Ricardo
André
Em termos de religião,
o mundo hoje está repleto de confusão. Segundo o Boletim Internacional de
Pesquisa Missionária, preparado por David Barrett surpreendentemente existem em
torno de 35.500 denominações cristãs. O total do que Barrett chama de
“religiões diferentes” cresceu de 1000, no ano de 1900,
para 10 500 hoje, e deve chegar a 15 000 nos próximos 25 anos. (www.gospelprime.com.br). De fato, constitui
uma perplexidade a pluralidade de credos, denominações eclesiásticas, e
disparidade de conceitos teológicos. Com essa quantidade toda de religiões no
mundo, as perguntas feitas com maior frequência são: Por que existem tantas
religiões? E tantas variações doutrinárias? Como podemos encontrar a religião
certa?
Muitas pessoas estão em
dúvida sem saber aonde ir. Você pode ser uma destas pessoas. A dúvida pode
estar atravessada em seu caminho.
Se seu desejo é
exclusivamente encontrar a verdade sem subterfúgios, você não irá à procura de
uma igreja pela altura de suas torres, pela riqueza de seus altares ou pela
elegância de seus adeptos. Existem milhões e milhões de pessoas que se
proclamam cristãs. Ela acreditam no cristianismo, opondo-se ao hinduísmo,
budismo, islamismo ou judaísmo. Mas, além do vago rótulo de cristãs, não há
mais semelhanças.
Cristãos e igrejas
cristã parecem ir à procura de todo o tipo de variedades. Você está procurando
uma organização grande, com muitos milhões de adeptos, ou um pequeno e discreto
grupo? Uma igreja antiga ou uma igreja nova? Alguns escolhem uma igreja apenas
porque ela está ali na esquina. Outros consideram a amizade muito importante.
Há os que são atraídos pela música de um grande órgão ou pelo canto de um
coral, ou procuram um pastor simpático e carismático. Poucos, muitos poucos,
dão qualquer importância, ou qualquer prioridade, à verdade encontrada somente
nã Bíblia Sagrada.
A verdade é o fator
mais importante. Deus coloca a verdade à nossa frente. Vamos ver o que Ele diz
através do profeta Isaías 8:20: "A
Lei e ao Testamento! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a
alva." Sem a luz que brilha da Palavra de Deus, não chegaremos ao
pleno conhecimento da verdade. Jesus afirmou categoricamente que a Bíblia é a
fonte da Verdade (Jo 17:17). Portanto, se queremos encontrar a igreja
verdadeira precisamos recorrer a Bíblia.
I
– Por que Existem tantas Religiões?
Antes de entrarmos na
avaliação do mérito da genuinidade da igreja de Deus, é muito importante
sucinto retrospecto histórico. A primitiva igreja cristã, das eras apostólicas
e subapostólicas, era, indubitavelmente, a verdadeira igreja de Deus. Cedo,
porém, a igreja começou a perder sua pureza, como Paulo predissera (At
20:27-31; 2 Ts 2:3-6; 2 Tm 4:1-4). O apóstolo Pedro também profetizou como um
dia a igreja haveria de se corromper (2 Pd 2:1-3).
Aceitando práticas e
aderências do paganismo, como as doutrinas do purgatório (século IV), a
imortalidade da alma (séc. IV), missa, indulgência (séc. XI), a guarda do
domingo (séc. IV), veneração de imagens (780-787 AD) e outras que
paulatinamente, se infiltraram nela, principalmente depois que se aliou com o
Estado, no IV ao VI séculos, a igreja apostatou de muitas verdade fundamentais,
verdades originais pregadas pelos santos apóstolos, e, assim paganizada,
perseguiu implacavelmente os crentes que se apegavam aos ensinamentos bíblicos.
Surgiu então a Reforma
Protestante, no século XVI, sem dúvida um esforço colossal para escoimar a
igreja, de práticas e doutrinas pagãs que nela se infiltraram.
“A Reforma trouxe à
tona verdades há muito esquecidas. A justificação pela fé, o grande princípio
do evangelho, foi redescoberta, assim como uma renovada apreciação pelo
sacrifício expiatória definitivo de Cristo e Seu sacerdócio de mediação
todossuficiente. Muitos ensinos que não eram pautados na Bíblia, tais como
oração pelos mortos, veneração de santos e relíquias, celebração da missa,
adoração a Maria, purgatório, penitência, água benta, celibato do sacerdócio,
rosário, inquisição, transubstanciação, extrema unção e dependência da
tradição, foram repudiados e abandonados” (Teologia do Remanescente – Uma
Perspectiva Eclesiológica Adventista, p. 204).
