Teologia

domingo, 20 de maio de 2018

A “ABOMINAÇÃO DA DESOLAÇÃO”: SINAL DO FIM DOS TEMPOS




Ricardo André

Uma das profecias mais interessantes das Sagradas Escrituras diz respeito a “abominação da desolação”. Após anunciar a destruição do Templo de Jerusalém, por causa de uma pergunta dos seus discípulos a respeito de qual seria o sinal que haveria da vinda dEle e do fim do mundo (Mt 24:3), Jesus passou a registrar vários acontecimentos e situações que precederiam a sua volta. E um dos sinais preditos por Ele foi a abominação da desolação dita pelo profeta Daniel no lugar santo (Dn 9:27; 11:31; 12:11), e deixou como que um enigma: “quem lê, entenda.” Jesus profetizou:

“Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes” (Mateus 24:15, 16).

O elemento que faz esta profecia especialmente intrigante é que Jesus a identifica como um sinal específico de que o fim está próximo. Qual o significado dessa profecia, isso realmente afeta os cristãos no mundo de hoje?

Cristãos de diferentes agremiações religiosas reconhecem este texto como um sinal definitivo e peculiar referente aos últimos dias. No entanto, embora a maioria deles concorde que a abominação da desolação seja um sinal importante, eles parecem não conseguir chegar a um acordo sobre a sua natureza específica.

Alguns ensinam que esta profecia foi cumprida quando o rei selêucida Antíoco Epifânio interrompeu o serviço de sacrifícios do santuário entre 168 e 165 a. C. A abominação eles apontam para o porco que Antíoco tinha oferecido sobre o altar no templo. Outros acreditam que a abominação da desolação se refere a um tempo futuro quando um anticristo ateu irá subverter o templo de Jerusalém e usá-lo como seu trono.

Então o que é exatamente a abominação da desolação?

A “Abominação da Desolação” no Livro de Daniel

Jesus nos diz que o nosso estudo sobre a abominação da desolação deve centrar-se no livro de Daniel (Mateus 24:15). Quando fazemos um estudo mais cuidadoso deste livro, descobrimos que a “abominação da desolação” representa a obra do poder político-religioso representado nas visões de Daniel como uma “ponta pequena” (Capítulos 7 e 8). Poder que surgia na História após o domínio dos reinos da Babilônia, Medo-Persa, Grécia e Roma pagã. O capítulo 8:9-12 assim descreve a sua obra: “De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa. Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou”.

Note, em primeiro lugar, a natureza espiritual do ataque do pequeno chifre. Ele cresce até “o exército dos céus” (v. 9); se engrandece contra “o príncipe do exército” (v. 11), que é Cristo (Js 5:14; Dn 9:25; 10:21; 12:1); e o “serviço diário” é tirado, que sugere a ideia de que o ministério diário de Cristo como Sumo Sacerdote no santuário celestial em favor do pecador arrependido deve sofrer um ataque pelo chifre pequeno. No capítulo 11:31 e 12:11, é-nos dito que o “diário”, ou seja, o ministério de Cristo no Céu, é usurpado por um sistema falso de adoração – “a abominação desoladora”.  Por tudo o que faz, certamente o poder do chifre pequeno parece ser espiritual, fazendo coisas contra a verdade de Deus. De fato, o verso 12 diz que “deitou por terra a verdade”.                                                                                                                                                                 

Que poder é representado pela “Ponta Pequena”? Quando deveria ele surgir? De acordo com as visões apocalípticas dos capítulos 7 e 8, o chifre pequeno surge de Roma imperial representada pelo quarto animal “terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres (7:7). Entre esses dez chifres surge o Pequeno Chifre que tinha “olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência” (v. 8). No capítulo 8 ela surge depois do domínio da Grécia (representado pelo bode), de um “dos quatro ventos do céu” (os pontos cardeais) (v. 8 e 9), e existe até o tempo do fim, quando é cortado sem auxílio de mão (v. 25). Pela História, sabemos que Roma subiu depois da Grécia, de um ponto a oeste dos quatro impérios gregos representados pelos “quatro chifres notáveis”, e ainda existe, agora, na fase papal. Portanto, o chifre pequeno que se tornou forte representa Roma em suas duas fases – pagã e papal. É evidente que a profecia alcança mais amplo cumprimento com Roma Papal e sua tentativa de neutralizar a eficácia salvífica do Calvário e do ministério sumo sacerdotal de Jesus no santuário celestial, instituindo e impondo um sistema espúrio de salvação.

