Ricardo
André
I
- Introdução
Quinhentos anos atrás,
Martinho Lutero, o grande reformador protestante do século XVI, e seus
companheiros na Reforma exaltaram as Sagradas Escrituras e desafiaram o povo a
obedecer à Palavra. Muitos atentaram a esse chamado, mas alguns reivindicavam
ser diretamente instruídos pelo Espírito Santos e assim não precisavam
submeter-se à autoridade dos antigos escritos. Eles se opunham ao desafio de
Lutero ao gritarem: “O Espírito! O Espírito! Pois a letra mata, mas o Espírito
vivifica” (Co 3:6)”. No capítulo 10 de O Grande Conflito, Ellen G. White
descreve como os reformadores usavam a Palavra de Deus como uma arma poderosa
para vencer essa posição.
Hoje, uma heresia
oposta ganhou apoio na cristandade a qual ecoa e é, infelizmente, ouvida mesmo
entre os adventistas do sétimo dia. Ao corretamente exaltar as Escrituras como
a toda suficiente regra de fé e prática, há alguns (notadamente os calvinistas)
que bradam: “A Bíblia, somente a Bíblia”, negando a continuidade da voz
profética do Espírito Santo nos tempos pós bíblico, ou após a era apostólica. O
argumento parece lógico. Se as Escrituras são toda suficiente, que necessidade
há de revelações extra bíblicas por meio de um mensageiro moderno? Se todas as
verdades se encontram na Palavra de deus, que motivos possíveis existem para
ouvir alguém que reivindica haver recebido instruções do Espírito Santo?
A questão de capital
importância é: Teria a profecia cessado
com o encerramento do Cânon Bíblico?
Os adventistas do
sétimo dia rejeitam a posição dos cessionários – aqueles que creem que os dons
do Espírito cessaram com a morte dos apóstolos. Antes, sustentamos que
concordar com o lema “A Bíblia e a Bíblia somente” significa aceitar tudo o que
ela ensina, e isso inclui a continuidade da presença do Espírito Santo por meio
dos dons – especialmente nos últimos dias.
Acreditamos que as
Sagradas Escrituras – a suprema revelação de Deus e de Sua vontade – ensinam
que os dons do Espírito Santo continuarão a guiar o povo de Deus até o tempo do
fim. Embora o Cânon da Palavra de deus esteja fechado, Ele não encerrou a
comunicação com Sua igreja através do dom de profecia, especialmente quando a
igreja enfrenta os enganos dos últimos dias.
Apontamos para o ensino
das Escrituras de que o dom de profecia não cessaria com os apóstolos, mas
estaria presente nos “últimos dias”, conforme profetizado pelo profeta Joel.
Ele anunciou um derramamento especial do Espírito Santo e do dom profético
justamente antes do retorno de Cristo (Joel 2:28, 29). O apóstolo Paulo, em sua
carta aos Efésios, afirmou que os dons do Espírito, inclusive o dom de
profecia, surgiriam na igreja cristã
“até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de
Deus” (Ef 4:13). Uma vez que a igreja ainda não alcançou tal experiência,
necessita ela ainda da presença dos dons. Os dons Espírito, “incluindo
o dom de profecia, continuarão a operar em benefício do povo de Deus até o
retorno de Cristo” (Nisto Cremos, p. 294).
João nos diz que o povo
de Deus no tempo do fim possuiria o testemunho de Jesus, que o anjo identifica
como o Espírito de Profecia (Ap 12:17; 19:10). Consequentemente, não se pode
descartar o dom profético o dom profético concedido à igreja remanescente com
base no princípio sola Scriptura (só
as Escrituras), pois o surgimento desse dom nos últimos dias é justamente a
confirmação do que dizem as Escrituras. Negar a continuidade do dom profético no tempo do fim significa a rejeição de partes do registro bíblico.
"No livro do Apocalipse, afirma-se que João, o revelador, não seria o último dos profetas e que o ministério profético continuaria depois dos dias dele ao longo dos séculos vindouros. Embora isso possa ser verdade para o povo de Deus em toda a idade cristã, em Apocalipse 12:17 e 19:10 está claro que o povo de Deus do tempo do fim, em particular, se caracteriza por estar na posse do "testemunho de Jesus" transmitido pelo "Espírito da profecia". Em outras palavras, no tempo do fim, a igreja tem a orientação profética como teve no tempo de João. O Apocalipse menciona o martírio de "santos e profetas" na crise final (16:6; 18:20, 24)".
"Assim, Apocalipse 19:10) assim como 22:6 e 9) provê ao povo de Deus que vive nos últimos dias da história da Terra a garantia dos cuidados de da orientação especial de Deus mediante o dom profético, assim como isso foi real para o povo de Deus no passado. O que foi verdade sobre a igreja ao longo da história também será verdade para a igreja no tempo do fim. A Bíblia não indica que o dom profético cessar´algum tempo antes da parousia , a vinda de Cristo. A revelação mostra que a igreja do tempo do fim experimentará a orientação profética até a conclusão da História da Terra, quando, com a segunda vinda, o dom profético perderá sua função e finalidade para a igreja triunfante" (Quando Deus Fala: O Dom de Profecia na Bíblia e na História, p. 226, 227).
"No livro do Apocalipse, afirma-se que João, o revelador, não seria o último dos profetas e que o ministério profético continuaria depois dos dias dele ao longo dos séculos vindouros. Embora isso possa ser verdade para o povo de Deus em toda a idade cristã, em Apocalipse 12:17 e 19:10 está claro que o povo de Deus do tempo do fim, em particular, se caracteriza por estar na posse do "testemunho de Jesus" transmitido pelo "Espírito da profecia". Em outras palavras, no tempo do fim, a igreja tem a orientação profética como teve no tempo de João. O Apocalipse menciona o martírio de "santos e profetas" na crise final (16:6; 18:20, 24)".
"Assim, Apocalipse 19:10) assim como 22:6 e 9) provê ao povo de Deus que vive nos últimos dias da história da Terra a garantia dos cuidados de da orientação especial de Deus mediante o dom profético, assim como isso foi real para o povo de Deus no passado. O que foi verdade sobre a igreja ao longo da história também será verdade para a igreja no tempo do fim. A Bíblia não indica que o dom profético cessar´algum tempo antes da parousia , a vinda de Cristo. A revelação mostra que a igreja do tempo do fim experimentará a orientação profética até a conclusão da História da Terra, quando, com a segunda vinda, o dom profético perderá sua função e finalidade para a igreja triunfante" (Quando Deus Fala: O Dom de Profecia na Bíblia e na História, p. 226, 227).
À igreja do Êxodo
concedeu Deus o dom profético a fim de organizar, instruir e guiar Seu povo (At
7:38). “Mas o Senhor por meio dum profeta fez subir a Israel do Egito, e por
um profeta foi ele guardado” (Os 12:13). Não deve constituir surpresa,
portanto, o fato de encontrarmos um profeta no meio do povo que se acha
envolvido com o último êxodo – o escape do planeta Terra, poluído pelo pecado,
em direção à Canaã Celestial.
II
– Como Podemos Identificar o Profeta Verdadeiro?