Os reformadores, não
conseguiram operar a reforma completa, ou a restituição da igreja à sua pureza
original. No seio da igreja reformada permaneceram resquícios do paganismo e,
lamentavelmente, os que seguiram os valorosos reformadores não prosseguiram
esquadrinhando as Sagradas Escrituras a fim de descobrir mais verdades
espirituais. “Consequentemente, a fé
protestante degenerou em formalismo e escolasticismo, e os erros que deveriam
ter sido corrigidos, foram perpetuados. A chama da Reforma gradualmente se
extinguiu, e as igrejas protestantes tornaram-se frias, formais e, elas
próprias, necessitadas de reformas” (Nisto Cremos – Ensinos Bíblicos dos
Adventistas do Sétimo Dia, p. 222). Os povos que o fizeram foram forçados a
separar-se de suas igrejas, porque estas não os toleravam. Temos aqui o início
da diversificação. Surgiram as denominações, algumas com algum fundamento
bíblico legítimo, outros como produto de dissenções e desentendimentos. Outras
ainda fruto de vaidades e interesses personalistas.
As Sagradas Escrituras
em Mc 7:6, 7 mostram uma outra razão para a diversificação de religiões, é que
as pessoas passaram a seguir homens em vez de obedecerem a Deus.
II
- A Igreja de Deus Sob o Símbolo da Mulher Vestida de Sol em Apocalipse 12
O apóstolo João, em sua
visão profética, vê um grande sinal no céu – um que é de grande importância
para a identificação da Igreja Verdadeira. Assim ele descreve esse sinal: "E
viu-se um grande sinal do céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo
dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava
grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz."
Apocalipse 12:1 e 2.
No verso 1, João vê um
sinal deslumbrante ▬ uma mulher grávida, “vestida do sol com a lua debaixo dos pés”,
e usando uma coroa de doze estrelas. Naturalmente, ela não é uma mulher
literal. Antes ela é um sinal ou um símbolo. O que simboliza? A mulher, na
profecia bíblica, significa Igreja. Deus usa com frequência o símbolo de uma
mulher para representar a Igreja. Uma mulher pura e bonita representa a
verdadeira Igreja. E uma mulher prostituta representa uma igreja falsa (Jer.
6:2; Ef 5:22, 23; 2 Co 11:2). Portanto, a igreja cristã, a igreja pura, tal
como descrita em Ef 5:25-27 foi representada por meio de uma mulher virtuosa. Tendo
isso em mente, entenderemos a profecia. Quando algumas pessoas leem o livro do
Apocalipse, exclamam:
- Que coisa horrível! O
capítulo 17 fala sobre prostituta!
É bom, entretanto, que
você compreenda bem a linguagem bíblica e saiba que o profeta não está se
referindo à impureza física. Na verdade, "a mulher vestida de púrpura e de
escarlate" (Apocalipse 17:4) representa uma igreja falsa, infiel ao
Senhor. Não se esqueça de que o Novo Testamento fala também da Igreja como a
noiva de Jesus. A Igreja aí é, também, simbolizada por uma mulher e Cristo é
seu noivo. O caráter da mulher, no Apocalipse, simbolizava a Igreja verdadeira
e a igreja falsa.
2.1. A Igreja de Deus
nas Eras Apostólicas (Ap 12:1-5)
A mulher é vista como “vestida
de sol”. O sol simboliza Jesus, o Sol da Justiça (Ml.4:2; Ap.1:16). Ela
é vista também tendo a lua sob seus pés. Que é representado pela lua? A Bíblia,
a Palavra de Deus. Assim como a lua reflete a luz do sol, as Escrituras,
escritas por “homens santos de Deus..., inspirados pelo Espírito Santo” (2Ped.1:21),
refletem a luz de Cristo (Jo.5:39; Lc.24:27,44). A igreja está firmada em toda
a Palavra de Deus. Dizendo assim é como dizer que ela está fundada sobre Jesus
Cristo.