“Daniel 8, especialmente os versos 9 a 12, coloca esses eventos em seu contexto histórico, dividindo o poder romano em duas fases. A primeira fase, vista na rápida expansão horizontal do chifre pequeno (Dn 8:9), mostra o vasto império de Roma pagã. Na segunda fase (Dn 8:10-12), o chifre pequeno cresce verticalmente, lançando por terra algumas estrelas (perseguindo o povo de Deus) e engrandecendo-se até ao “príncipe do exército” (Dn 8:11), Jesus. Essa fase representa o período papal, que surgiu da queda do Império Romano pagão, mas continua sendo Roma. É por isso que um único símbolo, o chifre pequeno, representa ambas as fases do mesmo poder. O juízo em Daniel 7:9, 10, a purificação do santuário em Daniel 8:14 e os sinais no céu em Mateus 24 – todos indicam a intervenção de Deus em favor de Seu povo nos últimos dias” (Lição da Escola Sabatina, 2º Trimestre de 2018, p. 87).

Segundo o profeta Daniel (7:25), este poder humano, como instrumento do poder do inimigo, faria coisas tremendas contra a igreja de Deus – por um tempo (360), tempos (720) e metade de um tempo (180), perfazendo um total de 1260 dias. A Bíblia afirma que em profecias simbólicas dias representam anos. Na profecia simbólicas de Ezequiel, capítulos 4-6, Deus disse expressamente a Ezequiel: “Durante quarenta dias, tempo que eu determinei para você, um dia para cada ano. Olhe para o cerco de Jerusalém e, com braço desnudo, profetize contra ela” (Ez 4:7, NVI). Logo esses 1260 dias, são, na realidade, 1260 anos, que teve início em 538, ano em que os ostrogodos foram derrotados, e termina em 1798. Por 1.260 anos Roma papal faria o papel do animal terrível e espantoso. Até o ano 1798, coisas terríveis foram feitas. Milhares de cristãos que ousaram pensar diferente dos dogmas da Igreja Católica foram julgados pelo Tribunal da Inquisição, torturados e condenados a morte como hereges, durante a Idade Média na Euro pa.

O Chifre Pequeno Ataca o Santuário de Cristo (Dn 8:11)

O ministério diário do sacerdote no lugar Santo do santuário terrestre era um tipo do ministério diário de intercessão de Cristo no santuário celestial (Nm 28:3, 4; Lv 4:2, 27-30; Hb 9:6, 7; 8:1-6; 7:25; 9:23, 24). Com séculos de antecedência, Deus nos informou sobre os esforços do Chifre Pequeno para justamente desviar a atenção do mundo para esta obra de Cristo no santuário celestial através de um falso ministério sacerdotal. Como isso se dá? Ao colocar a intercessão pelos seres humanos nas mãos dos sacerdotes (“exército” do Chifre Pequeno – v. 12) por meio do confessionário, e sacrificando Cristo novamente em cada missa, o papado removeu o ministério celestial de Cristo do pensamento da humanidade. Substituindo o serviço sacerdotal de Cristo no santuário celestial pelo serviço do sacerdote, “tirou o lugar do Seu santuário” e o “deitou abaixo” (v. 11).

No confessionário, o padre perdoa os pecados pela fórmula: “Eu absolvo você de seus pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. No sacrifício da missa, o sacerdote romano se torna “outro Cristo” no sentido de que sacrifica o Cristo real sobre o altar e o apresenta para a salvação   dos fiéis. Diz o catecismo da Igreja Católica:

“O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia [missa] são um sacrifício único. ... Nesse sacrifício divino, que é celebrado na missa, o mesmo Cristo que Se ofereceu uma vez de maneira cruenta (com presença de sangue) no altar da cruz é contido e é oferecido de maneira incruenta” (Nº 1367, p. 381).