O Senhor Jesus, olhando
no futuro, a nossos dias, predisse: “Surgirão falsos cristos e falsos profetas,
e farão tão grande sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os
escolhidos”(Mt 24:24). Por meio de João, Ele acrescentou: “Amados,
não creias a todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já
muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4:1). Quaisquer
que tenham sido os cumprimentos dessa predição nos séculos passados, ninguém
pode duvidar de que ela está se cumprindo dramaticamente em nosso tempo. Falsos
mestres religiosos, pessoas afirmando ter recebido comunicações diretas de Deus
são muito comuns no mundo contemporâneo.
Nossa ocupação é
experimentar, provar os profetas para achar o verdadeiro e rejeitar o falso.
Onde encontrar essas provas? Na Bíblia. A Bíblia diz muita coisa sobre a obra
dos profetas e o meio pelo qual pode ser identificado o genuíno dom profético. Este
é o dilema de nosso estudo, o qual está repleto de importantíssimas
revelações.
Duas
Observações Importantes
Antes de analisarmos as
provas bíblicas do profeta verdadeiro, é importante destacar dos pontos
relevantes a respeito dessa temática:
a) Nem todos os
Profetas escreveram partes da Bíblia.
Pelo menos 12 profetas
verdadeiros, que não são autores da Bíblia, são nelas mencionados. Um dos mais
notáveis é João Batista, a respeito de quem Jesus disse que não houve profeta
maior que ele (Mt 11:11). As mensagens de profetas inspirados cujos escritos
não foram incluídos no cânon das Escrituras Sagradas, não sendo, portanto
canônicos vieram diretamente de Deus, assim como as mensagens dos profetas
canônicos. Logo um profeta inspirado não é necessariamente canônico.
Os escritos de tais
profetas como Natã (2Sm 24:13), Gade (2Sm 12:1), Aías (1Rs 11:29) e Eliseu (2Rs
2:9-14) não se encontram no Cânon Sagrado possivelmente porque não tiveram
aplicação especial as gerações futuras. Porém, eles possuíam a mesma autoridade
que os profetas canônicos. Nos tempos de Davi, as Escrituras eram os livros de
Moisés, mas nem por um momento Davi questionou a autoridade de Natã. Ele sabia
que Natã era profeta, e que sua palavra era autorizada, embora Natã não tivesse
produzido nenhum livro que passasse a fazer parte da Bíblia.
b)
Deus
não faz discriminação de sexo quanto ao dom de profecia.
Na Santa Bíblia se
mencionam várias mulheres que exerceram o ofício profético. Miriã, irmã de Moisés,
é chamada profetisa. Ela é descrita como a líder das mulheres no Cântico de
Moisés (Ex 15:1,20 e 21). Débora, se tornou líder política e espiritual, algo
que poucas mulheres alcançaram naqueles dias. Como “mãe em Israel”, ela zelou
pelo povo com cuidado maternal, aconselhando e ajudando a obter justiça(Jz
4:4;5:7). Hulda foi outra profetisa em Israel (2Rs 22:14-20;2Cr 34:20-28). É
interessante que ela foi consultada pelo rei Josias sobre a vontade de Deus,
embora tanto Jeremias como Sofonias estivessem vivendo ao mesmo tempo.
No Novo Testamento, as
quatro filhas de Filipe são mencionadas como profetisas(At 21:8,9)
As Sagradas Escrituras
apresenta-nos várias provas do profeta verdadeiro, veremos apenas quatro, que
são as seguintes:
1)
Sua Mensagem deve Harmonizar-se com a Bíblia
“(...)“À lei e aos
mandamentos!” Se eles não falarem conforme esta palavra, vocês jamais verão a
luz!(Is 8:20, NVI).
Isaías chama a atenção
para o fato de que os profetas verdadeiros serão provados por sua fidelidade às
revelações anteriormente escritas. Se os seus ensinos não estiverem de acordo
com a Bíblia, podemos saber que sua mensagem não proveio de Deus. Até porque um
profeta posterior jamais deverá contradizer um profeta anterior. Todo profeta
que sucedia o outro a outro, nos tempos do Antigo Testamento ou do Novo
Testamento, fazia de todos os escritos proféticos anteriores a norma de
comparação para seu ministério. Cada qual foi, em certo sentido, uma luz menor
que apontava para a luz maior. Paulo faz um breve resumo desta relação: “Toda
a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e
plenamente preparado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16,17, NVI). Ademais,
o Espírito Santo jamais contradiz o Seu próprio testemunho anteriormente
concedido, pois em Deus “não pode existir variação, ou sombra de
mudança” (Tiago 1:17). E como escreveu Ellen G. White: “Visto
ter sido o Espírito de Deus que inspirou a Escritura sagrada, é impossível que
o ensino do Espírito seja contrário ao da Palavra” (O Grande Conflito, p. 9).
Essa prova da
autenticidade de um profeta é clara e não podemos dela escapar. Embora os
profetas posteriores revelem aspectos adicionais aos pensamentos de Deus acerca
do plano da salvação, eles não contradizem os conceitos básicos já apresentados.
2)
Suas predições se cumprem
“Mas o profeta que
profetiza prosperidade será reconhecido como verdadeiro enviado do Senhor se
aquilo que profetizou se realizar" (Jeremias 28:9, NVI).
Os que viveram na época
de Jeremias foram instruídos a usar o critério das “predições cumpridas” como
uma das provas do profeta verdadeiro. No entanto, fazer predições, ou
prenunciar é apenas um dos aspectos da obra de um profeta. De fato pode ser,
até a faceta menos importante. Tanto João Batista como Moisés foram grandes
profetas, não pelo cumprimentos de suas profecias mas por outras razões.
Ao mesmo tempo,
entretanto, nem todas as predições acontecem se as pessoas envolvidas têm uma
mudança de coração. É o caso conhecido como profecia condicional (Jn 3 e 4).
3)
Confessa Jesus, o Deus-homem(1Jo 4:1-3)
“Amados, não creiam em
qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus,
porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Vocês podem reconhecer o
Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio
em carne procede de Deus; mas todo espírito que não confessa a Jesus não
procede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram
que está vindo, e agora já está no mundo” (1 João 4:1-3, NVI).
Esse texto exige mais
que um simples reconhecimento de que Jesus Cristo viveu sobre a Terra. O
verdadeiro profeta deve confessar o ensinamento bíblico da encarnação – ele
deve crer em Sua Divindade e preexistência, Seu nascimento virginal, Sua
verdadeira humanidade, vida sem pecado, Seu sacrifício expiatório,
ressurreição, ascensão, ministério intercessório e Segundo Advento.
4)
Os Frutos Produzidos na Vida e na Obra (Mt 7:16,18-20)
A árvore boa não pode
dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons.Toda árvore que não
produz bons frutos é cortada e lançada ao fogo. Assim, pelos seus frutos vocês
os reconhecerão!” (Mateus 7:18-20, NVI).
Podemos discernir os
falsos profetas a partir de seus frutos, conforme explicou. Ele aplicou à vida
dos profetas o princípio: uma boa árvore
produz frutos bons.
Esse conselho é crucial
ao se avaliar a reivindicação do profeta. Em primeiro lugar vem a vida do
profeta. Sua vida deve ser caracterizada pelos frutos do Espírito, não pelas
obras da carne (Gl 5:19-23). Em segundo lugar, esse princípio diz respeito à
influência do profeta sobre os outros. Quais são os resultados observáveis na
vida daqueles que aceitam a mensagem? Porventura as mensagens do profeta
habilitam o povo de Deus para a missão e o unem em sua fé (Ef 4:12-16)?
