O MAIOR MISTÉRIO DO UNIVERSO
Ricardo André
Há muitos mistérios no mundo e no Universo não resolvidos mesmo com a ajuda da ciência, tecnologia e pesquisa. Embora possamos querer explicações lógicas para esses acontecimentos misteriosos, a partir de agora teremos que nos contentar com meras especulações. Por exemplo, qual é o tamanho do Universo? Será que o Universo é infinito? A distância do “fim” do Universo observável é de 46 bilhões de anos luz, mas isso não significa que ele acaba por ali, já que está em constante expansão. Por que a água de Marte secou? Já foi descoberto que o planeta mais próximo da Terra já teve água em algum momento, mas o motivo de ela ter sumido ainda é um mistério. As teorias mais aceitas são a de um evento cataclísmico, como o impacto de um meteoro, que teria feito com que a maior parte da atmosfera do planeta fosse “jogada” para o espaço, e a de que os ventos solares teriam sido os responsáveis por varrer a água de Marte.
Existe vida fora da Terra? Um dos maiores mistérios da humanidade é se nós estamos sozinhos no Universo. Tem gente que não apenas acredita que existem alienígenas, mas também que eles nos visitam e nos observam.
Desde tempos antigos, a
morte é um mistério. Muitos se perguntam: O que acontece quando uma pessoa
morre? Para onde vai uma pessoa que morre? Existe vida além-túmulo? Esse
mistério tem mexido com a imaginação humana. Histórias e mitos complexos foram
criados para desenhar mundos e dimensões além da sepultura. Em razão disso,
inúmeras tradições passaram a compor o pensamento popular, especialmente em
torno da crença na reencarnação e na imortalidade da alma.
Contudo, neste artigo
queremos falar sobre o maior de todos os mistérios do Universo: O plano da
salvação. Este é um mistério que mal podemos começar a entender. O apóstolo
Paulo fala desse mistério ao escrever: “Não há dúvida de que é grande o
mistério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito,
visto pelos anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na glória”
(1Tm 3:16, NVI). Aos efésios escreveu: “Orem também por mim, para que, quando
eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido
o mistério do evangelho” (Ef 6:19, NVI). Mistério, é termo usado por Paulo para
se referir ao “propósito de Deus de salvar judeus e gentios para o reino dos
céus” (Comentário Bíblico Adventista, v.
6, p. 671). Para falar deste grande mistério de nossa piedade, Jesus, Paulo
cita o “fragmento de hino ou de profissão de fé litúrgica” (Bíblia de Jerusalém, p. 2228). O
hino apresenta a imensurável grandeza de Cristo. Indubitavelmente, Paulo fora
escolhido por Deus para ter a honra de ser um dos portadores desse mistério
“que esteve oculto durante séculos e gerações” (Cl 1:26; Ef 3:3). Que
mistério move nossa piedade, amor fervoroso e reverência para
com Deus?
Em
que consiste o mistério do evangelho?
O mistério da graça de Deus consiste no fato de o Criador do Universo ter Se humilhado para Se revestir da humanidade, vivido em trabalho árduo e sofrimento, apenas para morrer em nosso favor, em sacrifício pelo pecado, a fim de nos perdoar e mostrar misericórdia, e este é o mistério que esteve oculto desde a eternidade e em todos os séculos e gerações, em Isaías 9:6 traz a profecia deste acontecimento imensurável, “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (NVI). O mistério parece o maior de todos, porque está conectado com a nossa redenção eterna. Não poderia ter havido salvação do pecado pela morte vicária, se Deus não tivesse se tornado encarnado. O pecado não é removido, exceto por uma expiação, nem poderia qualquer pessoa ter sido suficiente para expiar, senão alguém de natureza semelhante à daqueles que haviam ofendido. Por um homem veio a morte, por um homem também deve vir a ressurreição. Jesus aparece como Homem para salvar o Seu povo dos seus pecados, tomando os pecados de Seu povo sobre Si, e oferecendo uma propiciação por eles. Que visão maravilhosa foi a do Redentor morrendo! “Assumindo a natureza humana Cristo elevou a humanidade. Os homens caídos são colocados na posição em que, mediante a conexão com Cristo, podem na verdade tornar-se dignos de serem chamados ‘filhos de Deus’” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 15).
