A GRANDE QUESTÃO DA VIDA: PARA ONDE NÓS IREMOS?
Ricardo André
“Jesus
perguntou aos Doze: "Vocês também não querem ir?" Simão Pedro lhe
respondeu: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”
(João 6:67-68, NVI).
"Para quem
iremos?" é uma pergunta que todos devemos responder em algum momento de
nossa vida. Decisões difíceis foram tomadas naquele dia, na Galileia, decisões
que afetariam as vidas e a eternidade de todos os envolvidos. Podemos aprender
com as escolhas de cada um dos que lá estavam. O contexto precedente desses
versos revela que Jesus realizou o milagre da multiplicação de pães e peixe que
alimentou uma multidão faminta de cinco mil pessoas. Impressionadas, as pessoas
quiseram aclamar Jesus como rei para libertá-los do domínio romano. Porém, Ele
saiu de cena, atravessou o lago e foi para Cafarnaum. O povo O encontrou
novamente. Acontece que alguns daquela multidão que acompanhava o Mestre não
estavam dispostos a ouvi-Lo, pois o objetivo maior era apenas se beneficiar. Jesus
se apresentou a eles como o “Pão da vida que desceu do céu” e
que as pessoas deveriam comer Sua carne e beber o Seu sangue se quisessem ter a
vida eterna. (João 6:35-38). Jesus fez a devida explicação, que,
resumidamente, era sobre aceitar a pessoa dEle, e aceitar o sacrifício que
estava prestes a consumar, e passar a viver em conformidade absoluta com a Sua
Palavra. Ele também ensinava a impossibilidade do homem chegar a Deus pelas
suas próprias forças. Por exemplo, em versículo 44, Cristo diz, “Ninguém pode
vir a Mim, se o Pai que Me enviou o não trouxer...”. E é verdade nos dias de
hoje: nós jamais alcançaremos o perdão e aceitação de Deus pelas nossas
próprias forças. É Deus que precisa trazer-nos, ajudar-nos, levar-nos até Si
mesmo.
A narrativa revela que
a multidão ao redor de Cristo não recebera bem essas palavras e começaram a
criticá-lo duramente e a se afastar (João 6:41-42). “Para muitos deles ficou
claro que Jesus não era o que esperavam. Provavelmente, eles aguardavam um
Messias que se tornaria o chefe de um movimento revolucionário que acabaria por
derrotar os romanos e expulsá-los da terra. Para tal grupo, as palavras de
Jesus eram muito difíceis de “suportar” (Comentário
Bíblico Andrews [CPB, 2024], v. 3, 408). As duras críticas e julgamentos feitos às
palavras de Jesus visavam tão somente desqualificá-lo como o enviado de Deus.
Disseram: “Este não é Jesus, o filho de José? Nós conhecemos o pai e a mãe
dele. Então como é que ele diz que desceu do céu?” (João 6:42). Era colocada em
xeque a sua dignidade. O versículo 60 afirma: “Muitos, pois, dos seus
discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”
Estes homens que diziam ser seguidores e discípulos de Cristo, estão ofendidos
com a pregação de Cristo. Eles reclamam que as verdades que Cristo ensinava são
duras, e difíceis de ouvir. Eles desejavam verdades mais suaves. Queriam que
Cristo falasse sobre coisas mais confortáveis, mais bem aceitos entre os
homens. Eles buscavam apenas curas e milagres. Como resultado desse discurso,
muita gente deixou de seguir a Jesus (Jo 6:66), alegando os absurdos que
estavam descobrindo na chamada vida cristã. Enquanto achavam que
Jesus era a fonte de cura, comida e libertação da opressão do inimigo, eles o
seguiram. Mas, quando Jesus mostrou que eles estavam falidos espiritualmente e
deviam confessar seus pecados e se voltar para ele como a única fonte de
salvação, ficaram ofendidos e o abandonaram. A maioria voltou para sua antiga
vida, sua antiga religião e sua antiga situação.
Do ponto de vista
humano, isso deve ter sido muito difícil para Jesus, ao ver a multidão ir
embora. A escritora cristã Ellen G. White, comentando esse momento de crise no
ministério de Cristo, acrescentou: “Condoído, viu Jesus os que haviam sido Seus
discípulos afastarem-se dEle, a vida e a Luz dos homens. A consciência de que
Sua compaixão não era apreciada, nem Seu amor reconhecido, de que Sua misericórdia
era desprezada e rejeitada Sua salvação, enchia-O de inexprimível dor. Foram
acontecimentos como esses que O tornaram um Varão de dores, experimentado nos
trabalhos” (O Desejado de Todas as
Nações, p. 393).
