Joe
Crews
1.
Eles Falam e Ouvem?
Alexander Bogomoletz,
um cientista russo, disse certa vez que um homem deveria viver pelo menos até
os 150 anos de idade. Ele realmente preparou um soro que foi projetado para
retardar o processo de envelhecimento do tecido conjuntivo do corpo. Infelizmente,
o médico morreu com a idade de 64 anos, simplesmente 86 anos aquém da meta que
tinha estabelecido para si e para toda a humanidade. E nós ainda não
compreendemos os mistérios da vida e da morte.
Ninguém ainda descobriu
a fonte da juventude, nem atravessou o véu da morte e voltou para nos dizer
como é do outro lado. A única informação autêntica que temos sobre este assunto
encontra-se no grande livro de Deus, a Bíblia. Aqui estão desdobradas as
respostas às questões que têm preocupado os corações de homens e mulheres
através dos tempos. Penetrar através da espuma da emoção e superstição humana,
trará garantia de satisfação para aqueles que temem o futuro e que querem saber
o que acontece com a alma cinco minutos após a morte.
Para introduzir este
assunto, temos de encontrar a resposta para uma grande pergunta básica. Se nós
pudermos respondê-la corretamente, todas as outras questões sobre a morte e a
alma se abrirão como flores ao sol. A questão realmente importante é esta: Que
tipo de natureza inerente o homem possui? Como Deus o criou? Será que ele tem
uma natureza mortal ou uma natureza imortal? Segundo o dicionário, a palavra
“mortal” significa “sujeito à morte”, e a palavra “imortal” significa “não
sujeito à morte.” Em poucas palavras, estamos a perguntar se Deus criou o homem
com uma natureza que poderia morrer ou com o poder de uma vida sem fim.
A resposta a esta
questão significativa é encontrada em Jó 4:17, “Pode o homem mortal ser mais justo
do que Deus? Pode o homem ser mais puro do que o seu Criador?” Está aí
a palavra que estamos procurando! O homem é mortal. Ele está sujeito à morte.
Deus não o fez sem a capacidade de se deteriorar e morrer. O fato é que somente
Deus tem esse poder inerente da existência eterna. Ele é imortal. E a única vez
que essa palavra é usada na Bíblia, refere-se a Deus. “Ora, ao Rei eterno, imortal,
invisível, ao único Deus, seja honra e glória para todo o sempre. Amém” (1
Timóteo 1:17).
A família humana não
foi investida com uma imortalidade natural. A Palavra de Deus nos assegura que
somente Deus tem esse tipo de natureza. Ele é o autor da vida, a grande fonte
de toda a existência. Dele todas as outras formas de vida no universo tem sido
derivadas. “Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que tem, ele só, a imortalidade,
e habita na luz inacessível; a quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual
seja honra e poder sempiterno. Amém” (1 Timóteo 6:15-16).
Neste ponto, alguém
pode levantar uma outra questão sobre o tema da imortalidade. É possível que o
homem tenha um corpo mortal, mas uma alma imortal vivendo no tabernáculo da
carne? Talvez a pessoa “real” não seja o corpo em absoluto mas a entidade
imortal, alma, habitando dentro do corpo mortal. Nós não precisamos quebrar a
cabeça sobre este ponto, porque ele está concisamente resolvido por uma série
de textos bíblicos.
2.
A alma pode morrer
Deus disse, por
intermédio do profeta: “Eis que todas as almas são minhas: como a alma do pai,
assim também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel
18:4). Este estabelece firmemente que a alma definitivamente não é imortal por
natureza, ou não pode experimentar a morte. Desde que a palavra “imortal”
significa “não sujeito à morte”, não poderia haver questão da morte para uma
alma que possui a imortalidade inata. Pelo menos dez outros versículos afirmam
exatamente a mesma coisa: a alma não é naturalmente imortal.
Jesus, declarou que a
alma pode morrer, em Mateus 10:28. “E não temais os que matam o
corpo … temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como
o corpo.” Por esta clara declaração, Cristo coloca o assunto acima de
qualquer questão. A alma pode morrer. Por isso, não pode ser imortal por
natureza.
Isto é chocante para
muitas pessoas. A posição tradicional tem sido exatamente o oposto disso. Como
é perturbador saber que em todas as 1700 ocorrências bíblicas das palavras
“alma” e “espírito” nenhuma vez são referidos como sendo imortal ou eterno.
De onde então, vem essa
doutrina? A maioria de nós já ouviu falar sobre a “alma que nunca morre” desde
os primeiros anos da infância. Uma coisa é certa: essa doutrina não se originou
nas Escrituras. A verdade é que ela veio diretamente da tradição pagã e da mitologia.
