Dr. Alberto Timm
Algumas pessoas creem
que o tempo de graça para Satanás só se esgotou na cruz (João 19:30), pois
ainda nos dias de Jó ele participou com “os filhos de Deus” de uma reunião
“perante o Senhor” (Jó 1:6-8). Mas a descrição desse episódio não sugere que a
reunião haja ocorrido necessariamente nas cortes celestiais, e muito menos que
Satanás, depois de expulso do Céu (Apoc. 12:7-9), ainda tivesse acesso à
salvação. Ellen White esclarece que o tempo da graça para Satanás e seus anjos
esgotou-se com a expulsão deles do Céu. Ela declara que “Deus, em Sua grande misericórdia, suportou longamente a Satanás”,
e que “reiteradas vezes lhe foi
oferecido o perdão, sob a condição de que se arrependesse e submetesse”,
mas ele jamais aceitou os apelos da misericórdia divina (O Grande Conflito, p. 495 e 496). Havendo perdido sua posição nas
cortes celestiais, Satanás ainda solicitou para ser readmitido no Céu, mas
Cristo lhe disse que isto seria impossível. O próprio Satanás deixou a presença
de Cristo “plenamente convencido de que
não havia possibilidade de ser reintegrado no favor de Deus” (História da Redenção, p. 27).
De acordo com a Sra.
White, após os anjos caídos deixarem o Céu, “não havia possibilidade de
esperança de redenção para estes que haviam testemunhado e compartilhado da
glória inexprimível do Céu, tinham visto a terrível majestade de Deus e, em
face de toda esta glória, ainda se rebelaram contra Ele. Não haveria novas e
maravilhosas exibições do exaltado poder de Deus que os pudessem impressionar
tão profundamente como aquelas que já haviam testemunhado.” (No Deserto da Tentação, p. 25 e 26).
FONTE:
Revista do Ancião (abril – junho de 2003)
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