Teologia

domingo, 10 de março de 2024

EXISTE ALGUMA COISA DO OUTRO LADO DA MORTE?

Ricardo André

A grande certeza da vida, desde que nascemos, é que um dia morreremos. Desde nosso primeiro instante de vida, entramos em uma contagem regressiva que marcará nossos dias de vida terrestre. A cada instante estamos mais próximos deste momento tão “misterioso” e temido por muitos. Neste exato momento, muitos estão dando seu último suspiro. Indubitavelmente, a morte é uma triste experiência pela qual a humanidade passa. Ela nos tem tomado pais, filhos e amigos. O apóstolo Paulo a chama de inimiga (1 Co 15:26). A morte é o dilema que faz parte da vida de todo ser humano após a entrada do pecado. As Sagradas Escrituras revelam que fomos criados para viver eternamente, mas ela entrou no mundo como consequência do pecado cometido pelo homem. Portanto ela é uma intrusa. A morte é o salário do pecado (Gn 2:17; Rm 6:23) e conflita com o desejo humano de permanência. Como afirmou S. Júlio Schwantes: “A transitoriedade das glórias terrestres e a vã esperança de permanência acalentada em todo coração, constituem melancólico contraste. A inevitabilidade da morte lança um véu sombrio sobre os sonhos mais dourados” (O Despontar de uma Nova Era, p. 269).

Quando perdemos um ente querido para a morte, esta produz um vazio e uma sensação de carência difíceis de serem igualados. Ela é a maior frustração humana que nos leva a perguntar: A morte é o fim de tudo? O que será de nós? Poderemos reencontrar nossos queridos que morreram? E, para essa realidade, é importante olhar para a Palavra de Deus e perceber o que ela ensina. Antes, porém, nos parece útil observarmos o que pensavam os filósofos do passado a respeito do tema.

O pensamento materialista e a morte

Importantes filósofos do século XIX adotaram a perspectiva secular-humanista e apegaram-se fortemente à ideia de que a morte é o fim. Não existe nada mais. Para esses filósofos materialistas ateus, não existe nada além da matéria e da energia. Portanto, eles negam a realidade do sobrenatural e da existência de Deus. Eles não conseguem ver um sentido para a vida e para a morte. Eles encaram a vida de maneira trágica, como algo sem sentido. Martin Heidegger (1889-1976), filósofo existencialista alemão, dizia: “A morte é um modo de ser que a existência humana assume, desde que ela tem início”. Por isso os existencialistas definem o homem como um “ser-para-a-morte”, não só porque está destinado a morrer, mas porque é constantemente atingido pela realidade da morte.

Os existencialistas afirmam que a vida humana é limitada por dois nada: o homem teria surgido do nada, não como resultado de uma criação especial por um Deus amoroso, e se dirige lenta e inexoravelmente para outro nada. E o que dá uma nota trágica à existência – para os existencialistas ateus – é que a pessoa tem consciência de estar caminhando para a destruição; isto é terrível. Então, nasce dentro do homem a angústia de que Heidegger falava ou a náusea de Jean Paul Sartre. Nesta mesma linha outros filósofos fizeram muito mal à humanidade, especialmente aos jovens, pois deram à vida uma conotação sombria, sem a esperança da fé cristã.

O famoso filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), que estava determinado a ver Deus morto e sepultado, é uma outra figura típica desta atitude irreligiosa. Foi o filósofo mais satírico em relação a Deus e ao sistema de valores cristãos. Vários de seus textos critica duramente a religião. Ele é amplamente conhecido por sua filosofia niilista e por sua ideia de que “Deus está morto”. Ele despertou para a filosofia através de Schopenhauer. Ele disse que: “Schopenhauer foi, como filósofo, o primeiro ateísta confesso e inflexível que nós alemães tivemos”. Como quase todos os ateus depois de Feuerbach, Nietzsche também considera a religiosidade como uma inconsciente projeção.

Com base na perspectiva de Nietzsche, a vida não tem nenhum significado, propósito ou valor intrínseco. Que quadro desolador!

Para o grande filósofo alemão Karl Marx (1818-1883), cujas ideias revolucionaram o pensamento filosófico, rompendo barreiras e desvelando a forma de organização de nossa sociedade, Deus e a religião não passavam de meras projeções humanas. Afirmou que a religião havia sido inventada como uma forma de reagir contra o sofrimento e a injustiça do mundo, os pobres e oprimidos tinham criado a religião para imaginar que teriam uma vida melhor após a morte. Servindo como uma forma de “ópio”, uma maneira de escapar da realidade. Portanto, para ele, o ateísmo é um postulado evidente. Tanto é assim que ele escreveu: “A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o ânimo de um mundo sem coração, assim como o espírito de estados de coisas embrutecidos. Ela é o ópio do povo.” (“Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”, ed. Boitempo, p. 145). Ele ainda vislumbrava a possibilidade do desaparecimento do sentimento religioso com a eliminação da alienação, numa sociedade despojada da exploração do homem pelo homem e livre do trabalho alienado.

