

Que é representado pelo “grande dragão vermelho”? Primeiramente o dragão representa Satanás, o grande inimigo e perseguidor da igreja em todos os tempos. Mais em seus esforços para destruir o povo de Deus, Satanás opera por intermédio de principados e poderes. O dragão estava diante da mulher, ou da Igreja, para devorar Seu filho tão logo Ele nascesse. Vamos recordar que Satanás, através de Herodes, o governador romano, tentou destruir a Cristo decretando que todas as crianças do sexo masculino encontradas em Belém fossem mortas. Mas Satanás não foi bem-sucedido. Roma deve ser, portanto, no sentido secundário simbolizada pelo dragão. As sete cabeças são interpretadas por alguns como se referindo aos “sete montes” (Ap 17:9), que se acha edificada a cidade de Roma.

2.2. A Igreja de Deus no Período da Tenebrosa Idade Média (Ap 12:6,13-16)

Vejamos o versículo 5: "E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações, com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono." Jesus está a salvo, ao lado do Pai. Mas Satanás não desistiu. Como Satanás não pode destruir a Jesus enquanto esteve na terra por meio de Roma pagã, incidiu sua ira sobre a mulher, a igreja, perseguindo-a por meio de Roma pagã e que continuou muito mais extensivamente sob Roma papal. Isso é o que está retratado com clareza nas Escrituras.

O versículo 6 esclarece que "a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias." Assim como o mar representa multidões (Ap 17:15), o deserto significa lugares despovoados e secretos. A Igreja, atacada por Satanás, passou momentos terríveis. O período de perseguição durou 1260 dias proféticos. De acordo com o princípio de que, na profecia simbólica um dia representa um ano literal (Ez 4:6,7; Nm 14:34), é evidente que esses 1260 dias que a Igreja passou escondida no deserto se estendeu por 1 260 anos literais. Esse foi o período durante o qual o povo de Deus, a Igreja verdadeira, simbolizada pela mulher, sofreu horrores perseguições sob a absoluta supremacia papal. A Igreja fugiu para o deserto porque ela precisava de segurança contra a incansável perseguição, que começou logo depois da morte dos apóstolos e iria aumentar no domínio de Justiniano I, no ano 527 da nossa era.

Justiniano oprimiu a verdadeira Igreja - a primitiva - retirando toda a proteção dos que chamava de dissidentes. Essa opressão atingiu sua incontrolável fúria no ano 538, quando o papa Virgílio foi revestido de poder secular. Esse número somado a 1260 nos leva a 1798, quando o papa Pio VI foi exilado por ordem do imperador francês Napoleão Bonaparte. Trata-se de um período caracterizado por apostasia e perseguição. Foi nesse período que o papado foi eclesiasticamente supremo nalguns países europeus. Durante a Idade Média, a Europa Ocidental prestou homenagens ao Bispo de Roma. Durante esse período, os verdadeiros seguidores de Cristo sofreram terrível perseguição. Foram acossados injustamente como hereges. A Igreja e o Estado uniram-se para destruí-los. Milhões morreram queimados, enforcados, decapitados, despedaçados pelas feras.

E foram perseguidos por que? Por que fossem nocivos à sociedade, injustos, perigosos, desordeiros, criminosos? Não! Mil vezes não!! Eram seguidores de cristo. Eram cristãos bons, verdadeiros, justos, obedientes a Deus. Foram perseguidos pelo mesmo motivo porque o apóstolo João foi exilado para ilha de Patmos, a saber, “por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Cristo” (Ap 1:9). Eles foram perseguidos pelo simples crime de permanecerem leais à Palavra de Deus. Exemplo disso foram os leais valdenses, que se escondiam nas cavernas, liam a Bíblia e guardavam o sábado, foram caçados como animais. Em 1208, foi organizada uma cruzada contra eles. Em um ano, um milhão deles foram mortos. Qual foi o crime? Eles obedeciam a Deus, estudavam Sua Palavra e guardavam o sábado. Eram puros e bons. E isso custou suas vidas.

Após quase 13 séculos no deserto, Deus impediu que Sua Igreja fosse extinta. Agora observe o que diz o versículo 14: "E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo que representam o mesmo período de 1260 anos”. O versículo 15 diz-nos que Satanás por meio de Roma papal lançou atrás da mulher (Igreja), água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. Essa torrente de água simboliza os grandes exércitos que foram organizados por Roma papal com o objetivo de perseguir (Jr 46:7,8; Dn 9:26). Que dilúvio de perseguições!  Três milhões de pessoas deram suas vidas pela fé que aceitaram! Não só foi Roma pagã que foi usada pelo inimigo para atacar os seguidores fiéis de Deus. A igreja matou mais cristãos do que os pagãos! Nenhuma outra instituição na Terra derramou mais sangue que a Igreja Romana. De 1500 a 1580, 900 mil cristãos morreram por obedecerem suas consciências. 150 mil foram mortas, durante a Inquisição.

