Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2023

A DOUTRINA DO SANTUÁRIO E SEU PAPEL NA IDENTIDADE DA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA

Imagem
  Ricardo André A Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma denominação religiosa que se destaca por suas crenças específicas e doutrinas distintivas ou únicas. Uma dessas doutrinas essenciais para a teologia adventista é a doutrina do Santuário. Ela é a 24ª crença fundamental dos adventistas do sétimo dia conforme apresentada no Manual da Igreja (MI, 2023, p. 182) e detalhada no livro Nisto Cremos (NC, 2018, p. 391-415). Esta doutrina se baseia na crença de que, há um santuário no Céu em plena atividade (Ap 11:19), do qual o santuário terrestre era uma cópia (Êx 25:8; Hb 8:5). Este santuário dado a Moisés foi uma forma que Deus utilizou para mostrar como as coisas aconteceriam no santuário celestial, antitipicamente falando. Hebreus 9:24 fala da existência de um verdadeiro santuário, e que o santuário mostrado a Moisés era uma “figura”, tipo ou “representação” desse santuário verdadeiro, isto é o santuário celestial, que precede o terrestre. Diz o texto: “Pois Cristo não entrou em s...

AS LENTES DO SANTUÁRIO

Imagem
  Adriani Milli Rodrigues* Mais do que uma crença distintiva do adventismo, o santuário é a chave para entendermos toda a verdade bíblica O fato de o santuário ser o centro da teologia e do pensamento adventista tem sido mal interpretado por algumas tradições religiosas. Existe a ideia de que, ao fazermos isso, substituímos Jesus por uma estrutura da antiga aliança, o que seria um indicativo de que ainda precisamos descobrir a graça. De certo modo, isso deriva de outro elemento comum em grande parte da tradição cristã, a saber, a compreensão de que o Antigo Testamento ficou para trás. Nesse caso, o santuário seria coisa do passado, uma vez que toda a sua base de articulação é o AT. Outra objeção frequentemente apresentada é a de que, se Cristo perdoa e esquece nossos pecados, por que haveria a necessidade de um juízo investigativo? Afinal, se Jesus é o centro das Escrituras, por que enfatizamos tanto o santuário? Não estaríamos caindo no legalismo? Que respostas poderiam ser ...

TRÊS ANJOS, UM EVANGELHO

Imagem
  Ángel Manuel Rodriguez* Uma interpretação cristológica de Apocalipse 14:6 a 12 O que você prega todas as semanas? A resposta deve ser óbvia: O evangelho da salvação pela fé na morte sacrifical de Cristo. Sua obra salvadora deve colorir e determinar o conteúdo de qualquer sermão. Um pregador adventista não tem outra opção porque no próprio cerne do verso bíblico que resume nossa missão e mensagem está o evangelho, ou seja, Apocalipse 14:6 a 12: as três mensagens angélicas. Neste artigo, sugiro uma interpretação cristológica da passagem. 1 Primeira mensagem angélica Os três anjos “representam aqueles que recebem a verdade e com poder abrem o evangelho diante do mundo”. 2 O fundamento exegético para essa afirmação encontra-se em Apocalipse 14:6 a 12. O primeiro anjo proclama o evangelho eterno à raça humana no fim do conflito cósmico (v. 6). A passagem termina com a bênção do Espírito Santo sobre aqueles que mantêm juntos a lei de Deus e o evangelho da salvação pela fé na o...

A TERRA PRÉ-EXISTENTE: REFLEXÕES SOBRE A IDEIA DE QUE A TERRA JÁ EXISTIA ANTES DA SEMANA DA CRIAÇÃO EM GÊNESIS 1

Imagem
  Ricardo André INTRODUÇÃO: A narrativa da criação em Gênesis 1 é uma das histórias mais conhecidas da Bíblia e é fundamental para muitas tradições religiosas, especialmente o Cristianismo e o Judaísmo. A passagem descreve a criação do mundo em seis dias, culminando com a criação do homem e da mulher no sexto dia, e Deus descansando no sétimo dia.   No entanto, existe uma questão intrigante que tem sido debatida ao longo dos séculos: a Terra já existia antes da semana da criação? Os primeiros versículos de Gênesis 1 fornecem um ponto de partida para explorar essa questão. Eles afirmam: "No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se move sobre as águas" (Gênesis 1:1-2, NVI). Alguns estudiosos argumentam que esses versículos sugerem a existência prévia da Terra, que estava "sem forma e vazia" antes do ato criativo descrito no restante do capítulo. Há várias interpretaçõe...