O antigo culto chinês aos antepassados estava enraizado na crença de que a alma
não morre. Hieróglifos nas Pirâmides egípcias revelam que a doutrina de uma
alma imortal, naturalmente, foi fundamental para sua adoração do deus sol. Na
Índia, onde vivi por muitos anos, os hindus acreditam firmemente na
reencarnação e transmigração da alma. Cerimônias de vodu Africano são
construídas em torno do conceito de uma alma imortal.
Não há um único texto
que suporta tal ensino na Bíblia cristã, no entanto, a Palavra nos diz como a
doutrina começou e quem pregou o primeiro sermão sobre o assunto. Leia Gênesis
3:1-4: “Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o
Senhor Deus tinha feito. Esta disse à mulher: É assim que Deus disse: não comereis
de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: do fruto das árvores
do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,
Deus disse: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a
serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.”
Por favor note que
alguém discordava de Deus. O Criador havia declarado que o pecado traria a
morte, mas Satanás disse o oposto: “Certamente não morrereis.” Essa foi a
primeira grande mentira que já foi dita, e quem a disse vem tentando mantê-la
desde então. Esse sermão da imortalidade natural tem sido repetido muitas vezes
ao longo dos anos, muitas vezes por pregadores e teólogos que deviam ter mais
conhecimentos. Alguns anos atrás o Reader’s Digest publicou um artigo
intitulado “A Morte não Existe”, escrito por um dos mais populares ministros
protestantes da América. O grande pregador disse exatamente a mesma coisa que o
grande enganador disse a Eva: “Você realmente não morrerá. Pode parecer como a
morte, mas você realmente continua vivendo e sabe o que fez antes.”
Esta doutrina pode ser
perigosa? Na verdade, ela envolve muito mais do que a promulgação de uma
declaração falsa. As implicações desse ensino satânico são profundas e eternas
em consequência. Milhões irão se perder por não entenderem a verdade sobre a
natureza do homem. O engano quanto a este ponto abre uma porta que pode inundar
a vida com a escuridão e controle demoníaco. A única proteção que temos contra
este perigo insidioso é conhecer a verdade sobre a morte e a alma.
3.
O espírito retorna a Deus
A mais clara e concisa
definição de morte foi escrita por Salomão, “e o pó volte à terra, como o
era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Eclesiastes 12:7).
De imediato ficamos
impressionados com a palavra “retorno”. Após a morte tudo parece voltar de onde
veio. O pó volta à terra de onde foi tirado, e o espírito volta a Deus que o
deu. A morte é apenas o oposto da criação.
É fácil para nós
imaginar o processo de decadência do corpo e decomposição. Compreendemos muito
bem que os componentes físicos do corpo são os mesmos que os da própria terra.
Quando é enterrado, o corpo será revertido para os elementos químicos do solo a
partir do qual o Criador o formou no início.
Mas e sobre o espírito
que volta a Deus? Isto não é tão fácil de entender. Não há um homem no mundo
que pode explicar isso com sabedoria humana. No entanto, muitos versos na
Bíblia lançam luz sobre este ponto crucial. Tiago escreveu: “Assim
como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras é morta”
(Tiago 2:26). A palavra “espírito” tem uma referência marginal que se
lê, “ou respiração.” Isto é muito importante. A palavra raiz no grego é
“pneuma”, uma palavra que significa “respiração” ou “ar”. Tomamos nossa palavra
“pneumonia” de pneuma, porque é uma doença dos pulmões, ou da respiração. Mas
esta mesma palavra grega “pneuma” tem também um outro significado. Que
significa “espírito”. Por exemplo, o termo grego para “Espírito Santo” é
“Hagios pneumatos”, “Sopro Sagrado” ou “Espírito Santo”.
Isso nos leva a uma
conclusão muito interessante. As palavras “respiração” e “espírito” são muitas
vezes usadas como sinônimos na Bíblia. Jó disse: “enquanto em mim houver
alento, e o sopro de Deus no meu nariz.” Agora, não é preciso um alto grau de
inteligência para saber que Jó estava descrevendo a mesma coisa com as palavras
“respiração” e “espírito”. O homem tem fôlego apenas em suas narinas. Na
verdade, isso é o que Deus soprou nas narinas do homem no momento da criação. “E o
Senhor Deus formou o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da
vida, e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7).
Agora, o quadro começa
a clarear. Quando Salomão descreveu o espírito retornando a Deus, ele estava se
referindo à respiração, porque era isso que Deus deu no início, e, portanto,
era a única coisa que poderia agora “retornar” para Aquele que a deu. A nota
marginal de Gênesis 7:22 refere-se ao sopro da vida como “o sopro do espírito
da vida.”
O salmista descreve a
morte com estas palavras: “Quando lhes tiras a respiração, morrem, e
voltam para o pó. Envias o teu Espírito, são criados“(Salmo 104:29,30).