A história da redenção
sempre me impressionou. Cada vez que medito e estudo nessa história fico
bastante emocionado, e meu coração enche-se de alegria e gratidão a Deus,
porque na cruz vejo todos os meus pecados punidos na Pessoa do Deus encarnado,
e ouço a voz que diz: “Portanto, agora já não há condenação para os que estão
em Cristo Jesus” (Rm 8:1, NVI). Esse mistério é tão grande que Ellen G. White
afirmou que essa verdade impressionará o coração dos seres criados por Deus por
toda a eternidade. Ela escreveu:
“Os anjos desejam examinar
atentamente o tema da redenção; será a ciência e o cântico dos remidos por
todos os incessantes séculos da eternidade. Não seria ele digno de atenta
consideração e estudo agora? O assunto é inesgotável. O estudo da encarnação de
Cristo, de Seu sacrifício expiatório e obra mediadora, ocupará a mente do
diligente estudante enquanto o tempo durar; e contemplando o Céu com seus
inumeráveis anos, exclamará: ‘Grande é o mistério da piedade!’” (Minha Consagração Hoje, p. 360).
Ela ainda escreveu esse
impressionante pensamento: “Os homens mais talentosos da Terra poderiam todos
encontrar abundante aplicação, de agora em diante até o juízo, para todas as
suas faculdades dadas por Deus, exaltando o caráter de Cristo. Mesmo ainda seriam
incapazes de apresentá-Lo como é. Os mistérios da redenção, que abrangem o
caráter divino-humano de Cristo, Sua encarnação, Sua expiação pelo pecado,
poderiam ocupar as penas e as mais elevadas faculdades mentais dos homens mais
sábios, desde agora até que Cristo se revele nas nuvens do Céu com poder e
grande glória. No entanto, se esses homens procurassem com todas as suas forças
fazer uma representação de Cristo e de Sua obra, essa representação ficaria
muito aquém da realidade. [...] O assunto da redenção ocupará a mente e língua
dos remidos pelos séculos eternos. O reflexo da glória de Deus resplandecerá
para todo o sempre da face do Salvador” (Comentário
Bíblico Adventista, v. 6, p. 1244).
O mistério de Jesus,
que era Deus (Jo 1:1-3), manifestado em carne foi pedra de tropeço para muitos
judeus da época. Eles, com a mente terrena, nunca poderiam entender como Jesus,
sendo homem, poderia ser Deus, por isso disseram: “Não
vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um
simples homem e se apresenta como Deus" (Jo 10:33, NVI).
A maioria dos judeus
contemporâneos de Jesus não conseguiram compreender essa verdade eterna e
sublime. Mas, nós sabemos que Jesus é o Deus encarnado, que veio revelar o
caráter amoroso de Deus Yahweh. Mas, para além disso, Ele veio redimir a
humanidade por meio de Sua morte sacrifical. Esta é a verdade fundamental do
evangelho.
O
incomensurável amor de Deus: não compreendemos plenamente
O que explica Deus ter
deixado o Céu, assumido a natureza humana, ter vivido sobre a Terra uma vida de
intenso serviço, suportando todo tipo de críticas e humilhações, sem revidá-las
e morrendo de forma vergonhosa e dolorosa sobre a cruz pela humanidade
pecadora? O amor! Não há outra explicação. O apóstolo Paulo afirmou: “Mas Deus
demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos
pecadores” (Rm 5:8, NVI). Esse é o meu Deus. Cristo morreu por nós, mesmo sendo
nós ainda pecadores. Ele morreu a nossa morte para que recebêssemos a vida
eterna que a Ele pertencia. Quando éramos Seus inimigos, Ele era nosso amigo.
Quando voltamos as costas para ele, Ele volta o Seu rosto para nós. A glória de
Sua graça é que Ele aceita o inaceitável, perdoa o imperdoável e ama a quem não
merece ser amado.
