O DEBATE SOBRE A JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ: EVANGÉLICOS E CATÓLICOS
Norman
R. Gulley*
Tradução:
Hugo Martins
Compreensão
Bíblica da Justificação pela Fé
Paulo diz: “Sendo
justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo
Jesus” Rm 3:24), “pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente
das obras da lei” (Rm 3:28); sendo a fé, até mesmo, um dom. Humanos são “justificados
pelo seu sangue” (Rm 5:9). O Calvário foi um “ato de justiça … sobre todos os
homens para a justificação que dá vida” (Rm 5:18). “Deus tornou pecado por nós
aquele [Cristo] que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de
Deus” (2 Cr 5:21 [NVI]). Justificação encontra-se em Cristo e é recebida pela
fé. Isto não tem nada a ver com a fidelidade de Cristo na aliança que ainda
vigora a participação humana como propõem os defensores da “Nova Perspectiva
sobre Paulo”. Justificação explica como alguém entra (não como alguém
permanece) na aliança. Justificação é uma realidade de nível iniciático, tendo
a ver com “como alguém é salvo”.
O termo justificar em
hebraico (hiṣdiq) e em grego (dikaioun) “nunca se refere à infusão da justiça,
é a transformação de um ímpio que se torna virtuoso.” Justificação é a mesma
através da história humana, nos períodos da antiga e da nova aliança porque
trata-se do evangelho eterno (Ap 14:6). Desde que, “Abraão creu em Deus, e isso
lhe foi imputado (elogisth) para justiça” (Rm 4:3) ou “creditado” a ele (NVI).
O termo traduzido como “imputado” ou “creditado” é mencionado nove vezes no
capítulo. Este é um termo forense. Trata acerca da grande mudança que toma
lugar na justificação: humanos tornam-se membros da aliança mediante a morte
substitutiva de Cristo para todos os humanos.
As dádivas da morte de
Cristo estão disponíveis antes mesmo do início do pecado, pois o “Cordeiro que
foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13:8); “Ora, tendo a Escritura
previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a
Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos” (Gl 3:8). Pois Deus nos
escolheu em Cristo antes mesmo da fundação do mundo (Ef 1:4). “SENHOR, Justiça
Nossa” (Jr 23:6) já é um foco na antiga aliança. Isto é o porquê Davi disse:
“Deus atribui (logizetai) justiça, independentemente de obras” (Rm 4:6). Aqui é
uma promulgação forense, Deus declarando alguém sendo justo.
Com mais profundidade,
Cristo foi “entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa
da nossa justificação” (Rm 4:25). Há uma dimensão pós-Calvário para a obra
salvífica de Deus que é frequentemente ignorada. Tanto Cristo (Rm 8:34) quanto
o Espírito Santo (Rm 8:26–27) intercedem no Céu pelos crentes. O Livro de
Hebreus é como um quinto evangelho e foca-se no ministério pós-ascensão de
Cristo que é tão importante quanto Seu ministério na Terra (o tema dos quatro
evangelhos). Se os Cristãos tivessem se focado sobretudo no que Cristo e o
Espírito Santo estão fazendo no Santuário Celestial, os crentes não teriam sido
tentados a olhar para Maria e os santos visando uma obra intercessora pela qual
eles não têm quaisquer qualificações. “Porquanto há um só Deus e um só Mediador
entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em
resgate por todos” (1 Tm 2:5–6). Cristo tão somente está qualificado para
interceder com base em Sua morte (Hb 8:3; 9:15, 25–28; 10:12).
Assim como o pecado de
Adão está imputado em todos os humanos, a morte de Cristo lida com o pecado e
Sua justiça é imputada sobre todos aqueles que recebem a justificação. A
justiça de Cristo imputada torna desnecessária qualquer infusão por meio de
sacramentos ou de obras para merecer a justiça. Justiça atribuída encontra o
receptor sempre dependente da imputada e incutida justiça de Cristo. Em
contraste, infusão de justiça foca-se na justiça inerente e nas obras que a
seguem para merecer mais justiça. Feitos pessoais e feitos de outros humanos
(Maria e os santos) tomam o lugar da dependência única do Cristo crucificado,
ressurreto e intercessor diante do Pai no Trono Celestial. Pois, tão somente,
Cristo Jesus “se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção” (1 Cr 1:30).
História
Durante os primeiros
350 anos da era cristã, a doutrina da justificação não fora uma problemática
como os debates cristológicos e trinitarianos. Todavia, sementes foram
plantadas naqueles anos formativos que foram dar fruto no período medieval. Por
exemplo, assim como a impassibilidade (apatheia) de Deus era uma visão
filosófica que questionava a compaixão de Deus, a autexousia (autossuficiência)
era um termo filosófico introduzindo a autonomia humana à doutrina da
justificação (cp. Latim liberum arbitrium).
Somado a isso, o termo grego meromai (receber sua parte) foi traduzido
pelo termo latino meritum (ser digno de algo) que traz o conceito de mérito na
teologia medieval, afetando a doutrina bíblica da justificação. Ideias
filosóficas alienígenas distorceram, então, o significado bíblico de justificação,
contribuindo para o conceito católico romano de justificação.
Agostinho
de Hipona (354–430)
O chamado de Deus para
Agostinho ser revestido pela Justificação pela Fé o converteu e influenciou o
seu entendimento de justificação pela fé. De Romanos 3:20, ele sabia que a
justificação não vinha mediante a lei.[1] Em vez disso, justificação é um dom
de Deus, por meio do Espírito Santo. Sendo “justificados gratuitamente, por sua
graça”, então a graça pode “curar” a carne habilitando-a a guardar a lei.[2]
Em seus escritos, para
Agostinho, a glória é pela graça de Deus e a justificação é pela graça, não uma
“justificação imputada”, mas uma “justificação interna”, pois, no contexto da
justificação, Agostinho diz que Deus “opera em Seus santos.”[3] Agostinho
pergunta: “Que outro significado a frase ‘sendo justificado’ tem a não ser
‘sendo feito justo’ —por ele, naturalmente, aquele que justifica o homem ímpio,
tornando-o, em vez disso, um homem justo?”[4]
Agostinho explica o que
“justificar o ímpio” significa: “o ímpio torna-se justo.”[5] “Pois quando o
ímpio é justificado, da impiedade ele é justificado.”[6]
Agostinho nos conta que
ele não sabia hebraico[7] e ele não gostava da dificuldade em aprender
grego.[8] Ele estava, portanto, limitado ao termo latino justifico. A
etimologia do latim justifico significa “fazer justo” em vez de “declarar
justo”.[9] Como David Wright afirma: “há um entendimento geral que ele
guiara-se pelo significado ‘fazer justo’ e o empregara durante sua carreira
como escritor.”[10]
Tomás
de Aquino (1225–1274)
Martinho Lutero chamava
a igreja medieval de “a igreja aristotélica”, pois dependia mais de Aristóteles
do que da Escritura.[11] A Teologia dos Sacramentos (sistematizada de 1050 a
1240) ligava justificação aos sacramentos.[12]
Esta alega que a
justificação é contínua e mediada pela igreja e seus sacramentos. No final do
século doze, a ideia de mérito pelas obras de justificação contínua foi
inserida na teologia romana.[13] Haviam cinco principais escolas de pensamento
sobre justificação no final do período medieval e, portanto, entre os
pensadores católicos (incluindo dominicanos prímevos, franciscanos prímevos e
tardios e agostinianos medievais) havia uma considerável diversidade a qual não
precisamos nos deter.[14] O importante é a visão unânime da teologia medieval
que justificação é tanto um ato quanto um processo no qual a natureza dos seres
humanos é alterada.[15]
A Suma
Teológica[16] é o sistema teológico de
Tomás de Aquino. “Esta síntese brilhante do pensamento cristão tem tido um
impacto decisivo e permanente na religião desde o século treze e tem se
tornado, substancialmente, o ensino oficial da Igreja Católica.”[17] A. G.
Sertillanges diz: “A Igreja acredita hoje, como acredita desde o início, que o
Tomismo é uma arca da salvação, capaz de fazer mentes flutuarem no dilúvio da
doutrina.”[18] Entretanto, o sistema é uma fonte autêntica das tradições da
igreja e dos comentários dos filósofos e utiliza a Vulgata Latina, que nem
sempre é uma tradução acurada. Ademais, o sistema é escrito em um típico
raciocínio medieval escolástico que é de difícil compreensão para muitos
leitores. Embora a Igreja Católica acredita que a Bíblia não é de fácil
compreensão, requerendo o magistério para interpretá-la, a igreja, aparente e
paradoxalmente, acredita que esta escrita difícil[19] é “uma arca da salvação”
para os leitores.
Aquino afirma que Deus
é imutável (não muda, Q. 9),[20] que Ele predestina pessoas para a salvação e a
perdição (Q. 23) e que o Espírito Santo habita em seres humanos e os concede
“graça santificadora” (Q. 43).[21] Todavia, sacramentos da Lei Antiga “foram
ordenados à santificação dos homens” (Q. 102)[22] (mesmo que eles nem continham
nem causavam graça”)[23] e os sacramentos da Nova Lei “são ordenados para a
santificação do homem,”[24] pois eles “contêm graça” e são “uma causa
instrumental da graça.”[25] Aquino afirma que: “Os sacramentos são sinais em
protesto da fé pelo qual o homem é justificado.”[26] Aquino acreditava que o
Espírito Santo e os sacramentos santificam.
Martinho
Lutero (1483-1546)
Lutero era um monge
agostiniano. A Reforma foi um protesto em prol do evangelho. Bavinck estava
certo quando ele disse que “esta questão era não menos que o caráter essencial
do evangelho.” Lutero considerava a graça como enraizada na predestinação;
posteriormente, então, sem retratar-se dessa visão, viera a enfatizar a graça
em Cristo, com a salvação como sendo um dom universal (Melâncton também).
Lutero devotaria mais tempo a justificação pela fé que qualquer outra doutrina,
exceto a doutrina da Santa Ceia.[27][28][29]
Agostinho e Lutero
foram convertidos através da leitura de Romanos (13:13–14 e 1:17
respectivamente). Agostinho mudara de uma vida libertina e Lutero da salvação
pelas obras, que chegou perto de acabar com ele. Lutero disse que “odiava a
palavra ‘justiça’” em Romanos 1:17 porque ele pensava que “Deus é justo e pune
o pecador injusto.” Descobrira ele, então, que significava “O justo viverá pela
fé [ACF].” Disse Lutero: “Senti eu, aqui, que nascera completamente de novo e
entrara no paraíso em si pelos portões abertos.” Posteriormente, Lutero lera
“Sobre O Espírito e A Letra” de Agostinho e encontrara um entendimento similar
do texto: “A justiça com a qual nos reveste quando nos justifica.”[30] Lutero
considerava que a justificação era uma doutrina ensinada na Escritura[31] e foi
ele, então, além do subjetivismo da teologia medieval para Agostinho e
Paulo.[32]
Mas a visão de
justificação de Lutero mudou? Carl Trumen acredita que sua visão mudou entre
1515 e 1520[33] e Alister McGrath coloca a mudança entre 1514 e 1519.[34]
Lutero começou a lecionar Romanos na Universidade de Wittenberg no verão de
1515 e terminou o livro em 1516, no fim do verão. Das notas publicadas de
Lutero, ganhamos dois vislumbres sobre seu entendimento prímevo da justificação
pela fé: (1) Justificação externa é imputada por Deus aos beneficiários; estes
são, então, pecadores (internamente), mas justificados (externamente); ou como
colocava Lutero: “[Eles são] ao mesmo tempo tanto justos quanto injustos”[35] (simul
justus et peccator); (2) Deus “tem começado a curá-lo. . . Ele continuará a
libertá-lo do pecado até que Ele tenha, completamente, o curado.”[36] Este é “o
dom da graça, que começa a tirar o pecado.”[37]
Comparando os dois
vislumbres, o primeiro parece ter a ver com uma imputação externa, mas o
segundo é uma cura interna; a imputação parece ser um fato extrínseco presente,
mas a cura começa um processo intrínseco que remete ao futuro. Em termos
simples: a justificação de Lutero inclui santificação. A mudança de Lutero
envolve, também, um abandono de sua crença inicial que a liberdade humana
fizera as pessoas capazes de receber a justificação sem a necessidade da graça
de Deus, mas, agora, Lutero acreditava que tal aceitação é possível tão somente
por meio da graça de Deus que concede fé aos humanos e torna-os, assim, capazes
de aceitar a justificação. Este novo vislumbre parece ter vindo enquanto
fazendo exegese de Romanos em 1515.[38] “Lutero, seguindo Agostinho, não fizera
a distinção entre justificação forense e santificação progressiva, que emerge
no Protestantismo Tardio.” Fora Filipe Melâncton (1497–1560), um colega mais
jovem de Lutero em Wittenberg que introduzira o conceito de justificação como
forense.[39]
Lutero fora o líder
resistente que impulsionara a Reforma, enquanto Melâncton era o sistemático que
escrevia o pensamento de Lutero com precisão. Por exemplo, em 1521, ele
escreveu Loci Communes, que foi a primeira declaração sistemática da teologia
de Lutero. Ele escrevera, também, a Confissão de Augsburgo (1530) e sua
Apologia (1531). Ele complementava o impulsivo Lutero como sua natureza mais
calma e sua clareza em escrever.[40] Pode-se arguir que o termo “forense” de
Melâncton para descrever a justificação não mudou materialmente visão de justificação
alienígena de Lutero, pois ambos estavam falando de uma justificação extrínseca
ou declarativa imputada por Cristo em distinção a ser feito justo na
santificação.