Encontram os pecadores o Senhor por meio de seus escritos?
Toda pessoa que
reivindica possuir o dom profético, deve ser submetido a tais testes. Se
enfrentar positivamente todos eles, podemos ter a confiança de que efetivamente
o Espírito Santo concedeu a ela o dom de profecia.
Através dos anos muitas
pessoas lamentavelmente têm seguido homens e mulheres eufóricos e carismáticos
que assumam as credenciais de um profeta. Arrecadam-se vultosas somas de
dinheiro e criam-se poderosos impérios. Essa prova classifica rapidamente esses
autointitulados profetas como impostores.
III
– O Dom de Profecia na Igreja Adventista do Sétimo Dia
Volvamos agora, na
imaginação, ao ano de 1844. Tendo à frente do gigantesco movimento religioso
Guilherme Miller, muitos pregavam fervorosamente que a Vinda de Cristo e o fim
do mundo teria lugar a 22 de outubro de 1844. Milhares e milhares estavam seriamente
se preparando para encontrar-se com Cristo quando viesse nas nuvens do céu.
22 de outubro chegou e
Cristo não voltou. Amarga decepção passaram aqueles adventistas, dando em
resultado frustração, confusão, divisões, dispersão dos crentes adventistas, fanatismo
e um sentimento de derrota. Foi num tempo de perturbação, de dificuldade entre
o povo de Deus, que Ele decidiu dar a conhecer Suas intenções e planos. Durante
a confusão e o desespero que se seguiram
ao dia 22 de outubro de 1844, Deus se aproximou de Seu povo. E revelou os Seus
planos por meio de uma adolescente de dezessete anos, por nome Ellen Gould
White.
Em dezembro daquele ano
ela teve inspirada e estranha experiência. A esse respeito, de quando ela
estava ajoelhada humilde e tranquilamente em oração junto com quatro irmãs em
Cristo, em casa da Sra. Haines em Portland, no Maine, diz ela: “o
poder de Deus veio sobre mim como eu nunca dantes sentira” (Vida e Ensino, pág.
57).
O revestimento do poder
trouxe-lhe a primeira visão, na qual a essa menina de 17 anos foi mostrada a
jornada do povo do advento da decepção de 1844 à Cidade de Deus (Primeiros
Escritos, p. 13-31).
“Se falhassem em
prosseguir na infalível luz, eles tropeçariam e cairiam no caminho. Assim, eles
tragicamente jamais alcançariam a cidade de Deus.” (LeRoy
Edwin Froom, Movement of Destiny, p.
82). Seus olhos
deveriam conservar-se fixo em Jesus para não fracassarem. No final da visão,
ela viu Jesus voltando em poder e grande glória para buscar Seus filhos. Viu a
ressurreição dos justos e o grande encontro nas nuvens. Viu a grande carruagem
de nuvens, com os santos ascendendo com Jesus à Cidade Santa.
Seguiu-se pronta ordem para ela ir e relatar o que lhe fora revelado.
Seus sentimentos são descritos da seguinte maneira: “Depois que saí da visão, estava excessivamente perturbada. Dirigi-me
ao Senhor em oração e roguei-lhe que passasse a responsabilidade sobre outra
pessoa. Parecia-me que não a poderia suportar. Fiquei sobre o meu rosto por
longo tempo, e toda luz que pude obter, foi: Dá a conhecer aos outros o que te
revelei” (Vida e Ensino, p.65). Aquela jovem ergueu-se da oração para
assumir a responsabilidade e falar por Deus, desempenhando-se muito bem e
fielmente por 70 anos.
Ao deixar essa primeira visão, seus amigos se acalmaram, pois pensavam
que ela havia morrido. Seus pulmões não respiravam e seus olhos, embora
abertos, não podiam ver nada. Somente com os olhos da sua mente ela podia ver
cenas da visão. Ela disse:
“Nunca
pensei que voltaria ao mundo novamente. Quando voltei a respirar, não conseguia
ouvir nada. Tudo estava escuro. A luz e a glória em que meus olhos se
deleitaram ofuscaram a claridade e isso foi por muitas horas. Então,
gradualmente comecei a enxergar e perguntei onde eu estava.
“‘Você
está aqui em minha casa.’ Disse o dono da casa.
“‘O
quê? Aqui? Você não se lembra?’ Então logo tudo voltou ao normal para mim. Será
aqui o meu lar? Terei que voltar aqui? Oh, que peso e que fardo veio sobre
minha alma!” MS 16, 1894, Messenger to the Remnant, p. 6.
“Eu
chorei ao me encontrar aqui; sentia saudade. Eu tinha visto um mundo melhor, e
isso tornou este mundo insignificante para mim.” Life Sketches, pp. 67 e 68.
Esta é a preciosa luz que a Sra. White recebeu nas suas visões que nós
vemos refletida em cada página dos seus livros maravilhosos.
Desde 1844 até 1915 – ano de sua morte – ela recebeu mais de 2000 visões
e sonhos proféticos à noite ou durante o dia. Através das mensagens que
chegavam por meio da Serva do Senhor deram estabilidade, crescimento e solidez
ao Remanescente Fiel. Por meio de seus Testemunhos, ela orientou o sistema
educacional adventista, a obra de publicação, a reforma pró saúde. Durante os
70 anos de serviço à Igreja, como profetiza e conselheira, Ellen G. White viveu
e trabalhou na América do Norte, Europa a partir do verão de 1885 até o verão
de 1887, e Austrália de 1891 a 1900, aconselhando, estabelecendo novas frentes
de trabalho, pregando e escrevendo. Na Austrália, “ela trabalhou ombro a ombro
com os fundadores do Avondale College para abrir uma escola que deveria
constituir um padrão para a educação adventista” (Tratado de Teologia Adventista
do Sétimo Dia, p. 9). Os 11 anos que passou no estrangeiro destacam o caráter
internacional de seu ministério.
Os Adventistas do Sétimo Dia declaram como uma de suas crenças
fundamentais que “um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é
uma característica da igreja remanescente e foi manifestado no ministério de
Ellen G. White. Como mensageira do Senhor, seus escritos são uma contínua e
autorizada fonte de verdade e proporcionam à igreja conforto, orientação,
instrução e correção. Eles também tornam claro que a Bíblia é a norma pela qual
deve ser provado todo ensino e experiência” (Nisto Cremos, ed. 1997, p.
290).
IV – Quem foi Ellen G.
White?
Ellen G. Harmon nasceu em Gorham, Maine, dia 26 de novembro de 1827 na
família de Roberto e Eunice Harmon. Ela, junto com sua irmã gêmea Elizabeth,
eram as mais jovens de um grupo de oito irmãos.
Converteu-se na reunião geral metodista celebrada em março de de 1840.
Foi batizada em Casbo Bay, Portland, Estado do Maine, EUA. Em 1843, por causa
de suas crenças advenyistas, foi expulsa da Igreja Metodista juntamente com
outros membros da família Harmon.
