QUANDO O DEUS DE AMOR REALIZARÁ SEU ESTRANHO ATO

Ricardo André

INTRODUÇÃO

As Sagradas Escrituras nos dizem que “Deus é amor” (1 Jo 4:8). Acredito que não exista melhor definição sobre Deus do que esta feita pelo apóstolo João. Ele é amor e não há necessidade de dizer mais nada. Este é o caráter de Deus. Ele é amor por natureza. Ele ama por princípio e não por qualquer outra razão. O amor de Deus não se extingue por reações do ser humano. Ele ama independentemente de ser ou não amado. O amor de Deus é incompreensível à mente humana.  Ele ama cada pessoa com generosidade, muito mais do que imaginamos. Ele nos ama com cada fibra do Seu Ser.

Vendo o amor divino em todos os lugares, a escritora inspirada Ellen G. White afirmou: “‘Deus é amor’ (I João 4:8) está escrito sobre cada botão que desabrocha, sobre cada haste de erva que brota. Os amáveis passarinhos, a encher de música o ar, com seus alegres trinos; as flores de delicados matizes, em sua perfeição, impregnando os ares de perfume; as altaneiras árvores da floresta, com sua luxuriante ramagem de um verde vivo - todos testificam da terna e paternal solicitude de nosso Deus, e de Seu desejo de tornar felizes os Seus filhos” (Caminho a Cristo, p. 10). Para ela, um dia quando o grande conflito entre o bem e o mal terminar, quando o pecado deixar de existir, “pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. Daquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor” (O Grande Conflito, p. 678).

Esse amor é incomensurável. Aliás a medida do amor de Deus é a cruz do Calvário. A cruz nos brada que “Deus é amor”. O que explica Deus ter deixado o Céu, assumido a natureza humana, ter vivido sobre a Terra uma vida de intenso serviço, suportando todo tipo de críticas e humilhações, sem revidá-las e morrendo de forma vergonhosa e dolorosa sobre a cruz pela humanidade pecadora? O amor! Não há outra explicação. O apóstolo Paulo afirmou: “Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores” (Rm 5:8, NVI). Esse é o meu Deus. Cristo morreu por nós, mesmo sendo nós ainda pecadores. Ele morreu a nossa morte para que recebêssemos a vida eterna que a Ele pertencia. Quando éramos Seus inimigos, Ele era nosso amigo. Quando voltamos as costas para ele, Ele volta o Seu rosto para nós. A glória de Sua graça é que Ele aceita o inaceitável, perdoa o imperdoável e ama a quem não merece ser amado. Que amor incrível!

Esse pensamento é captado de modo maravilhoso por Ellen G. White: “Esse amor é incomparável. Filhos do Rei celeste! Preciosa promessa! Tema para a mais profunda meditação! O inigualável amor de Deus por um mundo que não O amou! Esse pensamento exerce um poder que domina a alma e torna o entendimento ligado à vontade de Deus” (Caminho a Cristo, p. 15).

Isso é algo que nós, mortais, não compreendemos. Por que deveria Deus amar-nos tanto a ponto de enviar Seu próprio Filho ao mundo, sabendo que homens maus O rejeitariam, O perseguiriam e finalmente O pregariam à cruz? A cruz não existe mais, porém o amor permanece.

O apóstolo João, uma das testemunhas junto ao Calvário escreveu posteriormente que “Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16, NVI).

Esse verso se tornou o mais conhecido e mais querido das Sagradas Escrituras e se aplica a você, caro amigo leitor, seja quem você for – ateu, cético, membro morno da igreja, mãe frustrada, esposa deprimida, marido zangado ou cristão dedicado. O amor de Deus e de Jesus, Seu Filho, pode mudar sua vida. Hoje!

Ellen G. White fala de forma encantadora sobre o incomensurável amor de Deus ao escrever: “Todo o amor paterno que passou de geração a geração através do coração humano, todas as fontes de ternura que romperam no coração humano, não são mais que um pequeno regato para o oceano infinito, inesgotável de Deus. A língua não o pode narrar; a pena não pode descrever. Você pode meditar nele cada dia de sua vida; pode estudar diligentemente as Escrituras a fim de compreendê-lo; pode fazer uso de toda energia e habilidade que Deus lhe tenha dado, esforço de compreender o amor e compaixão do Pai Celestial; ainda assim, há um infinito à frente. Você pode estudar esse amor por séculos, mas nunca poderá compreender plenamente o comprimento e a largura, a profundidade, do amor de Deus, ao dar Seu Filho para morrer pelo Mundo” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 740).