Pela missa e pelo confessionário, a mente dos crentes cristãos é afastada da dependência ininterrupta do ministério de mediação do Salvador em Seu ministério e, mediante essas elaboradas cerimônias, o nome de Cristo e o Seu ministério são obscurecidos e perdidos de vista.

Examine as declarações abaixo, extraída do Catecismo da Igreja Católica, que ratificam o que afirmamos aqui:

“É na Igreja que está depositada a plenitude dos meios de salvação” (Nº 824).

Fundando-se na Escritura e na Tradição, o Conselho ensina que a Igreja, peregrina sobre a Terra, é necessária para a salvação” (Nº 846).

“A Igreja tem em si a totalidade dos meios de Salvação” (Nº 868).

“Não existe ofensa, por mais grave que seja, que a Igreja não possa perdoar” (Nº 982).

“Se não houvesse perdão dos pecados na Igreja, não haveria esperança de vida futura ou libertação eterna” (Nº 983).

Observe, que o completo perdão que Cristo quer dar aos que confiam em Sua livre e perfeita justiça foi usurpado por um sistema que, na realidade, toma o lugar do próprio Cristo. Em vez de confiar diretamente em Cristo e no que Ele fez por nós, os fiéis são ensinados a depender de uma Igreja como veículo pelo qual é dispensada tudo o que Cristo nos oferece. A profecia chama esse falso sistema de salvação de “abominação da desolação”.

É importante que se diga que em parte alguma as Sagradas Escrituras identificam a eucaristia como um “sacrifício”. Ela a identifica como uma “ceia” (I Co 11:20) e a retrata como algo a ser comido, e não oferecido; ademais, a ceia deve ser repartida à “mesa do Senhor” (I Co 11:21), e nunca sobre o altar, como faz a Igreja Católica com a eucaristia. Tampouco a Bíblia afirma que devemos confessar nossos pecados a um padre. Ela diz apenas que devemos confessar nossos pecados e abandoná-los: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9, NVI). “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (Provérbios 28:13, NVI). No texto da Oração do Senhor, a Bíblia ensina que devemos buscar o perdão diretamente de nosso Pai que está nos Céus (Mt 6:12). As Sagradas Escrituras também não dizem que temos que recitar muitos “Padres Nossos” e “Aves Marias”, mas na verdade adverte-nos contra o perigo de nos envolvermos em orações repetitivas: “Nas suas orações, não fiquem repetindo o que vocês já disseram, como fazem os pagãos. Eles pensam que Deus os ouvirá porque fazem orações compridas” (Mt 6:7, NTLH).

Afora isso, o papado trouxe para dentro da igreja cristã, a mesma prática do paganismo antigo pela qual Jerusalém foi destruída. Basta um pequeno estudo para vermos como o culto à imagens, o culto à Tamuz, e o culto ao sol foram introduzidos ao cristianismo durante a Idade das Trevas. Muitas destas abominações ainda estão entre nós sob a forma de estátuas, velas e orações para os santos, rosário e a guarda do domingo.

Isso não quer dizer que a apostasia papal exonera o protestantismo. A maioria das igrejas protestantes aderiram à apostasia, continuando com a prática de abominações que têm suas raízes firmadas nas religiões pagãs antigas, que foram criadas para destruir a verdade de Deus. Tanto o catolicismo como o protestantismo têm estimulado abominações no lugar santo de Deus, Sua igreja. A igreja cristã é o espelhamento do Israel literal. Nós estamos repetindo muitos dos mesmos pecados e consequentemente colheremos a mesma punição de desolação, a menos que estejamos dispostos a fugirmos da Babilônia.

A Desolação Final Predita por Jesus

Quando Jesus falou sobre a “abominação da desolação” em Mateus 24:15 sobre o que Ele estava se referindo? “(...) A profecia de Jesus inclui, em um sentido mais imediato, a terrível destruição que viria sobre Jerusalém em 70 d.C., quando Roma pagã destruiria não apenas a cidade, mas também o templo sagrado. No entanto, há um segundo cumprimento para essa profecia, em que os eventos mais imediatos, como a destruição de Jerusalém, constituem um tipo do futuro, os eventos finais. ‘Cristo viu em Jerusalém um símbolo do mundo endurecido na incredulidade e rebelião, e apressando-se ao encontro dos divinos juízos retributivos’ (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 22)” (Lição da Escola Sabatina, 2º Trimestre de 2018, p. 87).