Aos nove anos, em caminho da escola sofreu um acidente, provavelmente ocorrido em 1836 ou 1837, quando uma menina
de 13 anos lhe atirou uma pedra, atingindo-a no nariz. Após cair desmaiada, foi
socorrida e ficou três semanas em coma, e mais de dois anos sem respirar pelo
nariz. "Por causa dessa lesão, pensava-se que ela morreria. Em sua debilidade, ela simplesmente entregou o coração a Jesus e encontrou paz" (Quando Deus Fala, p. 317). Em razão desse acidente só foi possível cursar o 3º ano do antigo
primário. O mesmo também "produziu pensamentos amargos para com Deus. A experiência crucial seguinte à sua conversão foi perceber que Jesus poderia perdoar seus pecados, o que ela experimentou em uma reunião campal metodista em 1841, em Buxton, Maine" (Idem).
Era de família humilde e seu pai era chapeleiro e ela trabalhava fazendo
copas de chapéu e meias, e ganhava 1\4
de dólar por dia para ajudar seus pais.
Logo no começo de sua adolescência, Ellen e a sua família aceitaram as
interpretações bíblicas de um fazendeiro que se tornou pregador Batista: Guilherme
Miller. Junto com Miller e outros 50.000 adventistas, sofreu uma amarga
decepção quando Cristo não regressou no dia 22 de outubro de 1844, a data que
indica o fim da profecia dos 2.300 dias de Daniel capítulo 8. Tornou-se uma dos
três pioneiros originais da igreja, juntando-se ao seu futuro esposo Tiago
White e José Bates para disseminar a nova luz do sábado e da purificação do
santuário.
Em dezembro de 1844, dois meses depois do desapontamento de 22 de outubro
de 1844, Deus dá a Ellen sua primeira de quase 2.000 visões e sonhos. Pouco
depois de sua primeira visão, Ellen Harmon foi instruída pelo anjo do Senhor a
escrever o que lhe foi apresentado. Ela disse:
“No
começo do meu trabalho público, eu era ordenada por Deus. ‘Escreve, escreve as
coisas reveladas a você’. No momento que esta mensagem veio a mim, não
conseguia mover a minha mão. Minha condição física me impossibilitou de
escrever.
“Porém a palavra veio novamente: ‘Escreve
estas coisas reveladas a você’. Eu obedeci e, como resultado, logo depois eu
pude escrever página após página com relativa facilidade. Quem me disse o que
escrever? Quem moveu minha mão direita me possibilitando a usar a caneta? Foi o
Senhor.” - Review and Herald, 14 de junho de 1906. (tirado de Messenger to the
Remnant, p. 109).
Em agosto, 1846, casou-se com Tiago White, um ministro adventista de 25
anos com quem compartilhou a convicção de que Deus a tinha chamado para que
fizesse a obra de uma profetisa. Pouco depois de se casarem, Tiago e Ellen
começaram a guardar o sábado como sétimo dia, conforme o quarto mandamento de
Êxodo capítulo 20. Mãe de quatro rapazes, Ellen experimentou a dor de perder
por meio da morte a dois de seus filhos. Herbert morreu poucas semanas depois
de nascer e Henry morreu aos 16 anos. Seus outros dois filhos, Edson e William,
chegaram a ser ministros adventistas.
Ficou viúva em 6 de agosto de 1881. 35 anos de vida conjugal, quando
reconsagrou sua vida a Deus junto ao ataúde do esposo para terminar a obra que
o Mestre Jesus lhe confiara.
Ellen White foi uma escritora promissora. Começando em 1851, quando
publicou seu primeiro livro, estende-se num volume de artigos, livros e
folhetos. Entre eles alguns são puramente devocionais, enquanto outros são
seleções de muitas de suas cartas pessoais com conselhos escritos na
decorrência dos anos. Outros são históricos e delineiam a contínua batalha
entre Cristo e Satanás pelo controle dos indivíduos e das nações. Também
publicou livros sobre educação, saúde e outros temas de especial importância
para a igreja. Depois de sua morte publicaram cerca de 50 compilações, na sua
maioria materiais que não se tinham publicado com anterioridade. É autora de
vários milhares de artigos que foram publicados, com o decorrer dos anos, nas
revistas "Review and Herald", "Signs of the Times", e
outros jornais Adventistas do Sétimo Dia da época.
“Em 14 de março de 1858, Ellen teve uma visão de duas horas sobre
acontecimentos relativos ao grande conflito entre o bem e o mal, que se
estendia através dos séculos desde a queda até a nova Terra. Essa visão serviu
de base para o primeiro volume do Spiritual
Gifts, precursor de O Grande Conflito. A casa de madeira em Battle Creek,
na qual ela escreveu grande parte desse livro, permanece de pé até hoje, como
testemunho para esta geração da obra que Deus designou a Ellen White” (Tratado
de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 8).
Tem a reputação de ser a autora mais traduzida na história americana. Por
exemplo, o seu livrinho, Caminho a Cristo,
é traduzido em 150 línguas.
Não obstante sua timidez, Ellen White se converteu eventualmente num
oradora pública muito popular. Isso não só nos Estados Unidos, senão também na
Europa e Austrália. Demandava-se sua presença não só em reuniões adventistas,
senão também em audiências não adventistas, onde apreciavam muito seus temas
sobre temperança. Durante o ano de 1876 ela falou a uma multidão estimada em
20.000 pessoas, sua maior audiência, em Groveland, Massachusetts, por mais de
uma hora e sem a ajuda de um microfone. Em sua visão de 6 de junho de 1863,
Ellen White recebeu instrução sobre questões relacionadas à saúde, como o uso
de drogas, fumo, café, chá, comidas com carne, e sobre a importância do
exercício, a luz do sol, o ar fresco, e o autocontrole na dieta. Seus conselhos
de saúde, baseados nesta e outras visões posteriores, têm provido aos
Adventistas um estilo de vida que dá como resultado que vivam uns sete anos
mais do que a média de vida nos Estados Unidos.
Ellen White costumava ler muito. Deu-se conta de que a leitura de outros
autores lhe ajudava em sua própria redação enquanto apresentava as verdades que
se lhe revelavam em visão. Também o Espírito Santo lhe impressionava para que,
por vezes, incluísse em seus próprios artigos e livros gemas literárias das
obras de outros autores. Não pretendeu ser infalível e nem que seus escritos
fossem tratados em igual forma que as Escrituras Sagradas. Ainda assim, creu
firmemente que suas visões eram de origem divina e que seus artigos e livros
eram produzidos sob a condução do Espírito Santo de Deus. Foi basicamente uma
evangelista, e sua preocupação principal na vida era a salvação das almas.
Ellen White foi uma pessoa generosa e deu um bom exemplo de cristianismo
prático. Por anos guardava retalhos de tecido, pois se via a uma mulher que
precisava de um vestido, podia prover assistência. Em Battle Creek assistia a
leilões, comprava móveis usados e os guardava; então se a casa de alguém se
incendiava ou qualquer outra calamidade afetava uma família, estava preparada
para ajudar. Antes que a igreja implementasse um plano de aposentadoria, se ela
sabia de algum ministro ancião que estava com problemas financeiros,
enviava-lhe um pouco de dinheiro para ajudá-lo a enfrentar suas necessidades mais
urgentes. “As portas de seu lar estavam sempre abertas para pregadores
itinerantes, jovens desejosos de obter educação e pessoas necessitadas” (Tratado
de Teologia Adventista do Sétimo Dia, p. 8).