De acordo com o versículo 16, "a terra ajudou a mulher". Se as águas representam uma população densa, a terra representaria o oposto. Regiões relativamente desabitadas, para os quais os cristãos perseguidos fugiram em busca de refúgio. Nas montanhas, nos lugares mais afastados, a mulher (a Igreja) se protegeu contra os ataques de Satanás e assim sobreviveu. É fato notório que muitos cristãos obtiveram alívio da perseguição ao fugirem para as elevadas montanhas e vales dos Alpes, bem como para as colônias britânicas da América do Norte. Em 1620, os primeiros peregrinos, fugindo da perseguição religiosa na Europa, chegaram ao continente americano.  Neste continente recém-descoberto, eles encontraram abrigo seguro onde os exércitos dos poderes europeus não os poderiam alcançar. Assim, simbolicamente, o novo continente americano absorveu os exércitos perseguidores.

2.3. A Igreja de Deus na Atualidade – A Última Etapa da Igreja (Ap 12:17)

Os versos 1 a 16 salientam várias vezes que o diabo atacou furiosamente a Cristo e Sua Igreja no decorrer da História. No verso 17 é chamada a nossa atenção para os “restantes” ou “o remanescente” da descendência da mulher que surgiu depois de 1798. É contra eles que a ira de Satanás é manifestada. A Igreja do “tempo do fim” (Dn 12:7,9) é o alvo especial dos ataques demoníacos.

O versículo 17 do capítulo 12 afirma: "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." Como se vê, com clareza, Satanás foi fazer guerra contra o resto da Igreja, não com a Igreja primitiva, nem da Idade Média, mas com a Igreja do tempo do fim, o resto de sua semente, os que guardam os Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. “O remanescente” de Apocalipse 12:17 se refere aos verdadeiros seguidores de Cristo (Sua Igreja) que restariam após o fim dos 1 260 anos em 1798.

III - Quem é o Remanescente de Apocalipse 12:17?

O Apocalipse 12 lista as características do povo remanescente de Deus do tempo do fim, que são as seguintes:

3.1. Identificação do Remanescente Fiel do Tempo do Fim
1. O fator do tempo. “O Remanescente” surgiu depois de 1798, isto é, depois dos 1 260 anos de isolamento no ‘deserto’. (Ap 12:6,14)

2. Os Dez Mandamentos. Visto que o “remanescente” é apresentado como “os que guardam os mandamentos de Deus”, é evidente que eles enaltecem os Dez Mandamentos, inclusive o quarto, que ordena repousar no sábado. (Ex 20:8-11).

3. O dom de profecia. É declarado que a Igreja Remanescente tem “o testemunho de Jesus”, que em Apocalipse 19:10 é definido como “o Espírito de profecia”.

3.2. Outras Características da Igreja Remanescente

1. Últimas mensagens. A Igreja Remanescente pregará as mensagens finais de Deus, antes que se feche a porta da graça. As últimas mensagens são as três mensagens angélicas descritas em Ap 14:6-14.

2. Missão Mundial. A Igreja Remanescente seria um movimento mundial, pregando essas mensagens “a toda nação, tribo, língua e povo” (Ap 10:11).

3. Harmonia com a Bíblia. O “remanescente” estaria de acordo com a primeira etapa da Igreja. Seus ensinos estariam em harmonia com a Bíblia.

Apesar do profundo respeito que merecem as pessoas sinceras que existem em todos os grupos religiosos, temos que reconhecer que a única Igreja que cumpre esses seis pontos básicos é a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Não há outra igreja nesse planeta que se enquadra perfeitamente nesses seis requisitos.

1. Ela surgiu depois de 1798. O remanescente no Apocalipse consiste primordialmente numa instituição do fim dos tempos que surge na cena da história humana em algum momento após 1789. Foi logo após o fim dos 1. 260 dias/anos que Deus, isto é, em 1789, que deus levantou um remanescente visível, histórico e fiel, o movimento adventista com uma missão particular: Anunciar a tríplice mensagem angélica descrita em Ap 14:6-12. A Associação Geral foi organizada em 1863, com cerca de 3 500 membros.
2. A Bíblia é a base da fé adventista. Suas crenças doutrinárias estão em completa harmonia com o conteúdo total das Sagradas Escrituras.

3. Os Adventistas do Sétimo dia enaltecem todos preceitos dos Dez Mandamentos e procuram restaurar o sábado do sétimo dia, que tem sido amplamente espezinhado pela cristandade.

4. O “Espírito de Profecia”, isto é, “o dom de profecia”(1Co. 13:2), manifestou-se na Igreja Adventista desde o seu começo, na obra e nos escritos de Ellen G. White. Os membros dessa igreja tem considerado os escritos dela como sendo divinamente inspirados. “Durante sete décadas, a mensageira de Deus ao povo do advento comunicou mensagens de conselho e advertência vindas de Deus tão certamente quanto as mensagens dos profetas da antiguidade. Essas mensagens, porém, não são canônicas” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 983). As cerca de 100 mil páginas manuscritas são o “testemunho de Jesus”. Sua produção literária, que ao longo da vida acumulou cerca de 100 mil páginas manuscritas, tem suportado plenamente os testes bíblico de um profeta verdadeiro e de trazer em seu próprio bojo as evidências de que provém de uma fonte divina. Esses escritos são, de fato, o “testemunho de Jesus”.