João
Calvino (1509-1564)
Lutero e Calvino foram
levados a Cristo por experiências distintas (o que afetava o entendimento deles
de salvação): maldição da lei e fora reavivado quando ele entendia o perdão
pela fé apenas. Calvino estava reticente de deixar a igreja romana em reação à
Reforma, mas, eventualmente, respondeu à vontade de Deus (baseando a salvação
na vontade eletiva de Deus na eternidade). Teologia católica afirma que os
humanos devem esforçar-se para ser salvo, a teologia de Calvino afirma que Deus
operar (eleger) para uns poucos serem salvos. Teologia católica diz que Cristo
morreu por todos, teologia de Calvino diz que Cristo morreu por uns poucos.
Ainda que na teologia romana Cristo morreu para salvar a todos os humanos, isto
é questionável em virtude do esforço humano ser necessário para a salvação.
Teologia reformada é, também, questionável em virtude da morte de Cristo ser
supostamente apenas para os eleitos. O Calvário padece, então, em ambas as
teologias.
Em 1º de agosto de
1559, justificação fora finalmente posta no segmento de “beneficies” do sistema
de Calvino (Livro 3), que se foca nas beneficies do Calvário aplicadas aos
Cristãos. Calvino não estava interessado na ordem da salvação (ordo
salutis),[41] que diz que a justificação precede a santificação que precede a
glorificação (ordem cronológica; note que as duas primeiras estão revertidas em
1 Co 6:11); em vez disso, Calvino diz acerca das duas primeiras: “Cristo . . .
não justifica a nenhum homem sem também santificá-lo,” acrescentando: “Embora
façamos distinção entre elas, são ambas inseparavelmente compreendidas em
Cristo. Obteriam vocês, então, a justificação em Cristo? Vocês devem
previamente possuir Cristo. Mas você não pode possuí-lo sem tornar-se um
participante de sua santificação: pois Cristo não pode ser dividido.”[42] Em
outras palavras, união com Cristo dá a alguém um relacionamento salvífico com
Cristo, o que significa um beneficiário da justificação e da santificação com
pouco interesse na ordem de receber tais beneficies. No início do Livro 3,
Calvino fala do Espírito da santificação e, que por meio do Espírito, Cristo
une a si mesmo aos humanos.[43] Como Berkouwer diz: “O pensamento de Calvino é
concêntrico —salvação em Cristo.”[44]
Alister
McGrath
O livro de Alister
McGrath da Universidade de Oxford, “Christianity’s Dangerous Idea: The
Protestant Revolution, A History from the 16th Century to the 21st [A Perigosa
Ideia do Cristianismo: A Revolução Protestante, Uma História do Século 16 ao
Século 21]”, foca-se na interpretação bíblica de indivíduos em vez de uma
igreja, o que McGrath considerava uma ideia perigosa, resultando no pluralismo
do Protestantismo.[45] McGrath traça uma série de fatores que resultara na
Reforma Protestante, pois alguns líderes não foram movidos pela doutrina da
justificação pela fé, como fora Lutero. McGrath acertadamente afirma: se
justificação é o cômputo da justiça de Cristo aos crentes, qual é o propósito
do purgatório?[46] A doutrina também torna “o culto aos santos redundante.”[47]
“Se Lutero estava certo acerca da justificação —e seus críticos insistiam que
ele não estava— então o elo conceitual ligando do ritos, cerimônias,
instituições e ideias da igreja [romana] fora fatalmente enfraquecido. Ele
[Lutero] tinha mostrado que edifício complexo da salvação, amplamente
construído durante a Idade Média, carecia de uma fundação sólida.”[48]
No início do século 20,
o Pentecostalismo alastrou-se e alcança, hoje, cerca de meio bilhão de membros.
Há igreja recentes no Protestantismo que não veem quaisquer razões para serem
definidas pelo passado.[49] McGrath afirma que mais protestantes se tornaram
católicos do que o inverso por causa da “falta de evangelicalismo de raízes
históricas e continuidade institucional com o Novo Testamento.” (Pergunto-me:
McGrath levou em consideração o número de católicos tornando-se protestantes
nos países da América do Sul?). Criticando Lutero, disse McGrath:
Sua [de Lutero]
convicção fundamental era que a igreja de seus dias tivera perdido de vista
alguns temas fundamentais do evangelho cristão. Afinal, a teologia que ele
ensinava em Erfurt, parecia, agora, a ele ser herética, fortalecendo a ideia de
‘justificação pelas obras’, a noção que a humanidade pode alcançar sua própria
salvação por seus feitos religiosos e morais. Até mesmo Lutero está, aqui,
sujeito a críticas; parece, pois, que ele extrapolara de sua própria situação
local para a igreja cristã como um todo pela Europa.[50]
Anteriormente, em seu
livro, McGrath aponta que Lutero respondia as indulgências.[51] Indulgências
foram o estopim para a Reforma por ser um repúdio grosseiro da graça gratuita
da salvação do evangelho e indulgências eram vendidas além das cercanias de
Wittenberg, através da Alemanha, Suíça, Áustria, Noruega e Suécia.[52] Ao menos
parece ir muito além de uma questão local e afeta o cerne da teologia romana —a
substituição do divino pelo humano. Parece, a mim, ser a questão fundamental
que Lutero enfrentara e merece ser considerada a razão primária para a Reforma.
Era uma luta pelo evangelho verdadeiro. Parece razoável que qualquer esforço
para reintroduzir o evangelho incluiria a justificação pela fé apenas, em
contraste com a ênfase romana na salvação pelas obras humanas.
Resumindo este momento
da história, o fator-chave da Reforma no período medieval foi a distinção entre
justificação e santificação, ainda que a justificação de Lutero, inicialmente,
estivesse mesclada com santificação e Calvino as entendia como inseparáveis em
Cristo. Em outras palavras, a transmissão acontece após a imputação em termos
calvinísticos, ou salvação oferecida em Cristo (lado objetivo) é aplicada como
beneficies por meio do Espírito Santo (lado subjetivo). Entretanto, pode-se
argumentar que relacionamento com Cristo e tudo o que isto significa é de
interesse primário para Calvino. Diferenciando, imputação e transmissão são
recebidas de Cristo e do Espírito Santo na soteriologia da Reforma.
Superficialmente, aparenta ser o mesmo que a teologia romana, ao menos na
junção de justificação e santificação; mas a principal diferença trata-se da
infusão romana em vez da imputação/transmissão, com a exaltação romana da
natureza humana produzindo obras capazes de méritos (considerada como
justificação contínua) em vez de um relacionamento comprometido com Cristo e o
Espírito na teologia da Reforma. Esta diferença crucial necessita estar
esclarecida na mente ao avaliar as tentativas católico-evangélicas
contemporâneas em unir-se nesta doutrina.
Resposta
Romana: Contra Reforma
Concílio
de Trento (1545-1563)
Teólogos romanos
fizeram uma mudança dramática entre a década entre Augsburg e Ratisbon. A
primeira resposta à visão protestante sobre a justificação foi rejeitá-la como
uma novidade, diferente da mesma que a teologia romana tivera ensinado por
tanto tempo. Então, teólogos romanos fizeram uma reviravolta dizendo que a
visão protestante sobre a justificação era a mesma que a teologia romana tivera
ensinado por tanto tempo, mas tratavam a fé como um ponto de diferença,
tratando-se de termos vagos e ambíguos o que permite interpretá-los de
diferentes maneiras. Ratisbon demonstrou que um ponto ambiguamente apresentado
é suficiente para posteriormente neutralizar todas as concessões feitas.[53]
As concessões não se
sustentavam. Apenas quatro anos após o Concílio de Trento ter sido convocado
(1545–1563), que discutiu o tema da justificação por sete meses em 1547,
repudiara totalmente as visões protestantes com anátemas. Isto demonstra que
Roma não mudou, ainda que ela possa fazer movimentos contorcionistas para
chegar a uma conciliação. Esta história deve nos fazer pausar e pensar nessa
busca pelo consenso que está usando os mesmos métodos.
A intenção da sexta
sessão do Concílio de Trento era negar a “doutrina errônea” da justificação
(sua perspectiva) e “proibir estritamente” qualquer ensino que não estivesse de
acordo com o presente decreto.[54] Trento é claro que os humanos nascem com o
pecado original, que Jesus Cristo viera redimir a todos os humanos através de
sua morte e o mérito de seu sacrifício é outorgado a todos aqueles que nascem
de novo. Justificação é uma “translação” do estado de pecado (através do
primeiro Adão) para o estado de graça (através do segundo Adão). Sem qualquer
mérito humano, a “graça auxiliadora e vivificante” de Deus capacita adultos a
receber o chamado de Deus, e eles cooperam com a graça que é recebida por meio
do ouvir, começam a amá-lO (não temê-lO) e são movidos contra o pecado, para
arrependimento, fazer penitência e serem batizados.[55]
Preparação é seguida de
justificação, que inclui santificação, pois uma pessoa injusta se torna uma
pessoa justa, um inimigo se torna um amigo. A causa final da justificação é a
glória de Deus e de Cristo e a vida eterna; a causa eficiente é a misericórdia
de Deus que purifica e santifica, a causa meritória é a morte de Cristo e causa
instrumental é o batismo. A simples causa formal é “a justiça de Deus”, não a
qual Ele em Si é justo, mas a qual Eles nos faz justo, não meramente
“reputados” como justo, mas “recebendo justiça dentro de nós” por meio do
Espírito Santo derramado em nossos corações. Em outras palavras, perdão dos
pecados, fé, esperança e caridade são “infundidas ao mesmo tempo.” Pois “a fé,
se não tiver obras, por si só está morta” (Tg 2:17, 20) e “a fé que atua pelo
amor” (Gl 5:6). Nem fé, nem obras, “merecem a graça da justificação.”[56]
Os dois parágrafos
acima parecem apresentar o evangelho e, sem dúvidas, contribuem para o debate
contemporâneo que procurar encontrar similaridades entre visões romana e
reformista da justificação. Há similaridades, mas as diferenças determinam a
extensão da similaridade. Conseguinte, a relação imediata entre Cristo e os
humanos (acima) parecer ter sido substituída por meros meios mecânicos onde a
(1) infusão do pecado original (culpa) de Adão é suplantado por uma (2) infusão
da graça; e (3) libertação está ligada instrumentalmente ao batismo.