“Com a idade de 81 anos ela compareceu à assembleia da Associação Geral
de 1909, realizada em Washington, D.C. Nessa viagem, que durou cinco meses,
Ellen White falou 72 vezes em 27 lugares antes de voltar para casa em
Elmshaven, perto de Santa Helena” (Tratado de Teologia Adventista do Sétimo
Dia, p. 9).
No dia 13 de fevereiro de 1915, ela levou um tombo em sua casa em Santa
Helena e quebrou a bacia esquerda. Após uma vida inteira dedicada ao serviço de
Deus e dos outros, ela faleceu no dia 16 de julho de 1915, em sua casa em Elmshaven,
Santa Helena, na Califórnia, com 87 anos de idade. O funeral foi feito em 24 de julho de 1915, em
Battle Creek. Ela foi enterrada no cemitério de Oak Hill ao lado do seu esposo
e parentes. Mesmo assim ainda ouvimos a sua voz nos livros. Por 70 anos ela
apresentou fielmente as mensagens que Deus lhe deu para seu povo. Nunca foi
elegida para ocupar um cargo específico na igreja, ainda que os líderes da
mesma sempre procuravam seu conselho. Frequentou a escola só até os seus 9
anos, mas suas mensagens puseram em marcha as forças que deram a luz a todo o
sistema educativo mundial da Igreja Adventista. Desde as creches até as
universidades. Ainda que não tinha nenhum treinamento médico, o fruto de seu
ministério pode-se ver hoje na rede de hospitais e clínicas adventistas que se
encontram ao redor do mundo. E ainda que não foi formalmente ordenada como
ministro do evangelho, provocou um impacto espiritual sem precedentes nas vidas
de milhões. Desde um extremo da terra até o outro.
Os livros de Ellen White continuam até o presente momento ajudando às
pessoas a encontrar seu Salvador, a aceitar o perdão de seus pecados, a
compartilhar esta bênção com outros, e a viver na esperança da promessa de seu
cedo regresso!
V – Provas de que Ellen
G. White foi uma Profetiza Verdadeira
A ela como profetiza podemos aplicar o teste do verdadeiro profeta, e
veremos que ela satisfaz na íntegra todos os itens requeridos.
Como
Ellen G. White Via a si Mesma
Mas, antes de avaliarmos as provas que Ellen G. White deu de possuir o
verdadeiro dom profético, temos que saber o que ela reivindicava para si mesma.
Ela jamais assumiu o título de profetisa, mas não se opunha a que os outros
assim o identificassem. Ela preferia o termo “Mensageira do Senhor”. Ela
explicou:
“Não tenho tido
reivindicações a fazer, apenas que estou instruída de que sou a Mensageira do
senhor; de que Ele me chamou em minha mocidade para ser Sua mensageira, para
receber-Lhe a Palavra, e dar clara e decidida mensagem em nome do Senhor Jesus.
Cedo, em minha juventude, foi-me perguntado várias vezes: Sois uma profetisa?
Tenho respondido sempre: Sou a mensageira do Senhor. Sei que muitos me têm
chamado profetisa, porém eu não tenho feito nenhuma reclamação desse título. (...)
Por que não tenho eu reivindicado ser profetisa? – Porque nestes dias muitos
que ousadamente pretendem ser profetas são um opróbrio à causa de Cristo; e
porque meu trabalho inclui muito mais do que a palavra “profeta” significa” (Mensagens
Escolhidas, vol. I, p. 32).
“Quando recebeu o dom profético, Ellen White reconheceu a autoridade
conferida a seu ministério como profetisa literária não canônica. Em numerosas
ocasiões, pela voz e pela pena, ela se dirigiu a líderes e leigos com a
convicção de que suas palavras estavam revestidas da autoridade divina. Mantinha-se
constantemente desperta para que essa autoridade não repousasse nela mesma, mas
sobre as mensagens que Deus lhe dera para comunicar. Junto com esse
reconhecimento vinha o senso de temor e demérito” (Tratado de Teologia
Adventista do Sétimo Dia, p. 702).
1) A primeira prova é
ver se ela falou de acordo com Bíblia (Is 8:20)
Todos os que estão familiarizados com seus livros podem testemunhar que
ela usou profusamente as Escrituras. Ela submergia na Bíblia e se referia
constantemente ao texto bíblico, e o que ela escreveu está de acordo com a
Bíblia. Embora ela não fosse teóloga e não haja escrito um comentário exegético
da Bíblia, sua mensagem está em harmonia com a mensagem das Escrituras.
Seus escritos não ensinam nenhuma doutrina que não possa ser confirmada
pela Bíblia. Vale ressaltar que Ellen G. White não acrescentou nada novo em
doutrina, porém, exaltou as Escrituras, e deu-lhes uma posição central em todos
os seus escritos. Seus escritos nos conduzem de volta à Palavra de Deus.
Ao afirmar sua crença nos escritos de Ellen G. White, os Adventistas do Sétimo
Dia não sugerem de modo algum que eles sejam uma segunda Bíblia, que eles são
mais importantes do que as Escrituras, diminuindo assim a autoridade da Santa
Palavra de Deus. Pelo contrário, acreditam que as “Escrituras são a única e
suprema regra de fé e prática”, e suprema fonte de doutrina, e estandarte
pelo qual os escritos de Ellen G. White devem ser julgados. A própria Ellen G. White defendia categoricamente o princípio Reforma Protestante sola Scriptura. Ela escreveu: "A nossa regra de fé é a Bíblia, e a Bíblia só" (Conselhos Sobre a Escola Sabatina, p. 84).
Cremos que seus escritos, são uma luz do Céu para esta geração, uma luz
que reflete a luz das Escrituras, que foi escrito para todas as gerações,
aplicando-a para este tempo. “Ellen G. White se relaciona com a s Escrituras de
uma forma inteiramente diferente da de Joseph Smith ou de Mary Baker Eddy.
Enquanto estes afirmam que seus escritos são superiores à Bíblia, Ellen White
confere suprema autoridade à Palavra de Deus” (Tratado de Teologia Adventista
do Sétimo Dia, p. 696). Ela nunca sustentou que seus escritos fossem outra
Bíblia ou um acréscimo ao Cânon Sagrado. Os textos a seguir resumem bem a
posição dela sobre a Bíblia Sagrada. Em seu primeiro livro, publicado em 1851,
ela declarou:
“Recomendo-vos,
caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa
palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos “últimos dias”; não
para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que
se desviam da verdade bíblica” (Primeiros Escritos, p. 78).
Ela disse mais: “A Bíblia, e a
Bíblia tão-só, deve ser nosso credo, o único laço de união; todos os que se
submeterem a essa santa Palavra estarão em harmonia entre si. Nossos próprios
pontos de vista e ideias não devem controlar nossos esforços. O homem é
falível, mas a Palavra de Deus é infalível. Em vez de lutar uns com os outros,
exaltem os homens ao Senhor. Defrontemos toda oposição, como o fez o Mestre,
dizendo: “Está escrito”. Ergamos o estandarte no qual está escrito: a Bíblia,
nossa regra de fé e disciplina” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, p. 416).