Aqui a ordem é invertida, e sua respiração retorna a Deus com a morte. Salomão
disse que o espírito retorna. Aqui, Deus dá o espírito para criar, mas Gênesis
diz que Ele deu o fôlego para criar. Isto só faz sentido quando entendemos que
as duas palavras são usadas de forma intercambiável e significam a mesma coisa.
Por favor note que este
“espírito de vida” não é necessariamente o mesmo que o Espírito Santo, nem é o
“sopro da vida” o mesmo que o ar que respiramos regularmente. Este sopro ou
espírito, é o especial poder vivificante de Deus, que torna o corpo um
organismo em funcionamento. Leia Gênesis 2:7 outra vez, e tente visualizar o
ato de criação. “E o Senhor Deus formou o homem do pó da terra.” Nós não temos
nenhuma dificuldade com isso. Podemos ver o corpo morto, perfeitamente formado
e contendo os muitos elementos necessários para a vida. Mas não havia nenhuma
vida. O coração não batia. O sangue estava lá, mas não estava fluindo. O
cérebro estava lá, mas não estava pensando.
Então, Deus acrescentou
mais uma coisa ao corpo que tinha feito. Ele “soprou em suas narinas o fôlego
da vida, e o homem foi feito alma vivente” (Gênesis 2:7). Não perca o
significado dessas palavras, elas são muitas vezes mal interpretadas. Deus não
colocou uma alma no corpo. Ele acrescentou apenas uma coisa, a respiração ou
espírito. Então, como um resultado do corpo e da respiração unidos, o homem se
torna uma alma.
Milhões tem aceitado a
visão falsa e tradicional que Deus colocou uma alma no corpo para criar o
homem. Isto é baseado inteiramente sobre a comum e errônea doutrina, de todas
as religiões não-cristãs. Na Bíblia, exceto no uso poético ou alegórico, a alma
vai para dentro e para fora do corpo; nem tem uma existência independente fora
do corpo. Porque a palavra grega “psuche”, que significa “vida”, tem sido por
vezes traduzida como “alma” na nossa versão King James, alguns chegaram a
conclusões erradas, mas apenas porque aplicaram uma falsa definição para a
palavra “alma”. Milhões foram ensinados que a alma possui uma imortalidade
natural, e cada vez que lêem ou ouvem a palavra supõem algo que é totalmente
falso e sem base bíblica. Nem mesmo uma única vez na Bíblia é a alma referida
como sendo imortal ou eterna.
O fato é que a alma é a
vida consciente que resultou quando Deus acrescentou o fôlego ou espírito ao
corpo. Uma ilustração simples irá nos ajudar a ver esta verdade com mais
clareza. Vamos comparar o corpo a uma lâmpada. A corrente elétrica que flui
para a lâmpada representa o sopro da vida que Deus colocou no corpo, e a luz
representa a alma que o homem tornou-se depois que a respiração se juntou ao
corpo. Quando olhamos para a luz brilhando vemos uma representação perfeita da
criação concluída. Agora vamos pressionar o botão e desligar a luz. O que
aconteceu? A corrente deixou o bulbo, assim como o fôlego deixa o corpo na
morte. Agora onde está a luz? Será que ela foi até à tomada elétrica? Não, ela
simplesmente deixou de existir quando a corrente foi separada do bulbo. Então
vamos nos perguntar, onde está a alma quando a respiração se separa do corpo?
Simplesmente não há alma, até que, na ressurreição, Deus devolve o sopro da
vida para o corpo.
Isto não deve soar tão
estranho para nós, agora que descobrimos como na morte tudo “retorna” à maneira
que era antes. Antes da criação, o homem não existia em alguma forma
desencarnada. Não havia personalidade, nenhuma emoção consciente antes de Deus
acrescentar a respiração ao corpo. Nesse momento o homem “se tornou uma alma
vivente.” Se a alma veio a existir como um resultado dessa união, quando a alma
deixa de ser? Certamente em consequência da quebra dessa união.
Suponha que temos duas
coisas diante de nós: tábuas e pregos. Tomamos um martelo e martelamos os
pregos nas tábuas, fazendo uma caixa. Agora temos três coisas em vez de duas,
temos tábuas, pregos e uma caixa. Depois, retire com cuidado os pregos e os
coloque ao lado das tábuas. Mais uma vez, só temos duas coisas diante de nós:
tábuas e pregos. O que aconteceu com a caixa? Não há nenhuma caixa, pois é
necessário a união das duas coisas para que ela exista.