A sexta sessão de
Trento lidou com a justificação como “o item mais importante” de sua
agenda.[57] Trento decretou que a versão Vulgata Latina da Escritura era a
Bíblia oficial, mas esta versão não faz justiça ao termo grego dikaiosune que
significa “declarar justo”, pois a Vulgata Latina o traduz pelo termo latino
iustificare, que significa “fazer justo.”[58] Ser declarado justo não tem nada
a ver com mérito pessoal, enquanto ser feito justo resulta em obras de méritos.
“O verbo grego se refere a algo externo a pessoa em questão,” enquanto “o
latino se refere as qualidade da pessoa em questão.” Este é o porquê a Igreja
Grega nunca teve uma teologia de mérito como teve a Igreja Latina.[59] A Igreja
Grega (Oriental) enfatizava a deificação (theosis) em vez da justificação
(Igreja Ocidental).
De acordo com Trento,
justificação “não é apenas uma remissão dos pecados, mas, também, a
santificação e a renovação do homem interior por meio da recepção voluntária da
graça e dos dons pelas quais um homem injusto se torna um homem justo e de
inimigo torna-se amigo . . .”[60] Fé, esperança e amor são infundidos no
cristão.[61] Com a infusão da justificação, inicia-se um processo de
justificação no qual o mérito das obras segue a justificação. [62] Isto
confunde as categorias de justificação e santificação, e questiona a
justificação pela fé somente porque as obras são incluídas. Shedd está certo:
“Homem são justificados para que eles possam ser santificados, não santificados
para que eles possam ser justificados.”[63] Além do mais, Roma infundiu que
justificação, ou “justificação física,”[64] é um estado no qual apenas uma
remissão parcial dos pecados é experimentada, pois ainda há uma culpa e um
débito a encontrarem um punição temporal, ainda além deste mundo, no
purgatório.[65] Isto significa que não há imputação de Cristo que perdoe a todo
pecado nesta vida. Pecado remanescente deve ser expiado no purgatório. Charles
Hodge adequadamente nota que na justificação romana falta imputação.[66]
Escritura define
justificação: “Abrão creu (āman) no Senhor, e isso lhe foi creditado (hāšab)
como justiça (ṣedāqāh)” (Gn 15:6 [NVI]). Este texto é a base para a
apresentação do Novo Testamento sobre a justificação (Rm 4:3, 9, 22; Gl 3:6;
Tiago 2:23). O termo hebraico ṣādaq na forma qal significa “ser justo”, mas na
forma hifil significa “declarar como justo”. Justificação na Escrituras
encontra-se, consistentemente, na forma hifil (visão protestante) e não na
forma qal (visão católica).[67]
Contribuição
do Movimento “Nova Perspectiva sobre Paulo” para A Justificação pela Fé
Nenhuma escola de
pensamento desde a reforma no século 16, nem mesmo a Era Bultmann (século 20)
tem tido tamanho impacto sobre os Estudos Paulinos como a Nova Perspectiva
sobre Paulo (NPP),[68] que recebeu contribuição de E. P. Sanders, N. T. Wright
e James D. G. Dunn. Donald Hagner disse que a NPP pode ser chamada de “uma
revolução copernicana em Estudos Paulinos.”[69] D. A. Carson diz que “a nova
perspectiva é o paradigma reinante”.[70] Mesmo que que houvesse outros livros
antes de Sanders, com sua tese principal, foi dele ponto de viragem porque foi
o primeiro livro seguinte ao Holocausto Judeu.[71] Tempos pós-holocausto
encontraram uma visão mais amigável dos judeus. Embora haja ideias variantes
que constituem a NPP, elas se opõem à velha perspectiva que o judaísmo era um
sistema muito legalístico de justificação pelas obras (de Ferdinand Webster e
outros). W. Bousset foi influenciado por esta velha visão e ensinou e
influenciou Rudolf Bultmann, que tornara um dos mais influentes eruditos do
Novo Testamento no século 20.[72]
Rudolf Bultmann
considerava o Judaísmo ser uma religião legalística, totalmente desprovida de
graça e acreditava que Paulo era totalmente oposto ao Judaísmo. Em contraste
com uma concepção primária de Paulo em termos cultuais ou corporativos,
Bultmann acreditava que Paulo se focava no indivíduo. Isto foi,
indubitavelmente, influenciado pela preocupação de Bultmann para com o
existencialismo (existência pessoal). Como um Luterano, Bultmann apoiava a
justificação forense na teologia de Paulo, ainda que isto não fosse uma mudança
interna, mas uma “realidade escatológica” experimentada, agora, pelo crente. A
NPP é uma resposta a Bultmann.
Albert Schweitzer
rejeitava a justificação pela fé como central para Paulo, aceitando, em vez
disso, “estar em Cristo.” Schweitzer apresentava Paulo também como um judeu por
natureza e não persuadido pelo Helenismo.[73] Entretanto, muitos eruditos não
seguiram Schweitzer, acreditando que Paulo incorporou muito do Helenismo em vez
do judaísmo.
O livro de W. P. Davis,
“Paulo e O Judaísmo Rabínico”, “marca um divisor de águas na história do estudo
acadêmico sobre Paulo e o Judaísmo”[74] e pavimentou o caminho para a NPP
porque foi o primeiro a apresentar uma aceitação positiva de Paulo do judaísmo
e da lei, pois sua conversão não fora do judaísmo para uma nova religião.
Cristianismo não foi “a antítese do judaísmo”, mas “a primavera do judaísmo.”
Para Davies, justificação pela fé era considerada periférica para a
centralidade de Cristo nos escritos de Paulo.[75]
Krister Stendall
declarou que a justificação pela fé era o foco de Lutero e não de Paulo.[76]
Ele criticou a consciência introspectiva do ocidente (não encontrada no
oriente, na Igreja Ortodoxa), mas nas Confissões de Agostinho e na luta de
Lutero como um monge agostiniano. Esta não fora a luta de Paulo em sua
conversão, pois ele tinha um relacionamento sólido com a lei antes de sua
mudança de missão para com os gentios.[77] Stendall rejeitou a justificação
pela fé como uma experiência meramente agostiniana-luterana, não um experiência
bíblica.
Em 1971, Ernst
Käsemann, estudante de Bultmann, acreditava que justificação é central para
Paulo e para a história da salvação.[78] A visão da justificação de Käsemann é
coletiva (em vez de individual) e participativa, o que questionava,
basicamente, sua realidade forense. Disse Käsemann: “Em lugar algum no judaísmo
Hc 2:4 [“o justo viverá pela sua fé”] é visto em termos ligados a uma
pessoa.”[79] Afirma ele novamente: “a verdade que transcende o indivíduo e está
direcionada para um novo mundo.” É, aqui, uma “primazia da cristologia sobre a
antropologia.”[80]
O livro de E. P.
Sanders, “Paulo e O Judaísmo Palestino”, impulsionou o movimento NPP. Sanders
estudou uma “pilha” de materiais palestinos sobreviventes de 200 A.E.C. a 200
E.C.[81] e descobriu que a eleição se encontrava na aliança e que a guarda dos
mandamentos era uma resposta a esta eleição a priori.[82] “Os rabinos não
tinham o problema luterano/paulino de ‘justificação pelas obras.’”[83] A
questão é que os rabinos entendiam obediência como sendo uma resposta ao amor
de Deus por Israel.[84] Sanders chamou isto “nomismo pactual.” [85] Sanders
conclui que em razão do nomismo pactual ter sido tão disseminado durante os
quatro séculos estudados (200 A.E.C.–200 E.C.), fora isso “o tipo básico de
religião conhecida por Jesus e, presumidamente, por Paulo.”[86]
Em termos forenses,
para N. T. Wright, justiça não se trata acerca da justiça imputada ou
transmitida aos humanos, mas a própria justiça de Deus (Sua fidelidade
pactual). “Ficção jurídica” é uma bem conhecida análise católica da justiça
imputada (meramente contado como justo, quando não em realidade, como na
teologia de Lutero). Então, neste ponto, Wright parece estar próximo à visão
católica.[87] Wright diz que o evangelho de Paulo cria a igreja, enquanto a
justificação a define e sustém.[88]
James Dunn afirma que
por detrás do debate católico-protestante (fazer justo-declarar justo
respectivamente) está a questão mais fundamental do cristianismo em relação ao
judaísmo, ou a relação de Paulo com a sua religião ancestral. Estudos
tradicionais em Novo Testamento consideravam Paulo como oposto ao judaísmo,
assim como Lutero se opôs a igreja medieval.[89] Mas a NPP afirma que o
judaísmo palestino era baseado na graça, suas obras como uma resposta a graça
para manter sua participação na aliança em vez de ganhar a entrada nela ou ter
mérito. Neste novo contexto, justificação pela fé é o modo como gentios podem
ser aceitáveis a Deus como judeus. Este é “um dos mais vigorosos debates da
atualidade em Estudos em Novo Testamento.”[90]
O contexto imediato da
justificação pela fé é “a justiça de Deus” (Rm 1:16–17). Em hebraico, o termo
“justiça” é um “conceito relacional”. Para Dunn, Deus criara os humanos, dera
um chamado a Abraão, escolhera Israel e ao fazê-lo foi justo e entendido como
fiel. Dunn considera, então, que o verbo dikaio significa tanto fazer justo
quanto reconhecer justo, o que torna os debates católico-protestantes
praticamente sem sentido.[91] A NPP, como teologia liberal em si, está
enraizada nos métodos críticos históricos, que estão muito mais interessados em
supostas fontes do que no que o próprio Paulo diz. Por que o Judaísmo do
Segundo Templo deveria ser a base hermenêutica para entender Paulo quando sola
scriptura aponta para o Antigo Testamento onde Escritura interpreta Escritura?
A tese de doutorado de
Seyoon Kim[92] na Universidade de Manchester, orientada por F. F. Bruce em
1977, foi publicada na Alemanha em 1981 e nos Estados Unidos em 1984, o que
significa que Kim defendeu sua tese no mesmo ano em que E. P. Sanders publicou
seu “Paulo e O Judaísmo Palestino”, que trouxe aos estudiosos uma nova maneira
de interpretar a Paulo.
Judeus do Segundo
Templo estavam empenhados em “obras da lei” para ganhar a salvação, demonstrado
por Paulo antes de sua conversão (Gl 1:13–16; Fp 3:3–9). A tradicional doutrina
da justificação era pela fé, contrária a quaisquer obras da lei para merecer a
salvação; mas a nova doutrina da justificação (pelo estudo da Nova Perspectiva
sobre Paulo) era rejeitar a circuncisão, leis alimentares e o Sábado como
linhas fronteiriças como distinção entre judeus e gentios.[93] Enquanto a
tradicional doutrina da justificação rejeitava toda a guarda da lei para ganhar
a salvação, a nova doutrina da justificação rejeitava as leis judaicas como
desnecessárias para os gentios tornarem-se participantes da aliança.
Proponentes da Nova
Perspectiva sobre Paulo consideram a guarda da lei, no Judaísmo do Segundo
Templo, como obras responsivas para a graça de Deus dada na aliança. Tais obras
eram uma marca de participação na aliança e as obras nunca foram para ganhar
acesso à aliança. Tais proponentes supostamente substanciam esta conclusão da
comunidade de Qumran. Entretanto, esta conclusão é fortemente contestada por J.