“Em
Sua Palavra, Deus conferiu aos homens o conhecimento necessário à salvação. As
Escrituras Sagradas devem ser aceitas como autorizada e infalível revelação de Sua
vontade. Elas são a norma do caráter, o revelador das doutrinas, a pedra de
toque da experiência religiosa. ‘Toda Escritura é inspirada por Deus e útil
para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
a fim de que o homem de deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda
boa obra’. II Tim. 3:16 e 17” (O Grande Conflito, p. 9).
A estima em que a Sra. E. G. White tinha a Palavra de Deus, e a maneira
por que ela recomendava o seu estudo aos outros, são bem expressas nas seguintes
palavras:
"Que
livro se pode comparar com a Bíblia? O conhecimento de seus ensinos é essencial
a toda criança e jovem, e aos que são de idade madura; pois ela é a Palavra de
Deus, dada a fim de guiar a família humana para o Céu. Há no mundo hoje muitos
deuses e doutrinas muitas. Sem uma compreensão das Escrituras, é impossível à
mocidade entender o que é a verdade, ou discernir entre as coisas sagradas e as
comuns.
"A
Palavra de Deus deve ser tida como o mais elevado livro educativo de nosso
mundo, e ser tratada com reverente temor. Deve ser posta nas mãos das crianças
e jovens como o grande compêndio, a fim de que possam possuir de Deus aquele
conhecimento correto que significa vida eterna.
"Que
conhecimento mais importante se pode obter do que aquele que esboça a queda do
homem, e as consequências do pecado que abriu sobre o mundo a maré de
desgraças; que fala a respeito do primeiro advento de Cristo? A encarnação de
Cristo, Sua divindade, Sua obra expiatória, Sua maravilhosa vida no Céu como
nosso advogado, o ofício do Espírito Santo, sim, todos estes temas vitais do
cristianismo estão revelados desde o Gênesis até ao Apocalipse. Cada um é um
elo de ouro na cadeia perfeita da verdade. Por que, pois, não deveriam as
Escrituras ser exaltadas em cada escola de nosso país?" (Conselhos aos Pais,
Professores e Estudantes, pág. 385.
A compreensão da Sra. Ellen G. White quanto à relação que há entre seus
escritos e a Bíblia, foi novamente salientada nestas palavras: “Pouca atenção é dada à Bíblia, e o Senhor
deu uma luz menor para guiar homens e mulheres à luz maior” (Mensagens
Escolhidas, vol. 3, p. 30). Como se vê, ela tinha o entendimento de que
os seus Testemunhos foram dados para
explicar e esclarecer as Escrituras Sagradas. "O Objetivo central de seu papel especial como profetisa moderna foi dar testemunho da centralidade e primazia da Bíblia. Ela era uma profetisa para apontar as escrituras aos adventistas do sétimo dia e ao mundo. Ela escreveu: 'Eu tenho uma obra de grande responsabilidade a cumprir - comunicar pela pena e de viva voz as instruções a mim concedidas, não somente para os adventistas do sétimo dia, mas para o mundo. Publiquei muitos livros, grandes e pequenos, e alguns deles foram traduzidos para várias línguas. Esta é a minha obra - revelar as escrituras para outras pessoas, assim como Deus a mim as revelou' [TPI, v. 8, p. 236]" (Quando Deus Fala, p. 328).
Se houve alguém que falou de acordo com ‘a lei e o testemunho’, esse alguém foi Ellen G. White.
2) A Prova do Pomar (Mt
7:20)
a)
Os frutos da Obra de Ellen G. White na sua própria vida.
Um minucioso estudo de sua vida nos revela que ela produziu frutos de uma
fiel e fervorosa cristã: dedicou a vida ao serviço de Deus sem buscar posição,
honra ou vantagens pessoais; dedicou sua vida à serviço da humanidade, no lar
uma esposa fiel e dedicada, mãe zelosa e extremada; vida irrepreensível, dentro
e fora da igreja. O nobre caráter de Ellen G. White foi atestado por muitas
pessoas que a conheceram.
Como outras pessoas, a
Sra. White cometia erros e tinha fraquezas de caráter, mas a tendência de sua
vida era tal que em sua morte um jornal não adventista local publicou:
“A vida da Sra. White é
um exemplo digno de imitação por todos. (...) Ela era uma discípula humilde,
devota de Cristo e sempre vivia fazendo o bem. (...) Sua morte assinala o
desaparecimento de outra notável líder do pensamento religioso e alguém cujos
quase noventa anos foram transbordantes de boas ações, palavras amáveis e
orações sinceras por toda a humanidade” (St. Helena, Califórnia, Star, 23 de
julho de 1915).
Por ocasião da morte de
Ellen White, o sério jornal semanal, The Independent, de 23 de agosto de 1915,
publicado na cidade de Nova Iorque, traçou os pontos altos da experiência de Ellen
White num artigo intitulado “Uma
Profetisa Americana”. Então, falando dos frutos de seu ministério da igreja
adventista do sétimo dia, o jornal declarou:
“Estes ensinos
foram baseados na mais exata doutrina das Escrituras. O Adventismo do Sétimo
Dia não podia ser obtido de nenhuma outra forma. E o dom de profecia devia ser
esperado conforme fora prometido à “igreja remanescente” que
se havia apegado firmemente à verdade. Esta fé deu grande pureza de
vida e zelo incessante. Nenhuma corpo de cristãos os excede em caráter
moral e fervor religioso.
“Em tudo foi a Sra.
White uma inspiração e guia. Sua vida foi um registro de nobreza, e merece
grande honra. (...) Ela foi absolutamente honesta em sua crença e em suas
revelações. Sua vida foi digna delas. Não demonstrou nenhum orgulho espiritual
nem buscou lucros vis. Viveu a vida e realizou a obra de uma digna profetisa”.
b) Na vida dos
seguidores dos seus Conselhos
Os frutos de sua obra
na vida dos outros são demonstrados de duas maneiras:
·
Pelo crescimento das atividades e
das Instituições dos ASD ao redor do mundo.
Nenhuma outra
denominação do tamanho da IASD possui um sistema médico, educacional e de
publicações que seja tão amplo e difundido. Temos mais escolas, hospitais e
médicos missionários no mundo do que qualquer outra igreja no mundo. Com mais
de 19 milhões de membros em todo o mundo, a IASD opera, sozinha, em mais de 200
países e línguas que qualquer outra denominação protestante. Isto pode ser
atribuído principalmente à obra de Ellen G. White como Mensageira do Senhor.
“No papel de mensageira
de Deus, e mediante a orientação do Espírito Santo, ela entendia ser sua
responsabilidade tomar a dianteira no estabelecimento: (1) da organização da
igreja; (2) de uma visão global de toda a missão da Igreja Adventista do Sétimo
Dia; (3) de missões estrangeiras que levariam o evangelho a todo o mundo; (4)
de hospitais, clínicas e escolas de medicina; (5) de programas de saúde e
temperança, tanto para a igreja como para a comunidade; (6) de um sistema
educacional, abrangendo desde a educação infantil até os estudos de
pós-graduação; (7) de casas publicadoras para pôr literatura cristã na mão das
pessoas.