Não obstante a Bíblia Sagrada revelar Deus como sendo amor ela fala também que haverá um dia em que Ele realizará um estranho ato. “Porque o SENHOR levantar-se-á como no monte Perazim. Ele estará furioso como no vale de Gibeão, para que ele possa fazer sua obra, sua estranha obra, e fará acontecer seu ato, seu estranho ato” (Isaías 28:21, BKJ Fiel 1611).

Este é um versículo intrigante e enigmático que tem deixado muitos estudiosos da Bíblia perplexos ao longo dos séculos. Embora seja curto e aparentemente simples, sua mensagem é profunda e carregada de significado. Mas o que exatamente esse versículo significa e qual é a história por trás dele?

O ESTRANHO ATO DE DEUS

Isaías 28:21 é uma profecia sobre o futuro de Israel e do mundo. É preciso que entendamos dois pontos nesta profecia. Primeiro: O que aconteceu no monte Perazim e no vale de Gibeão? E, segundo, que obra estranha é esta?

O versículo fala sobre o Senhor se levantando como fez no monte Perazim e mostrando sua ira como no vale de Gibeão. Essas referências são uma alusão a duas batalhas históricas em que Deus interveio em favor de seu povo. No livro de I Crônicas 14:8-16 encontramos o que aconteceu nestes dois lugares. Os filisteus ouviram que Davi havia sido ungido rei sobre Israel e, como diz a Bíblia, subiram em busca dele; mas não era uma busca pacífica, era para a guerra, para o confronto, para a destruição. Davi consultou ao Senhor se teria sucesso ao atacar os filisteus. E a ordem foi a seguinte: “Sobe, porque os entregarei nas tuas mãos” (I Cr14:10).

Ao subir contra os filisteus o exército de Davi conseguiu uma vitória esmagadora no monte Perazim e no vale de Gibeão. Os filisteus não tiveram tempo de fugir com seus deuses. Quando Davi percebeu o tamanho dessa conquista deu o nome ao lugar de Baal-Perazim. Alguns soldados filisteus, porém, conseguiram escapar do primeiro ataque. Isso motivou Davi a perguntar novamente ao Senhor se deveria sair atrás deles e o Senhor Deus deu toda a orientação de como proceder. O resultado foi este, 2 Reis 14:17 conta: “[…] Porque Deus haverá saído diante de ti, a ferir o exército dos Filisteus. E fez Davi como Deus lhe ordenara; e feriram o exército dos filisteus desde Gibeão até Gezer. Assim se espalhou o nome de Davi por todas aquelas terras; e o Senhor pôs o seu temor sobre todas aquelas gentes”. “Assim como o Senhor Se manifestou ao derrotar os inimigos de Davi, também Ele subjugará os inimigos de Sião nos últimos dias” (Comentário Adventista do Sétimo Dia, v. 4, p. 215)

Portanto, Isaías 28:21 afirma que um dia Deus virá para fazer algo completamente estranho ao seu caráter, ou um estranho ato, como é dito pelo profeta. Essa obra refere-se exatamente a punição daqueles que se opõem a Ele, das nações ímpias, a fim de que Ele possa estabelecer seu reino eterno de justiça e paz (Dn 2:44).

O profeta Isaías tinha um conhecimento pleno do caráter do Deus que adorava. Sabia que Deus é amor, porém, não ignorava que um dia este Deus de amor fará uma obra estranha, que é destruir pecado e pecadores. Na realidade, não é Deus quem destrói, mas Ele não impede que as consequências do pecado sejam colhidas por aqueles que permitiram a semeadura do mal no coração.

POR QUE A DESTRUIÇÃO DOS ÍMPIOS É UM ATO ESTRANHO DE DEUS?