Da mesma forma Deus
começou com duas coisas, o corpo e o espírito. Quando Ele os coloca juntos, a
alma “se torna”- ela vem a ser, ela começa a existir. Na morte, o homem sábio
nos diz, o espírito retorna a Deus, e o corpo retorna ao pó. E em nenhum lugar
na Bíblia é dito que qualquer alma sobrevive ao corpo, ou continua a existir
sem um corpo. A alma, ou a vida, não tem existência sem o poder de Deus
residindo no corpo. Na morte este poder é removido, e retorna a Deus, e o
estado do homem é exatamente o que era antes do sopro se juntar ao corpo. Isso
significa que não há vida, nem consciência, nem personalidade.
Mesmo os animais são
referidos como almas na Bíblia, porque eles têm o mesmo poder de Deus que os
faz viver (Apocalipse 16:3). O homem sábio escreveu: “Porque o que acontece aos
filhos dos homens, isso mesmo também acontece aos animais; a mesma coisa lhes
acontece. Como morre um, assim morre o outro. Todos têm o mesmo fôlego, … Todos
vão para o mesmo lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão” (Eclesiastes
3:19, 20). Isso não significa, é claro, que o homem e os animais têm o mesmo
destino final. Haverá uma ressurreição e julgamento para as criaturas morais de
Deus, mas a vida vem somente de Deus, seja ela humana ou animal. E esta vida é
muitas vezes referida na Bíblia como a alma.
4.
Quando são os justos recompensados?
Com este pano de fundo
estamos agora preparados para ver o que realmente acontece com a pessoa que
morre. No sermão de Pedro no dia de Pentecostes, ele fez esta forte declaração
sobre Davi, que estava morto há mais de 1.000 anos: “Davi não subiu aos céus” (Atos
2:34). Agora pense nisto por um momento. Davi tinha há muito tempo
partido desta vida, e apesar de muitas vezes desobediente, tinha recebido a
garantia do perdão e da salvação. Por que, então, não está ele desfrutando a
felicidade do céu dez séculos após seu falecimento? A pergunta é respondida no versículo
29, onde Pedro explica: “Irmãos, seja-me lícito dizer-vos livremente
que o patriarca Davi morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua
sepultura.”
O inspirado Pedro disse
que era certo que Davi estava no seu túmulo, e ainda não tinha subido ao céu.
Que interessante! Se o homem segundo o coração de Deus não tinha recebido a sua
recompensa 1.000 anos após sua morte, o que acontece com todas as outras
pessoas boas que viveram e morreram até então? Elas, também, estão descansando
em suas sepulturas, aguardando o chamado de Deus na ressurreição.
Jesus garantiu ao povo
de sua época: “… recompensado serás na ressurreição dos justos” (Lucas 14:14).
Mais uma vez, Ele disse: “Porque o Filho do homem virá na glória de
seu Pai com seus anjos, e então retribuirá a cada um segundo as suas obras”
(Mateus 16:27). Não há equívoco aqui. Em linguagem simples e direta,
Jesus declarou que ninguém iria ser recompensado até a ressurreição ocorrer na
Sua segunda vinda. Isto significa que nenhum dos justos mortos foram para o céu
até o momento. Todos estão esperando em seus túmulos o julgamento e o fim do
mundo.
A últimas palavras da
Bíblia praticamente confirmam este fato. “Eis que cedo venho, e o meu galardão está
comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12). Esta
recompensa dos últimos dias é descrita por Paulo em 1 Coríntios 15:53, “…isto que é
mortal se revista da imortalidade.” Quando isso acontece? “Num
momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a última trombeta” (versículo
52).
Isso resolve a questão
sobre a recompensa dos justos, sem qualquer dúvida, mas e quanto aos ímpios?
Quando eles vão ser punidos por seus pecados? A resposta surpreendente é
encontrada em 2 Pedro 2:9, “Sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar
os injustos para o dia do juízo, para serem castigados.” Aí está! Os
ímpios estão reservados em algum lugar até o dia do julgamento chegar. Onde
eles estão reservados? Jesus responde à pergunta: “Não vos maravilheis disto, pois
vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão:
os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida, e os que praticaram o
mal, para a ressurreição da condenação “(João 5:28, 29).
Nosso Senhor tornou
extremamente claro que todos seriam reservados em suas sepulturas até serem
chamados para ressurgirem na ressurreição para receberem a vida ou a
condenação. Não só isto é boa teologia, como também é bom senso. Obviamente,
ninguém pode ser punido até que seja julgado. A justiça exige que isso seja
feito. Mesmo o mais injusto juiz terreno seria cassado se fizesse o contrário.
Suponha que um homem veio perante um juiz acusado de roubar, e o juiz disse:
“Prendam-no por dez anos e, em seguida, vamos ouvir o seu caso.” Não! Não! Isso
nunca poderia acontecer! E poderia o juiz de toda a terra fazer isso ao lidar
com o ímpio? Nunca! O julgamento seria uma farsa, em tal caso – e não teria
nenhum sentido. A maravilhosa mensagem da Bíblia é que tantos os bons como os
maus estão dormindo em suas sepulturas até o dia da ressurreição. Naquele tempo
eles serão trazidos para enfrentar o julgamento, após o qual as punições e
recompensas serão atribuídas.