A mulher é ainda vista
como tendo “uma coroa de doze estrelas na cabeça”, que representa a
vitória espiritual e a vida eterna concedida aos crentes no passado e no tempo
presente (Jo.3:36; 5:24;1 Jo.5:4,11-13). Frequentemente, nas Escrituras,
estrelas simbolizam o fiel povo de Deus como um todo (Dn.8:10; 12:3). As doze
estrelas de Apocalipse 12:1 são um símbolo da totalidade do fiel povo de Deus
que está seguindo os princípios divinos dados à Israel e à Igreja Cristã, e que
permite que a luz da verdade brilhe por seu intermédio.
A igreja no primeiro
século é descrita nos versos 2 a 5, como que estando grávida, e com dores de
parto prestes a dá à luz a um Filho varão. Quem é o filho varão? Era Deus
encarnado (Rom.9:4,5; Jo.1:1,14). As dores de parto foram os trabalhos pelos
quais passou a igreja enquanto gerava Cristo, em meio a aflições e
perseguições. (Rm.8:19,22; 1Jo.3:1,2; 2Tm.3:12)
Em certo momento da
profecia João vê outro sinal, ou maravilha aparecer no céu, "E
viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho que tinha
sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. E a sua
cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a
terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que,
dando ela à luz, lhe tragasse o filho” (Ap 12:3, 4).
Que é representado pelo
“grande
dragão vermelho”? Primeiramente o dragão representa Satanás, o grande
inimigo e perseguidor da igreja em todos os tempos. Mais em seus esforços para
destruir o povo de Deus, Satanás opera por intermédio de principados e poderes.
O dragão estava diante da mulher, ou da Igreja, para devorar Seu filho tão logo
Ele nascesse. Vamos recordar que Satanás, através de Herodes, o governador
romano, tentou destruir a Cristo decretando que todas as crianças do sexo
masculino encontradas em Belém fossem mortas. Mas Satanás não foi bem-sucedido.
Roma
deve ser, portanto, no sentido secundário simbolizada pelo dragão. As sete
cabeças são interpretadas por alguns como se referindo aos “sete
montes” (Ap 17:9), que se acha edificada a cidade de Roma.
2.2. A Igreja de Deus
no Período da Tenebrosa Idade Média (Ap 12:6,13-16)
Vejamos o versículo 5: "E
deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações, com vara de
ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono."
Jesus está a salvo, ao lado do Pai. Mas Satanás não desistiu. Como Satanás não
pode destruir a Jesus enquanto esteve na terra por meio de Roma pagã, incidiu
sua ira sobre a mulher, a igreja, perseguindo-a por meio de Roma pagã e que
continuou muito mais extensivamente sob Roma papal. Isso
é o que está retratado com clareza nas Escrituras.
O versículo 6 esclarece
que "a
mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que
ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias." Assim
como o mar representa multidões (Ap 17:15), o deserto significa lugares
despovoados e secretos. A Igreja, atacada por Satanás, passou momentos terríveis.
O período de perseguição durou 1260 dias proféticos. De acordo com o princípio
de que, na profecia simbólica um dia representa um ano literal (Ez 4:6,7; Nm
14:34), é evidente que esses 1260 dias que a Igreja passou escondida no deserto
se estendeu por 1 260 anos literais. Esse foi o período durante o qual o povo
de Deus, a Igreja verdadeira, simbolizada pela mulher, sofreu horrores
perseguições sob a absoluta supremacia papal. A Igreja fugiu para o deserto
porque ela precisava de segurança contra a incansável perseguição, que começou
logo depois da morte dos apóstolos e iria aumentar no domínio de Justiniano I,
no ano 527 da nossa era.
Justiniano oprimiu a verdadeira
Igreja - a primitiva - retirando toda a proteção dos que chamava de
dissidentes. Essa opressão atingiu sua incontrolável fúria no ano 538, quando o
papa Virgílio foi revestido de poder secular. Esse número somado a 1260 nos
leva a 1798, quando o papa Pio VI foi exilado por ordem do imperador francês
Napoleão Bonaparte. Trata-se de um período caracterizado por apostasia e
perseguição. Foi nesse período que o papado foi eclesiasticamente supremo
nalguns países europeus. Durante a Idade Média, a Europa Ocidental prestou
homenagens ao Bispo de Roma. Durante esse período, os verdadeiros seguidores de
Cristo sofreram terrível perseguição. Foram acossados injustamente como
hereges. A Igreja e o Estado uniram-se para destruí-los. Milhões morreram queimados,
enforcados, decapitados, despedaçados pelas feras.