V. Fresko, como segue: (1) toda a lei é importante e não apenas uma
subcategoria de características judaicas (1QS 5; 1QS 5:10). A lei é um
requerimento de entrada para a participação na aliança. Por exemplo:
Mas quando um homem
entra na aliança para andar de acordo com todos esses preceitos é que ele pode
se juntar a santa congregação; eles devem examinar seu espírito em comunidade
relacionado a sua compreensão e prática da Lei, sob a autoridade dos filhos de
Aarão que têm livremente se comprometido na Comunidade para restaurar Sua
Aliança e a atender a todos os preceitos ordenados por ela e a multidão de
Israel (1QS 5:20).[94]
(2) Além do mais, 4QMMT
apoia a visão tradicional porque obras legalísticas para ganhar a salvação eram
um problema em Qumran.[95] Romanos 2:21-23 se refere a lei por completo e não
meramente a símbolos de aliança. Legalismo fora um problema com o qual Cristo
se deparou (Mt 5:17–20; 23:1–38; Lucas 18:9–14) e Ele ministrou durante o
Judaísmo do Segundo Templo. Justificação pelas obras fora o problema que Paulo
encontrara em Roma e na Galácia e não símbolos de aliança (ou subconjuntos da
lei: circuncisão, leis alimentares e o Sábado).[96] Para entender a
justificação pela fé, deve-se retornar a compreensão tradicional porque a Nova
Perspectiva é alienígena a Escritura e às evidências históricas da comunidade
de Qumran. Justificação não é pelas obras da lei (Rm 3:28), mas pela fé (Rm
1:17; 3:28), que é um dom de Deus (Rm 5:17).
A
Divisão Romano-Protestante: Diferenças de Documentos dos “Evangélicos e
Católicos Juntos” Precisam Ser Estudadas
A Quarta Assembleia da
Federação Mundial Luterana realizada em Helsinque, na Finlândia, em 1963, para
promulgar uma declaração atualizada da doutrina da justificação pela fé.
Observadores católicos não foram a razão a qual os líderes luteranos fizeram
mudanças em relação a Roma, pois estava relacionada ao uso do método crítico
histórico de exegese.[97] Ernest Käsemann argumenta que “o método crítico
histórico é inseparável do Protestantismo, é, de fato, seu oráculo.”[98] Este
método exegético é o fundamento para a atividade feita entre católicos e
evangélicos em encontros subsequentes. O mesmo método crítico histórico
contribui para a Nova Perspectiva sobre Paulo[99] que também questionou a
justificação pela fé. Tempos depois, em 1992, a Igreja Luterana—Sínodo de
Missouri (Lutheran Church— Missouri Synod [LCMS]) e a Igreja Luterana na
América avaliaram o “Relatório do Diálogo Luterano Católico VII” e disseram:
A submissão desprezível
ao método crítico histórico . . . relativizou o conceito das doutrinas puras,
assim como a autoridade normativa da Escritura e comprometeu os esforços
honestos de luteranos e católicos romanos para qualquer consenso sólido na
questão da justificação. Também, “novos modos de pensar”, um tipo de lógica
nova, fizeram diferenças doutrinárias “não necessariamente decisivas”.[100]
O LCMS declarou: “Tendo
revisto cuidadosamente a ‘Declaração de Compromisso’, chegamos à conclusão que
sob as ‘diferenças na formulação teológica’ frequentemente notadas, há
diferenças substantivas remanescentes entre as igrejas que chegam ao cerne de
Evangelho em si e são, portanto, decisivas.”[101]
ECT
1: A MISSÃO CRISTÃ PARA O TERCEIRO MILÊNIO (1994)[102]
No Catholic First
Things: The Journal of Religion, Culture and Public Life, de 1994,[103]
encontra-se um artigo intitulado “Evangélicos e Católicos Juntos: A Missão
Cristã no Terceiro Milênio.”[104] Esta fora a conclusão do conselho iniciado em
setembro de 1992. Declara: “Oramos juntos para o cumprimento da oração de Nosso
Senhor: ‘a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste’ (Jo
17:21). Juntos, evangélicos e católicos, confessamos nossos pecados contra a
unidade que Cristo deseja a todos os seus discípulos.”[105] Concordam que “O
escândalo do conflito entre cristãos obscurece o escândalo da cruz, aleijando,
assim, missão una do Cristo uno.”[106] Dentro da missão una do Cristo uno,
declaram eles : “afirmamos conjuntamente que somos justificados pela graça
mediante a fé pelos méritos de Cristo.”[107] À primeira vista, parece ser bíblico
e tempestivo. Todavia, ainda mais importante, não é a suposta recrucificação
diária de Cristo na missa católica levada em consideração na missão una do
Cristo uno o sacrifício único no Calvário (Hb 7:27; 9:26)?
No livro, “Is The Reformation Over? An Evangelical
Assessment of Contemporary Roman Catholicism [A Reforma Acabou? Uma
Avaliação Evangélica do Catolicismo Romano Contemporâneo]”, Mark A. Knoll e
Carolyn Nystrom dedicam um capítulo ao “Evangelicals and Catholics Together
[Evangélicos e Católicos Juntos].”[108]
Houve muita crítica
evangélica do ECT 1, particularmente porque falhou em expressar a salvação pela
graça somente mediante a fé somente. Sola Scriptura (Apenas a Escritura) fora a
contribuição da Reforma, destituindo quaisquer meios humanos para a salvação,
como encontra-se na teologia católica. ECT 2, em parte, fora uma resposta às
críticas do ECT 1.[109] Em um posterior First Things Journal, há um relatório
na postagem do estudo do ECT 1 dadas as diferenças entre evangélicos e
católicos.[110] Em 1996, fora “determinado que progresso maior dependia de um
forte acordo no significado da salvação e, especialmente, a doutrina da
justificação.”[111]
ECT
2: O DOM DA SALVAÇÃO (1997)
Após um ano inteiro de
estudos, discussões e orações, uma declaração fora proferida na cidade de Nova
Iorque em em 6 e 7 de outubro de 1997. Fora baseada em João 3:16, Cristo como
salvador do mundo, uma verdade que calvinistas poderiam não aceitar em vista
deles acreditarem que Cristo morrera pelos eleitos apenas. A declaração admite
que permanecem “sérias diferenças,” mas todos concordam que Jesus Cristo é o
Salvador. Ela se refere a textos bíblicos que Cristo é o único “Mediador entre
Deus e os homens” (1 Tm 3:5) e que ninguém vem ao Pai senão por Cristo (Jo
14:6; cp. 1 Pd 3:18).[112] Mas como isto é possível quando católicos acreditam
que a igreja, Maria e os santos são, também, mediadores entre Deus e os homens?
Mesmo que que a declaração diga que a expiação fora completa na cruz, como isto
se harmoniza com a salvação pelas obras e purgatório como necessários para a
expiação na teologia católica? Evidentemente, católicos se achegam a esses
textos os leem de acordo com suas próprias tradições. Em outras palavras, os
textos parecem ser qualificados pela interpretação da igreja, em vez da
“Escritura interpretando Escritura”.
O que a declaração do
ECT diz acerca da Justificação? “Na Justificação, Deus, baseando-se na justiça
de Cristo somente, declara-nos que não somos mais seus inimigos rebeldes, mas
somos seus amigos os quais perdoou, e, então, pela virtude de sua declaração .
. . Entendemos que o que aqui afirmamos está de acordo com as tradições da
Reforma que tem significado pela justificação pela fé apenas (sole fide).”[113]
Admitem ele que há diferenças entre justiça declarativa e justiça
transformacional e menciona o purgatório e a devoção a Maria entre os assuntos
a serem mais estudados.[114] Mas essas diferenças não põem em xeque a presumida
unidade que eles declaram no documento? Além disso, quando se entende o dom da
salvação mediante a Cristo apenas, não é posta em xeque da teologia romana que
apresenta Maria e os santos como participantes na salvação humana? Se Cristo é
o sole mediator, por que há a necessidade da igreja, dos santos e de Maria para
mediar? Também, por causa de haver diferenças entre justificação declarativa e
justiça transformacional, como pode a justificação ser considerada como uma
crença que une católicos e evangélicos?
O fim do documento
declara: “Como evangélicos que agradecem a Deus pela herança da Reforma e
afirmam com convicção suas confissões clássicas, como católicos que estão,
conscientemente, fiéis ao ensino da Igreja Católica; e como, igualmente,
discípulos do Senhor Jesus Cristo que reconhecem nosso débito para com nossos
cristãos antepassados e nossas obrigações para com nossos contemporâneos e
aqueles que se seguirão a nós; afirmamos nossa unidade no Evangelho que temos,
aqui, professado.”[115] Note que evangélicos acreditam na herança bíblica da
Reforma e católicos acreditam nas tradições da Igreja. Isto é o que os dividira
na reforma do século 16, essas diferenças, ainda, então, não os dividiria
apesar de dizerem ensinar o mesmo Evangelho? Portanto, parece contraditório
quando eles dizem: “Rejeitamos qualquer aparência de harmonia adquirida a custo
da verdade.”[116]
ECT 2 declarou:
“Justificação é central para entendimento escriturístico da salvação e seu
significado tem sido amplamente debatido entre protestantes e católicos.
Concordamos que a justificação não é alcançada mediante quaisquer boas obras ou
por nossos próprios méritos; é tão somente um dom de Deus, conferida mediante a
pura graça do Pai, do amor que ele nos mostrou em Seu Filho, que sofreu por
nossa causa e ressuscitou dos mortos para nossa justificação.”[117] Embora isto
possa parecer um avanço sobre o ECT 1, e estar de acordo com a Escritura, a
visão católica oficial de justificação é uma infusão (não a transmissão
protestante) e a infusão capacita o beneficiário de merecer ainda mais
justificação.
A encíclica Ut Unam
Sint (“que eles sejam um”), do Papa João Paulo II, baseada na oração de Cristo
pela unidade cristã, proferida em 25 de maio de 1995, dá-nos um vislumbre em
como as diferenças devem ser tratadas. “O exame de tais discordâncias tem dois
pontos referenciais importantes: Escritura Sagrada e Grande Tradição da Igreja.
Católicos tem o auxílio do Magistério Vivo da Igreja.”[118] A inclusão da
Tradição em igualdade com a Escritura (ver Vaticano II)[119] significa que a
Igreja Católica usa ideias de homens junto à revelação divina na Escritura;
como pode, então, aqueles que acreditam na Sola Scriptura (Somente a Escritura)
aceitar uma resolução de diferenças baseadas meramente em ideias humanas não
inspiradas que frequentemente estão em contraste com a Escritura?
ECT
3: TUA PALAVRA É A VERDADE (2002)
Há diferenças óbvias
entre os protestantes que colocam a Escritura acima da igreja e católicos que
colocam a igreja acima da Escritura —em uma tradição viva que acrescenta e
retira da Escritura e o majesterium que oficialmente interpreta a Escritura
pela igreja; enquanto protestantes perfeitamente permitem a Escritura
interpretar a Escritura (Sola Scriptura). Charles Colson e Richard John
Neuhaus, que trabalharam organizando os encontros do ECT, editaram, também, o
livro “Your Word is Truth” [Tua Palavra é A Verdade]. Nele, o teólogo católico
Avery Cardinal Dulles escreve: “Enquanto reverenciando a Escritura como
contendo a palavra de deus de forma inalterada, ela [A Igreja Católica] nega
que a Escritura seja suficiente no sentido que a revelação como um todo possa
ser conhecida sem a tradição.”[120] Em contraste, protestantes acreditam que a
Escritura interpreta a Escritura e não necessita de tradições de homens para
tal. Portanto, não faz sentido a declaração conjunta afirmar que “a Escritura é
revelação de Deus escrita divinamente inspirada e unicamente autoritativa; como
tal, é normativa para o ensino e a vida da igreja.”[121]
O título Tua Palavra é
A Verdade não pode significar Tradição Católica é A Verdade porque, diversas
vezes, ignora verdades bíblicas (tais como a obra sacramental da igreja, e
Maria e os santos para obter a salvação que são adições humanas que questionam
a verdade bíblica que Cristo é o único Salvador [1 Tm 2:5]). Em outras palavras,
a compreensão católica oficial da Escritura ignora o documente não oficial ECT
3. Como pode a infalibilidade papal,[122] a suposta recrucifixão de Cristo na
missa e as numerosas mudanças feitas nos Dez Mandamentos (Ex 20:1–17)[123] ser,
realmente, “Tua Palavra é A Verdade?” Pois essas tradições católicas toma o
lugar das verdades da Palavra de Deus e de Jesus Cristo, a Palavra de Deus
Viva.