“A passagem paralela em Lucas diz: ‘Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua destruição’ (21:20). O evento predito é, obviamente, a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d. C., momento em que os símbolos de Roma pagã foram colocados dentro da área do templo” (Comentário Bíblico Adventista, v. 5, p.532).

Jesus disse aos Seus discípulos que o cerco a Jerusalém seria o último sinal da iminente destruição de Jerusalém. O texto de Lucas 20:21 não indica que os exércitos sejam a abominação, mas sim que os exércitos foram o instrumento para causar desolação. Através dos exércitos romanos Deus executou “o dia da vingança” contra as abominações de Israel.

Quando os exércitos romanos cercaram Jerusalém, isto foi um sinal de que a maioria dos líderes da cidade e seus habitantes tinham ultrapassado os limites da graça e enchido sua taça de iniquidade. Para os cristãos que viviam na cidade, isso seria um sinal de que Jerusalém logo sofreria o julgamento de Deus. Tão logo a primeira oportunidade surgiu, os cristãos “fugiram para os montes” (v. 21). Em 66 dC, quando Cestius, o general romano, cercou a cidade, os cristãos sabiam que o sinal prometido havia chegado e tinha chegado a hora de fugirem. Na sua primeira oportunidade para fugir eles fizeram isso, e nenhum cristão morreu na destruição horrível de Jerusalém em 70 dC. Também, quem lê entenda, tal avassaladora destruição serviu de ilustração para o que Roma papal faria nos anos seguintes.

Assim como Deus deu aos primeiros cristãos um sinal de quando deveriam fugir de Jerusalém, Ele também nos têm dado um sinal. Ele têm feito o possível para que cada cristão saiba quando a hora do estágio deste mundo estiver chegando ao fim.  Ellen G. White afirma: “Assim como Ele preveniu Seus discípulos quanto à destruição de Jerusalém, dando-lhes um sinal da ruína que se aproximava para que pudessem escapar, também advertiu o mundo quanto ao dia da destruição final, e lhes deu sinais de sua aproximação para que todos os que queiram, possam fugir da ira vindoura.” (O Grande Conflito, p. 37, 38).

Qual é o sinal que nos diz quando a desolação está próxima?

Em Apocalipse 13 e 14, João relata uma lista de presságios que nos dirá o quão perto estamos do fim. O sinal que irá mostrar que as nações encheram sua taça de iniquidade será quando fizerem uma imagem para o papado, unindo a igreja e o estado. Quanto mais nitidamente isto poderá ser feito pela aprovação de uma lei nacional dominical que ordenará a todos a adoração de um dia de adoração pagão? A obra do papado durante os 1260 anos de supremacia na Europa medieval estende-se, portanto, aos nossos dias quando, com o poder dos Estados Unidos da América irá impor outra vez a santificação do domingo, marca do poder da falsa adoração. Isso tem a ver com adoração falsa, voltada a satanás, por isso a desolação, ou, destruição arrasadora, ou ainda, devastação. Esses são os resultados da falsa adoração; todos os que assim adoram serão levados à perdição.

Na destruição do templo, a abominação desoladora foi o Império Romano, que nunca deveria ter entrado em Jerusalém, a cidade santa de Deus, e muito menos ainda, não deveria ter entrado no templo do Senhor, e menos ainda, no lugar santíssimo, onde o sacerdote de Deus só entrava uma vez ao ano. Na segunda edição, da Idade Média e do final dos tempos, essa abominação é a igreja católica, que para as pessoas, seus fiéis, como já mostramos antes, substituiu o sacrifício único e definitivo de Jesus pelo sacrifício repetido da missa bem como pelo perdão dos pecados por parte de padres e bispos, quando só Jesus pode interceder por nós e perdoar pecados. Esse evento será um cumprimento direto de Apocalipse 13:15-17, e garantirá que o fim dos tempos desta Terra se aproxima.

A escritora cristã Ellen G. White descreve os próximos eventos desta maneira: “Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 166).

