Teologia

domingo, 18 de fevereiro de 2024

A CRUZ E O SANTUÁRIO: PRECISAMOS REALMENTE DE AMBOS?


Wilson Paroschi*

O autor discute como a Cruz e o santuário estão associados entre si.

Em seu livro Right With God Right Now, Desmond Ford argumenta que a expiação foi completada na cruz e que não há necessidade de ações subsequentes no santuário celestial para que a salvação seja plenamente experimentada pelo crente. Com base em Romanos 3:21-26, ele enfatiza que Deus não poderia ter perdoado o pecado até que sua penalidade fosse paga e, portanto, a cruz era necessária para dar a Deus o direito de perdoar. Não que Deus seja controlado por uma lei fora dele mesmo, argumenta Ford. Ele não é. Deus é controlado por aquilo que Ele é, o que significa que Sua lei é apenas a expressão externa de Seu próprio caráter. A Cruz, portanto, era necessária, conclui Ford, e nela Aquele contra quem pecou pagou a pena para que o pecador pudesse ser perdoado e salvo.1

Apesar das diversas dificuldades que Romanos 3:21-26 acarreta, a interpretação de Ford desta passagem não apresenta grandes problemas, mas é possível concluir destes versículos que a Cruz é onde a expiação foi completada e é tudo o que Deus precisa? O ministério de Jesus no santuário celestial, conforme postulado pela teologia Adventista do Sétimo Dia, é uma contradição com Suas realizações no Calvário? Ou será que isso realmente diminui a plena certeza da salvação do crente aqui e agora?2

CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES

Devido à forma como Romanos 3:21-26 resume o conceito de justificação de Paulo, estes versículos foram descritos como o coração e o centro de Romanos.3 A passagem vem logo após uma longa seção na qual o apóstolo deixa inequivocamente claro que toda a humanidade, seja judeu ou gentio, é apanhado na pecaminosidade e, portanto, é responsabilizado perante Deus (1:18–3:20). Mas então vêm as boas novas: a justiça salvadora de Deus foi dramaticamente revelada na morte expiatória de Jesus Cristo como a única resposta possível à situação humana criada pelo pecado (vv. 21-26). Tal resposta, porém, só é eficaz para quem crê (ver v. 22). A fé não é a condição para a justificação, mas antes o instrumento através do qual o pecador recebe a justificação.4 Toda a jactância, portanto, está excluída (v. 27). A fé estabelece a incapacidade – não a nulidade – da lei (v. 31) e, portanto, da autoconfiança humana em qualquer tipo de realização moral (vv. 28, 29).

Ao falar sobre a morte de Jesus — sendo “Seu sangue” (v. 25) uma referência clara a ela — Paulo usa duas metáforas para explicar em que bases Deus justifica o pecador. A objeção implícita parece óbvia: como pode um Deus justo justificar o injusto sem comprometer a Sua justiça? A resposta vem primeiro sob a metáfora da redenção (apolytrōsis) (v. 24b), que foi aplicada aos escravos que foram comprados no mercado para serem libertados. Quando isso aconteceu, foi dito que eles foram redimidos (ver Lv 25.47-55). A mesma metáfora também é usada no Antigo Testamento (AT) do povo de Israel que foi redimido do cativeiro egípcio e babilônico (Dt 7: 8; Is 43:1). Da mesma forma, aqueles que foram escravizados pelo pecado e completamente incapazes de se libertar foram redimidos por Deus, ou comprados do cativeiro, através do sangue de Jesus que foi derramado como preço de resgate (cf. Marcos 10:45; 1 Ped. 1:18, 19; Apocalipse 5:9).