Esse pensamento é
captado de modo maravilhoso por Ellen G. White: “Esse amor é incomparável.
Filhos do Rei celeste! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação!
O inigualável amor de Deus por um mundo que não O amou! Esse pensamento exerce
um poder que domina a alma e torna o entendimento ligado à vontade de Deus” (Caminho a Cristo, p. 15).
Isso é algo que nós,
mortais, não compreendemos. Por que deveria Deus amar-nos tanto a ponto de
enviar Seu próprio Filho ao mundo, sabendo que homens maus O rejeitariam, O
perseguiriam e finalmente O pregariam à cruz? A cruz não existe mais, porém o
amor permanece.
O apóstolo João, uma
das testemunhas junto ao Calvário escreveu posteriormente que “Deus tanto
amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça,
mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16, NVI).
Esse verso se tornou o
mais conhecido e mais querido das Sagradas Escrituras e se aplica a você, caro
amigo leitor, seja quem você for – ateu, cético, membro morno da igreja, mãe
frustrada, esposa deprimida, marido zangado ou cristão dedicado. O amor de Deus
e de Jesus, Seu Filho, pode mudar sua vida. Hoje!
É somente quando começarmos
a compreender esta grande verdade do amor de Deus que nossa mente será profundamente
impressionada, levando-nos a uma completa modificação da nossa vida. Portanto,
quando nos conscientizarmos de que o nosso Deus verdadeiramente nos ama com
cada vibra do Seu Ser, seremos todos transformados à sua semelhança. É o amor
de Deus que toca nossa vida.
Ellen G. White fala de
forma encantadora sobre o incomensurável amor de Deus ao escrever: “Todo o amor
paterno que passou de geração a geração através do coração humano, todas as
fontes de ternura que romperam no coração humano, não são mais que um pequeno
regato para o oceano infinito, inesgotável de Deus. A língua não o pode narrar;
a pena não pode descrever. Você pode meditar nele cada dia de sua vida; pode
estudar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; pode fazer uso de
toda energia e habilidade que Deus lhe tenha dado, esforço de compreender o
amor e compaixão do Pai Celestial; ainda assim, há um infinito à frente. Você
pode estudar esse amor por séculos, mas nunca poderá compreender plenamente o
comprimento e a largura, a profundidade, do amor de Deus, ao dar Seu Filho para
morrer pelo Mundo” (Testemunhos Para a
Igreja, v. 5, p. 740).
Não consigo resistir a
esse amor. Há 36 anos me rendi a ele, quando em gratidão, entreguei minha vida
ao meu Salvador através do batismo, no dia 17 de agosto de 1985, na Igreja
Adventista do Sétimo Dia do Cabo de Santo Agostinho, Pernambuco. Era ainda uma
criança com apenas 12 anos de idade, mas com uma firme convicção de que estava
tomando a melhor decisão da minha vida, e de que Cristo estava conduzindo minha
decisão. Aquele foi um dia muito feliz para mim, que marcou indelevelmente
minha vida. Nunca me arrependi da decisão que tomei naquele ano.
Caro amigo leitor, não
quer você receber em sua vida o toque do amor de Deus para a transformação de
sua vida? Você só precisa ir ao encontro de Jesus quando Ele te chama, vinde a
mim. Quando Jesus nos chama é porque ele quer derramar sobre nós do seu amor
transformador. Não quer você responder ao amor de Deus, tendo em vista o que
Ele já fez, entregando-se inteiramente e sem reserva a Ele? Faça isso hoje!
Emocionante, irmão Ricardo, o texto que você produziu. Que amor infinito de um Deus Todo-Poderoso pelo ser humano, Sua criatura!
ResponderExcluirAmém! De fato, o amor de Deus por nós é infinito. Obrigado, irmão Wilton por ter apreciado nosso texto. Fique com Deus Abraço afetuoso!!!
ExcluirEmocionante, irmão Ricardo, o texto que você produziu. Que amor infinito de um Deus Todo-Poderoso pelo ser humano, Sua criatura!
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