“O grupo dominical está se fortalecendo em suas falsas pretensões, e isso significará opressão aos que decidem observar o sábado do Senhor. (…) Devemos ter o cuidado de não nos colocarmos no lugar em que se torne difícil a nós e nossos filhos guardarmos o sábado. (Vida no Campo, pág. 30).

“Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança a América do Norte for induzida a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram dela um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo” (Idem, p. 151).

Quando as igrejas terem se apostatado em suas abominações, a tal ponto de ser decretada uma lei religiosa, que desloca o santo sábado de Deus para um feriado pagão, podemos deixar nossas cidades, sabendo que um tempo de angústia se aproxima.

A lei dominical está sendo preparada nos bastidores, nas trevas e no silêncio.

“A Igreja e o Estado estão agora fazendo preparativos para um futuro conflito. Como outrora os romanistas, os protestantes estão agindo dissimuladamente para exaltar o domingo. Por todo o país a igreja papal está elevando seus gigantescos e maciços edifícios em cujos recessos se hão de repetir as cenas de perseguição de outros tempos.” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, v. 2, p. 149).

Várias coligações e organizações cristãs, sobretudo nos Estados Unidos da América do Norte, estão trabalhando arduamente neste sentido, e de forma alguma é coincidência o facto de o logótipo da campanha de Obama consistir em um sol com três listas vermelhas (que correspondem à chama trina). A própria visita de Ratzinguer à casa branca nos Estados Unidos, em 2008, não foi por acaso. Isso foi claramente o cumprimento da profecia relativamente ao estender das mãos sobre o abismo de que falou a serva do Senhor e o veremos de uma forma ainda mais acentuada. Mais do que nunca, espiritismo, protestantismo e catolicismo estão unidos no propósito de implementar uma lei dominical! Veja mais detalhes sobre o desenvolvimento da lei dominical neste link: http://averdade-emjesus.blogspot.com.br/2018/04/sinal-da-proximidade-do-fim-da-historia.html

Jerusalém é um verdadeiro símbolo do mundo e ao mesmo tempo da igreja de Deus no tempo do fim. Os “exércitos” e o ruído dos “carros” de Roma, preparando-se para o segundo cerco, já se podem escutar à distância. Os seus espiões e os seus símbolos já se introduziram não só no mundo inteiro. Em vez de nos apequenarmos diante de tal poder destruidor, reparemos que tudo isso já havia sido revelado por Aquele que conhece o fim antes do começo. Ou seja, nada escapa ao conhecimento de Deus. Nem o futuro! E se Ele fala que há uma coroa da vida aguardando os fiéis, então, confiemos – há sim uma coroa para os que forem vitoriosos em Sua eterna vitória.

A abominação da desolação é um assunto importante nestes últimos dias. Se estudarmos esta profecia com cuidado, veremos que cada um dos seus três cumprimentos se refere a uma apostasia nacional do povo de Deus, que termina com sua trágica destruição. Estamos agora vivendo no tempo da apostasia final da igreja cristã, que torna sem efeito os mandamentos da Lei de Deus. Precisamos ver que estamos no meio da profecia e manter os olhos abertos para a culminação de todas as coisas.

Nossa única proteção contra a abominação da desolação é dar as nossas vidas sem reservas a Jesus, amar os outros como Ele os ama e adora-Lo no caminho que a Sua palavra ensina. O maior mandamento é simplesmente amar a Deus com todo nosso coração, alma e força. Se temos esse amor, será natural que façamos tudo para agradá-Lo e honrá-Lo. Em troca, ele vai nos manter em segurança através da desolação que vai fechar a história desta terra antes que ele volte.

“A brevidade do tempo é frequentemente realçada como incentivo para buscar a justiça e fazer de Cristo o nosso amigo. Este não deve ser o grande motivo para nós; pois cheira a egoísmo. É necessário que os terrores do dia de Deus sejam mantidos diante de nós, a fim de que sejamos compelidos à ação correta pelo medo? Não devia ser assim. Jesus é atraente. Ele é cheio de amor, misericórdia e compaixão. Deseja ser nosso amigo, andar conosco por todos os acidentados caminhos da vida” (Ellen G. White, Exaltai-O [MM 1992], p. 99).








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