A segunda metáfora é a propiciação ou expiação (hilastērion) (Rm 3.25), tirada do contexto da adoração — mais precisamente, do sacrifício. A propiciação ou expiação aponta para o caráter substitutivo da morte de Jesus no sentido de que Ele voluntariamente experimentou na cruz toda a intensidade da ira de Deus contra o pecado (1:18; 5:9; 1 Tessalonicenses 1:10),5 efetuando assim reconciliação entre o pecador e Deus. A morte é a penalidade pelo pecado (Rm 6.23; cf. Ez 18.20), mas assim como o animal sacrificial nos tempos do Antigo Testamento tomou o lugar do pecador e morreu em seu lugar (Lv 17:10, 11; cf. Gn 22.13), então a morte de Jesus foi o sacrifício perfeito e antitípico que liberta aqueles que creem da maldição da lei (Gl 3.10, 11, 13; cf. 2 Cor. 5:14, 15; Hb 2:9) e os reconcilia com Deus. Houve vários sacrifícios na vida religiosa de Israel, e todos eles tiveram seu cumprimento no sacrifício de uma vez por todas de Jesus Cristo (Hb 9.12, 26-28; 10.12), “'o Cordeiro de Deus'. Deus que tira o pecado do mundo'” (João 1:29, NKJV; cf. Is 53:5, 6).

A JUSTIÇA DE DEUS

Talvez a questão mais controversa em nossa passagem seja se a justiça de Deus, ou “Sua justiça”, nos versículos 25 e 26 (NVI), tem o mesmo significado que nos versículos 21 e 22. A interpretação tradicional, que parece se adequar melhor ao contexto, é que dikaiosynē autou nesses versículos se refere a um atributo de Deus, significando que Deus é justo, enquanto nos versículos 21 e 22 deve ser tomado como um dom de Deus, a justiça que Ele imputa àqueles que creem.6 Se assim for, os versículos 25 e 26 diferem dos versículos 21 e 22 no sentido de que Paulo já não está a falar sobre o que Deus fez para justificar o pecador, mas sobre o que Ele fez para justificar, ou vindicar, a Si mesmo. Em outras palavras, o que Paulo faz aqui é apresentar um argumento racional para a necessidade da morte de Jesus. Isso descreve por que ele usa o termo forense endeixis (“prova/demonstração”) duas vezes neste contexto (vv. 25, 26), enquanto no versículo 21 ele usa a forma passiva do verbo phaneroō (“revelar/tornar conhecido”). Esses dois termos não são equivalentes. Enquanto phaneroō coloca ênfase naquilo que é revelado, isto é, no sujeito do próprio verbo, daí a voz passiva – exatamente como com apokalyptō em 1:17 – endeixis sempre aponta para outra coisa (cf. 2 Cor. 8: 24), tentando estabelecer a sua validade ou obrigando a sua aceitação como verdade.7

A ideia, portanto, enfatiza que Deus apresentou Jesus Cristo como um hilastērion “no tempo presente” (v. 26a), o tempo da morte histórica de Jesus, a fim de provar Sua justiça porque, em Sua “tolerância” (anochē), Ele “passou por alto” (paresis) os pecados que haviam sido cometidos anteriormente (v. 25, NKJV). 8 Para Paulo, ao fazer isto, Deus criou um problema legal para Si mesmo, pois um Deus justo não pode simplesmente “inocentar o culpado” (Êxodo 34:7; cf. Deuteronômio 25:1). Se Ele fizer isso, poderá ser acusado de conivência com o mal, o que é uma negação de Sua própria natureza. 9 Mas como exatamente Deus deixou de lado os pecados anteriores? De acordo com a interpretação tradicional, que remonta a Anselmo de Cantuária no século XI, Deus ignorou os pecados ao não os punir.10 Mas parece haver aqui um problema, pois como é que a Cruz prova a justiça de Deus em relação aos pecados cometidos anteriormente e não punidos? A menos que Paulo esteja se referindo àqueles que foram justificados, o argumento não faz sentido. Só temos que lembrar que (1) os pecados não são punidos hoje mais do que eram antes; (2) todos os pecadores dos tempos do AT, mais cedo ou mais tarde, deixaram de existir, então, de certa forma, poderia ser dito que eles realmente foram punidos; e (3) nos tempos do AT, Deus nem sempre deixava os pecados impunes, como o próprio Paulo diz (Romanos 1:24-32; cf. 5:12-14; 6:23; 7:13; 1 Cor. 10:5, 8, 10).