ECT
4: A COMUNHÃO DOS SANTOS (2003)
Este documento foi
publicado em uma outra edição do First Things.[124] Comunhão trata da união de
crenças, assim como união na irmandade. Estão católicos e protestantes
experimentando ambas? Há diferenças entre protestantes e católicos acerca dos
santos. Um grande empecilho é a crença católica no purgatório que requer a
intercessão e indulgências de homens. Há uma diferença acerca do número de
sacramentos necessários para a salvação, dois (batismo e Santa Ceia) para os
protestantes e cinco sacramentos adicionais para católicos.
Comunhão é a união ou
relacionamento que é impossível aos protestantes em termos de participar na
missa católica, onde o sacerdote, supostamente, recrucifixa a Cristo.
Protestantes acreditam que fora “uma vez por todas,” um sacrifício a não
repetido, na cruz (Hb 7:27). Muito embora todos os verdadeiros cristãos estejam
em relacionamento com Cristo, que é a Cabeça do corpo que é a igreja,
conclui-se que há uma única igreja verdadeira? O que dizer da seguinte
declaração? : “A igreja em si pode ser entendida como um sinal e instrumento da
graça instituída pelo mediador entre Deus e o Homem, Jesus Cristo, e, através
do Evangelho, mediando Sua graça ao mundo. Enquanto que a antiga fórmula ‘fora
da Igreja não há salvação’ pode tomar para si uma má-interpretação. Concordamos
que não há salvação à parte da Igreja [Igreja Católica], desde que estar ligado
a Cristo é, necessariamente, estar ligado, em maior ou menor grau, a Igreja que
é o Seu corpo.”[125]
O mais recente
catecismo (1994) declara que “a Igreja é católica porque Cristo nela está
presente. ‘Onde Jesus Cristo estiver, a Igreja Católica está.’ Nela subsiste a
plenitude do corpo de Cristo unido com sua cabeça; isto implica que ela recebe
dEle ‘a plenitude dos meios de salvação’ que Ele tem desejado: corrigir e
completar a confissão de fé, cumprir a vida sacramental e o ministério ordenado
na sucessão apostólica.”[126] Em outras palavras: “A Igreja [Católica] é ‘o
sacramento universal da salvação.’”[127] A Igreja fora divinamente comissionada
a todas as nações para que ela pudesse ser ‘o sacramento universal da
salvação.’”[128]
Outras igrejas são
chamadas de “igrejas separadas” e não “igrejas irmãs;” pois a igreja romana
chama a si mesma de a “Igreja mãe.” Comunhão com essas igrejas separadas é
descrita a seguir: “Pois o Espírito de Cristo não se absteve de usá-las como
meios de salvação que derivam sua eficácia da plenitude da graça e da verdade
confiada à Igreja Católica.”[129] Em outras palavras, há apenas uma única fonte
da plenitude da graça, todas as outras igrejas derivam dessa fonte conscientes
disso ou não. A Igreja Romana se dirige as todas as pessoas para dar-lhes a
salvação através da Igreja. De fato, a igreja mão se dirige a juntar a toda a
humanidade em seus braços.
Isto toma o lugar de
Cristo como a única fonte de salvação, a plenitude a qual é encontrada nEle
somente e não confinada a qualquer igreja (cp. Mt 23:37). A verdadeira comunhão
dos santos é encontrada na comunhão com Ele. Declarações cuidadosamente
proferidas que pareçam refletir, em algum grau, a comunhão dos santos, deve
sempre ser interpretada contra a crença oficial imutável que igreja romana é a
única igreja a qual Cristo estabelecera e que fora da igreja não há salvação.
Em outras palavras, todos os documentos do ECT devem ser entendidos dentro do
plano do tempo do fim da igreja romana. Enquanto a igreja romana clama ser a
única fonte para a plenitude da salvação, faz uso de tradições não bíblicas
como meio de achegar-se a Deus e alcançar a salvação. Em contraste, disse
Cristo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por
mim” (João 14:6).
O sacerdote católico,
Richard John Neuhaus afirma que a “justificação pela fé” é “uma fórmula
teológica criada dezesseis séculos” após a igreja; e afirma que “A realidade
cristã, entendida em sua profundidade,, é a Igreja. Certamente, é a igreja que
julga a validade das formulações teológicas e não vice-versa.”[130] Isto,
aparentemente, ignora o fato que a justificação pela fé encontra-se presente no
livro veterotestamentário de Habacuque (Hc 2:4), muito antes que qualquer igreja
cristã viesse a existir.
Enfrentando inimigos em
comum (secularismo, com seus valores anti-família, abortos, direitos
homossexuais e relativismo), católicos e evangélicos têm feito contorcionismos
hermenêuticos para soterrar os anátemas de Trento e aqueles feito por
reformadores, como se o ataque contemporâneo ao evangelho pelo secularismo
fosse mais importante que o ataque de Roma medieval ao evangelho (uma outra
espécie de secularismo). É reconhecido por alguns que deve haver um consenso
acerca da justificação ou não haverá qualquer consenso. Evangélicos e Católicos
juntos, então, focam-se nos pontos de comum acordo e ignoram as diferenças
ainda remanescentes, como se as diferenças não fossem, hoje, tão vigentes como
eram no século 16. Há uma importante diferença entre a compreensão romana e
reformadora da justificação, isto é, infusão (romana) e imputação
(protestante). Justificação infusa romana não faz justiça a imputação bíblica.
Concílio
de Trento Ainda Influente
Fica claro a partir dos
documentos do ECT que os anátemas de Trento e as proferidas pela Reforma uma
contra a outra no século 16 têm sido desconsideradas nos debates sobra a
Justificação. Por um lado, parece que o posicionamento da Igreja Católica
contra a Reforma firmado em Trento não mais existe. Por outro lado, devemos nos
perguntar: há evidência que a teologia romana não tem, essencialmente, mudado
desde o Concílio de Trento?
Muitos acreditam que o
Concílio Vaticano II (1963-1965) marcara uma mudança no Igreja Católica Romana
(aggiornamento). É verdade que o concílio se focara em outras denominações e
religiões como nunca fizera antes. Fora por razões ecumênicas, para trazer a
“irmandade separada” de volta à igreja e alcançar outras religiões. No Vaticano
II, a igreja romana atingiu um protagonismo global para alcançar suas ambições
globais (ver Ap. 13:1–4; 11–16; 17:1–18). Entretanto, pondera-se a evidência
que o Concílio de Trento é influente ainda hoje.
1. Vaticano II
endorsara a Trento: “Este concílio sagrado aceita a venerável fé de nossos
ancestrais . . . e propõe, novamente, os decretos do Segundo Concílio de
Niceia, do Concílio de Florence e do Concílio de Trento.”[131]
2. Vaticano II se
refere a “os Pais deste sagrado sínodo, continuando a obra iniciada pelo
Concílio de Trento. . . .”[132]
3. A “veneração dos
santos, a devoção a Maria e adoração eucarística”, as quais os protestantes
revoltaram-se contra na Reforma, continuam, todas, após Trento.[133] De fato,
desde Trento, Maria tem sido elevada a um patamar não endossado por
Trento.[134]
4. Vaticano II continua
a focar-se na infalibilidade do Papa proclamada no Vaticano I.[135] No Vaticano
II, “não há, realmente, qualquer repúdio a Trento ou ao Concílio Vaticano
[Vaticano I]. Em quaisquer referências, quando Trento ou Concílio Vaticano são
mencionados, a ênfase nunca é crítica.”[136] De fato, “ainda que haja um
aparente tom pastoral e o cultivo de um espírito ecumênico, restam poucas
dúvidas de que os documentos do Concílio Vaticano II segue a tradição de Trento
e do Concílio Vaticano I.”[137] Aquela descontinuidade enfatizada do Vaticano
II com Trento e Vaticano “tem, ocasionalmente, esquecido que Concílio [Vaticano
II] não se retratou em nada dos dogmas de Trento e do Vaticano.”[138]
5. Em relação a
Escritura e a Tradição, a visão de Trento continua no Vaticano II: “‘Portanto,
tanto a tradição sagrada e a Escritura Sagrada devem ser aceitas e veneradas
com os mesmo senso de lealdade e reverência’ (DV 9). Isto, naturalmente, é um
verbatim quotation do Concílio de Trento em cujos passos o Padres do Vaticano
II tem declarado sua intenção de seguir (DV 1).”[139]
6. No mais recente
Catecismo Católico (1994), justificação não é uma fase de nível de entrada da
salvação; “Não é apenas a remissão de pecados, mas, também, a santificação e a
renovação do homem interior.”[140] É o mesmo que Trento. O livro de Eberhard
Jüngel, “Justification: The Heart of the Christian Faith” [Justificação: O
Coração da Fé Cristã], avalia a Declaração Conjunta dizendo que “prometeu
muito.” Mas acrescenta: “Em meu juízo, ao menos, não parece haver fundamentos
teológicos encontrados aqui.” De fato, há “pronunciamentos que quase sem
exceção remetem na área e no nível do Decreto sobre Justificação que Igreja
Católica Romana tivera adotado no Concílio de Trento em 1947 baseando-se, e
mais particularmente contra, a Doutrina da justificação dos reformadores.”[141]
Paul Schrotenboer,
secretário geral para o Sínodo Ecumênico Reformado, em 1987, notara que o Vaticano
II não faz qualquer nova contribuição ao debate sobre a justificação pela fé e
conclui: “À parte de uma nova confissão católico romana sobre a justificação
pela fé, Trento continua sendo uma barreira importante entre os herdeiros da
Reforma e do Catolicismo Romano.”[142] Já que Roma parece ser a mesma, quem
está mudando? David Well notou: “O mundo evangélico, de fato, está agora à
parte porque verdades centrais [como a Justificação pela Fé somente], que uma
estavam todas conexas, não têm mais o poder de influência que elas uma vez
tiveram e, em alguns casos, são rejeitadas por completo, sem nenhum
protesto.”[143] Bruce McCormack disse: “‘Confusão teológica entre as igrejas
reformadas sobre a Justificação pela Fé está “acelerando a morte do protestantismo
no Ocidente.”[144]
A. Carson acrescenta
que “missas pagas para libertar as almas do purgatório são, ainda, notoriamente
comuns em muitas partes do mundo católico. Para questões doutrinárias
fundamentais que dividiram reformadores e católicos meio milênio atrás, embora
a polêmica hoje seja mais cortês, o papa [João Paulo II] e vozes fortes na
Cúria, tais como o Cardeal Joseph Ratzinger [que supervisionou o Catecismo
Católico de 1994 e, posteriormente, tornara-se o Papa Bento XVI], eram e são
estritamente tridentinas [que representam o Concílio de Trento]. Leia o que o
catecismo atual diz sobre justificação.” Trento, então, ainda é influente e a
verdadeira união entre evangélicos e católicos pode ser realizada tão somente
distorcendo o Evangelho Bíblico com sua salvação mediante a Escritura somente,
pela fé somente, por meio de Cristo somente. Os termos “somente” são cruciais
na questão pela verdadeira união.[145]
7. O Papa comissionara
o Concílio de Trento para chegar a uma interpretação diferente da visão historicista
da Profecia, que os reformadores usaram para apontar a Igreja Romana como o
Anticristo. Os jesus puseram mãos à obra e, eventualmente, Luis De Alcasar
sugerira o Preterismo (passado) e Francisco Ribera sugerira o Futurismo
(futuro); e ambas desviavam a atenção do presente e, consequentemente, da
igreja. Futurismo é amplamente aceito por Protestantes e Trento, então, ainda
os influencia a não discernirem a igreja como o Anticristo.
