Ricardo
André
Depois da criação da
Terra e do homem, Deus escolheu um lugar apropriado para Adão morar. “Ora,
o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, para os lados do leste; e ali
colocou o homem que formara” (Gênesis 2:8). O local, chamado Éden,
ficava numa planície paradisíaca, na mais linda entre as lindas regiões da
Terra. Foi nesse lugar que Deus formou um jardim extraordinariamente belo, com
graciosos arbustos e flores com os mais variados matizes, cujos perfumes
impregnavam todo aquele ambiente encantador. Também havia árvores frutíferas e
ornamentais de todas as espécies.
O Jardim do Éden foi
plantado próximo à nascente de um rio, que se dividia em quatro braços. Que
cenário deveria ser aquele! Relva verde, flores em abundância, árvores
frondosas, água cristalina e pura que nascia ali mesmo, ar saudável sem
poluição, céu azul e, acima de tudo, a presença de Deus!
Observe a descrição a
descrição de Ellen G. White: Aquele lar, embelezado pela mão do próprio
Deus, não era um suntuoso palácio. [...] Deus colocou Adão em um jardim. Esta
era a sua morada. O céu azul era a sua cúpula; a terra, com suas delicadas
flores e tapete de relva viva, era o seu pavimento; os ramos folhudos das
árvores eram o seu teto. De suas paredes pendiam os mais magnificentes adornos –
a obra do grande e magistral Artífice” (Patriarcas e Profetas, p. 49).
No Jardim do Éden
ocorreram alguns acontecimentos marcantes para a história da humanidade. Foi
nesse jardim que Deus fez a mulher e realizou o primeiro casamento (Gn 2:21-24).
Nele Adão e Eva, com a presença de Deus, guardaram o primeiro sábado. Foi ali
que Adão e Eva pecaram (Gn 3). Nesse jardim, onde tudo era perfeito, a terra
foi manchada pela primeira vez com sangue de inocentes cordeirinhos, cujas
peles foram usadas para fazer as vestes de Adão e Eva (Gn 3:21). Ali mesmo, pela
primeira vez, Deus apresentou ao homem as bases do Plano da Redenção e a
promessa de um Redentor (Gn 3:15).
Onde
Estava Localizado o Éden?
A localização exata do
Jardim do Éden é incerta. O principal meio de se identificar sua localização
geográfica é a descrição bíblica do rio que nascia e “que irrigava o jardim, e depois
se dividia em quatro” (Gênesis 2:10), resultando nos rios chamados
Pisom, Giom, Tigre e Eufrates (Gn 2:10-14).
Pelo fato dos rios
Tigre e Eufrates serem conhecidos, alguns estudiosos da Bíblia, tais como João
Clavino e Delitzsch, têm argumentado em favor da localização do Éden em alguma
parte perto da cabeceira do Golfo Pérsico, na Mesopotâmia inferior (atual
Iraque), aproximadamente no lugar em que o Tigre e o Eufrates se aproximam um
do outro. Eles tem associado o Pison e o Giom com canais entre estes rios. Outros
há muito têm sugerido a localização do éden como tendo sido na região
montanhosa a uns 225 km ao Sudoeste do monte Ararate e a poucos quilômetros ao
Sul do lago Van, na parte oriental da moderna Turquia.
“Após o Dilúvio, os
sobreviventes (Noé e sua família) se mudaram para a planície de Sinar
(Suméria/Babilônia) onde se encontram os atuais rios denominados Tigre e
Eufrates. Deste modo, percebe-se claramente que não se tratam dos mesmos rios
que fluíam no Jardim. Os rios atuais correm acima das camadas de rocha
depositadas no Dilúvio, que contém bilhões de seres mortos (pelo Dilúvio). Os
nomes destes rios foram provavelmente adotados dos rios originais
pré-diluvianos, do mesmo modo que os pioneiros das Ilhas Britânicas aplicaram
nomes de lugares familiares na colonização da América e Austrália, seu “novo
mundo”.
Note também que a
Bíblia menciona um rio se tornando em quatro braços, dos quais apenas dois são
chamados de Tigre e Eufrates. Não é esta a geografia que encontramos no Oriente
Médio atual” (http://www.christiananswers.net/portuguese/q-aig/garden-of-eden-loc-p.html).
Segundo o Comentário Bíblico Adventista do Sétimo
Dia, “a localização do Éden é
desconhecida. O dilúvio alterou de tal forma as características físicas da
Terra, que se tornou impossível a identificação atual de locais existentes
antes dessa catástrofe” (Vol 1, p. 206). Indubitavelmente, as águas avolumantes
do Dilúvio, alterou em muito os aspectos topográficos da Terra,
impossibilitando o homem fazer a sua localização exata.
Onde
se encontra hoje o Jardim do Éden?