E foram perseguidos por
que? Por que fossem nocivos à sociedade, injustos, perigosos, desordeiros,
criminosos? Não! Mil vezes não!! Eram seguidores de cristo. Eram cristãos bons,
verdadeiros, justos, obedientes a Deus. Foram perseguidos pelo mesmo motivo
porque o apóstolo João foi exilado para ilha de Patmos, a saber, “por causa da
palavra de Deus e pelo testemunho de Cristo” (Ap 1:9). Eles foram perseguidos
pelo simples crime de permanecerem leais à Palavra de Deus. Exemplo disso foram
os leais valdenses, que se escondiam nas cavernas, liam a Bíblia e guardavam o
sábado, foram caçados como animais. Em 1208, foi organizada uma cruzada contra
eles. Em um ano, um milhão deles foram mortos. Qual foi o crime? Eles obedeciam
a Deus, estudavam Sua Palavra e guardavam o sábado. Eram puros e bons. E isso
custou suas vidas.
Após quase 13 séculos
no deserto, Deus impediu que Sua Igreja fosse extinta. Agora observe o que diz
o versículo 14: "E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse
para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e
metade de um tempo que representam o mesmo período de 1260 anos”. O versículo 15 diz-nos que Satanás por
meio de Roma papal lançou atrás da mulher (Igreja), água como um rio, para que
pela corrente a fizesse arrebatar. Essa torrente de água simboliza os grandes
exércitos que foram organizados por Roma papal com o objetivo de perseguir (Jr
46:7,8; Dn 9:26). Que dilúvio de perseguições!
Três milhões de pessoas deram suas vidas pela fé que aceitaram! Não só
foi Roma pagã que foi usada pelo inimigo para atacar os seguidores fiéis de
Deus. A igreja matou mais cristãos do que os pagãos! Nenhuma outra instituição
na Terra derramou mais sangue que a Igreja Romana. De 1500 a 1580, 900 mil
cristãos morreram por obedecerem suas consciências. 150 mil foram mortas, durante
a Inquisição.
De acordo com o versículo 16, "a terra ajudou a
mulher". Se as águas representam uma população densa, a terra
representaria o oposto. Regiões relativamente desabitadas, para os quais os
cristãos perseguidos fugiram em busca de refúgio. Nas montanhas, nos lugares
mais afastados, a mulher (a Igreja) se protegeu contra os ataques de Satanás e
assim sobreviveu. É fato notório que muitos cristãos obtiveram alívio da
perseguição ao fugirem para as elevadas montanhas e vales dos Alpes, bem como
para as colônias britânicas da América do Norte. Em 1620, os primeiros
peregrinos, fugindo da perseguição religiosa na Europa, chegaram ao continente
americano. Neste continente
recém-descoberto, eles encontraram abrigo seguro onde os exércitos dos poderes
europeus não os poderiam alcançar. Assim, simbolicamente, o novo continente
americano absorveu os exércitos perseguidores.
2.3. A Igreja de Deus
na Atualidade – A Última Etapa da Igreja (Ap 12:17)
Os versos 1 a 16
salientam várias vezes que o diabo atacou furiosamente a Cristo e Sua Igreja no
decorrer da História. No verso 17 é chamada a nossa atenção para os “restantes”
ou “o remanescente” da descendência da mulher que surgiu depois de 1798. É
contra eles que a ira de Satanás é manifestada. A Igreja do “tempo do fim” (Dn
12:7,9) é o alvo especial dos ataques demoníacos.
O versículo 17 do
capítulo 12 afirma: "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto
da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de
Jesus Cristo." Como se vê, com clareza, Satanás foi fazer guerra
contra o resto da Igreja, não com a Igreja primitiva, nem da Idade Média, mas
com a Igreja do tempo do fim, o resto de sua semente, os que guardam os
Mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. “O remanescente” de Apocalipse
12:17 se refere aos verdadeiros seguidores de Cristo (Sua Igreja) que restariam
após o fim dos 1 260 anos em 1798.
III
- Quem é o Remanescente de Apocalipse 12:17?