Na década de 1950, o renomado arqueólogo William Foxwell Albright (que escreveu mais de 800 artigos e foi distinguido com 25 títulos de “doutor honoris causas”), investigou a vida de Ellen G. White e declarou que ela foi uma autêntica profetisa. Sua filosofia de educação, conforme expressa no livro “Educação”, foi publicado com retumbantes elogios pelo Governo do Japão. Suas orientações quanto ao viver saudável – tão estranhos na época em que foram escritos, tão “normais” nos dias de hoje – têm sidos realçados por vários especialistas.

Entretanto, uma pessoa que tenha recebido, o dom de profecia, não deve ser avaliada, a partir de recomendações. Fidelidade à Bíblia é o teste decisivo. Deus, “que não pode mentir” (Tito 1:2), jamais revelaria a um porta-voz do tempo do fim alguma coisa contrária aquilo que Ele aos profetas bíblicos. A melhor forma de você decidir se Ellen G. White escreveu sob o poder de Deus, é lendo os seus escritos! Para citar um exemplo, eu recomendaria “Caminho a Cristo”, “O Desejado de Todas as Nações”, “Vida de Jesus”, “O Grande Conflito” e “História da Redenção”.

5. Desde o começo, os Adventistas do Sétimo Dia tem identificado sua obra com a proclamação das três mensagens angélicas. Nenhuma outra denominação religiosa está proclamando essa mensagem em conjunto.

6. A missão da Igreja abrange a proclamação mundial do evangelho, com determinadas ênfases no tempo do fim. A IASD está proclamando a Palavra de Deus em mais de 200 países do mundo.

Por estas seis razões e por outras que não mencionamos aqui, os ASD creem que estão cumprindo a representação simbólica do remanescente (Ap 12:17; 14:6-14). Eles não afirmam, porém, que só eles são filhos de Deus e tem direito ao céu. Sempre admitiram que Deus tem verdadeiros seguidores em todas as comunidades religiosas (Jo. 10:16).

“Apesar das trevas espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem Babilônia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo encontra-se ainda em sua comunhão. Muitos deles há que nunca souberam das verdades especiais para este tempo”. O Grande Conflito, pág. 390

Eles acreditam que todos aqueles que adoram a Deus com toda a sinceridade, isto é, de acordo com toda a vontade de Deus revelada, de que tem conhecimento, são presentemente possíveis membros desse ‘remanescente’ final mencionado no Ap 12:17. Mas os Adventistas do Sétimo Dia creem que Deus suscitou este movimento para realizar uma tarefa específica no “tempo do fim” – transmitir ao mundo a tríplice mensagem angélica, antes da volta de Cristo.

“Deus tem Seus filhos em todas as igrejas; mas é através da igreja remanescente que Ele proclama a mensagem que deverá restaurar a verdadeira adoração, mediante o chamamento de Seu povo para fora dos círculos da apostasia e a preparação dos mesmos para o retorno de Cristo. Reconhecendo que muitos dentre o povo de Deus ainda deverão unir-se ao povo remanescente, este tem clara percepção de suas imperfeições e fraquezas quando tentam executar sua solene missão. Percebem que é unicamente através da graça de Deus, que lhes será possível cumprir sua monumental tarefa.

“À luz do breve retorno de Cristo e da necessidade de preparo para encontrá-Lo, o compassivo e urgente chamado de Deus se dirige a cada um de nós: “Retirai-vos dela, povo Meu, para não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até ao Céu, e Deus Se lembrou dos atos iníquos que ela praticou” (Ap 18:4 e 5)” (Nisto Cremos – 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia, pp. 232 e 233).

Compreendendo pelas profecias bíblicas, que Deus possui um Remanescente fiel no tempo do fim abrangendo todas as nações, povos e línguas, não quer você, caro leitor, unir-se à Igreja de Deus para estar pronto para o retorno de Cristo?

Referências Bibliográficas:

Nisto Cremos – 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia. 4ª ed. Tatuí/São Paulo: CPB, 1997.

Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Editor Raoul Dederen; tradução José Barbosa da Silva. Tatuí/SP: CPB, 2011.

Teologia do Remanescente: uma perspectiva eclesiológica adventista. Org. Ángel Manuel Rodriguez; tradução Cecília Eller Nascimento. Tatuí/SP: CPB, 2012.

ARAGÃO, Jarbas. Número de religiões no mundo passa de 10 mil. Disponível em: <http://noticias.gospelprime.com.br/numero-de-religioes-no-mundo-passa-de-10-mil/>. Acesso em: 03 jul. 2014.


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