Jó disse: “Assim
o homem se deita, e não se levanta; até que não haja mais céus não acordará nem
despertará do seu sono. Oxalá me escondesses na sepultura, e me ocultasses até
que a tua ira se desviasse, e me pusesses um prazo, e te lembrasses de mim!
Morrendo o homem, tornará a viver? todos os dias da minha lida esperaria, até
que viesse a minha mudança. Chamar-me-ias, e eu te responderia; terias saudades
da obra das tuas mãos.”(Jó 14:12-15).
5.
A Morte é Um Sono
Em harmonia com todo o
resto da Bíblia, Jó descreve um período de sono inconsciente na sepultura antes
de acordar para receber sua recompensa. Ele concorda com Daniel, que falou da
vinda de Cristo com estas palavras: “naquele tempo livrar-se-á teu povo, …
muitos dos que dormem no pó da terra ressurgirão, uns para a vida eterna, e
outros para vergonha e o desprezo eterno”(Daniel 12:1,2). Há uma razão
para que tantos escritores inspirados falem da morte como um sono. Porque o
sono é uma perfeita descrição do estado dos mortos. Quando um homem cansado se
deita à noite, ele é imediatamente envolto em sono. Depois de um tempo, ele é
despertado pelo sol nascente. Ele é totalmente inconsciente de tudo o que
transcorreu enquanto ele dormia. Assim é com o sono da morte.
Lázaro tinha morrido.
Jesus disse aos Seus discípulos: “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou
despertá-lo do sono. Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme,
estará salvo. Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que
falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está
morto” (João 11:11-14). Aqui está um exemplo clássico do verdadeiro
ensino bíblico sobre a morte. Cristo chamou a morte um sono. Mais tarde, ele
estava junto ao sepulcro cavado na rocha de seu amigo e gritou: “Lázaro, vem
para fora!” Ele não disse: “Lázaro, desça.” Lázaro não estava no céu, nem
estava em qualquer outro lugar, exceto dentro das paredes de seu túmulo. Em
resposta ao chamado de Jesus, ele acordou de seu sono de morte e saiu para a luz
do sol.
Não há absolutamente
nenhuma dúvida de que Lázaro estava morto há quatro dias. Suas irmãs
protestaram quando Jesus ordenou que tirassem a pedra da entrada do sepulcro.
Marta disse, “Senhor, já cheira mal.”(João 11:39).
Muitos dos relatos
modernos de pacientes que ressuscitaram de insuficiência cardíaca incluem
narrações dramáticas de gloriosas visões do céu. O que este homem justo tem a
dizer sobre seus quatro dias de morte? Nem uma palavra. Ele estava dormindo,
assim como Jesus tinha indicado. Tinha sido como um momento de esquecimento.
Aliás, que tipo de
punição indizível teria sido trazer Lázaro de volta a este mundo escuro depois
de estar na presença de Deus! Certamente ele teria implorado para não voltar,
se ele tivesse estado realmente a desfrutar as recompensas dos justos. A
retomada da vida terrena teria sido pior do que o horror do inferno, em
comparação com as 96 horas no Paraíso.
Por que achamos difícil
acreditar na terminologia simples que Jesus usou para descrever a morte?
Certamente não temos problema em entender a natureza do sono. Suponha que um
homem está dormindo profundamente em um banco do parque. Ele dorme tão
profundamente que está totalmente inconsciente da abordagem furtiva de um
ataque. Em outro momento ele está morto em uma poça de sangue. Agora, de acordo
com a visão popular de morte, este homem que não sabia de nada, enquanto ele
estava dormindo, de repente, sabe de tudo quando sua alma deixa seu corpo. Mas
como isso poderia ser verdade? Jesus disse que a morte é um sono. Se o homem
não sabia de nada durante o sono, como ele poderia saber mais após a morte? As
palavras de Cristo não tem nenhum significado se as torcemos para dizer o que
queremos acreditar.
Nós não somos deixados
a imaginar sobre a natureza desta morte-sono. Muitos escritores da Bíblia dão
explicações detalhadas de como ela é. “Não confieis em príncipes, nem nos filhos
dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó;
nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios.”(Salmo 146:3,4).