O apóstolo, portanto, parece ter em mente aqueles pecadores arrependidos que foram justificados por Deus antes da cruz. A evidência disso, além da endeixis, é a conexão da justiça de Deus com Seu direito de justificar no versículo 26. A ideia, então, não é simplesmente que Deus reteve a punição dos pecados quando deveria tê-la infligido, mas que Ele “ignorou” tal punição, pecados justificando, sem respaldo legal, por assim dizer (cf. Hb 10.4), aqueles que os cometeram.11 Este foi o caso, por exemplo, de Abraão e Davi (ver Rm 4.1-8). Ao perdoar pecados num tempo em que o sangue propiciatório ainda não tinha sido derramado (ver Hb 9:15), Deus colocou Seu próprio caráter em jogo, levantando sérias questões sobre Sua suposta justiça (Sl 9:8; Is 5:16).

Assim, se a intenção de Deus ao apresentar Jesus Cristo como um hilastērion era demonstrar Sua justiça, para que “no tempo presente” Ele possa ser tanto “justo como justificador” daqueles que creem em Jesus (Romanos 3:26b), isso parece implicar que em tempos anteriores Ele era apenas uma dessas duas coisas – apenas o justificador, sugerindo que Ele não era justo quando agia como tal. A noção de que Deus não age com justiça ou retidão parece uma blasfêmia, mas esse é o significado das palavras de Paulo nesta passagem. Ele usa linguagem forense para descrever as implicações da maneira como Deus lidou com os pecados no passado e, por extensão, também no presente, pois não há dúvida de que o pecado é um problema humano, mas uma vez perdoado, torna-se um problema divino. Deus é quem deve prestar contas disso, pois talvez não haja nada mais contraditório à Sua santidade e justiça do que Seu ato de justificar o ímpio (4:5). Mas a Bíblia deixa claro que Deus também é amor, e a tensão entre o amor e a justiça foi resolvida pela Cruz (5:6-11).

A CRUZ E O SANTUÁRIO

Uma coisa fica clara em Romanos 3:21-26: a cruz dá a Deus o direito de perdoar e justificar. A cruz é tudo que Deus precisa para implementar a salvação. Na cruz, todos os sacrifícios do AT tiveram seu cumprimento, inclusive aquele que foi oferecido no Dia da Expiação. Por que, então, precisamos de uma doutrina do santuário celestial como reivindicada pelos Adventistas do Sétimo Dia?

A palavra grega hilastērion também é usada no Novo Testamento (NT) para a tampa dourada que foi colocada em cima da arca do testemunho no Lugar Santíssimo do santuário israelita (Hb 9.5; cf. Êx 25:17–22, LXX); a arca era o símbolo supremo da presença de Deus entre Seu povo. Geralmente chamada de “propiciatório”, aquela tampa, que era ensombrada pelas asas de dois querubins, era na verdade o lugar onde acontecia a segunda fase do ritual de propiciação – ou expiação – de duas fases.12 Na fase um, os pecados foram perdoados e depois transferidos para o santuário (Lev. 4:3-7, 13-18, 22-25, 27-30). Na segunda fase, que ocorria uma vez por ano, no Dia da Expiação, o santuário era purificado de tais pecados (16:15-19). Na verdade, o Dia da Expiação não era sobre perdão; o termo nem sequer ocorre em Levítico 16 ou 23:27–32. O Dia da Expiação foi o momento em que o santuário (e o povo) foi purificado e os pecados final e definitivamente apagados (ver 16:29–34; 23:27–32).