Richard Dawkins, considerado ícone do ateísmo atual, autor de Deus: Um Delírio, pretende “esclarecer” que Deus não passa de invenção de pessoas desiludidas. Ele afirma categoricamente a intenção de seu livro: “Os leitores religiosos que o abrirem serão ateus quando o tiverem terminado”.

Portanto, Deus, para estes ateus não é senão uma ilusão criada pelo homem buscando uma compensação diante de sua miséria; o que o faz fugir do mundo e das grandes tarefas humanas. Se Deus não existe, então para esses filósofos a morte é o fim. Não existe nada mais. A escritora cristão Ellen G. White afirma que a humanidade fracassará em todas as suas tentativas de progresso se “negligenciar a única Fonte de esperança” (Caminho a Cristo, p. 20).

Para além do “ópio” de Marx, nossa religação com Deus é a chave para o mistério dos mistérios, o significado da vida. Deus é o Criador da vida, por isso é Ele que dá sentido à vida. Deus nos criou para Seu louvor (Is 43:20-21). Ele nos formou de maneira especial, para mostrar Sua glória e Seu amor através de nós. Esse é o grande sentido da vida. A satisfação plena é produto da segurança absoluta e da paz interior que só Deus pode dar. Só um Deus infinito pode preencher, com o Seu amor, o espaço infinito do coração humano. E esta conquista espiritual está ao alcance de todos os que, reconhecendo a sua insuficiência, aceitam o presente que o Céu oferece – a vida eterna, através de Jesus Cristo: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23).

Vê-se, como bem observou Francis D. Nichol, “nas profundezas da alma humana se acha implantada a inquietação pelo futuro. Essa percepção do infinito no tempo e no espaço produz insatisfação com a natureza transitória das coisas desta vida. É o plano de Deus que o homem perceba que o atual mundo material não constitui o centro de sua existência. Ele se acha ligado a dois mundos: fisicamente a este mundo, mas mental, emocional e psicologicamente ao mundo eterno” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 3, 1075).

Qual o resultado da influência desses filósofos sobre as pessoas da atualidade? Associado com diversos fatores, a contínua campanha de descrédito à fé tem contribuído fortemente para sedimentar o espírito de desesperança no coração de muitos, e isso leva as pessoas a perderem a paz e a alegria, e leva também muitos a tomar atitudes extremas contra a própria vida.

Milhões de pessoas sem esperança. Esse é o fruto das ideias materialistas ateístas. “O que é uma pessoa sem esperança? É alguém sem sonhos, sem ideais, sem futuro... É alguém sem otimismo, que não sente vontade de lutar. Quando não há esperança, o desespero ocupa seu lugar. O pensamento derrotista se apodera da pessoa e sobrevém o fracasso” (Enrique Chaij, Ainda Existe Esperança: A solução para os problemas da vida [CPB, 2010], p. 8).

Há esperança para os mortos

A glória da fé cristã é que Jesus responde às perguntas universais: Existe alguma coisa do outro lado da morte? Encontrar-nos-emos de novo? Como cristãos, temos a promessa gloriosa: “Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante". Diz o Espírito: "Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão" (Ap 14:13, NVI). Quem são esses mortos que “morrem no Senhor”? “São os que morreram com a fé fixa em Jesus” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 924).

Neste texto sacro somos lembrados de uma verdade profunda e reconfortante: os mortos que morreram em Cristo são felizes. Esse pensamento bíblico da morte, soa como um paradoxo. Parece estranho considerar "felizes" aqueles que morrem. Porém, quando analisamos o que a Bíblia diz sobre este assunto chegamos a uma conclusão diferente. Por que são felizes os que “morrem no Senhor”? Porque os que têm fé em Jesus ao morrer têm um brilhante futuro ao qual aguardar. Eles são "felizes" por causa da recompensa que receberão. Sobre isso, Ellen G. White escreveu: “Nossos corpos mortais podem morrer e ser colocados na sepultura. No entanto, a bendita esperança vive até a ressurreição, quando a voz de Jesus invoca os que dormem reduzidos ao pó da terra. Desfrutaremos então da plenitude da bendita e gloriosa esperança. Sabemos em quem nós cremos. Não corremos nem trabalhamos em vão. Um rica e gloriosa recompensa está diante de nós; é o prêmio pelo qual corremos e, se perseverarmos com coragem, certamente o obteremos” (As Três Mensagens Angélicas [CPB, 2023], p. 131).