Dentre todas as
aspectos intrigantes da morte que poderiam ser discutidos, os escritores
inspirados na maioria das vezes falam sobre a natureza inconsciente dela. Nem
uma única vez encontramos qualquer uma das descrições da vida após a morte, que
marcam a versão moderna da doutrina. A teologia adoptou o seu ensino
diretamente das formas agradáveis de adoração pagã. Davi disse: “eles tornam
ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios.” Salomão escreveu: “Porque
os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, não
tem jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. O seu
amor, o seu ódio e a sua inveja já pereceram; já não tem parte em coisa alguma
do que se faz debaixo do sol … Tudo o que te vier à mão para fazer, faze-o
conforme as tuas forças, pois na sepultura, para onde vais, não há obra, nem
projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.”(Eclesiastes 9:5, 6, 10)
As pessoas continuam a
acreditar apenas no que querem acreditar. Passando por cima dos versos
explícitos dados por numerosos autores inspirados, que dizem a verdade sobre a
morte. Multidões seguem cegamente as tradições vazias e não bíblicas que
aprenderam com os pais ou pastor.
Novamente, lemos: “Pois
não pode louvar-te a sepultura, nem a morte glorificar-te; não esperarão em tua
verdade os que descem à cova. Os vivos, os vivos, esses te louvarão como eu
hoje faço.”(Isaías 38:18, 19). Será que os mortos louvam a Deus? Davi
repete a mesma verdade atemporal, “Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que
descem ao silêncio” (Salmo 115:17). “Porque na morte não há lembrança de ti: no
sepulcro quem te louvará?” (Salmo 6:5).
6.
Os Mortos podem voltar?
Por que tantos resistem
à importação óbvia destas afirmações bíblicas? Forte viés tradicional pode ser
parte da resposta, mas há muito mais envolvido. Muitos acreditam sinceramente
que tem provas físicas, e ocular de que os mortos voltam. Eles têm o testemunho
de seus próprios sentidos de que eles têm realmente conversado com entes queridos
já falecidos. O que pode ser dito sobre essas manifestações? Eles podem dar o
lugar, data e hora em que foram confrontados por parentes ou amigos falecidos
exatamente da mesma forma como quando viviam.
Devemos nós descontar
todas essas aparições psíquicas como aberrações mentais de indivíduos instáveis
emocionalmente? Dificilmente. O fato é que estas figuras aparecem, e têm sido
verificadas inúmeras vezes. Mas com base na infalível Palavra de Deus podemos
categoricamente rejeitá-las como sendo os espíritos dos mortos. Os mortos não
podem voltar; nem têm qualquer existência consciente post mortem.
Então quem é que
aparece nessas formas corporais fazendo alegações em nome dos mortos inocentes?
Quem mais, a não ser o pai da mentira que construiu a sua primeira fraude em
torno da questão da morte? Ele audaciosamente contradisse Deus, quando disse a
Eva: “Certamente não morrereis”. Quando
a morte seguiu, Satanás tentou fazer os sobreviventes acreditarem que era
apenas uma ilusão. Ao se passar por aqueles que morreram, Satanás convenceu a
milhões de que ele estava certo e Deus estava errado. Aceitando o testemunho de
seus olhos e ouvidos acima do testemunho da Bíblia, muitos tornaram-se
especialistas em evocar os espíritos em sessões espíritas.
Satanás muitas vezes
explora a dor daqueles que perderam parentes e tenta atraí-los para seu laço
espírita fingindo ser seus especiais entes queridos. O que é uma ilusão
esmagadora! Somente aqueles que têm fortalecido suas mentes com as verdades da
Bíblia serão capazes de se levantar contra esse tipo de ataque.
Deixe-me compartilhar
com vocês um exemplo incrível do modo de operação de satanás. Um querido amigo
meu serviu durante muitos anos como missionário na África. Enquanto ele e sua
esposa estavam vivendo em uma estação de uma missão isolada, sua filha de três
anos de idade, foi atingida por uma febre tropical fatal. Enterraram a menina
em uma encosta em frente a sua casa. Poucos dias depois do funeral, a mãe
estava sentada em sua cozinha quando a porta se abriu, e sua filha pequena
correu através da sala para arremessar-se em seus braços. Você pode se imaginar
sob este tipo de horror traumático? E ainda por cima, a menina gritou: “Mamãe,
eu não estou morta! Eu não estou morta!”
Felizmente, aquela mãe
conhecia a verdade bíblica sobre a morte, e Deus deu-lhe o poder de orar
instantaneamente para a libertação daquele disfarce satânico. Quando ela
invocou o nome de Jesus, a figura desapareceu.
É este um caso
excepcional? Infelizmente, não. Experiências como essa têm se repetido várias e
várias vezes. Sem dúvida, existem alguns charlatães que criam suas próprias
ilusões, mas temos de reconhecer que muitas vezes o príncipe de todos os males
está manipulando as mentes das pessoas pela sua especialidade sobrenatural em
enganar.
