Teologia

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

COMO ENFRENTAR A MORTE SEM MEDO?



Ricardo André

A maior certeza do ser humano é de que um dia ele vai morrer. É a única certeza que o homem não questiona. A certeza da morte, ligada à incerteza da sua hora é fonte de angústia durante toda a vida. O apóstolo Paulo afirmou que ela constitui o exorbitante preço do pecado. “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12, NVI). A morte atinge indiscriminadamente a todas as pessoas. Ricos ou pobres, sábios ou indoutos, potentados ou desvalidos, jovens ou idosos, todo no seu devido tempo são levados em seus braços frios e sinistros ao silêncio da sepultura. Querendo ou não um dia ela irá acontecer.

No dia 17 de julho de 2007, uma aeronave de passageiros  Airbus A320-233 da TAM, saiu do Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre, às 17h16 com destino ao Aeroporto de Congonhas em São Paulo. Já era noite quando a aeronave pousou na pista 35L, às 18h51, e ultrapassou o fim da pista do Aeroporto de Congonhas durante o pouso, vindo a chocar-se contra um depósito de cargas da própria TAM situado nas proximidades da cabeceira da pista 17R, no lado oposto da avenida Washington Luís que delimita o aeroporto. Todas as 187 pessoas que estavam no avião morreram na colisão com o prédio. Onze pessoas que trabalhavam no prédio da TAM Express e um taxista que estava no posto de gasolina ao lado morreram na colisão, totalizando a morte de 199 pessoas. Esse se tornou o maior acidente aéreo da América Latina.

Que noite horrível! Mais de uma centena de pessoas pegaram o voo 3054, porém não sabiam que aquela seria sua última noite! Pegaram o voo, provavelmente cheios de expectativa pelos momentos felizes que iam passar (...) porém acabaram na sepultura. Quão efêmera é a nossa vida! Quão rápidos passam nossos dias aqui na Terra!

Jesus descreve a conduta de um rico insensato que declarou: “E direi a mim mesmo: Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se’. ‘Contudo, Deus lhe disse: ‘Insensato! Esta mesma noite a sua vida lhe será exigida. Então, quem ficará com o que você preparou? ’” (Lucas 12:19,20, NVI). Ele poderia contar com muitos bens, mas não poderia contar com muitos anos, pois “Os anos de nossa vida chegam a setenta, ou a oitenta para os que têm mais vigor; entretanto, são anos difíceis e cheios de sofrimento, pois a vida passa depressa, e nós voamos!”, sentenciou Davi. (Salmos 90:10, NVI).

Essa efemeridade da vida é provada cada dia. Recordo, por exemplo, o ataque terrorista às Torres Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque (EUA), em 11 de setembro de 2011, coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios. Quase três mil pessoas morreram durante os ataques, incluindo os 227 civis e os 19 sequestradores a bordo dos aviões.

O grande herói da Fórmula 1, Ayrton Senna, citado na revista Veja, edição especial de 03/03/94, disse em outubro de 1991: “Eu sou feliz! Serei plenamente feliz, talvez, se chegar com sabedoria aos 60 anos. De qualquer forma, ainda tenho muita vida pela frente!” Que lástima que não chegou aos 60 anos como almejara! Morreu aos 34 anos. E nós? Que certeza temos que alcançaremos 60, 70 ou 80 anos de idade? Alguns conseguem até mais, porém, com dores, sofrimento... de um corpo que decai diariamente.

De acordo com a Palavra de Deus nossa vida é apenas um vapor, como a névoa que passa, como o orvalho da manhã que se dissipa com os raios do Sol (Jó 7:6-9). Nossa vida é tênue, frágil, é muito fugaz e veloz, como a neblina da manhã. O relógio eterno não para! Cada badalada significa um passo mais perto da eternidade. A pergunta de capital importância é: Uma vez que a morte é inevitável, como enfrentá-la sem medo?

No monte da Transfiguração, Jesus sabia que enfrentaria a morte e, como homem sujeito “aos mesmos sentimentos” nossos (Atos 14:15), anelava consolo humano. Tinha levado três dos Seus discípulos para deles receber conforto, mas estes se encontravam extremamente sonolentos. Assim, Deu, o Pai supriu a Sua necessidade, enviando Moisés e Elias para falar com Jesus acerca de sua morte e confortá-Lo (Lucas 9:28-35). Moisés enfrentou uma situação semelhante quando subiu sozinho o solitário monte Nebo, sabendo que ali morreria. O líder hebreu teria morte natural, mas Jesus enfrentaria seu destino às mãos dos líderes de Sua nação. Assim, o Pai acrescentou uma mensagem de ânimo vinda do Céu: “Este é o Meu Filho, o Escolhido; ouçam-No!” (v.35, NVI).

Mais de 50 anos depois, na solitária ilha de Patmos, Jesus apareceu a João como “o Filho do Homem” (Ap 1:13), conservando ainda a natureza humana, e assim identificando-Se com João. O discípulo deve ter-se emocionado muito. Ele não foi consolado por dois homens que tinham voltado à Terra, mas por um Deus-homem que proclamou: “(...)"Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último. Sou aquele que vive. Estive morto mas agora estou vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do Hades” (Apocalipse 1:17,18, NVI).

Caros amigos, todos nós podemos enfrentar a morte antes que Jesus volte. As palavras de Jesus: “Não temas (...) Sou Aquele que vive (...) Tenho as chaves da morte” são para cada um de nós. Porque Ele vive, nós também viveremos. A ressurreição de Jesus não é simplesmente a história de um escape temporário da morte e da sepultura. Jesus não viveu para morrer de novo. Sua proclamação sacode o mundo: “Eis que estou vivo pelos séculos dos séculos”; essa é a altissonante palavra de vitória definitiva de um Conquistador sobre a morte. A obra da morte terá um termo; sua história um ponto final. Será finalmente destruída no último dia (I Co 15:26 e 27). Como Cristo, o Deus-homem vivo, venceu a sepultura, nós podemos enfrentar a morte destemidamente! Ele nos dará um dia a vida eterna (Ap 21:1-4). “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna” (João 2:25).

Recebemos a esperança de Vida Eterna quando reconhecemos e aceitamos  a Jesus como Senhor e Salvador de nossas vidas (João 17:3) e passamos a viver “em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tito 1.2).

Creia e receba a Vida Eterna em Jesus!

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