Perdão e exclusão dos pecados, portanto, não são a mesma coisa. O perdão, que era real e eficaz, era alcançado através de sacrifícios regulares (Lev. 17:10, 11), quando os pecados eram transferidos para o santuário, isto é, para o próprio Deus. “Deus assume a culpa dos pecadores para declará-los justos. Se Deus perdoa os pecadores, Ele assume a culpa deles.”13 Em seguida, os pecados precisavam ser apagados, e isso foi realizado no Dia da Expiação. Duas coisas, então, devem ser justificadas: o direito de Deus de perdoar e a aptidão do pecador para ser perdoado, que nada mais é do que a sua fiel aceitação do perdão de Deus. Em outras palavras, o perdão tem dois lados, o lado daquele que perdoa e aquele que recebe o perdão. No que diz respeito à salvação, ambos os lados devem estar bem justificados: o lado de Deus, caso contrário Ele poderia ser acusado de arbitrariedade; e o lado humano, caso contrário o resultado seria o universalismo, que é a ideia de que toda a humanidade acabará por ser salva. Se a salvação é pela fé, ela precisa ser aceita. Assim, assim como o sacrifício justifica a prerrogativa de Deus de perdoar (Romanos 3:25, 26), algum tipo de exame é necessário para demonstrar que o perdão foi aceito verdadeira e fielmente. Somente quando ambos os lados do perdão forem clara e totalmente justificados é que a culpa – a responsabilidade legal – poderá ser finalmente retirada do próprio Deus.

É por isso que precisamos tanto da cruz como do santuário, do sacrifício e do verdadeiro Dia da Expiação. Naquele dia (o dia mais importante do calendário religioso de Israel, pois marcava a purificação final tanto do povo como do santuário), todo o povo foi obrigado a cessar o seu trabalho e a humilhar as suas almas em completa submissão a Deus (Lev. 23:27). Aqueles que não seguissem estas instruções, que implicam alguma forma de escrutínio, seriam eliminados e destruídos, mesmo que tivessem sido perdoados antes (vv. 29, 30). Na cruz, o próprio Deus suportou o castigo do pecador (1 Cor. 15: 3; 2 Cor. 5: 14, 15; 1 Pedro 2:24; 3:18). Ele pagou o preço do resgate e derramou o sangue propiciatório pela nossa salvação. Esta é a razão pela qual Jesus teve que morrer se quiséssemos ser salvos. E no santuário verifica-se o compromisso humano com Deus, para demonstrar que Ele acertou em perdoar esta ou aquela pessoa. A cruz não pode de forma alguma provar que Deus é justo quando justifica um pecador individual – o fim humano do perdão. A cruz dá a Deus o direito de perdoar. Como sacrifício de expiação, a cruz foi perfeita e completa, mas por si só não pode justificar o nosso compromisso com Jesus Cristo como nosso Salvador. Há necessidade de algo mais – levar a expiação ao seu estágio final – e é aí que entra o santuário.

O santuário, então, não tem a ver com obras, assim como o perdão não tem a ver com obras. O próprio Paulo é absolutamente claro sobre isso em Romanos 8:31-39. Quando acusados ​​de inelegibilidade para a salvação por causa dos seus pecados, aqueles que depositaram a sua confiança em Jesus podem descansar na certeza de que Ele está mediando por eles diante de Deus. Eles não têm nada a temer, pois nada será capaz de separá-los “do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (v. 39, NKJV; cf. 1 João 1:9). A salvação não é de uma vez por todas, mas fora de nós (nós mesmos), não há nada no mundo inteiro que possa nos afastar da salvação de Deus (cf. João 6:37). “Aproximemo-nos”, então, “com um coração verdadeiro e em plena certeza de fé. [...] Mantenhamos firme a confissão da nossa esperança, sem vacilar, porque Aquele que prometeu é fiel” (Hb 10:22, 23). Esta é a mensagem do santuário.

Wilson Paroschi, PhD, é professor de interpretação do Novo Testamento, Seminário Teológico Adventista Latino-Americano, Eng. Coelho, São Paulo, Brasil.

 

1. Desmond Ford, Right With God Right Now: How God Saves People conforme mostrado no livro bíblico de Romanos (Newcastle: Desmond Ford, 1999), 43–55 (esp. 44, 47, 54, 55). A certa altura da sua discussão, Ford também está a reagir contra a chamada teoria da influência moral, segundo a qual a cruz não era realmente necessária, que a morte de Jesus foi apenas um gesto da parte de Deus para mostrar que Ele nos ama, o que significa que Ele poderia ter perdoado pecados sem a cruz (44-48). A principal afirmação de Ford, contudo, é que “o antigo Dia da Expiação não se refere ao século XIX. Aponta para a cruz de Cristo. Foi aí que a expiação final e completa foi feita. O Calvário era o único lugar de expiação completa. Olhamos apenas para o Calvário, não para um acontecimento ou data inventada pelo homem” (55). Sobre a teoria da influência moral, ver John RW Stott,  The Cross of Christ  (Downers Grove, IL: InterVarsity, 1986), 217–226.