Por que este ato é tão estranho? Como vimos acima a natureza de Deus é amor. Ele “[...] é longânimo para conosco, não querendo que nenhum se perca, senão que todos cheguem ao arrependimento. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos hão de derreter com calor intenso, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2Pd 3:9, 10, BKJ Fiel 1611). É sua vontade que “todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” (1Tm 2:4, BKJ Fiel 1611). Entretanto, muitas pessoas serão destruídas por ocasião da volta de Jesus porque rejeitaram a graça salvadora de Deus (Tito 2:13). Elas escolheram o pecado em vez da justiça, a rebelião em vez da obediência, o egoísmo em vez do amoroso serviço, por isso não serão salvas por Deus. Essa punição aos pecadores impenitentes é estranho à natureza de Deus. É estranho a Ele causar dor e sofrimento, punição e morte aos seus filhos.

Ellen G. White ressaltou: “Depois de ter Deus feito tudo o que devia fazer para salvar os homens, se eles demonstrarem pela vida que menosprezam a misericórdia oferecida, a morte será a porção deles; e será uma morte terrível, pois terão que sentir a agonia que Cristo sentiu na cruz. Então compreenderão o que perdeu, a vida eterna e herança imortal” (The Review and Herald, 5 de agosto de 1884. Citado em A Fé Pela Qual eu Vivo [MM 1959], p. 336).

Este é um ato estranho. É Estranho porque Ele nos ensina a amar os nossos inimigos (Mt 5:44). Estranho porque Ele não permitiu ao apóstolo João chamar fogo dos céus para destruir os seus inimigos (Lc 9:51-56). Estranho porque quando Pedro cortou a orelha do soldado no Getsêmani, Jesus o curou mesmo sendo indigno (Lc 22:50, 51). Estranho porque Jesus orou na cruz: “Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Estranho porque Ele não tem prazer na morte de ninguém. “Pois não me agrada a morte de ninguém; palavra do Soberano Senhor. Arrependam-se e vivam!” (Ez 18:32, NVI).

Muitas pessoas não compreendem este ato estranho e com isso chegam a perder o seu respeito para com Deus. Sempre é importante frisar: todos os pecadores que forem destruídos, o serão por escolha própria. Deus oferece tempo e oportunidades para que todos se arrependam e se coloquem do lado dEle. Porém, chegará um dia em que os que preferiram viver uma vida de desobediência e rebeldia colherão os frutos daquilo que semearam, ou seja, a destruição eterna.

Quando a gente estuda esse assunto detalhadamente, entende que a destruição dos pecadores e do mal é um gesto de amor. Por amor aos que se colocaram ao lado dEle, como garantia de proteção e cuidado. O pecado e a dor nunca mais atingirão ninguém em lugar algum do Universo de Deus.

Se Deus Se arriscasse a levar os ímpios para o Céu, eles o infectariam de novo com o vírus do pecado. Se Deus não agisse para erradicar o pecado, seus efeitos malignos acabariam por destruir o Universo inteiro. Em última análise, Deus tem que agir. Ele tem que livrar o Universo do pecado. É imprescindível ressaltar que o fogo que irá purificar a Terra do pecado não foi preparado para os homens, mas sim para o diabo e seus anjos. “Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o diabo e os seus anjos” (Mt 25:4, NVI). Mas aqueles que se apegaram ao pecado serão destruídos juntamente com o diabo e seus anjos.

Importante dizer também que Deus não jogará os perdidos num lugar de fogo denominado de inferno sofrendo por toda a eternidade sem fim, como equivocadamente muitos têm ensinado. Antes, a Bíblia ensina que pecado e pecadores impenitentes serão consumidos e transformados em cinzas. Ou seja serão destruídos para sempre (Ml 4:1-3; 2Tm 2:8; Sl 37:20).

Um Deus de amor não vai deixar suas criaturas, embora desobedientes, sofrer para sempre – gemendo, gritando, e chorando em agonia! Esses gritos e choros não seriam música para os seus ouvidos. Deus destruirá os ímpios! Destruirá com fogo – eles morrerão porque o salário do pecado é a morte (Rm 6:24)!

QUANDO DEUS FARÁ SEU ESTRANHO ATO?

