Teologia

sexta-feira, 3 de abril de 2015

UM ESCANDALOSO ATO DE AMOR



Ricardo André

Há mais de dois mil anos Jesus Cristo desceu até nós! Ao lermos as palavras do apóstolo Paulo em Filipenses 2:5-11 podemos ver o escandaloso amor de Jesus por nós. Diz-nos o texto: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Jesus era Deus no mais alto sentido. Deidade é a sua essência! (Jo 1:1-3).Vindo a este mundo hostil, impregnado de pecado, renunciou ao Seu honrado lugar no Céu, pôs de lado sua divindade, “esvaziou-Se  a Si mesmo”, tornando-Se homem, um ser humano. “Assumiu a forma de servo”, humilhando-Se a Si mesmo, tornando-Se um membro de nosso grupo, de nossa gente! Baixou da coroa de glória para a coroa de espinhos, enfrentou o Getsêmani , foi preso, esmurrado esbofeteado, cuspido e finalmente teve uma morte vergonhosa, a morte de Cruz para nos salvar. De acordo com Isaías 53, Jesus foi obediente como um cordeiro que segue para o matadouro! Ele era o Cordeiro de Deus (Jo 1:29).

Ellen G. White observa: “Assumindo a natureza humana, Cristo elevou a humanidade. Os homens caídos são colocados na posição em que, mediante a conexão com Cristo, podem na verdade tornar-se dignos do nome de filhos de Deus” (Caminho a Cristo, p. 15).

Os líderes religiosos do Seu tempo julgaram mal a Sua missão. Um dos Seus doze discípulos O traiu e Ele foi arrastado diante de autoridades religiosas e romanas. Seus onze discípulos restantes O abandonaram. Em Seu julgamento, Pedro, um dos três discípulos de Seu círculo mais próximo, negou tê-Lo conhecido. Os soldados romanos bateram em Jesus e O fizeram carregar a própria cruz até cair exausto sob o peso. Quando homens maus fincaram a cruz num buraco no chão, Jesus experimentou dor excruciante enquanto os cravos rompiam os nervos de Suas mãos. Isaías descreve Sua dor emocional e física: Ele foi “desprezado”, “rejeitado”, “oprimido”, “afligido”, e “esmagado” (Is 53: 3-7).

Em acréscimo ao sofrimento físico e emocional de Jesus, Deus, o Pai “fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós”. Pense em experimentar o peso emocional dos pecados de mais de 7 bilhões de pessoas que vivem na Terra hoje, e então acrescente o peso dos pecados de todos os que já viveram. O senso de Sua separação de Deus, o Pai levou-O a clamar: “Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46)Ele morreu por nós, apagando um registro que nunca poderíamos saldar. Não haveria outra forma de sermos salvos. Sua morte expiatória nos traz a vida eterna (Rm 3:23; 6:23)

O amor de Deus por nós é um “tema para a mais profunda meditação. O inigualável amor de Deus por um mundo que não O amou” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 15).

José Ernesto Renán, um historiador e filologista francês do século XIX, assim se expressou sobre Jesus: “Que venham as grandes surpresas do futuro, mas nunca se levantará e nunca se levantou outro como Jesus”.

Cristo fez tudo isso por mim e por você – por todos.  Suportou tudo isso para que pudesse perdoar-nos os pecados, purificar-nos, apagar o seu registro nos livros do Céu e, em lugar deles, transferir para nossa conta a Sua vida justa. Podemos verdadeiramente alegrar-nos, pois Ele é “Nossa Justiça”(Jr 23:5, 6), deixando-nos sem culpa. Que escandaloso ato de amor! Em compensação deveríamos amar a Jesus, pois o amor gera amor.

Caro amigo leitor, incline a cabeça agora mesmo em oração silenciosa e Lhe agradeça as boas novas de Seu escandaloso ato de amor, de Seu quase inacreditável sacrifício.

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