CRISTO MORREU POR NÓS
Ellen G. White*
Pois
também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos,
para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito. 1
Pedro 3:18.
A cruz do Calvário
apela para nós com poder, proporcionando uma razão por que devemos amar a nosso
Salvador e por que devemos torná-Lo o primeiro, o último e o melhor em tudo.
Devemos tomar o lugar que nos compete em humilde penitência aos pés da cruz.
Aí, ao vermos nosso Salvador em agonia, o Filho de Deus morrendo, o justo pelos
injustos, podemos aprender lições de mansidão e humildade de espírito.
Contemplai Aquele que com uma palavra podia chamar legiões de anjos em Seu
auxílio, sendo objeto de zombaria e hilaridade, de insulto e ódio. Ele Se
entrega como sacrifício pelo pecado. Ao ser insultado, não ameaça; ao ser
acusado falsamente, não abre a boca. Ele ora na cruz por Seus assassinos. Está
morrendo por eles; está pagando um preço infinito por cada um deles. Suporta a
pena dos pecados do homem sem qualquer murmuração. E essa vítima que não se
queixa é o Filho de Deus. Seu trono é desde a eternidade, e Seu reino não terá
fim.
Vinde, vós que
procurais satisfazer-vos em prazeres proibidos e condescendências pecaminosas;
os que estais vos afastando de Cristo, considerai a cruz do Calvário;
contemplai a vítima real sofrendo por vossa causa; e, enquanto tendes
oportunidade, sede sábios e buscai a fonte de vida e de verdadeira felicidade.
Vinde, vós que vos queixais e murmurais diante dos pequenos aborrecimentos e das
poucas aflições que tendes de enfrentar nesta vida, olhai para Jesus, o Autor e
Consumador de vossa fé. Ele afastou-Se de Seu trono real, de Sua posição
elevada, e, pondo de lado Sua divindade, revestiu-Se da humanidade. Foi rejeitado
e desprezado por nossa causa; tornou-Se pobre para que, pela Sua pobreza, nos
tornássemos ricos. Podeis vós, contemplando os sofrimentos de Cristo com os olhos
da fé, contar vossas aflições, vossas desditas? Podeis nutrir vingança no
coração enquanto vos lembrais da oração que procedeu dos pálidos e trementes
lábios de Cristo, em prol de Seus insultadores e assassinos: “Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem”? Lucas 23:34.
Há uma obra diante de
nós: dominar o orgulho e a vaidade que procuram um lugar em nosso coração, e,
por meio de arrependimento e fé, colocar-nos em familiar e santa conversação
com Cristo. ... Precisamos negar o próprio eu, e lutar continuamente contra o
orgulho. Precisamos esconder o próprio eu em Jesus, e deixar que Ele apareça em
nosso caráter e conversação. Enquanto olharmos constantemente para Aquele que
foi traspassado pelos nossos pecados e oprimido pelas nossas dores, obteremos
forças para ser semelhantes a Ele. Nossa vida, nosso procedimento testificará o
quanto apreciamos nosso Redentor e a salvação que Ele efetuou para nós a tal
preço para Si. E nossa paz será como um rio enquanto nos ligarmos a Jesus em
voluntário e feliz cativeiro. — The Signs of the Times, 17 de Março de 1887.
*Ellen
G. White (1827-1915) é considerada a autora norte-americana mais amplamente
traduzida. Suas obras foram publicadas em aproximadamente 150 línguas. Guiada
pelo Espírito Santo, ela exaltou a Jesus e apontou para as Escrituras como a
base de sua fé.
FONTE:
Exaltai-O
[MM 1992], p. 234.
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