8. Vaticano II declara
que “o Espírito guia a Igreja na plenitude da verdade.”[146] Documentos da
infalibilidade papal (tratando-se de ex cathedra) são “irreformáveis, pois são
promulgados com a assistência do Espírito Santo.”[147] Este é o porquê há uma
continuidade básica entre Trento e as subsequentes declarações doutrinárias.
Declínio
Protestante
Pietismo luterano não
enfatizava a justificação forense (declarado justo) porque estavam mais
interessados na experiência, induzindo os crentes a ser feito justos. Isto nos
faz lembrar da Teologia Ortodoxa com seu desejo de ter uma experiência com Deus
misticamente, a qual não tem, também, nenhum interesse na Justificação pela Fé.
Hoje, protestantes vêm a debate com teólogos romanos com uma fraqueza que faz
toda uma diferença, como notado por uma série de estudiosos:
Em nossos dias, a
doutrina da justificação é amplamente ignorada, raramente central e não sem
frequência negada veementemente e tragicamente por protestantes, até mesmo por
evangélicos, teólogos e pastores. Se as estatísticas citadas forem, de alguma
forma, indicativos da realidade, 87 por cento dos evangélicos americanos são
praticamente católicos romanos medievais em sua visão de como se relacionar com
Deus. [148] Pode-se, hoje, facilmente encontrar professores de teologia em
instituições evangélicas renomadas que não mais defendem a justificação pela fé
somente como verdade, muito menos necessária.[149] Michael S. Horton
Quando examinamos nossa
posição hoje, é estarrecedor descobrir quão próximo chegamos da visão romana
mesmo na Igreja da Escócia. Quão frequentemente, por exemplo, descobrimos que o
apelo sendo feito ao ‘instinto cristão’ ou a ‘mente da Igreja’ em oposição às
claras afirmações da Santa Escritura e quão frequentemente encontramos aqueles
lugares onde a Palavra de Deus ofende a nossa vontade, se opõe aos nossos
hábitos e arranca fora as raízes de nossos desejos? E quão massivo é o efeito
de nossas várias tradições sobre as interpretações da Bíblia? Quão fácil é
permitir a tradição presbiteriana para determinar nossa leitura do Novo
Testamento, especialmente quando é uma questão de justificar nossa tradição
antes de criticar os outros! Pode ser que não haja dúvidas que cada uma das
grandes igrejas da Reforma, a Luterana, a Anglicana e a Reformada, tem
desenvolvido sua própria tradição magistério, e que essa tradição exerce, hoje,
massiva influência não apenas sobre seu modo de interpretar a Bíblia e formular
sua doutrina, mas a sua estrutura e a direção de sua vida como um todo. . .Já
passou da hora de perguntarmos novamente se a Palavra de Deus realmente tem seu
curso livre entre nós ou não está presa
e limitada por tradições de homens.[150] Thomas F. Torrance
Baseando-se na análise
acima, ficará claro que existem reais diferenças entre protestantes e católicos
romanos sobre a questão da justificação. . . . Em anos recentes, parece haver
aumentado a simpatia pela visão que essas diferenças, apesar da importância do
período da Reforma, não mais possui o significado que uma vez elas tiveram.
Isto não quer dizer que as denominações cristãs estão de acordo sobre a questão
da justificação, pois fica óbvio que seus respectivos ensinos têm um
‘sentimento’ ou ‘atmosfera’ muito diferente entre elas. Parece que no período
moderno, as denominações cristãs têm preferido concentra-se em seus pontos em
comum, em vez de ter sua atenção voltada a suas discordâncias históricas.[151]
Alister McGrath
David Well notou: “O
mundo evangélico, de fato, está agora à parte porque verdades centrais [como a
Justificação pela Fé somente], que uma estavam todas conexas, não têm mais o
poder de influência que elas uma vez tiveram e, em alguns casos, são rejeitadas
por completo, sem nenhum protesto.”[152] Bruce McCormack disse: “‘Confusão
teológica entre as igrejas reformadas sobre a Justificação pela Fé está
“acelerando a morte do protestantismo no Ocidente.”[153]
Ainda que escrito em
1965, meu orientador na Universidade de Edimburgo, na Escócia, T. F. Torrance,
fez uma declaração que, ainda, é verdadeira: “Justificação por Cristo somente
põe em xeque todos os sistemas e ordens e os traz à tona porque Jesus Cristo
somente é central e supremo na Igreja de Deus. Em qualquer sistema teológico
verdadeiro, justificação refere-se a Cristo somente, pois, para nós,
conformidade com Cristo como Verdade de Deus é o princípio ideal de unidade. Semelhantemente,
justificação em constituição ou ordem eclesiástica deve ser por meio do apelo a
Cristo apenas. Nossa discórdia com a Igreja de Roma em questões doutrinárias
diz respeito a centralidade de Jesus Cristo, a primazia e a supremacia da
Cristologia que está tão obscurecida e comprometida pelas doutrinas romanas de
mérito e tradição e, acima de tudo, pela Mariologia.”[154]
Teólogos protestantes
têm-se juntado a teólogos romanos em colocar a tradição acima da Escritura,
sendo esta a razão fundamental para o seu declínio. Ambos os lados se remetem a
Escritura usando ferramentas críticas, delimitadas por uma missão externa em
comum (derrotar o secularismo), mas cegos em sua abordagem secular para com a
Escritura Sagrada. A Bíblia impulsionou a Reforma expondo algumas doutrinas
romanas como não-bíblicas. Hoje, essa voz profética protestante tem sido
amplamente silenciada em virtude da desconstrução da Escritura que unicamente
pode julgar a autenticidade das conclusões teológicas humanas. Hoje, diversos teólogos
evangélicos questionam a Escritura como revelação, relegando-a a posto de mera
testemunha da revelação.
Conclusão
A Nova Perspectiva
sobre Paulo (NPP), a Teologia da Nova Aliança (TNA) e a Visão Federal (VF)
rejeitam a doutrina da justificação pela fé somente (sola fide), o ponto sobre
o qual a igreja se sustenta ou cai (articula stantis et cadentis ecclesiae).
R . Albert Mohler Jr.,
Presidente do Southern Baptist Theological Seminary disse: “Por este histórico
e por esta escala crucial [Justificação pela Fé, o ponto sobre o qual a igreja
se sustenta ou cai], o evangelicalismo em sua forma contemporânea está vertiginosamente
caindo —e caindo rápido.” Ele conclui: “O drama do evangelho não tem mudado,
mas a audiência para a teologia evangélica tem mudado —e não para melhor. O
surgimento desses novos sistemas de pensamento [Nova Perspectiva sobre Paulo e
Visão Federal], nenhum dos quais é tão novo como seus proponentes sugerem,
indica um perigoso e potencialmente fatal enfraquecimento da convicção
evangélica e do discernimento doutrinário.”[155]
Abraham Kuyper disse na
Escritura “justificação ocupado o mais destacado lugar. E é apresentada como a
de maior importância para o pecador.” É o “cerne da Reforma, que coloca esta
doutrina da ‘justificação pela fé’ clara e peculiarmente em oposição às ‘obras
meritórias de Roma.’” Os reformados corretamente exortaram a “não mesclar
justificação e santificação.”[156] Os reformadores exortaram que não deve haver
uma mistura de justificação e santificação. Protestantes fariam muito bem em
ouvir o apologista católico Robert Sungenis.
Entre católicos e
protestantes encontra-se um grande divisor de águas se o cristão tem a justiça
imputada ou infusa. De fato, esta diferença é, provavelmente, a mais importante
no debate atual porque abrange o mais amplo espectro teológico. De fato, a
motivação original da Reforma era distanciar-se do conceito medieval de justiça
infusa formulada amplamente pela teologia de Agostinho.[157]
Karl Bath acrescenta:
“[Trento] fala das boas
obras do homem regenerado, que é apenas um pequeno pecador e comete apenas
pequenos pecados, e que está na feliz posição de ser capaz de aumentar a graça
da justificação em cooperação com ela, e aumentar o grau de sua felicidade
eterna. A consequência prática de tudo isso é que a miséria do homem não é
levada de modo algum tão a sério ou perigosamente por cristãos ou não cristãos.
As comunhões reformadoras não poderiam se unir com uma Igreja Católica que
sustenta esta doutrina e elas não podem aceitar o convite para reunirem-se com
ela hoje.”[158]
Mas com sua doutrina da
justificação, a Igreja Romana fechou as portas para a auto reforma e privou a
si mesma de qualquer possibilidade de aproveitar a iniciativa em unir-se com a
Igreja dividida. Fora impossível para as igrejas evangélicas a retornar a
comunhão com Roma quando o ponto decisivo da disputa fora tratado desse modo. Elas
não poderiam sacrificar a verdade pela unidade.[159]
As declarações de Barth
precisam guiar o processo contemporâneo, pois, provavelmente, a verdade tem
sido sacrificada pela unidade, e esse é um preço muito alto a pagar pela guerra
contra o secularismo, pois unicamente a verdade pode sobrepor-se ao erro. Falsa
teologia é tão secular como qualquer outra forma de secularismo, porém mais
insidiosa porque está dentro da igreja em vez de fora dela.
Richard John Neuhaus
declarou a diferença entre católicos e protestantes. “Para o católico, fé em
Cristo e fé na Igreja são um único ato de fé.”[160] Isto é porque a teologia
católica identifica a Igreja com Cristo, pois supõe-se que a Igreja é,
literalmente, o “corpo de Cristo” em vez de metaforicamente, como na teologia
protestante. Eu concordo com Mark Saucy que o debate soteriológico entre
evangélicos e católicos tem um patamar mais profundo na eclesiologia bíblica.
Cristo como profeta, sacerdote e rei não pode estar confinado à igreja (como na
teologia romana) porque Ele é “a cabeça da igreja” (Ef 5:23).[161] De fato, “a
Igreja é apenas o Corpo do qual Ele é a Cabeça.”[162]
Em outras palavras, é
Cristo quem justifica, não a igreja. A despeito de todos os esforços do ECT,
não pode haver uma verdadeira união sobre a justificativa a menos que a Igreja
Romana desista de sua identidade com Cristo porque a igreja não pode ser a
extensão da encarnação. A igreja não é Cristo, nem Cristo é a igreja. O Cristo
assunto foi tratado como Deus pelo Pai (Hb 1:8). Cristo foi exaltado e
sentou-se à direita do Pai (At 2:33–34) e tem toda autoridade no céu e na terra
(Mt 28:18). Para ser Cristã, a igreja deve continuar submissiva, humilde e sob
a autoridade de Cristo —sob Aquele que é verdadeiramente infalível. Nem é
adequado dizer que bispos pastoreiam “o rebanho em lugar de Deus”[163] para que
“o fiel venha apegar-se a seu bispo”[164] porque a igreja é “o sacramento
universal da salvação.”[165]
Não é o que Pedro, o
suposto primeiro papa, dissera: “Não há salvação em nenhum outro [além de
Cristo]; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os
homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4:12). Cristãos não
necessitam de mediadores para achegarem-se a Jesus Cristo, pois Ele é o único
mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2:5), o único sacerdote na era cristã
(Livro de Hebreus). “Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da
graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em
ocasião oportuna” (Hb 4:16). As boas novas são: Cristo “também pode salvar
totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles” (Hb 7:25).
*Norman R. Gulley - Nascido
na Inglaterra, Norman R. Gulley, Ph.D., já escreveu várias lições de adulto da
Escola Sabatina, diversos artigos acadêmicos e livros populares tais como
Christ Our Refuge [Cristo Nosso Refúgio]. Dr. Gulley destaca-se pela sua
abordagem cristocêntrica para com qualquer doutrina, especialmente eventos
relacionados aos dias finais. Como professor de Teologia Sistemática, Dr.
Gulley leciona na Southern Adventist University. Ele e sua esposa Leona vivem
em Collegedale, Tennessee.
REFERÊNCIAS:
[1] Augustinho, On The Spirit and The Letter, NPNF
First Series 5:88 (14, 15).
[2] On The Spirit and The Letter, 89 (15).
[3] On The Spirit and The Letter, 113 (65).
