Teologia

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

ATÉ QUANDO TEREMOS DE CONVIVER COM A VIOLÊNCIA, A FOME E A DOENÇA?


Ricardo André

I - Introdução:

A sociedade atual é marcada pela dor e sofrimento. A pobreza, a fome e as epidemias, como a AIDS, o ebola, a malária, e agora o novo coronavírus e tantas outras, se agravam cada dia, tomando proporções apocalípticas. Segundo a OMS, a dengue mata 25 pessoa por ano no mundo. A cólera mata 100 mil. Estas doenças estranhas parecem deixar a tecnologia científica desconcertada (Lc 21:11). Aproximadamente 57 milhões de pessoas morrem a cada ano no mundo devido a fome. Os diversos tipos de câncer matam milhares de pessoas no mundo. Projeta-se que, os casos de câncer aumentarão 50% até 2030, quando serão diagnosticados em todo o mundo quase 22 milhões de casos de câncer. Ao mesmo tempo, as mortes por câncer passarão de 8,2 milhões a 13 milhões por ano. Isso quer dizer que o número de pessoas que enfrentarão a perda de seus queridos por causa dessa doença aumentará. Milhões ao redor do mundo enfrentam, hoje, o doloroso luto.

Atualmente várias nações do mundo têm armas nucleares para a destruição mundial. Estimativas garantem que há 20 mil ogivas nucleares espalhadas pelo mundo. A maior parte delas são controladas pelos Estados Unidos e a Rússia. A decadência moral da sociedade é evidente em quase todos os lugares. A violência existe. A sociedade parece está impregnada de cobiça, lascívia, luxúria, e para satisfazer seus desejos animalescos cometem os crimes mais hediondos. O terrorismo de grupos radicais islâmicos parece uma praga que se espalhou pelo mundo, e mata centenas de pessoas.

A humanidade está chocada. É a fome, a guerra, o terrorismo, a violência. A Revista veja de 2005 em grande manchete destaca: “Socorro!” Uma pessoa é assassinada a cada 13 minutos. A criminalidade no Brasil, bate recorde, apavora a sociedade e os governantes não consegue vencer os bandidos do crime organizado. Essa situação é caótica, assombrosa até! A sociedade está assustada e amedrontada.

Essa violência em longa escala, gera medo no ser humano, a neurose do medo, do pânico, do temor, do assombro e do estresse. A corrupção está presente em quase todos os lugares.

De uma forma clara e sem titubear, milhares de pessoas em todo o mundo indagam-se: Até quando teremos de conviver com terrorismo, crise econômica, violência urbana, queda de bolsa, fome, doença ...?

As Sagradas Escrituras também apresentam uma pergunta semelhante. Ao abrir o quinto selo do Apocalipse, João vê os mártires clamando: “Até quando, ó Soberano santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?" (Apocalipse 6:10, NVI). O fiel povo de Deus tem sofrido injustiça e morte por sua fidelidade a Jesus e a seus ensinos. De forma metafórica o sangue desses mártires clama a Deus, pedindo-Lhe que intervenha e o vingue. “Até quando, ó Soberano Senhor?” Esse tem sido o grito do povo de Deus que sofre ao longo da história.

“O simbolismo do quinto selo foi apresentado para encorajar aqueles que enfrentaram martírio e morte, com a certeza de que, apesar do aparente triunfo do inimigo, chegaria a hora da vindicação. Tal incentivo seria particularmente animador para os que viveram nos tempos terríveis de perseguição do fim da Idade Média, sobretudo durante a época da Reforma e depois dela [...]. Para eles deve ter parecido que o longo período de opressão nunca chegaria ao fim. A mensagem do quinto selo era uma garantia de que a causa de Deus triunfaria afinal. O mesmo encorajamento virá àqueles que enfrentarem o último grande conflito” (Comentário Bíblico Adventista, v. 7, p. 861).

Nos dias finais da história deste mundo, quando ocorrer a tríplice união do protestantismo, catolicismo e espiritismo prevista na profecia apocalíptica (Ap 16:13, 14), e essa tríplice aliança influenciar a nação norte-americana a impor por decreto a observância do falso sábado (domingo), diz a irmã Ellen G. White que “o povo de Deus entrará então num período de aflição e angústia que o profeta designa como ‘o tempo de angústia para Jacó’. Jer. 30:7. O clamor dos fieis perseguidos se elevará até ao Céu. E como o sangue de Abel clamou a Deus desde o pó, assim haverá vozes clamando desde a sepultura dos mártires, das profundezas do oceano, das cavernas dos montes e das masmorras dos conventos: ‘Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra?’” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 451).