Pense nas implicações
disso por um momento! Milhões de pessoas têm literalmente submetido suas vidas
ao controle de demônios acreditando que estavam sendo aconselhados por
parentes amorosos. Você não vê a ironia monstruosa da situação? E você não pode
ver a facilidade com que Satanás pode até mesmo começar a controlar a vida dos
cristãos que não compreenderam o verdadeiro ensino bíblico sobre a morte? A
única segurança para qualquer pessoa é a Palavra de Deus. No entanto, o cenário
está preparado para a maioria dos católicos e protestantes serem arrastados
pela manifestação final do poder satânico, tudo porque lhes foi ensinado uma
mentira acerca do estado dos mortos.
7.
Punição e recompensa na ressurreição
Considere quão confuso
seria se recompensas e punições estivessem sendo agora aplicadas. Qual o
propósito de ser beneficiado por uma ressurreição? Por que mesmo haver uma
ressurreição? Obviamente, cada alma já teria um destino determinado, e a farsa
de alguns faria crer que o julgamento final seria totalmente sem sentido. Todas
as garantias piedosas ouvidas em funerais sobre entes queridos nos céus são
simplesmente repetições da primeira mentira de Satanás para a família humana. O
retrato do imaginário, almas imateriais voando para longe do corpo na morte não
é uma fonte de conforto para parentes em luto. Paulo descreveu o momento em que
os justos mortos estarão com o Senhor em 1 Tessalonicenses 4: 16-18, e concluiu
com estas palavras: “Portanto consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”
Aqui está um perfeito e
inspirado quadro de verdadeiro conforto, e precisamos entender claramente o que
a palavra de Paulo referia que traria conforto. Os dois versículos anteriores
nos dão as palavras, “Pois o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à
voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus,
e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os que
ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor “.
Paulo aqui descreve,
sem qualquer limitação a forma e meios pelos quais nós vamos estar com o
Senhor. Não negligencie a palavra “assim” em sua declaração. Ela significa
“desta maneira.” Por essa pequena palavra Paulo excluiu toda outra forma de
estar com o Senhor. Quando descreveu a vinda de Jesus e a ressurreição dos
santos como sendo a forma e o meio de se estar com o Senhor, ele
automaticamente excluiu todos os outros meios de o fazer. Então, ele nos
adverte “consolai-vos uns aos outros com estas palavras.”
Repito que não pode haver
conforto no conceito pseudo-cristão que alguma entidade invisível, intangível,
deixa o corpo na hora da morte para ser punida ou recompensada.
É reconfortante
acreditar que os parentes não salvos estão sofrendo o tormento do fogo
inextinguível? Há consolo na imagem de seus entes queridos no céu olhando para
as circunstâncias de partir o coração daqueles deixados para trás? Não admira
que Paulo foi tão específico em descrever a segunda vinda de Jesus e a
ressurreição como a única maneira que qualquer um pode estar com o Senhor após
a morte e, aliás, como a única maneira de ser confortado em sua partida.
A magnífica declaração
de Paulo aponta o fato glorioso que a morte e a sepultura não são o fim. Haverá
um despertar do sono da morte. Os justos receberão o dom da imortalidade, mas
tudo vai acontecer “Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao soar a última trombeta;
pois a trombeta soará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Pois convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade “(1
Coríntios 15:52, 53). Jesus disse: “Não vos admireis disso, porque vem a hora
em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz, e sairão: os que
tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida, e os que fizeram o mal, para
a ressurreição da condenação “(João 5:28, 29).
Todos os mortos
ressuscitarão para enfrentar o grande decreto do julgamento. Quer foram dormir
1000 anos atrás, ou cinco minutos antes de Jesus aparecer, parecerá como apenas
uma fração de segundo.
Alguns têm questionado
o modo pelo qual Cristo pode restaurar os corpos deteriorados de todos os
defuntos dos séculos passados. Alguns foram reduzidos a pedaços em explosões,
outros foram queimados em incêndios, e muitos desceram às profundezas do mar.
Será que haverá alguma dificuldade para o poderoso Criador da vida trazer de
volta à vida cada alma e restaurar a personalidade de cada uma? Nenhuma
qualquer. Aquele que conta os cabelos de nossa cabeça e conta os pardais no céu
não terá dificuldade em restaurar a identidade de cada indivíduo.
Podemos não ser capazes
de entender o processo, mas podemos acreditar nele de qualquer maneira. Há
muitas coisas, tais como televisão e computadores, que são mistérios para a
pessoa média que se beneficia deles, mas isso não nos impede de acreditar
nelas. Se a maioria de nós está perplexo com a complexidade da eletrônica
comum, não devemos esperar compreender os segredos do poder da ressurreição. No
entanto, podemos ter completa fé de que Deus pode e vai restaurar a vida de
todos os mortos.
8.