No seu famoso sermão profético, Jesus afirma que “aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu com poder e grande glória” (Mateus 24:30, NVI). Que sinal é este? A escritora cristã Ellen G. White comentando esse texto, afirma: “Surgirá logo no Oriente uma pequena nuvem escura, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. Será a nuvem que rodeará o Salvador, e que, à distância, parecerá estar envolta em trevas. O povo de Deus saberá ser esse o sinal do Filho do Homem. Em silêncio solene, irão contemplá-la enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar uma grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e, acima dela, o arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avançará como poderoso vencedor” (O Grande Conflito, p. 640, 641).

Por ocasião do aparecimento dessa “pequena nuvem negra do tamanho da mão de um homem”, haverá muita agitação no mundo. As nações estarão sofrendo as pragas do Apocalipse e conflitos devastadores, balançando precariamente à beira da autodestruição. Estarão em meio à desobediência e imoralidade. Diante da pequena nuvem no céu, o sentimento dos seres humanos será de curiosidade. As pessoas perguntarão: O que é aquela nuvem de aparência estranha? Elas ficarão assustadas, pois a nuvem em movimento, aproximando-se da Terra vai ficando cada vez maior e mais brilhante. Muitos perguntam: O que está acontecendo? O que estão presenciando é diferente de tudo o que já viram. As pessoas correm de um lado para o outro. E a nuvem vai ficando cada vez maior, mais brilhante, e as pessoas não conseguem tirar os olhos dela. Elas estão vendo o cumprimento da promessa de Deus em Mateus 24:30: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem (...)”.

A nuvem no céu será o retorno de Jesus a esta Terra com poder e muita glória. Cada ser humano deste planeta vai testemunhar. A Bíblia afirma: “Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todos os povos da terra se lamentarão por causa dele. Assim será! Amém” (Apocalipse 1:7, NVI). Durante os poucos momentos, enquanto Jesus se aproximar da Terra, as pessoas irão para o que estão fazendo; mais e mais as pessoas ficarão paralisadas pela visão, até que toda humanidade esteja olhando para o céu. Jesus disse que Sua vinda seria como um “relâmpago sai do Oriente e se mostra no Ocidente, assim será a vinda do Filho do homem” (Mateus 24:27, NVI), rodeando assim, todo o globo terrestre.

Nessa ocasião, a humanidade estará dividida em dois grupos, alguns com muita alegria e outro com grande pavor. Eles ficam horrorizados, quando percebem que gastaram sua vida, fugindo da presença de Jesus, rejeitando Seus apelos. Agora é tarde demais para aceitarem o Seu amor. Alguns tentarão esconder-se e fugir da Sua presença. O apóstolo João viu a reação desse grupo diante da presença de Jesus, na visão relatada em Apocalipse 6:14-17, descrevendo-a da forma mais marcante e comovente que há na Bíblia.

“O céu foi se recolhendo como se enrola um pergaminho, e todas as montanhas e ilhas foram removidas de seus lugares. Então os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os poderosos — todos os homens, quer escravos, quer livres, esconderam-se em cavernas e entre as rochas das montanhas. Eles gritavam às montanhas e às rochas: "Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar? (Apocalipse 6:14-17, NVI).

Seu medo insuportável termina em morte. Isto é o que um grupo de pessoas experimentará durante os minutos finais da história deste mundo. “Na desvairada contenda de suas próprias e violentas paixões, e pelo derramamento terrível da ira de Deus sem mistura, sucumbem os ímpios habitantes da Terra — sacerdotes, governadores e povo, ricos e pobres, elevados e baixos. “E serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da Terra até à outra extremidade da Terra; não serão pranteados nem recolhidos, nem sepultados.” Jeremias 25:33. Por ocasião da vinda de Cristo os ímpios são eliminados da face de toda a Terra: consumidos pelo espírito de Sua boca, e destruídos pelo resplendor de Sua glória. Cristo leva o Seu povo para a cidade de Deus, e a Terra é esvaziada de seus moradores” (Ellen G. White, O Grande Conflito, 657). Mas o outro grupo experimentará algo totalmente diferente.