Aqui temos a primeira
lição que o texto bíblico nos ensina: As verdades do evangelho nunca foi
popular ou bem aceito. Quando a Bíblia fala a respeito de benções, é fácil
prestar atenção. Qual é o motivo pelo qual multidões enchem as igrejas
evangélicas? É para ouvirem do plano da salvação em Jesus ou é por outros
motivos tais como curas, bênçãos materiais, riquezas, saúde para gozar a vida a
seu bel prazer, prosperidade em todos os sentidos? Dos sermões pregados nos
púlpitos das mais variadas denominações o que mais se destaca é a mordomia da
prosperidade, mas pouco se fala do preparo para o reino eterno que se avizinha.
Os sermões nunca levam os adoradores ao arrependimento e confissão de pecados a
genuína conversão, mas levam os adoradores a esvaziarem suas carteiras com a
promessa de que receberão muito mais do que as dádivas monetárias doadas, tendo
como certo de que o Senhor Deus é obrigado a recompensar o doador. Porém,
quando a Bíblia mostra qual é a condição natural do homem, as pessoas fazem
como fizeram nos dias de Cristo: eles reclamam que o discurso é difícil de
ouvir.
Diante disso, Jesus Se
volta para o Seu círculo de amigos, Seus 12 discípulos e faz uma interessante
pergunta: “Será que vocês também querem se retirar?” (João 6:67). As pessoas
estão indo embora, vocês também vão se retirar? A pergunta Dele demonstra um
certo receio de que Seus discípulos pudessem tomar o mesmo caminho. De fato, se
nós estamos seguindo a Cristo somente para receber as suas promessas ou a suas
benções, nós também, um dia ou outro, deixaremos de segui-lo. Se nós nos
chamamos de “cristãos” simplesmente porque temos experimentado uma emoção forte
ou frequentado uma igreja, não temos base para afirmar que é Cristo que nos
guia. Certa vez, Cristo disse a um grupo de judeus, em João 8:31, “Será que
vocês também querem se retirar?”. Neste versículo, Cristo ensina que os
verdadeiros seguidores são os seguidores obedientes a Sua palavra. Como sabemos,
apenas as palavras de Cristo são espírito e vida. Se usamos experiências ou
emoções, para tentar ser aceito por Deus, as nossas tentativas são sem
aproveito, pois a nossa carne para nada aproveita.
Naquele momento todos
pararam, e em meio ao silêncio, Pedro, agindo como porta-voz do grupo, respondeu
de maneira inspirada pelo Espírito Santo: “Para onde nós iremos, se somente tu,
tens a Palavra da Vida Eterna. E nós temos crido e conhecido que Tu és o
Cristo, o Filho de Deus” (v. 68). Jesus Se alegrou com a afirmação de Pedro. O
discípulo fez uma confissão de fé valorosa ao dizer que não irá se retirar
porque percebe que as palavras de Jesus não são vazias e, sim, são pão, são
cheias de vida, são palavras da eternidade! Diferente dos que desqualificaram
Jesus, ele o qualifica, percebe o valor e o sentido das suas palavras. Ele
sabia que não havia outro mestre em quem devia crer.
Isso implicava sua
firme convicção de que Jesus era o Messias e que somente ele era capaz de
salvá-los. É uma das nobres confissões de Pedro – os sussurros instintivos de
um coração piedoso e de amor ardente. Não havia mais ninguém que pudesse
ensiná-los. “Os discípulos haviam encontrado mais paz e alegria desde que
tinham aceitado a Cristo do que em toda a sua vida anterior. Como voltariam
para os que haviam desprezado e perseguido o Amigo dos pecadores? Por muito
tempo aguardaram o Messias; agora Ele viera, e não podiam se afastar dele para
ir àqueles que estavam procurando tirar Sua vida e os tinham perseguido por se
tornarem seguidores Dele” (Lição da
Escola Sabatina, 4º Trim. 2024 [Ed. de Professor], p. 68). Os fariseus, os
saduceus e os escribas eram corruptos e incapazes de guiá-los corretamente; e,
embora as doutrinas de Jesus fossem misteriosas, elas eram as únicas doutrinas
que poderiam instruí-las e salvá-las. Pedro sabia que o Caminho era, e é
Cristo. Como viver sem Jesus? “O próprio pensamento de perder esta âncora de
sua alma, enchia-os de temor e pesar. Ser privado de um Salvador, era andar
flutuando em negro e tormentoso mar” (Idem).