[4] On The Spirit and The Letter, 102 (45).
[5] On The Gospel of St. John, NPNF First Series 7:21
(3. 9).
[6] On the Psalms, NPNF First Series 8: 22 (Psa 7. 5).
[7] The Confessions of Augustine, 164 (11.3. 5).
[8] The Confessions of Augustine, 51, 52 (1. 14. 23).
[9] H. George Anderson, T. Austin Murphy, Joseph A.
Burgess, Justification by Faith: Lutherans and Catholics in Dialogue VII
(Minneapolis, MN: Augsburg, 1985), 18.
[10] David F. Wright, “Justification in Augustine,” em
Justification in Perspecitve: Historical Developments and Contemporary
Challengers, ed. Bruce I. McCormack, (Grand Rapids, MI:
Baker, 2006), 56.
[11] Lutero,
certamente, fala da visão de Aquino da Eucaristia como dependente de Aristóteles,
não da Escritura e chama a igreja medieval de a “igreja aristotélica” em
“Babylonian Captivity,” Three Treatises (Philadelphia, PA: Fortress, 1973, 1st
1960), 144.
[12] Alister E. McGrath, Iustitia Dei: A History of
Justification; from 1500 to the Present Day (London: Cambridge, 1992), 1: 91.
[13] Alister E.
McGrath, Institia Dei, 1: 100-102; ver, também, 109-119.
[14] Ver McGrath,
Instiutia Dei, 1: 155-187.
[15] Alister E.
McGrath, Institia Dei, 1:182.
[16] Thomas Aquinas, The Summa Theologica (Westminster,
MD: Christian Classics, 1981, 1st ET edn.,1911), vol. 1.
[17] Comentário sobre
os cinco volumes da Suma Teológica.
[18] Comentário sobre
os cinco volumes.
[19] Um exemplo;
“origem” e “relação” são dois níveis de argumentação sobre Deus: Deus é uma
Trindade na qual o Espírito Santo procede do Pai e do Filho (Q 36); e a
respeito do relacionamento, o Espírito Santo é o elo de ligação entre o Pai e o
Filho porque “Ele é amor.” Enquanto o “Pai e o Filho amam uma ao outro”, o
Espírito Santo, mesmo sendo a terceira pessoa da Trindade, “ama essencialmente
como amor procedente; mas não como de onde o amor procede” Summa Theologica,
1:190 (Q, 37. 1.1). Visto de outro modo, em um sentido essencialista (por meio
de sua essência), o Pai e o Filho amam um ao outro (não por meio do Espírito
Santo); mas, ao mesmo tempo, em um sentido conceitual, “o Pai e o Filho amam um
ao outro pelo Espírito Santo.” Summa Theologica 1:191 (Q. 37. 1.2). Atos “que
designam a ordem” da origem na Trindade são chamados de “conceitual” (1:208 (Q.
41.2.1).
[20] Q = questão, pois
Aquino organizava seus tópicos como questões.
[21] Last source, Summa Theologica, 1:221 (Q. 43. 1.
3).
[22] Summa Theologica 2:1068 (Q. 102. 1-11. 5).
[23] Summa Theologica 4:2349 (Q. 61. 3. 4).
[24] Summa Theologica 4:2342 (Q. 60. 3. 5); cp. 4:
2346 (61. 3. 1), 4: 2348 (61. 3. 1).
[25] Summa Theologica 4:2351 (Q. 62. 3. 3).
[26] Summa Theologica 4:2349 (Q. 61. 3. 4).
[27] Herman Bavinck, Reformed Dogmatics: Sin and
Salvation in Christ (Grand Rapids, MI: Baker, 2006), 3: 519.
[28] Herman Bavinck, Dogmatics, 3:520, 521.
[29] Paul Althaus, The Theology of Martin Luther
(Philadelphia, PA: Fortress, 1975, 3rd printing, 1st Ger. 1963), 225.
[30] Luther Works: Career of the Reformer 1V
(Philadelphia, PA: Fortress, 1960), 34: 336-337.
[31] Eric W. Gritsch, “The Origins of Lutheran
Teaching on Justification,” em Justification by Faith: Lutherans and Catholics
in Dialogue VII, eds., H. George Anderson, T. Austin Murphy, Joseph A. Burgess
(Minneapolis, MN: Augsburg, 1985), 162, 163.
[32] Eric W. Gritsch, “The Origins,” 170.
[33] Carl Trumen,
professor de teologia histórica e história da igreja no Westminster Theological
Seminary argumenta que houve uma mudança no entendimento de Lutero da
justificação pela fé entre 1515 e 1520. Ver “Simul peccator et justus: Martin Luther and
Justification,” em Justification in Perspective: Historical Developments and
Contemporary Challenges, ed. Bruce l. McCormack (Grand Rapids,
MI: Baker, 2006), 73-97. Estou agradecido a ele por orientar-me a estudar neste
desenvolvimento por ir as fontes originais e coincidir com suas descobertas e
acrescentar algumas minhas.
[34] Alister E. McGrath, Iustitia Dei: A History of
The Doctrine of Justification; From 1500 to the Present Day (Cambridge, 1996,
1st 1986), 4, posteriormente Iustitia Dei 2.
[35] Luther Works 25:
257, 258; citação na página 258, termos em itálicos em ambas as páginas.
[36] Luther Works 25: 260.
[37] Luther Works 25: 261.
[38] Alister E. McGrath, Iustitia Dei 2:1-14.
[39] Norman L. Geisler and Ralph E. MacKenzie, Roman
Catholics and Evangelicals: Agreements and Differences (Grand Rapids, MI:
Baker, 1995), 98-100, citação na página 98. Ver, também, Peter Toon,
Foundations for Faith: Justification and Sanctification (Westchester, IL:
Crossway, 1983), 58.
[40] R. V. Schnucker, “Melanchthon, Philipp” em
Evangelical Dictionary of Theology (Grand Rapids, MI: Baker, 2nd edn., 2001),
755, 756.
[41] Entretanto, no
Livro Três (1559), Calvino coloca regeneração pela fé (3.3) antes da
justificação (3. 11). Isto foi feito em resposta ao clamor católico que a
justificação era uma “ficção legal” e não levava a regeneração seriamente.
Todavia, “Calvino faz a justificação estar logicamente a priori, e alicerçada,
na dádiva do Espírito de adoção pelo qual o crente é regenerado.” Isto entende
a justificação como forense, um veredito de veredito de absolvição mediante a
imputação. Para o problema
como esta lógica, ver Bruce McCormack, What’s at Stake in the Current Debates?
103 and 100, 101 respectivamente.
[42] John Calvin, Institutes of the Christian Religion
(London: James Clarke, 1962), 2:99 (3.16.1).
[43] John Calvin, Institutes, 1:462-466 (3.1.1-4).
[44] G. C. Berkouwer, Studies in Dogmatics: Faith and
Justification (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1977, 1st. 1954),
28.
[45] A perigosa nova
ideia do Protestantismo é que todos tem o direito de interpretar a Bíblia por
si mesmo, ainda que isto tenha levado a múltiplas interpretações. O sacerdócio
de todos os crentes ajudou neste esforço, questionando o direito do magistério
sacerdotal como a única autoridade para interpretar. Há uma série de mudanças a
serem consideradas: (1) Possível e brevemente, a maioria protestante chegará a
um fim nos Estados Unidos; (2) Protestantismo tem “mudado, decisivamente e
possivelmente de forma irreversível, nos últimos cinquenta anos” (por exemplo,
o Pentecostalismo, igrejas de buscadores por sensitividade); (3) Protestantismo
está crescendo rapidamente na Ásia, África e América Latina.
[46] McGrath, Christianity’s Dangerous Idea : The
Protestant Revolution–A History From the Sixteenth Century to the Twenty-First
(New York, NY: HarperCollins, 2007), 44.
[47] McGrath, Christianity’s Dangerous Idea, 250.
[48] McGrath, Christianity’s Dangerous Idea, 44.
[49] McGrath, Christianity’s Dangerous Idea, 403.
[50] McGrath, Christianity’s Dangerous Idea, 58,
(parênteses acrescentados).
[51] McGrath, Christianity’s Dangerous Idea, 45-49.
[52] David S. Schaff, History of the Christian Church:
The Middle Ages 1294-1517 (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1960), 6:761, 762.
[53] James Buchanan, The Doctrine of Justification: An
Outline of its History in The Church and its Exposition from Scripture (London:
The Banner of Truth Trust, 1961, 1st
1867), 141-150.
[54] H. J. Schroeder, Canons and Decrees of the
Council of Trent: Original Text with English Translation (London: B. Herder
Book Co., 1955), 29; posteriormente Trent.
[55] Schroeder, Trent, 29-33 (chaps 1-6).
[56] Schroeder, Trent, 33-35 (chaps 7-8).
[57] Hubert Jedin, A History of the Council of Trent
(St. Louis, MO: B. Herder Book Co.,1961 1st 1957), 2:171.
[58] Michael S. Horton, “The Sola’s of the
Reformation” em Here We Stand: A Call form Confessing Evangelicals, ee. James
Montgomery Boice e Benjamin E. Sasse (Grand Rapids, MI: Baker, 1996), 122;
Martin Chemitz, Examination of the Council of Trent (St. Louis, MO: Concordia,
1971), 1: 472, 473. A edição parisiense da Vulgata eliminou
muito das transmissões corrompidas no século 13, Alister E. McGrath,
Christianity’s Dangerous Idea, 29.
[59] Alister E. McGrath,
Iustia Dei, 15.
[60] Schroeder, Trent, 33 (6.7).
[61] Schroeder, Trent, 34 (6.7).
[62] Trent, 36 (6.10); ver, também, 45 (Canon 24).
[63] William G. T. Shedd, Dogmatic Theology
(Phillipsburg, NJ: P&R, 2003, 1st 1118, 1889), 800.
[64] Fancis Turretin, Institutes of Elenctic Theology
(Phillipsburg, NJ: P&R, 1994), 2:660.
[65] Trent, 46 (Canon 39).
[66] Carles Hodge, Commentary on the Epistle of Romans
(Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1960, 1st 1886), 31.
[67] Para mais dessas comparações, ver Bruce Demarest,
Foundations of Evangelical Theology, The Cross and Salvation: The Doctrine of
Salvation (Wheaton, IL: Crossway, 1997), 364-368.
[68] Ver Seyoon Kim, Paul and The New Perspective:
Second Thoughts on the Origin of Paul’s Gospel (Grand Rapids, MI: Eerdmans,
2002), xiv.
[69] Donald A. Hagner, “Paul and Judaism: Testing the
New Perspective,” em Peter Stuhlmacher, A Challenge to the New Perspective:
Revisiting Paul’s Doctrine of Justification. Com um ensaio de
Donald A. Hagner (Downers Grove, IL: InterVarsity, 2001), 75.
[70] D. A Carson, “Summaries and Conclusions” em
Justification and Variegated Nomism: The Complexities of Second Temple Judaism
(InterVarsity, MI: Baker, 2001), 1:505.
[71] Donald A. Hagner, em Peter Stuhlmacher, A Challenge
to the New Perspective, 76, 77.
[72] Ver Robert Egolf, “Reinventing Paul” Book Review,
http://www.the paulpage.com/Reinvent.html.
[73] Ver Albert Schweitzer, The Mysticism of Paul the
Apostle (Seabury, 1968); Paul and His Interpreters (New York, NY: Macmillan,
1950).
[74] E. P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism: A
Comparison of Patterns of Religion (Minneapolis, MN: Fortress, 1977), 7.
[75] W. D. Davies, Paul and Rabbinic Judaism (London:
SPCK, 1965, 1st 1948), 222-223.
[76] Ver Krister Stendall, “The Apostle Paul and the
Introspective Conscience of the West” em Paul Among Jews and Gentiles: and
Other Essays (Philadelphia, PA: Fortress, 1976), 78-96. Primeiramente
publicado em inglês na Harvard Theological Review :56 (1963), 199-215. cp. John
G. Gager, Reinventing Paul (Oxford University Press, 2000).
[77] Alega-se que Paulo
fora interpretado pelos reformadores em vez de Paulo ter interpretado Paulo.