II - O julgamento no santuário celestial

Os mártires clamavam por julgamento. “Até quando [...] não julgas nem vingas o nosso sangue?”, perguntaram eles. Seu pedido posicionou o quinto selo antes do julgamento final. Em Daniel 7: 9, e 10, Deus revela ao seu servo a primeira fase de julgamento final. Daniel vê uma cena de julgamento que ocorrerá no Santuário celestial antes do segundo advento de Jesus. Por isso é conhecido no meio adventista como o juízo pré-advento ou investigativo. Assim reza o texto: “Enquanto eu olhava, "tronos foram postos no lugar, e um ancião se assentou. Sua veste era branca como a neve; o cabelo era branco como a lã. Seu trono ardia em fogo, e as rodas do trono estavam todas incandescentes. E saía um rio de fogo, de diante dele. Milhares de milhares o serviam; milhões e milhões estavam diante dele. O tribunal iniciou o julgamento, e os livros foram abertos”.  

Muitas pessoas temem e sentem repulsa quando ouvem falar de Juízo final. Normalmente, não pensamos muito no juízo como uma coisa positiva. Entretanto, não precisamos temer o juízo. É preciso entender que esse juízo termina com boas novas para o povo de Deus. Primeiro, ele trará justiça aos santos. O verso 22 diz que Deus “fez justiça aos santos do Altíssimo”; isto é, o juízo decidiu em favor dos santos, do povo de Deus. Os verdadeiros cristãos têm um Substituto que Se apresenta em seu lugar no juízo. Alguém que já morreu por seus pecados. É por isso que não existe condenação (culpa, punição) para eles, nem agora nem no juízo. Isso são boas novas! Que boa razão para render-nos a Deus em fé e obedecer Àquele que nos deu “tão grande salvação” (Hb 2:3)! Segundo, ele provoca destruição final do ímpio chifre pequeno, símbolo do mal, poder político-religioso responsável por impor terríveis sofrimentos ao povo de Deus nos últimos dias (v. 26).

O verso 10 sugere que Cristo, que é representado na visão com o título de “Filho do homem”, irá julgar Seu povo com base nos livros. Diz o profeta Daniel: "Assentou-se o juízo, e abriram-se os livros." O profeta João, descrevendo a mesma cena, acrescenta: "Abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." Ap 20:12. Os textos deixam claro que no Santuário Celestial, se guardam registros da conduta dos homens. Esses livros são registros de conduta.

A Bíblia Sagrada fala de dois livros: Livro da Vida (Ex. 32:32; Sal. 69:28) e Livro Memorial (Mal. 3:16,17). No Livro da Vida são registrados os nomes de todos os que já entraram para o serviço de Deus. No Livro de Memórias, as obras boas e também as más.

Ellen G. White diz: “No livro memorial de Deus toda ação de justiça se acha imortalizada. Ali, toda tentação resistida, todo mal vencido, toda palavra de terna compaixão que se proferir, acham-se fielmente historiados. E todo ato de sacrifício, todo sofrimento e tristeza, suportado por amor de Cristo, encontra-se registrado.” (O Grande Conflito, p. 481).

Mas sobre as obras más, ela diz: “Pecados de que não houve arrependimento e que não foram abandonados não serão perdoados nem apagados dos Livros de Registro, mas ali permanecerão para testificar contra o pecador no Dia de Deus” (Ibdem, p. 486).

Quando começará o Juízo Investigativo? Segundo Daniel 8:14, a resposta é que o santuário no Céu será purificado (ou que o juízo no Céu se assentará) no final da profecia dos 2.300 dias/anos, em 1844. O texto diz: “E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado. E, é claro, ao término desse juízo Cristo virá para entregar ao santos o reino eterno (Dn 7:26-28).

“No tempo indicado para o juízo - o final dos 2.300 dias, em 1844 - iniciou-se a obra de investigação e apagamento dos pecados. Todos os que já professaram o nome de Cristo serão submetidos àquele exame minucioso. Tanto os vivos como os mortos devem ser julgados "pelas coisas escritas nos livros, segundo as suas obras" (Ellen G. White, Cristo em Seu Santuário, p. 115).