Sobre isso, a nota de rodapé da Bíblia King James afirma: “Os cristãos [os santos] que perseveram em obedecer aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus serão abençoados com a recompensa de suas obras piedosas” (BKJ Fiel 1611, p. 2021).

Portanto, a fé cristã se projeta desta vida para a eternidade. Isso porque Jesus venceu a morte, deixando a tumba vazia (Mt 28:5-7; 1 Co 15:3-8). A mensagem Dele para nós é: Ainda não acabou. Confie em Mim. “Eu sou a ressurreição, e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, ele viverá.” (Jo 11:25, BKJ 1611).

O apóstolo cristão Paulo, em sua inspirada carta escrita aos tessalonicenses, traz uma outra palavra de encorajamento e de fé aos que creem em Jesus. Diz-nos o apóstolo: “Irmãos, não queremos que vocês sejam ignorantes quanto aos que dormem, para que não se entristeçam como os outros que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, cremos também que Deus trará, mediante Jesus e juntamente com ele, aqueles que nele dormiram. Dizemos a vocês, pela palavra do Senhor, que nós, os que estivermos vivos, os que ficarmos até a vinda do Senhor, certamente não precederemos os que dormem. Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Consolem-se uns aos outros com estas palavras. (1 Ts 4:13-18, NVI).

Os Tessalonicenses haviam recebido o Evangelho há bem pouco tempo. Após esta experiência maravilhosa, alguns de seus parentes e amigos "dormiram no Senhor"...  Como esperavam permanecer vivos até o retorno do Senhor, e alguns "dormiram em Jesus", eles estavam extremamente perplexos. A fim de neutralizar esta tendência ao aborrecimento e tristeza imoderados, o apóstolo, os consola com a agradável esperança de uma reunião feliz e eterna com aqueles que morreram quando o Senhor Jesus aparecer em glória. Esse magnífico clímax da História é a última esperança do cristão. Diz o apóstolo Paulo: “Aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo. Ele Se entregou por nós a fim de nos remir de toda a maldade e purificar para Si mesmo um povo particularmente Seu, dedicado à prática de boas obras” (Tito 2:13, 14).

Na ocasião, ocorrerão dois dos acontecimentos mais esperados pelos cristãos de todas as eras: a ressurreição dos santos mortos e a transformação dos santos vivos. Como é bom ser cristão adventista e crer na volta de Jesus. O quadro pintado por Paulo será a concretização de todos os que creram e que creem em Jesus e que, vivos ou mortos, aguardam ansiosos por Sua segunda vinda à Terra. Para eles, a morte não é o fim de todas as coisas; é simplesmente um sono de espera pela ressurreição e a vida eterna.

Esse evento é o grande clímax da história! É o cumprimento de toda espera e esperança do povo de Deus desde Adão até a última geração que estará vivendo na Terra. Por isso, o nosso foco permanente está no retorno de Jesus, Aquele que suportou a cruz “para tirar os pecados de muitos”, e que aparecerá pela segunda vez “para aqueles que esperam ansiosamente por Ele” (Hebreus 9:28).

Sim, haverá uma feliz reunião.

Aqueles que "dormiram no Senhor", não pereceram... Esta separação que nos causa tanta dor não será eterna. Eles também contemplarão o Senhor retornando em glória. Nós, os vivos "não precederemos os que dormem" v.15. Ou como diz a Nova Tradução na Linguagem de Hoje: “não iremos antes daqueles que já morreram”. Tanto nós quanto eles "seremos arrebatados" nas nuvens (v. 17).

Portanto, o apóstolo Paulo “assegura aos leitores que os cristãos vivos não se unirão ao Senhor antes daqueles que dormiram. [...] Assim, os santos vivos não terão prioridade sobre os que morreram no Senhor. Este ensino deixa claro o verdadeiro estado daqueles que morreram “em Cristo”. Eles estão adormecidos, aguardando a vinda do Senhor. Ainda não foram unidos ao Senhor, mas, como os cristãos vivos, aguardam o segundo advento para a tão esperada união com o Mestre (Jo 11:23-25). Nenhuma classe tem precedência sobre a outra; ambas serão levadas juntas em glória ao Senhor na Sua vinda” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 249).

Nesse momento a história humana dará um salto para alcançar a eternidade, cuja porta estará aberta quando Jesus, o Criador e Redentor estenderá a mão para dar as boas-vindas aos fiéis, com as mais doces palavras jamais ouvidas: “Venham, […]. Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado” (Mateus 25:34). É a herança final que estamos aguardando com esperança!

Existe uma forte razão para esta maravilhosa esperança de uma reunião além da sepultura.