As pessoas continuam olhando para o céu. Aqueles que se ampararam na graça salvadora de Deus, percebem que finalmente o dia de glória chegou. Será realmente o maior acontecimento da história. Os crentes de todas as eras receberão a salvação, cheios de regozijo: “Naquele dia dirão: "Esse é o nosso Deus; nós confiamos nele, e ele nos salvou. Esse é o Senhor, nós confiamos nele; exultemos e alegremo-nos, pois ele nos salvou" (Isaías 25:9, NVI).

Depois de esperar por tanto tempo, finalmente chegou o acontecimento que todos anelam, a volta do nosso amado Salvador. Será um momento emocionante, em que, nos cemitérios, as sepulturas começarem a se abrir e delas reviverem os justos mortos. “Os mortos precioso, desde Adão aos últimos santos que morrerem, ouvirão a voz do Filho de Deus e sairão dos sepulcros para a vida imortal (Ellen G. White, Eventos Finais, p. 158). Talvez a mãe encontrando o seu filho, o filho encontrando a sua mãe, o esposo encontrando a sua esposa, “criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 645). Realmente, vai ser um momento muito especial. Este é o dia para o reencontro com queridos e para conhecer homens e mulheres de todas as épocas da história da Terra – os antediluvianos, juízes, profetas, apóstolos e reformadores estarão lá. Este dia também é a sua esperança. Imagine nossa alegria quando nos unirmos a esse grupo feliz!

E, melhor ainda, este é o dia em que nossa redenção estará selada, e o Desejado de todas as nações (Jesus) nos será dramaticamente revelado no céu. Nesse dia glorioso, devemos receber nossa herança eterna e entrar inteiramente na família celestial como filhos de Deus. “O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será meu filho” (Apocalipse 21:7, NVI). “Todo redimido compreenderá a obra dos anjos em nossa própria vida. De que perigos, visíveis e invisíveis, temos sidos protegidos mediante a intervenção de anjos, jamais saberemos até, à luz da eternidade, as providências de Deus nos sejam reveladas” (Eventos Finais, p. 170).

O Universo vai estar completamente limpo do pecado, dos pecadores e do mal. “O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonioso júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até ao maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678). Assim, como seres humanos, temos apenas dois finais possíveis. Quando tudo estiver dito e feito, ou vamos ser destruídos totalmente com o pecado, com os pecadores impenitentes e com o mal, ou vamos viver para sempre junto a Deus, que, por meio de Jesus, abriu o caminho a todos nós, mesmo aos piores entre nós, para morarmos com ele no paraíso (Ap 21:1-5).

CONCLUSÃO

Como vimos acima, o livro do Apocalipse descreve o terror daqueles que, tendo oportunidade de salvar-se, desafiaram os desígnios divinos e descuidaram o tempo de graça (Ap. 6:14-17). Somente poderão suster-se os que abandonaram tudo o que os separava de Cristo; aqueles que fizeram de sua comunhão com Deus algo vital e indispensável. Como cristãos, não devemos viver como se depositássemos nossas esperanças nas inúteis e frágeis promessas humanas. Agora é o tempo de estreitar ainda mais nosso relacionamento com o Senhor e buscar a purificação pelo sangue do Cordeiro “que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).

Caro amigo leitor, hoje, nosso amoroso Deus nos oferece uma escolha – ou deixamos que Ele consuma o pecado dentro de nós através da abrasadora presença do Seu Santo Espírito, ou seremos consumidos com nosso pecado na abrasadora presença da Sua iminente volta. Um Deus amoroso chora ao ver pecadores sendo destruídos.

A destruição do perverso é um ato incomum e estranho, mas inevitável, se for para o Universo ficar seguro para sempre. Você permitirá que jesus faça Sua obra purificadora em seu coração hoje? Permitirá que o fogo da Sua presença purifique-o interiormente?

Oração: Querido Deus e Bom Pai que estás no Céu, obrigado pela promessa de Tua vinda e da vida eterna! Ajuda-nos a preparar-nos para a tua vinda. Por favor, aja poderosamente em nossa vida, purifique nosso coração, transforme todas as coisas! Em nome de Jesus, amém!

 

 

 

 

 

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