O Ladrão na Cruz
Agora vamos olhar para
uma das principais objeções que foram levantadas contra a doutrina bíblica da
morte e da alma. Existem alguns textos ambíguos que podem ser entendidos apenas
quando são vistos à luz de todos os outros versículos sobre o assunto. Um
exemplo disso é encontrado na experiência do ladrão na cruz. À primeira vista,
parece que Jesus estava dizendo que o criminoso moribundo iria para o céu no
mesmo dia que morreu.
No contexto, o ladrão
pediu a Jesus, nos últimos momentos de sua vida: “Senhor, lembra-te de mim
quando entrares no teu reino. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo, hoje
estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42, 43).
Será que isso contradiz
todos os outros versículos que lemos sobre o assunto? Certamente soa como se
Jesus e o ladrão estariam naquele mesmo dia na presença de Deus. Vamos permitir
que outros textos esclareçam o mistério.
Três dias depois que ele falou com o ladrão arrependido, Jesus encontra
Maria perto do túmulo aberto. Como ela se prostrou a Seus pés para adorá-lo
Jesus disse, “Não me detenhas, pois ainda não voltei ao Pai. Mas vai ter com
meus irmãos, e dize-lhes: eu volto para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso
Deus” (João 20:17 ).
Esta afirmação de Jesus
nos leva a um enigma intrigante. Se Ele ainda não tinha ido para o céu, como
Ele poderia ter assegurado ao ladrão, três dias antes que eles iriam para lá
naquele mesmo dia? E, por favor tome nota que o Paraíso e o trono do Pai estão
no mesmo lugar. João disse que a árvore da vida estava localizada “no meio do
paraíso de Deus” (Apocalipse 2:7). Então, em Apocalipse 22:2, ele explicou que
a árvore estava em ambas as margens do rio da vida, que por sua vez, fluía do
trono de Deus. Isto definitivamente coloca a presença de Deus no Paraíso.
Obviamente, se Jesus não havia ido ao Pai no momento em que Ele ressuscitou Ele
não poderia ter ascendido na data em que morreu, três dias antes.
Este mistério é
rapidamente esclarecido quando consideramos o contexto de Lucas 23:43. Temos de
estar conscientes de que os manuscritos originais da Bíblia foram escritos em
uma linha contínua de manuscrito. Não havia separação das palavras em
sentenças, versos ou capítulos. Em 1611, quando a versão do Rei James foi
traduzida, os estudiosos separaram as palavras, inseriram sinais de pontuação,
e dividiram o manuscrito em versos e capítulos. Estes homens não eram
inspirados, embora geralmente fizeram um tremendo trabalho em sua tarefa
designada. Pela necessidade eles tiveram que colocar vírgulas, muitas vezes
para dar sentido às palavras traduzidas. Em Lucas 23:43, acrescentaram uma
vírgula antes da palavra “hoje”, o que faz Jesus dizer: “Em verdade te digo,
hoje estarás comigo no paraíso”. Neste caso, a vírgula deveria ter sido
colocado após a palavra ”hoje” em vez de antes. Em seguida, a sentença seria
lida, “Em verdade te digo hoje, Tu estarás comigo no paraíso.” Isto colocaria o
registro em perfeita harmonia com todo o resto da Bíblia. Em outras palavras,
Jesus estava dizendo para o ladrão, “Eu lhe dou a garantia hoje, quando parece
que eu não posso salvar ninguém, quando meus próprios discípulos me abandonaram
e eu estou morrendo como um criminoso condenado – Eu lhe dou a garantia hoje,
que você estará comigo no Paraíso “.
É isto uma manipulação
dos registros sagrados? Não. Os tradutores não eram mais divinamente inspirados
do que nós. Apenas os autores originais eram inspirados. Colocar a vírgula
depois da palavra “hoje” é tão fiel ao texto original como colocá-la antes. A
única diferença é que um modo traz total harmonia com as escrituras e o outro
traz contradição sem esperança. Não é preciso uma visão sobrenatural para
decidir qual é o lugar correto para a vírgula.
Tenha em mente que o
ladrão estava apenas pedindo para ser lembrado quando Jesus viesse em Seu
reino. Ele não solicitou qualquer recompensa no mesmo dia de sua morte que se
aproximava. No mesmo sentido, encontramos o grande apóstolo dos gentios
antecipando sua partida desta vida: “Quanto a mim já estou sendo derramado como
libação, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei
a carreira, guardei a fé. Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele
dia, e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda “(2
Timóteo 4:6-8).
Assim como o receptivo
ladrão e o ungido Paulo focaram ambos sua esperança de recompensa eterna sobre
a vinda do reino de Cristo, também podemos ser lembrados, naquele dia.
Texto publicado no site
Amazing facts. Crédito da Tradução Blog Sétimo Dia https://setimodia.wordpress.com/
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