Esta esperança está baseada sobre um sólido e indestrutível fundamento... Sim, ela se baseia na realidade de um Cristo vivo (v.14). A ressurreição do Senhor é o fundamento de nossa esperança. O apóstolo Pedro escreveu: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo! Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança que jamais poderá perecer, macular-se ou perder o seu valor. Herança guardada nos céus para vocês que, mediante a fé, são protegidos pelo poder de Deus até chegar a salvação prestes a ser revelada no último tempo” (1 Pd 1:3-5, NVI).

Assim como Deus, o Pai, trouxe Jesus, nosso Salvador, dentre os mortos na manhã de Sua ressurreição no jardim, fora dos muros de Jerusalém, assim com Ele também trará nossos queridos mortos à vida novamente, quando voltar a segunda vez. Ela também está fundamentada no prometido e esperado retorno do Senhor à Terra (I Tes. 1:10; Atos. 1:10, 11).

Nosso coração então pergunta: "quando esta esperança será concretizada?"

Ela se concretizará quando o Senhor Jesus descer do Céu "com poder e grande glória". (I Ts 4:16; Mt. 24:30, 31). Sim, aqueles que "dormem no Senhor" ressurgirão (v.16). Quando esta maravilhosa reunião acontecer, os que "morreram em Cristo", ressuscitarão com um corpo incorruptível, imortal e glorioso, conforme lemos em I Cor. 15:42-44. Paulo também diz que os que estiverem vivos, serão transformados. “Eis que eu lhes digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Pois a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Pois é necessário que aquilo que é corruptível se revista de incorruptibilidade, e aquilo que é mortal, se revista de imortalidade. Quando, porém, o que é corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: "A morte foi destruída pela vitória". "Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (I Co 15:51-57, NVI).

Como, gradualmente? Não. “Num momento. Num abrir e fechar dos olhos” (1 Co 15:51, 52). Então esta reunião final, feliz e eterna acontecerá. Os salvos estarão reunidos para nunca mais se separarem. Imagine a alegria que inundará o coração dos salvos ao poderem abraçar os queridos ressuscitados, que morreram crendo em Jesus. Não mais terão o rosto macilento e triste, marcado pela doença e a morte. Terão na face a alegria e a felicidade de uma nova vida ressurgida para a eternidade. Será maravilhoso aquela reunião quando, na presença de Cristo, junto ao belo portal da Cidade, uma mãe receber a recompensa de seus labores, tendo todos os seus filhos lá dentro.  Inegavelmente, será um momento muito glorioso. Será a vitória final de Jesus sobre as tristezas, dores, doenças, e a morte! Essa certeza nos conforta e nos anima na jornada, enquanto aguardamos o grande dia da volta de Jesus.

Que maravilhosa consolação esta esperança nos traz! Aguardo com muita expectativa o dia da volta de Jesus à Terra nas nuvens do Céu com poder e grande glória (Mt 24:30; Ap 1:7). Quando Ele ressuscitar os Seus filhos fiéis, quando o mesmo Senhor que disse à filha de Jairo “Talita cumi!  Menina, eu lhe ordeno, levante-se! "vai dizer à minha mãe: “Noêmia cumi! Eu te ordeno levanta-te”. Quão bom é sabermos que "a morte não é o ponto final, mas uma vírgula na história da vida", como alguém afirmou. Temos a esperança bíblica de um dia rever todos os nossos que já dormem no Senhor.

Essa minha reflexão bíblica é uma homenagem a Noêmia Cordeiro, minha mãe, amigos, familiares e a todos os que, descansando em paz, aguardam o retorno do Senhor. Em breve, as famílias do povo de Deus estarão reunidas outra vez, e para sempre! Por isso o apóstolo ordena: "Consolai-vos... uns aos outros com estas palavras" (v.18). Sim, o despojado pode ser consolado. Aquele que crê em Jesus não deveria, como fazem os pagãos, encher-se de angustiosa e desesperada tristeza na presença da morte.

Caro amigo leitor, você crê que Jesus morreu e ressuscitou dos mortos? Você crê que Ele vive para sempre? Você crê naquilo que Ele disse: "Porque Eu vivo, vocês também viverão?" (João 14:19, BLH). Permita que esta crença abrande sua tristeza. Você anseia pelo retorno do Senhor?  Se assim for, você não deveria preocupar-se por causa da condição presente e nem pelo estado futuro dos santos que "dormiram". Como a morte e a ressurreição do Senhor são a garantia e o penhor da ressurreição e glorificação de todos aqueles que "nEle dormem", você deveria regozijar-se na esperança de reunir-se com eles na cidade de Deus. Esta gloriosa e feliz reunião jamais terá fim. Um dia Jesus chamará Seus filhos fieis de todos os tempos, você e a mim, a cada um de nós, para uma vida que jamais acaba. Amém!

 

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