Precisamos
ver o que Pedro viu naquele dia de decisão.
PARA
ONDE IREMOS?
A pergunta é relevante
ainda hoje. Cedo ou tarde todas as pessoas se defrontarão com essa questão. Por
isso se faz mister considerarmos essa pergunta. As Sagradas Escrituras afirmam
claramente que somos pecadores e verdadeiramente destituídos da gloria de Deus
(Rm 6:23). Logo, necessitamos do perdão divino. Como alcançamos esse perdão? Ou
para quem iremos nós em busca de paz, felicidade e salvação? Para os discípulos
do passado e para nós hoje Cristo é o tudo da existência. É Salvador, Senhor e
mantenedor da vida, fonte de alegria e realização. Sem Ele, nada mais podemos
esperar.
Hoje em dia, o mundo oferece
inúmeras respostas a esta pergunta. Algumas religiões orientais, a exemplo do
Hinduismo, sugerem o caminho da prática da Yoga (forma de alcançar o equilíbrio
entre o corpo e a mente, assim como de unir a alma individual, a alma universal
(Brahma), a meditação (forma de elevação espiritual), a oração e o ascetismo (a
libertação dos aspectos materiais do mundo), como meios para quebrar o ciclo de
existências sucessivas (reencarnações), alcançando o nirvana, que é o estado de
plenitude e de conhecimento de si mesmo e do universo. Enquanto não alcança o
nirvana, ele se vê obrigado a retornar para uma nova existência, que pode ser
na forma humana ou de animal.
Antigos gregos
desenvolveram a filosofia denominada “hedonismo”, cuja principal ideia é que o
prazer é o único caminho para a felicidade. Influenciados por essa filosofia
milhões de pessoas no mundo buscam encontrar felicidade no prazer, nas orgias,
bebidas, drogas, sexo livre, no consumismo, tornando-se escravos deles. Os
hedonistas dizem: “Pare de se cobrar tanto: qual é o problema em ir a baladas,
shows de rock, usar drogas e praticar o sexo livre? Deus ama a todas as pessoas
de qualquer jeito. No fim das contas, Ele vai salvar todo mundo”, argumentando
que todos os caminhos levam a Deus.
Para os niilistas, que
não acreditam na existência de um Deus supremo absoluto, o sentido da vida está
no “ser”, na capacidade humana e no potencial que o mundo material pode
oferecer como antídoto de satisfação pessoal e finalidade da própria existência.
A tese niilista traz consigo a “filosofia do martelo”, como dizia Nietzsche,
isto é, a qual destrói ídolos, argumentando que as crenças religiosas são
inúteis e que, portanto, a vida real não tem sentido algum, senão a busca
idealizada pelo mundo material. Portanto, de acordo com a cosmovisão niilista, o
real sentido de tudo é a satisfação pessoal aqui e agora.
Muitos procuram a
salvação nas religiões, nas imagens, nas rezas, nas cantigas repetidas, nos
mantras, nos sacrifícios e na peregrinação.
Notamos também uma
outra sugestão que o mundo faz, ao tentar responder a pergunta, “Para quem
iremos nós?”. O mundo sugere que possamos ser salvos através das obras, são
os que dizem: "Fora da caridade não há salvação". É ensinado que possamos alcançar a salvação
se: praticamos boas obras, ou seguimos uma lista de regras, ou se fizermos boas
obras na nossa cidade. Será que é através das nossas próprias mãos que
alcançarmos o favor de Deus? Isaias 64 versículo 6 nos mostra que não. Isaias
64:6: “Mas, todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como
trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades
como um vento nos arrebatam”. Perceba a maneira que a Bíblia refere às nossas
obras de justiça como sendo trapos da imundícia aos olhos de Deus. Não será
através destes “trapos” que chegaremos ao céu.
Nenhum desses atalhos
atrativos e fáceis do mundo podem satisfazer os supremos anseios do nosso
coração e conduzir-nos a vida eterna. Então, a pergunta continua: para quem
iremos nós?
Nós também sabemos
disto, mas quando observamos nossa realidade atual como cristãos ficamos
verdadeiramente perplexos. Indiferença tem sido uma de nossas posturas nos dias
atuais.
Nossas fraquezas e
limites, nosso temor, nosso desejo de agradar a Deus profundamente parecem
estar amortecidos, muitas vezes, tem pessoas que ficam sem direção que até
chegam a duvidar e perguntam: Que caminho eu estou indo?