O Apocalipse 12 lista
as características do povo remanescente de Deus do tempo do fim, que são as
seguintes:
3.1. Identificação do
Remanescente Fiel do Tempo do Fim
1.
O fator do tempo. “O Remanescente” surgiu depois de 1798,
isto é, depois dos 1 260 anos de isolamento no ‘deserto’. (Ap 12:6,14)
2.
Os Dez Mandamentos. Visto que o “remanescente” é
apresentado como “os que guardam os mandamentos de Deus”, é evidente que eles
enaltecem os Dez Mandamentos, inclusive o quarto, que ordena repousar no
sábado. (Ex 20:8-11).
3.
O dom de profecia. É declarado que a Igreja Remanescente
tem “o testemunho de Jesus”, que em Apocalipse 19:10 é definido como “o
Espírito de profecia”.
3.2. Outras
Características da Igreja Remanescente
1.
Últimas mensagens. A Igreja Remanescente pregará as
mensagens finais de Deus, antes que se feche a porta da graça. As últimas
mensagens são as três mensagens angélicas descritas em Ap 14:6-14.
2.
Missão Mundial. A Igreja Remanescente seria um
movimento mundial, pregando essas mensagens “a toda nação, tribo, língua e
povo” (Ap 10:11).
3.
Harmonia com a Bíblia. O “remanescente” estaria de acordo
com a primeira etapa da Igreja. Seus ensinos estariam em harmonia com a Bíblia.
Apesar do profundo
respeito que merecem as pessoas sinceras que existem em todos os grupos
religiosos, temos que reconhecer que a única Igreja que cumpre esses seis
pontos básicos é a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Não há outra igreja nesse planeta
que se enquadra perfeitamente nesses seis requisitos.
1.
Ela surgiu depois de 1798. O remanescente no Apocalipse
consiste primordialmente numa instituição do fim dos tempos que surge na cena
da história humana em algum momento após 1789. Foi logo após o fim dos 1. 260
dias/anos que Deus, isto é, em 1789, que deus levantou um remanescente visível,
histórico e fiel, o movimento adventista com uma missão particular: Anunciar a
tríplice mensagem angélica descrita em Ap 14:6-12. A Associação Geral foi organizada
em 1863, com cerca de 3 500 membros.
2.
A Bíblia é a base da fé adventista. Suas crenças
doutrinárias estão em completa harmonia com o conteúdo total das Sagradas
Escrituras.
3.
Os Adventistas do Sétimo dia enaltecem todos preceitos dos Dez Mandamentos e
procuram restaurar o sábado do sétimo dia, que tem sido amplamente espezinhado
pela cristandade.
4.
O “Espírito de Profecia”, isto é, “o dom de profecia”(1Co.
13:2), manifestou-se na Igreja Adventista desde o seu começo, na obra e nos
escritos de Ellen G. White. Os membros dessa igreja tem considerado os escritos
dela como sendo divinamente inspirados. “Durante sete décadas, a mensageira de
Deus ao povo do advento comunicou mensagens de conselho e advertência vindas de
Deus tão certamente quanto as mensagens dos profetas da antiguidade. Essas
mensagens, porém, não são canônicas” (Tratado
de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 983). As cerca de 100 mil páginas
manuscritas são o “testemunho de Jesus”. Sua produção literária, que ao longo
da vida acumulou cerca de 100 mil páginas manuscritas, tem suportado plenamente
os testes bíblico de um profeta verdadeiro e de trazer em seu próprio bojo as
evidências de que provém de uma fonte divina. Esses escritos são, de fato, o
“testemunho de Jesus”.
Na década de 1950, o
renomado arqueólogo William Foxwell Albright (que escreveu mais de 800 artigos
e foi distinguido com 25 títulos de “doutor honoris causas”), investigou a vida
de Ellen G. White e declarou que ela foi uma autêntica profetisa. Sua filosofia
de educação, conforme expressa no livro “Educação”, foi publicado com
retumbantes elogios pelo Governo do Japão. Suas orientações quanto ao viver
saudável – tão estranhos na época em que foram escritos, tão “normais” nos dias
de hoje – têm sidos realçados por vários especialistas.