O material por ela
escrito constitui mais de 80 livros, 200 folhetos e panfletos e 4 600 artigos
em periódicos. Sermões, diários, testemunhos especiais e cartas compreendem 100
mil páginas de material manuscrito. A abrangência desse material é assombroso. Ela
escreveu sobre os mais variados assuntos, como cristologia, educação, saúde,
lar e família, temperança, evangelismo, assistência social, administração da
Igreja Adventista, dieta adequada e muitas outras áreas.
Em 1856, os adventistas
começaram a expressar suas preocupações com a educação de seus filhos. Foi,
entretanto, em 1872, que a Srª White recebeu a primeira visão sobre a natureza
da verdadeira educação. Em um artigo de 30 páginas, relatou a luz que lhe foi
dada sobre este assunto. Preocupada com a responsabilidade de dar às crianças e
jovens adventistas uma educação integral, escreveu posteriormente centenas de
páginas, salientando sempre a importância do “desenvolvimento harmônico das
faculdades físicas, intelectuais e espirituais” do educando. (Educação,
p. 13). Seus ideais revolucionários estão compendiados principalmente em três
livros: Educação, Conselhos aos
Professores, Pais e Estudantes, e Fundamentos da Educação Cristã.
Há alguns anos, a Dra.
Florence Stratemeyer, professora da Universidade Colúmbia, nos Estados Unidos,
surpreendida ao saber que o livro Educação
foi escrito por alguém que possuía apenas três anos escolares, declarou: “Recentemente
tive minha atenção voltada para o livro Educação, escrito por E. G. White.
Publicado no início deste século, este volume está adiantado mais de 50 anos
além do seu tempo. O fôlego e a profundidade de sua filosofia me assombraram.
Seus conceitos de educação equilibrada, de harmonioso desenvolvimento, e de
pensar e agir, em princípio, são avançados conceitos de educação. Não me
surpreende que os membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia tenham os escritos da Sra. White em tão
grande respeito e os tenham em posição central no desenvolvimento do programa
educacional em suas escolas” (Review and Herald, 06/08/59).
Aproximadamente 40% de
seus escritos tratam do viver saudável. Sua compreensão de temas sobre nutrição
e saúde estavam muito à frente do conhecimento de sua época. A ciência médica
tem descoberto muitos fatos no campo da saúde que foram escritos no século XIX
por Ellen G. White.
No livro A
Ciência do Bom Viver, p. 327 ela disse: “O fumo é um veneno lento, insidioso,
mas por demais maligno”. Ela afirmou isto numa época em que o fumo era
visto como remédio para os pulmões. Hoje é sabido que o cigarro contém mais de
30 substâncias venenosas, incluindo a nicotina, um dos venenos conhecidos mais
prejudiciais.
Em 1905, numa época em
que o café era um produto muito valorizado, ela escreveu que o café
é prejudicial a saúde (Conselho Sobre o Regime Alimentar, p. 426).
Atualmente, se reconhece que, dentre outros males, o café causa
arritmia cardíaca, aumenta o colesterol, favorece a osteoporose, tira o sono e
vicia (Veja, ed. 1982, 15/11/06, pág. 98).
O falecido Dr. Clive
McCay, respeitado professor de nutrição da Universidade Cornell, em Ithaca,
Nova Iorque, comentando a contribuição da Srª White no campo da ciência
nutricional, declarou:
“Quando se leem
as obras da Srª White como A Ciência do Bom Viver, ou Conselho Sobre Regime
Alimentar, fica-se impressionado com a correção de seus ensinos à luz da
ciência nutricional contemporânea. Só se pode
conjecturar quanto melhor saúde poderia gozar, em geral, o americano, embora
quase nada soubesse da ciência moderna, se tão-somente seguisse os ensinos da
Sra. White” (Review and Herald, 02 /12/1959. Citado em A Mão de Deus ao Leme,
p.48).
Por volta da década de
1950, Ashley Montagu escreveu sobre as influências da mãe sobre o filho durante
a gravidez.
Mas desde 1870, a Sra.
White já afirmava que o comportamento da mãe afeta diretamente o bebê antes do
nascimento (Mente, Caráter e
Personalidade, vol. I, págs. 131-138). O conhecimento não era dela, pois em
consequência de um acidente ela só pode frequentar a escola até a 3ª série do
Ensino fundamental. Ela não poderia ter produzido todos esses livros caso não
tivesse recebido sabedoria e iluminação divina. Como podemos explicar o acerto
de suas afirmações científicas? Seus abundantes escritos, conselhos, predições
e liderança mostram em forma inquestionável que Deus a guiou e inspirou tão verdadeiramente,
como a Moisés, tão seguramente como a Samuel, tão certamente como a Daniel e
tão completamente como a João Batista, o apóstolo precursor.
·
Pelo impacto espiritual de seus
escritos
O impacto de seus
escritos sobre os indivíduos é profundo. Milhões de pessoas mudaram de hábitos
e costumes, transformaram-se em melhores criaturas em todos os aspectos da vida
(no lar, na igreja e na sociedade) alcançaram normas de vida mais elevadas;
tem-se tornado pessoas de bem, dignas, honradas e de confiança na igreja e no
mundo, têm sido atraídas para Cristo e a Bíblia por meio de suas obras
publicadas.
Ler os seus escritos é
assentar-se aos pés do Salvador, e ver Seus ternos olhos, é ouvir Sua meiga
voz, é sentir Seu poderoso toque, é se apaixonar por Jesus e entender Seu
imenso e maravilhoso amor! Para você comprovar pessoalmente a veracidade de sua
inspiração, leia seus livros.
Destacamos: O Desejado
de Todas as Nações, O Grande Conflito, História Redenção, Primeiros Escritos, Vida
e Ensino, Parábolas de Jesus.
3)
Profecias Cumpridas
Mas o profeta que
profetiza prosperidade será reconhecido como verdadeiro enviado do Senhor se
aquilo que profetizou se realizar” (Jeremias 28:9).
Na obra de Ellen G.
White esperaríamos encontrar algumas predições definidas e seu igualmente
definido cumprimento.
a)
Correntes de Luz Publicada circundando o mundo
Em 1848, quando nossos
pioneiros estavam sem vintém, foi-lhe mostrado, a ela, que devia ser publicada
uma revista, e que desse pequeno começo a obra de publicações seria como
correntes de luz que iriam por toda a volta do mundo.
“Tenho uma mensagem
para ti. Deves começar a publicar um pequeno jornal e mandá-lo ao povo. Desde
este pequeno começo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que
circundavam o mundo” (Vida e Ensinos, p. 127).
Certamente temos visto
estas palavras cumpridas. Hoje no mundo, há 52 casas publicadoras, publicando
milhares e milhares de livros, revistas e periódicos em mais de 200 línguas
diferentes.
b)
As pancadas de Rochester tornar-se-iam um engano mundial (Surgimento do
Espiritismo Moderno).
Estas misteriosas
pancadas começaram com as irmãs Fox no Estado de Nova Yorque , em 1848.
A 24 de março de 1949,
Ellen G. White fez a seguinte predição: “Vi que as batidas misteriosas em Nova
Iorque e outros lugares eram o poder de Satanás, e que essas coisas seriam cada
vez mais comuns, abrigadas em vestes religiosas (...)” (Primeiros Escritos, p.
43).