Porque eu estou
passando por isso? E muitos se perdem no caminho, pois deixaram de olhar para
Jesus, e começaram a seguir seus problemas, suas preocupações, tentando
resolver da sua forma a qualquer custo, e isso até os tem levado a frustrações.
Não desviar jamais o
nosso olhar de Jesus é fundamental para sabermos para onde ir. O homem pobre,
perdido e pecador não tem outro lugar a não ser Jesus. Ele é o caminho, a
verdade e a vida. Ele é a única porta e o único meio de salvação, somente Ele
tem a Palavra para Vida Eterna, foi Ele mesmo que declarou em João 14:6: “Eu
sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim” E se o
pecador se comprometer com outra maneira, ele vagará e morrerá.
A resposta para onde
iremos é: Estamos indo para Deus por meio de Jesus Cristo, não tem outra forma
de ir, Jesus a única Porta “Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo [...]”
(João 10:9).
CRISTO
É A RESPOSTA
É o próprio Jesus quem
afirma em João 14:6 que ninguém vem ao Pai senão por Ele. Mas, mesmo Ele
fazendo esta afirmação, muitos ainda procuram outros caminhos, outras formas.
Certa vez, Agostinho
escreveu que cada um de nós tem dentro de si um espaço vazio deixado por Deus.
Você pode tentar preencher esse vazio com qualquer coisa que existe no mundo,
mas nunca vai conseguir, pois é imenso, infinito como Deus, e só Ele pode
preencher. Ele afirmou: “Criaste-nos, Senhor, para Ti e nosso coração estará
inquieto enquanto não descansar em Ti”.
Os seres humanos têm
tentado de tudo, na ânsia de preencher esse vazio cavado por Deus. Diz C. S.
Lewis: “O que Satanás pôs na cabeça de nossos primeiros pais foi a ideia de que
eles poderiam ser como Deus, como se fossem independentes e tivessem vida em si
próprios; que eles poderiam inventar algum tipo de felicidade sem Deus. E dessa
tentativa infrutífera surgiu quase tudo na história humana – riqueza, pobreza,
ambição, guerras, prostituição, classes, impérios, escravidão – a longa e
terrível história do homem tentando achar outra coisa, menos Deus, para fazê-lo
feliz. E
por que isso nunca deu certo? É porque Deus nos criou, nos inventou, um como um
fabricante inventa uma máquina. Se um veículo é fabricado para ser movido a
óleo diesel, ele não vai funcionar direito com outro combustível. E Deus criou
a máquina humana para se mover nEle. Ele é o combustível que nos faz agir, o
alimento do qual precisamos para nos nutrir. Não há outro”. Portanto,
a única solução é Nele viver, se mover e existir (At 17:28). Jesus é o tudo da
existência. É o Salvador, mantenedor da vida, fonte de alegria e realização
pessoal. Sem Ele, não podemos ter esperança de nada. Só Ele tem palavras de
vida eterna
A Bíblia descreve em
Provérbios 16:25 “Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são
os caminhos da morte”.
Na história da Igreja
Adventista do Sétimo Dia encontramos registrados o nome de talentosos líderes
que serviram a Jesus e a Sua igreja, alcançaram postos elevados na
administração da igreja, obtendo influência e prestígio. Todavia, para a
surpresa de muitos esses seguidores de Jesus resolveram palmilhar um caminho
descendente, caindo nos abismos tenebrosos da apostasia. Abandonaram a Jesus.
Entre eles encontra-se Alonzo T. Jones (1850-1923). Após ter participado de uma
série de conferências adventistas, Jones aceitou a mensagem adventista e foi
batizado em 8 de agosto de 1874, “enquanto servia como sargento do exército no
Fort Walla Walla, no estado de Washington, logo começou a estabelecer igrejas
no Noroeste” (Enciclopédia Ellen G.
White, p. 469). Em 1878, foi ordenado ao ministério e se tornou um líder
influente do adventismo. Com Ellet J. Waggoner, desempenhou um papel
fundamental na pregação da justificação pela fé na assembleia da Associação
Geral de 1888, em Mineápolis. Carismático, enérgico, dramático e com tendência
aos extremos, Jones tornou-se uma figura de liderança e um dos mais brilhantes
teólogos no meio adventista durante a década de 1890.
“Suas mensagens, embora
repudiadas por um influente segmento da Igreja, foram recebidas com entusiasmo
e fervor por outros que, em seus temas, discerniram o poder espiritual capaz de
produzir um grande reavivamento e precipitar o derramamento da prometida chuva
serôdia” (Enoch de Oliveira, A Mão de
Deus ao Leme, p. 201). Com Ellet J. Waggoner, desempenhou um papel
fundamental na pregação da justificação pela fé na assembleia da Associação
Geral de 1888, em Mineápolis.