Portanto, desde 1844, estamos vivendo no grande Dia da Expiação, o tempo do juízo prefigurado no sistema do santuário terrestre pelo serviço anual em que o santuário terrestre era purificado (Lv 16). A palavra “expiação”, apesar de estar carregada de várias conotações, significa, basicamente, o ato pelo qual o pecador era reconciliado com Deus. Então, a expiação – que só Deus pode fazer por nós – tem que ser boas novas. Logo, não devemos estar vivendo com medo do juízo.

III - A obra de Cristo

a) Desde sua ascensão

Desde que Cristo subiu ao Céu, e entrando no Lugar Santo do Santuário, como nosso Sumo Sacerdote, ele iniciou uma obra de mediação ou intercessão pelos pecadores, prefigurado pelo ministério dos sacerdotes no santuário terrestre (Hb 7:25; 8:1, 2). “Assim como Cristo, por ocasião de Sua ascensão, compareceu à presença de Deus, a fim de pleitear com Seu sangue em favor dos crentes arrependidos, assim o sacerdote, no ministério diário, aspergia o sangue do sacrifício no lugar santo em favor do pecador” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 357). 
 
b) Da ascensão até 1844

Porém o Sangue de Cristo, ao mesmo tempo que livraria da condenação da Lei o pecador arrependido, não cancelaria o pecado. Este seria removido somente no Dia da Expiação. “No tipo, esta grande obra de expiação, ou cancelamento de pecados, era representada pelas cerimônias do dia da expiação, a saber, pela purificação do santuário terrestre, a qual se realizava pela remoção dos pecados com que ele ficara contaminado, remoção efetuada pela virtude do sangue da oferta para o pecado” (Ibdem, p. 358).

E aqui é que entra a cena de Dn 7:9,10, o momento em que Cristo acrescentaria mais uma função a si, a de apagar os pecados. E essa função seria ministrada no Santíssimo, e Daniel vê trono, livros, ancião de dias... E historicamente essa visão teve acontecimento em 1844.

c) após 1844

Esse juízo iniciado em 1844, revela aos seres celestiais quem dentre os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nEle, considerado digno de ter parte na primeira ressurreição. Também torna manifesto quem dentre os vivos, permanece em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Estando portanto, nEle, preparado para a trasladação ao Seu reino eterno. É o ato de ser determinado quem ou o que será apagado, ou quem ou o que não será apagado. Com isto dizemos que é apagado: Nomes do Livro da vida e Pecados do Livro de Memórias.

O Juízo Investigativo diz respeito aos crentes. A Bíblia diz: “É tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao Evangelho?” (1Pe 4:17).

Diz a Serva do Senhor: “Assim, no grande dia da expiação final e do julgamento investigativo, os únicos casos a serem considerados são os do povo professo de Deus. O julgamento dos ímpios constitui obra distinta e separada, e ocorre em ocasião posterior.” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 480).

Os que pedem perdão, terão seus nomes no Livro da Vida, os rebeldes terão seus nomes apagados.

“Todos os que verdadeiramente se tenham arrependido do pecado e que pela fé hajam reclamado o sangue de Cristo, como seu sacrifício expiatório, tiveram o perdão acrescentado ao seu nome, nos livros do Céu; tornando-se eles participantes da justiça de Cristo, e verificando-se estar o seu caráter em harmonia com a lei de Deus, seus pecados serão riscados e eles próprios havidos por dignos da vida eterna” (Ellen G. White, A Fé Pela Qual Eu Vivo [Meditações Matinais, 1959], p. 212).

No final do juízo investigativo, estará decidida a sorte de todo ser vivente e Cristo virá em seguida. “Quando se encerrar a obra do Juízo de Investigação, o destino de todos terá sido decidido, ou para vida, ou para morte... Os justos e os ímpios estarão ainda a viver sobre a terra em seu estado mortal. Estarão os homens a plantar e a construir, comendo e bebendo, todos inconscientes de que a decisão final, irrevogável, foi pronunciada no Santuário Celestial.” (O Grande Conflito p. 490).

O drama terrestre será concluído tendo Satanás como o grande responsável e assumindo os pecados de todos à semelhança do Bode Azazel conduzido ao deserto (Lv 16: 10, 20-22). Nesse momento então cumprir-se-á Dn 7:18 “Mas os Santos do Altíssimo receberão o Reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade em eternidade.” O que significa essa promessa para você? Qual é a primeira coisa que você fazer quando chegar lá?