Entretanto, uma pessoa
que tenha recebido, o dom de profecia, não deve ser avaliada, a partir de
recomendações. Fidelidade à Bíblia é o teste decisivo. Deus, “que não pode
mentir” (Tito 1:2), jamais revelaria a um porta-voz do tempo do fim alguma
coisa contrária aquilo que Ele aos profetas bíblicos. A melhor forma de você
decidir se Ellen G. White escreveu sob o poder de Deus, é lendo os seus
escritos! Para citar um exemplo, eu recomendaria “Caminho a Cristo”, “O
Desejado de Todas as Nações”, “Vida de Jesus”, “O Grande Conflito” e “História
da Redenção”.
5.
Desde o começo, os Adventistas do Sétimo Dia tem identificado sua obra com a
proclamação das três mensagens angélicas. Nenhuma outra denominação religiosa
está proclamando essa mensagem em conjunto.
6.
A missão da Igreja abrange a proclamação mundial do evangelho, com determinadas
ênfases no tempo do fim. A IASD está proclamando a Palavra de Deus em mais de
200 países do mundo.
Por estas seis razões e
por outras que não mencionamos aqui, os ASD creem que estão cumprindo a
representação simbólica do remanescente (Ap 12:17; 14:6-14). Eles não afirmam,
porém, que só eles são filhos de Deus e tem direito ao céu. Sempre admitiram
que Deus tem verdadeiros seguidores em todas as comunidades religiosas (Jo.
10:16).
“Apesar das trevas
espirituais e afastamento de Deus prevalecentes nas igrejas que constituem
Babilônia, a grande massa dos verdadeiros seguidores de Cristo encontra-se
ainda em sua comunhão. Muitos deles há que nunca souberam das verdades
especiais para este tempo”. O Grande Conflito, pág. 390
Eles acreditam que
todos aqueles que adoram a Deus com toda a sinceridade, isto é, de acordo com
toda a vontade de Deus revelada, de que tem conhecimento, são presentemente
possíveis membros desse ‘remanescente’ final mencionado no Ap 12:17. Mas os Adventistas
do Sétimo Dia creem que Deus suscitou este movimento para realizar uma tarefa
específica no “tempo do fim” – transmitir ao mundo a tríplice mensagem
angélica, antes da volta de Cristo.
“Deus tem Seus filhos
em todas as igrejas; mas é através da igreja remanescente que Ele proclama a
mensagem que deverá restaurar a verdadeira adoração, mediante o chamamento de
Seu povo para fora dos círculos da apostasia e a preparação dos mesmos para o retorno
de Cristo. Reconhecendo que muitos dentre o povo de Deus ainda deverão unir-se
ao povo remanescente, este tem clara percepção de suas imperfeições e fraquezas
quando tentam executar sua solene missão. Percebem que é unicamente através da
graça de Deus, que lhes será possível cumprir sua monumental tarefa.
“À luz do breve retorno
de Cristo e da necessidade de preparo para encontrá-Lo, o compassivo e urgente
chamado de Deus se dirige a cada um de nós: “Retirai-vos dela, povo Meu, para
não participardes dos seus flagelos; porque os seus pecados se acumularam até
ao Céu, e Deus Se lembrou dos atos iníquos que ela praticou” (Ap 18:4 e 5)” (Nisto Cremos – 27 Ensinos Bíblicos dos
Adventistas do Sétimo Dia, pp. 232 e 233).
Compreendendo pelas
profecias bíblicas, que Deus possui um Remanescente fiel no tempo do fim
abrangendo todas as nações, povos e línguas, não quer você, caro leitor,
unir-se à Igreja de Deus para estar pronto para o retorno de Cristo?
Referências
Bibliográficas:
Nisto Cremos – 27 Ensinos
Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia. 4ª ed. Tatuí/São Paulo: CPB, 1997.
Tratado de Teologia
Adventista do Sétimo Dia. Editor Raoul Dederen; tradução José Barbosa da Silva.
Tatuí/SP: CPB, 2011.
Teologia do
Remanescente: uma perspectiva eclesiológica adventista. Org. Ángel Manuel
Rodriguez; tradução Cecília Eller Nascimento. Tatuí/SP: CPB, 2012.
ARAGÃO, Jarbas. Número
de religiões no mundo passa de 10 mil. Disponível em: <http://noticias.gospelprime.com.br/numero-de-religioes-no-mundo-passa-de-10-mil/>.
Acesso em: 03 jul. 2014.
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