Contudo, depois de 1901,
a amizade com o Dr. John H. Kellogg fortaleceu sua autossuficiência e o
sentimento de amargura antiorganizacional. Jones acreditava que a igreja não
deveria ser dirigida por um presidente, mas por uma comissão executiva. Tinha
ojeriza a centralização da autoridade na figura de um presidente. Ele tentava
incessantemente minar a liderança de Arthur G. Daniells como presidente da
Associação Geral. Não obstante, tornou-se presidente de uma associação na
Califórnia por dois mandatos, mas não obteve sucesso como administrador.
Em 19 de setembro de
1892, Ellen White afirmou: “É bem possível que os pastores Jones ou Waggoner
sejam derrubados pelas tentações do inimigo. Mas se isso acontecer, não
significa que não transmitiram uma mensagem de Deus nem que toda a obra
realizada por eles foi um erro” (Carta 24, 1892). Infelizmente, faltou-lhes
humildade e, como consequência, eles falharam em viver a mensagem que haviam
pregado com tamanha eficácia para milhares de pessoas. Com o tempo, Kellogg,
Waggoner e Jones acabaram saindo da igreja.
Por conta de suas
críticas ácidas contra a Igreja e seus dirigentes, em 1907, Jones recebeu a
orientação de entregar sua credencial ministerial e, no ano seguinte, foi
removido do rol de membros da igreja. Mesmo assim, ele solicitou uma audiência
na assembleia da Associação Geral de 1909, realizada em Washington, DC. Na
ocasião, apresentou um longo discurso em tom acusatório e se reuniu por três
vezes com os principais líderes da igreja. Na última, após um longo apelo por
reconciliação, o presidente, Arthur G. Daniells, estendeu as mãos do outro lado
da mesa e disse: “Venha, irmão Jones, venha.” Jones se levantou e, “aparentando
vacilar, deteve-se em silêncio. Todos esperaram contemplar uma comovente cena
de aproximação, reconciliação e perdão. Desafortunadamente, porém, decorridos
alguns momentos, Jones abruptamente se assentou, repetindo em angústia: “Não!
Nunca!” (Idem, p. 206), e se
assentou, para nunca mais voltar à igreja.
Em 1923, faleceu repentinamente,
vítima de um AVC fulminante. “Alonzo T. Jones desceu à sepultura guerreando
contra o adventismo, contra Arthur G. Daniells e contra toda e qualquer forma
de organização. Para ele, a essência da liberdade religiosa consistia em se
manter livre de organização” (Enciclopédia
Ellen G. White, p. 471). Jones é um
exemplo de alguém que seguiu a Jesus. Mas que em algum momento de sua caminhada
com Ele defrontou-se com a grande questão: "Senhor, para quem iremos?” Diante
das dificuldades, do orgulho e da tentação abandonou a Jesus.
Caro amigo leitor, se
você quer saber para onde está indo, faça como Pedro: não procure fazer seu
próprio caminho, não se afaste de Jesus, continue firme, ainda que sofra críticas,
perseguição, piadinhas, ou descrédito, mas permaneça sempre firme, e tenha a
certeza que Jesus é que tem a Palavra para vida Eterna. Não
deixe sua fé esfriar! Decida ir com o seu Deus até o último dia da sua vida!
Com Jesus, aprendemos a
importância de manter em ordem as prioridades e vemos que a missão do evangelho
vai muito além das preocupações físicas e sociais dos homens. Com Judas e com
as multidões, podemos ver a loucura de tentar Jesus a se encaixar em nossas
expectativas. Com a fé corajosa de Pedro, podemos tirar a força para seguir
Jesus pelos motivos certos. Precisamos dizer ao Mestre, como o fez Pedro:
"Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna" (João
6:68).
Caro amigo leitor, para
onde iremos com nossos fardos de problemas? Para onde iremos com nossos medos
quando o mundo parece querer nos tragar: Quando Satanás ruge? Quando amigos
fogem? Quando a doença destrói o vigor? Para onde iremos quando perdemos um
ente querido? Quando o divórcio apaga o o colorido, os sons, o brilho e as
doces lembranças do casamento? Para onde iremos quando estivermos diante da
morte? Para onde você se voltará? Para quem você irá? A solução é Jesus. Só Ele
tem palavras de vida eterna. A decisão é sua! Seguir pelo caminho de Jesus é
sempre a melhor opção.
Comentários
Postar um comentário