A 24 de agosto de 1850,
Ellen G. White predisse outra vez: “Vi que logo seria considerado blasfêmia
falar contra as ‘pancadas’, que isso se espalharia mais e mais, que o poder de
Satanás aumentaria, e alguns de seus dedicados seguidores teriam poder para operar
milagres (...)” (Primeiros Escritos, p. 59).
Em 10 de janeiro de
1854, a Sra. White acrescentou mais esses detalhes: “Vi o engano das pancadas – o
progresso que estava fazendo – e que se fosse possível enganaria os próprios
escolhidos. Satanás terá poder para trazer perante nós o aparecimento de formas
que pretendem ser nossos parentes ou amigos que agora dormem em Jesus. Far-se-á
parecer como se esses amigos estivessem efetivamente presentes; as palavras que
proferiram enquanto estiveram aqui, com as quais estamos familiarizados, serão
pronunciadas, e o mesmo tom de voz que tinham quando vivos, cairá em nossos
ouvidos” (Primeiros Escritos, p. 87).
Lembremos as datas
destas predições. Não havia então na América médiuns, transes ou mensagens de
espíritos, nenhum grupo organizado de espíritas. Era uma ousada predição, porém
cada palavra se tem tornado realidade.
c)
A União das Igrejas
Em 1885, Ellen White
predisse: “Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de
dar uma das mãos ao poder romano e a outra, ao espiritismo; quando dessa
tríplice aliança, os Estados Unidos forem induzidos a repudiar todos os
princípios de sua Constituição, que fizeram deles um governo protestante e republicano,
e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos
saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de satanás e o que o fim
está próximo” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, p. 451).
Quando ela escreveu
essas palavras, os protestantes e católicos viviam em guerra uns com os outros.
Em 1885, o movimento ecumênico ainda estava longe no futuro, mas os tempos
mudaram muito. Em 29 de março de 1994, 39 líderes protestantes evangélicos e
católicos romanos assinaram um documento intitulado “Evangélicos e católicos juntos:
A Missão Cristã no Terceiro Milênio”. O cumprimento impressionante das
tendências proféticas.
d) A quarta prova é ver
se ela enalteceu e engrandeceu a Jesus Cristo como Filho de Deus
Amados, não creiam em
qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus,
porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Vocês podem reconhecer o
Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio
em carne procede de Deus; mas todo espírito que não confessa a Jesus não
procede de Deus. Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram
que está vindo, e agora já está no mundo” (1 João 4:1-3).
Seus escritos enaltecem
constantemente a Cristo como o Filho de Deus, o Filho do Homem, o Salvador da
raça caída, a Cabeça da Igreja, o Sacrifício todo suficiente, o Mediador
compassivo e o Juiz misericordioso.
A vida de Ellen G.
White foi dedicada a indicar ao povo Jesus, o homem de Deus, que é Salvador e
exemplo de toda a humanidade. Ela escreveu:
“Jesus Cristo é tudo em
nós: O primeiro, o último, o melhor em tudo. Jesus Cristo, Seu Espírito, Seu
caráter, matiza cada coisa; é a urdidura e a trama, o próprio tecido de todo o
nosso ser. (...) Cristo é um Salvador vivo. Continuando a olhar para Jesus reflitamos-Lhe
a imagem a todos os que nos rodeiam” (Mensagens aos Jovens, p.161).
Ela retrata a Cristo
como divino no sentido mais elevado, e humano em todos os aspectos, exceto no
pecado. Note a beleza e inspiração das seguintes passagens:
“Exaltai a Jesus, vós
que ensinais ao povo, exaltai-O nos sermões, em cânticos, em oração. Que todas
as vossas forças convirjam para dirigir ao ‘Cordeiro de Deus’ almas confusas,
transviadas, perdidas. (...) Seja a ciência da salvação o tema central de todo
sermão, de todo hino” (Evangelismo, p. 185).
“Sua vida foi sem pecado.
Morreu por nós, e agora Se oferece para nos tirar os pecados e dar-nos Sua
justiça. Se você se entregar a Ele e O aceitar como seu Salvador, será
considerado justo por Sua causa, por mais cheia de pecado que tenha sido sua
vida. O caráter de Cristo substituirá o seu caráter, e você será aceito diante
de Deus exatamente como se não houvesse pecado” (Caminho a Cristo, p. 62).
Sem dúvida a irmã White
resiste a essas quatro provas apresentadas pela Bíblia, provando assim a
autenticidade do dom de profecia. Crer nos escritos de Ellen G. White não é
crer em uma mulher – é crer no próprio Deus. Ela foi inspirada, assim como o
foram os profetas da Bíblia. Rejeitar o que ela escreveu é rejeitar o conselho
de Deus, assim como os judeus rejeitaram as advertências dos profetas muitos
anos atrás.
Por amor, Deus nos deu
o Espírito de Profecia com o objetivo de nos salvar dos enganos do mundo. Se
desejardes prosperar espiritualmente – “Crede nos seus profetas” (2 Crônicas 20:20).
V
– Conclusão
E assim, tendo o poder
de escolha que Deus nos concedeu e as evidências diante de nós, precisamos,
como adventistas do sétimo dia, fazer nossa decisão. O Senhor dá evidência
suficiente para todos os que desejam conhecer a verdade, mas nunca irá compelir
ninguém a crer. Devemos ponderar cuidadosamente as palavras:
“Deus não Se propõe a
remover toda ocasião para descrença. Ele dá evidências, que devem ser
cuidadosamente investigadas com uma mente humilde e espírito disposto a
aprender, e todos devem decidir a partir do peso das evidências.
Deus
dá evidências suficientes para que a mente honesta creia; mas aquele que volta
as costas para o peso das evidências porque há algumas coisas que não estão
claras a seu entendimento finito será deixado na fria e enregelante atmosfera
da descrença e dos questionamentos duvidosos, e naufragará na fé” (Testemunhos
para a Igreja, vol. 5, pp. 675, 676).
Caro amigo leitor, permitamos
que o Espírito de Profecia cumpra em nossa vida o seu tríplice objetivo (1) de
atrair nossa atenção à Bíblia; (2) de auxiliar-nos na compreensão da Bíblia; e
(3) de ajudar-nos a aplicar os princípios bíblicos em nossa vida. Que o Senhor
nos abençoe para isso. Amém.
Referências:
WHITE, Ellen Gould. Testemunhos
Para a Igreja, vol. 1, p. 9-112.
Tratado de Teologia
Adventista do Sétimo Dia. Tatuí, São Paulo: CPB, 2011.
DOUGLASS, Herbert E. Mensageira
do Senhor: O ministério profético de Ellen G. White, Tatuí, São Paulo: CPB, 2003.
WHITE, Arthur L. Ellen G. White: Mulher de Visão.
Tatuí, São Paulo: CPB, 2015.
Nisto Cremos: 27
Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia. Tatuí, São Paulo: CPB, 4ª ed., 1997.
TIM, Alberto R., ESMOND, Dwain N. (org.). Quando Deus Fala: O Dom de Profecia na Bíblia e na História. Tatuí, SP: CPB, 2017.
TIM, Alberto R., ESMOND, Dwain N. (org.). Quando Deus Fala: O Dom de Profecia na Bíblia e na História. Tatuí, SP: CPB, 2017.
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