IV – Conclusão

É importante lembrar que esses capítulos proféticos de Daniel não são apenas profunda teologia, profecia ou história, todos eles nos enviam uma mensagem de esperança e promessa. Juntos, eles nos dizem que não importa quão mal vão as coisas, elas não vão durar; que, apesar das aparências, o Deus que traçou para nós a história do mundo desde o tempo de Daniel até o nosso e o futuro, trará um maravilhoso final em que o mal será castigado e os justos serão salvos.

A mensagem do Dilúvio percorreu 120 anos. A mensagem da Posse de Canaã percorreu 40 anos. A mensagem da Destruição de Sodoma e Gomorra durou mais ou meno 3 dias A última chance para Israel levou 490 anos (Dn 7:24, 25).

E a mensagem do Juízo Investigativo como antecedendo a Volta de Jesus, até quando? Felizmente, não nos compete saber quanto tempo mais haverá até volta de Jesus. É da alçada divina. Deus sabe quando Seu Filho deverá voltar para nos buscar. O que me concerne é estar preparado, vigilante, hoje. É isso que o Senhor espera de mim e de qualquer que ama a Sua vinda. A verdade é que, independentemente de quanto tempo tenhamos que esperar, é certo que Jesus virá, pois Ele mesmo deu Sua palavra de honra ao prometer: “Virei outra vez” (Jo 14:3; Ap 22:20). Seu segundo advento é um certeza divina! O apóstolo Paulo sabendo que, no tempo do fim, os que houvessem aceitado o evangelho eterno seriam tentados a perder a confiança nele por causa da aparente demora da volta de Jesus, ele escreveu: “Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará” (Hebreus 10:37, ACF). Deus mantém conta certa do tempo. A Bíblia permanece verdadeira. As mensagens transmitidas por visões proféticas a João e Daniel estão tendo seu cumprimento no presente, e muitas outras no futuro bem próximo. As mensagens dadas à Igreja Remanescente pela inspirada profetisa Ellen G. White nos guiarão até ao fim. Muitos luminares brilhantes poderão apagar-se, tornando-se trevas, mas a luz profética brilhará e mais à medida que se aproximar do glorioso dia da volta de Jesus.

Vislumbrando aquele grande dia Ellen White escreveu: “Dentro de pouco tempo Jesus virá para salvar Seus filhos e dar-lhes o toque final da imortalidade. Este corpo corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e este corpo mortal se revestirá da imortalidade. As sepulturas se abrirão, e os mortos sairão vitoriosos, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?" I Cor. 15:55. Os nossos queridos, que dormem em Jesus, sairão revestidos da imortalidade. E, ao ascenderem os remidos aos Céus, abrir-se-ão os portais da cidade de Deus de par em par, e neles entrarão os que observaram a verdade. Ouvir-se-á uma voz mais bela que qualquer música que já soou aos ouvidos mortais, dizendo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mat. 25:34. Então os justos receberão sua recompensa. Sua vida correrá paralela à vida de Jeová. Lançarão suas coroas aos pés do Redentor, tangerão as harpas de ouro e encherão todo o Céu de bela música” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 350).

 Que dia será aquele, quando Ele abrir todos os cemitérios do mundo! Erguerá os mortos e nos unirá pela eternidade como os nosso queridos. Jesus promete tanto aos ressuscitados quantos aos vivos: “(...) voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14:3, NVI). Vidas solitárias e frustradas despertarão para a amizade com Jesus através dos tempos eternos.

Querido amigo, como está a sua fé e esperança na volta de Jesus? Esperando-O cada dia, preparado? Não me é tão importante que eu esteja esperando meu Senhor por 35 anos e quanto mais terei de esperar. O que me preocupa é meu preparo, da minha família e o da minha igreja nestes dias tão importante nos quais esperamos nosso Senhor. A vinda dEle é certa. Nunca percamos a fé e a esperança na Sua vinda. Ele é o Senhor do Advento. Nos preparemos e ajudemos a outros também a se prepararem para o glorioso encontro com Senhor. “Todo o que pretende ser um servo de Deus é convidado a realizar Seu serviço como se cada dia fosse o último.” (Ellen G. White, Maranata: O Senhor Vem![MM 1977], p. 106). Se fizermos dEle o Senhor do nosso coração, nós O receberemos alegremente por ocasião de Seu retorno à Terra.


Agora, convido você a orar a Deus. Na sua oração de consagração confirme ao Senhor o seu desejo de estar preparado quando Ele chegar e que deseja vê-Lo vindo naquela nuvem com glória e majestade! Não deixe esta decisão para mais tarde, pode ser tarde demais.


Que assim seja, é minha oração. “Amém. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).



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