Por exemplo, das Confissões de Agostinho a luta de Lutero, o foco estava na
questão de uma consciência atribulada, que repetira-se na experiência de Paulo.
Em contraste, Paulo estava zelosamente perseguindo Cristãos porque ele
acreditava que esta era a vontade de Deus (ver 1 Co 15:9; 1 Tm 1:13–16). Ele
estava cheio de justiça própria (Fp 3:3–7), não de auto-condenação. Seu
encontro no caminho de Damasco como o Cristo ressurreto iniciou um revelação da
vontade de Deus para sua vida, um chamado para tornar-se o ministro de Deus aos
gentio (At 9:3–18).
[78] Ernst Käsemann, Commentary on Romans (Grand
Rapids, MI: Eerdmans, 1980), 21-32; “Justification and Salvation History in the
Epistle to the Romans,” In Perspectives on Paul (Philadelphia, PA: Fortress,
1971), 60-78.
[79] Ernst Käsemann, Commentary on Romans, 32.
[80] Ernst Käsemann, Commentary on Romans, ambas as
citações, 93.
[81] E. P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism
(Minneapolis, MN: Fortress, 1977), 18.
[82] E. P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism, 85.
[83] E. P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism, 100.
[84] E. P. Sanders,
Paul and Palestinian Judaism, 100-104, 106, citação na página 100.
[85] E. P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism, 422.
[86] E. P. Sanders, Paul and Palestinian Judaism, 426.
[87] N. T. Wright, What Paul Really Said? Was Paul of
Tarsus the Real Founder of Christianity? (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1997),
100-103
[88] N. T. Wright, What Paul Really Said?, define na
página 151, argumenta na página 158
[89] James D. G. Dunn, The Theology of The Apostle
Paul (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1998), 336-338.
[90] James D. G. Dunn, The Theology of Paul, 340, 354,
355.
[91] James D. G. Dunn, The Theology of Paul, 341-344.
[92] Seyoon Kim, Paul and The New Perspective: Second
Thoughts on the Origin of Paul’s Gospel (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2002).
[93] Ver Seyoon Kim, 3.
[94] J. V. Fesko, Justification: Understanding The
Classic Reformed Doctrine (Phillipsburg, PA: P&R, 2008), 179.
[95] J. V. Fesko, Justification, 180.
[96] J. V. Fesko, Justification, 180-182.
[97] Robert D. Preus, Justification and Rome: An
Evaluation of Recent Dialogues (St. Louis, MO: Concordia, 1997), 21.
[98] James Wm. McClendon, Doctrine: Systematic
Theology (Nashville, TN: Abingdon1994), 465. Ver Ernst Käsemann, New Testament
Questions of Today, trad. W. J. Montague (Philadelphia, PA: Fortress, 1969),
1-65; R. C. Briggs, Interpreting the New Testament Today (Nashville, TN:
Abingdon, 1973), 21-24.
[99] Guy Prentiss Waters, The Federal Vision and
Covenant Theology: A Comparative Analysis (Phillipsburg, NJ: P&R, 2006),
63.
[100] Robert D. Preus, Justification and Rome, 22.
[101] Ibid., 23.
[102] Ver Charles Colson e Richard John Neuhaus,
Evangelicals & Catholics Together: Toward a Common Mission (Dallas, TX:
Word, 1995).
[103] Charles Colson
(Protestante) e Richard John Neuhaus, (Luterano convertido ao catolicismo)
palestraram nas atividades do ECT. Richard John Neuhaus editava o jornal First Things.
[104] First Things 43 (May 1994): 15-24.
[105] First Things 43, parágrafo 2.
[106] First Things 43, parágrafo 6.
[107] First Things 43, parágrafo 12.
[108] Is the Reformation Over? (Grand Rapids, MI:
Baker Academic, 2005).
[109] Ver Is the Reformation Over?, 158-161. Este
capítulo contribuiu para este segmento.
[110] First Things 79 (Jan 1998): 20-23.
[111] First Things 79, primeiro parágrafo.
[112] First Things 79, sexto parágrafo.
[113] First Things 79, décimo parágrafo.
[114] First Things 79, vigésimo parágrafo.
[115] First Things 79, parágrafo final.
[116] First Things 79, nono parágrafo.
[117] Is the Reformation Over?, 159-160, cited from
“The Gift of Salvation,” Christianity Today, 8 de dezembro de 1997, 36.
[118] The Encyclicals of John Paul II (Huntington, IN:
Our Sunday Visitor, 1996), no. 39: 937.
[119]
“Consequentemente, não é somente da Escritura Sagrada que a Igreja extrai sua
certeza acerca de tudo o que tem sido revelado. Portanto, tanto tradição
sagrada quanto a Escritura Sagrada devem ser aceitas e veneradas como o mesmo
sentido de devoção e reverência.” Documents of Vatican II (London: Geoffrey Chapman, 1967), 117 (2.2.9).
[120] Avery Dulles, “Revelation, Scripture, and
Tradition” em Your Word is Truth, ee. Charles Colson e Richard John Neuhaus
(Grand Rapids, MI: Eerdmans, 2002), 57.
[121] “Your Word is Truth” documento em Your Word is
Truth (1-8), 5. A declaração afirma mais, mas esse mais
não parece levar tão seriamente o unicidade autoritativa da revelação bíblica
que normativa para o ensino e a vida da igreja.
[122] Infalibilidade
fora questionada até mesmo pelo teólogo católico Hans Küng em Infallible: An
Inquiry, trad. Edward
Quinn (Garden City, NY: Image Books, 1972, Ger. 1970).
[123] Ver Catechism of the Catholic Church (Liguori,
MO: Liguori, 1994), 505-611.
[124] Ver First Things, março de 2003, 26-33.
[125] First Things, março de 2003, 30.
[126] Catechism of the Catholic Church, 220 (830).
[127] Vatican II, 247 (4. 4. 45).
[128] Vatican II, 584 (13. Prefácio).
[129] Vatican II, 346 (6. 1. 3).
[130] Richard John Neuhaus, Evangelicals and Catholics
Together: Toward a Common Mission, ee. Charles Colson e Richard John Neuhaus
(Dallas, TX: Word, 1995), 207.
[131] Austin Flannery, O. P., ed., Vatican Council II:
The Conciliar and Post Conciliar Documents, rev. ed. (Costello, 1988), 1: 412.
[132] Vatican II, 456-457 (9.7. Conclusion).
[133] Ver Richard P. McBrien, The Church: The
Evolution of Catholicism (New York, NY: HarperCollins, 2009), 85.
[134] G. C. Berkouwer,
The Conflict with Rome, trad. supervisada por David H. Freeman (Philadelphia,
PA: P&R, 1958), 174. cp. um afresco no Vaticano onde está “exaltada no
centro com o Pai e o Filho sentados em sua esquerda e sua direita como instrumentos
de sua vontade todo-poderosa.” Ibid,
162.
[135] Vatican II, 48-49 (1. 3. 25).
[136] Henry T. Hudson, Papal Power: Its Origin and
Development (Unicoi, TN: Trinity Foundation, 2008, 1st 1981), 128.
[137] Henry T. Hudson, Papal Power, 130.
[138] Hermann Pottmeyer, “A New Phase in the Reception
of Vatican II: Twenty Years of Interpretation of the Council,” em Giuseppe
Albergio, Jean-Pierre Jossua, and Joseph A. Komonchak, ee., The Reception of
Vatican II (Washington DC: Catholic University of America Press, 1987), 40. Ver
Richard P. McBrien, The Church, 199.
[139] Ver Timothy George, “An Evangelical Reflection
on Scripture and Tradition” em Your Word is Truth: A Project of Evangelicals
and Catholics Together, ee. Charles Colson and Richard John Neuhaus (Grand
Rapids, MI: Eerdmans, 2002), 34.
[140] Ibid, 482 (# 1989).
[141] Eberhard Jüngel, Justification: The Heart of the
Christian Faith, tr., Jeffrey F. Cayzier (London: T & T Clark, 2006, Ger.
1999, 1st et, 2001), xxxiv, itálicos dele.
[142] Paul G. Schrotenboer, Roman Catholicism: A
Contemporary Evangelical Perspective (Grand Rapids, MI: Baker, 1988, 1st 1987),
66.
[143] David F. Wells, “Foreword,” em By Faith Alone:
Answering the Challenges to the Doctrine of Justification, ee., Gary L. W.
Johnson e Guy P. Waters (Wheaton, IL: Crossway, 2007), 13.
[144] Bruce L. McCormack em Justification: What’s at
Stake in the Current Debate?, 83.
[145] D. A. Carson. Becoming Conversant with Emerging
Church: Understanding a Movement and its Implications (Grand Rapids, MI:
Zondervan, 2005), 173-174.
[146] Vatican II, 17 (1.1.4).
[147] Vatican II, 48-49 (1.3.25).
[148] “The Solas of the Reformation” em Here We Stand:
A Call from Confessing Evangelicals, ee. James Montgomery Boice e Benjamin E.
Sasse (Grand Rapids, MI: Baker, 1996), 123.
[149] Prefácio para R. C. Spoul, Faith Alone: The
Evangelical Doctrine of Justification (Grand Rapids, MI: Baker, 1995), 13.
[150] T. F. Torrance, Theology in Reconstruction
(London, SCM, 1965), 164-164.
[151] Alister E. McGrath, Justification by Faith: What
it Means for Us Today (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1988), 71. McGrath
escrevera isto seis anos antes a declaração do “Evangelicals and Catholics
Together” em março de 1994.
[152] David F. Wells, “Foreword,” em By Faith Alone:
Answering the Challenges to the Doctrine of Justification, ee., Gary L. W.
Johnson e Guy P. Waters (Wheaton, IL: Crossway, 2007), 13.
[153] Bruce L. McCormack em Justification: What’s at
Stake in the Current Debate?, 83.
[154] T. F. Torrance, Theology in Reconstruction
(London: SCM, 1965), 165.
[155] R. Albert Mohler, Jr., “Afterword: A Change in
the Audience, Not in the Drama,” em By Faith Alone: Answering the Challenges to
the Doctrine of Justification, ee., Gary L. W. Johnson & Guy P. Waters
(Wheaton, IL: Crossway, 2007) 207.
[156] Abraham Kuyper, The Work of the Holy Spirit
(Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1979, 1st 1900), 354, 355.
[157] Robert A. Sungenis, Not By Faith Alone: The
Biblical Evidence for the Catholic Doctrine of Justification (Goleta, CA:
Queenship Publishing Co., 1997), 299.
[158] Karl Barth, Church Dogmatics (Edinburgh: T &
T Clark, 1958), 4/2, 498.
[159] Karl Barth, Church Dogmatics (Edinburgh: T &
T Clark, 1961), 4/1, 626. Embora Barth escrevera esses
comentários em 1955 e 1953 respectivamente, eles ainda tem importância no
debate contemporâneo do ECT.
[160] Richard John Neuhaus, Evangelicals and Catholics
Together: Toward a Common Mission, ee. Charles Colson e Richard John Neuhaus
(Dallas, TX: Word, 1995), 216.
[161] Mark Saucy, “Evangelicals, Catholics, and
Orthodox Together: Is the Church the Extension of the Incarnation” em Journal
of the Evangelical Theological Society, June 2000 (43 #2), 193-212.
[162] T. F. Torrance, Conflict and Agreement in the
Church : Order and Disorder (London: Lutterworth, 1959) 1:106.
[163] Vatican II, 40
(1.3.20).
[164] Vatican II, 52
(1.3.27).
[165] Vatican II, 79
(1.7.43).
FONTE: http://estudosadventistas.com.br/o-debate-sobre-a-justificacao-pela-fe-evangelicos-e-catolicos/
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