2. Este ensaio segue a interpretação reformada tradicional da doutrina da justificação de Paulo, particularmente no que diz respeito a questões como “obras da lei” (Romanos 3:20; cf. Gálatas 2:16; 3:2, 5, 10), que se refere ao conceito de que o favor de Deus pode ser conquistado por boas obras e obediência a todas as prescrições da lei, e  pistis Christou  (Romanos 3:22, 26; cf. Gálatas 2:16, 20; 3:22; Filipenses 3:9), que é entendida como “fé em Cristo”, em vez de “a fé [plenitude] de Cristo”, como argumentado pela chamada nova perspectiva sobre Paulo. Para uma discussão introdutória sobre a nova perspectiva sobre Paulo, consulte Thomas R. Schreiner, New Testament Theology: Magnifying God in Christ  (Grand Rapids, MI: Baker, 2008), 528–534.

3. CEB Cranfield, Um Comentário Crítico e Exegético sobre a Epístola aos Romanos,  vol. 1 (Comentário Crítico Internacional; Edimburgo: T&T Clark, 1975), 199.

4. “A fé é o olho que olha para Ele [Cristo], a mão que recebe Sua dádiva gratuita, a boca que bebe a água viva” (John Stott, Romans: God's Good News for the World [Downers Grove, IL: InterVarsity, 1994], 117).

5. Sobre a ira de Deus, ver Mark D. Baker e Joel B. Green, Recuperando o Escândalo da Cruz: Expiação no Novo Testamento e Contextos Contemporâneos, 2ª ed. (Downers Grove, IL: InterVarsity, 2011), 45–49, 70–83.

6. Em apoio a esta posição, ver DA Carson, “Atonement in Romans 3:21–26: 'God Presented Him as a Propitiation'”, em The Glory of the Atonement: Biblical, Theological, and Practical Perspectives, eds. Charles E. Hill e Frank A. James III (Downers Grove, IL: InterVarsity, 2004), 124, 125, 138.

7. BDAG, 332.

8. Foram feitas tentativas de traduzir paresia como “perdão”. A maioria dos estudiosos, entretanto, está convencida de que não há suporte lexical suficiente para tal tradução. Ver, por exemplo, Sam K. Williams, Jesus' Death as Saving Event: The Background and Origin of a Concept, Harvard Dissertations in Religion, vol. 2 (Missoula, MT: Scholars Press, 1975), 23–25.

9. Como aponta William Barclay: “A coisa natural a dizer seria: 'Deus é justo e, portanto, condena o pecador como um criminoso'” (The Letter to the Romans,  2ª ed. [Louisville, KY: Westminster John Knox Press, 1975], 69).

10.Ver também Leon Morris, The Epistle to the Romans  (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1988), 183.

11. “Deus 'adiou' a penalidade total devida aos pecados na Antiga Aliança, permitindo que os pecadores se apresentassem diante Dele sem que eles tivessem fornecido uma 'satisfação' adequada da exigência de Sua santa justiça” (Douglas Moo, The Epistle to the Romans, NICNT [Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1995], 240).

12. Por causa disso, em muitas línguas modernas, hilastērion  em Hebreus 9:5 , bem como seu equivalente hebraico em Êxodo 25:17-21 e outras passagens do AT (kappōret), é traduzido como “propiciatório”, como Jerônimo já fez no Vulgata Latina. O “propiciatório”, que é mais uma interpretação do que uma tradução, foi introduzido por William Tyndale, sob influência do alemão Gnadensthul, da Bíblia de Lutero.

13. Martin Pröbstle, Onde Deus e eu nos encontramos: O Santuário  (Hagerstown, MD: Review and Herald Pub. Assn., 2013), 55.

 

FONTE: Ministry Magazine, Agosto de 2014.

 


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