Após a queda no pecado,
nossos primeiros pais foram expulsos do Jardim Éden (Gn 3:22-24). Foi motivo de
muita tristeza e lágrimas terem que deixar o lar edênico e partir para o
desconhecido. Tendo sido desobedientes a Deus não atendendo às Suas instruções,
não mais teriam o direito de morar no Paraíso. Assim, “com humildade e indizível tristeza
despediram-se de seu belo lar, e saíram para habitar a Terra, onde repousava a
maldição do pecado” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 6).
Por aproximadamente 1
500 anos, portanto, até a ocasião do Dilúvio, o Jardim do éden permaneceu na
Terra “intacto da maldição do pecado”. Enquanto do lado de fora do Jardim a
Terra já estava experimentando as consequências da desobediência dos nossos primeiros
pais, do lado de dentro não se viam os efeitos do pecado. Era um pedacinho do
Céu na Terra. A natureza continuava tão bela e perfeita como quando fora criado
e o Jardim do Éden, agora sem hóspedes, continuava apresentando toda a
perfeição extraordinária beleza quando fora plantado, como se não tivesse
acontecido. A árvore da vida continuava no mesmo lugar; e a glória divina se
revelava entre os querubins à porta do Paraíso. Deus permitiu que os
descendentes de Adão e Eva fizessem do local próximo da entrada e, sob a vista
dos anjos, um ponto de encontro para adoração a Deus. “Para ali iam Adão e seus filhos
a fim de adorarem a Deus. Ali renovaram seus votos de obediência àquela lei
cuja transgressão os havia banido do Éden” (Ibidem, p. 62).
O Jardim do Éden foi,
por séculos, o único lugar da Terra em que o pecado não deixou marcas. Era um
oásis sem pecado, em meio a um planeta contaminado pelos resultados da
desobediência dos nossos primeiros pais. “O Jardim do Éden permaneceu na Terra por
muito tempo depois que o homem fora expulso de seus agradáveis caminhos. Quando
a onda de iniquidade se propagou pelo mundo, e a impiedade dos homens
determinou a sua destruição por meio de um dilúvio de água, a mão que plantara
o Éden o retirou da Terra. Mas, na restauração final de todas as coisas, quando
houver ‘novo céu e nova Terra’, será restabelecido, mais gloriosamente adornado
do que no princípio.
“Então, [...] através
de infindáveis séculos, os habitantes dos mundos que não pecaram contemplarão
no jardim de delícias um modelo da obra perfeita da criação de Deus, sem
qualquer sinal da maldição do pecado – modelo do que teria sido a Terra inteira
se tão-somente houvesse o homem cumprido o plano glorioso do Criador” (Ellen G.
White, Patriarcas e Profetas, p. 62).
Com que esmero Deus
está cuidando desse jardim que foi levado para o Céu, transplantado com Suas
próprias mãos! Ele o está preparando para a nossa chegada! O Senhor prometeu ao
Seu povo, através do profeta Isaías: “(...) Ele tornará seus desertos como o
Éden, seus ermos, como o jardim do Senhor. Alegria e contentamento serão
achados nela, ações de graças e o som de canções” (Isaías 51:3). Neste
texto Deus prometeu restaurar o Éden perdido pelos nossos primeiros pais. Tudo
o que se perdeu será restaurado. Este é o lar longamente esperado
pelo homem; perdido pelo pecado, mas recuperado pela graça. “O
primeiro domínio” (Mq 4:8) será restaurado e devolvido à família humana
quando Deus fizer novas todas as coisas depois do Milênio apocalíptico (Ap
21:1-5). Ele prometeu que haverá uma “restauração de tudo” (At
3:21). A Nova Jerusalém será a capital do Éden restaurado. A Nova Jerusalém estará
situada nesta Terra. O governo de Deus será também transferido para a Nova
Terra – transformada em sua beleza e perfeição originais. Deus habitará com os
salvos e será o seu Deus.
No Paraíso Restaurado
por Deus, os remidos “edificarão casas, e nelas habitarão;
plantarão vinhas, e comerão o seu frutos. Não edificarão para que outros
habitem; não plantarão para que outros comam; porque a longividade do Meu povo
será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão de todas as obras das suas
próprias mãos” (Is. 65:21,22). A vida dos eleitos de
Deus será tão real como é a nossa no mundo presente. Ali compreenderemos os
grandes e insondáveis mistérios da redenção.
“Ali mentes imortais
contemplarão, com deleite que jamais se fatigará, as maravilhas do poder
criador, os mistérios do amor que redime. Ali os mais grandiosos
empreendimentos poderão ser levados avante, alcançadas as mais elevadas
aspirações, as mais altas ambições realizadas; e surgirão novas alturas a
atingir, novas maravilhas a admirar, novas verdades a compreender, novos
objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da alma e do corpo” (Ellen G.
White, O Grande Conflito, p. 677).
Uma das grandes
alegrias da nova forma de vida é que a velha vida, com todas as suas tristezas
e desapontamentos, será inteiramente esquecida (Is 65:17). A morte será abolida
para sempre, mesmo no reino animal.
Tudo será paz. Não
haverá necessidade de lágrimas, pois não mais haverá morte, tristeza, pronto ou
dor. A vida como a conhecemos agora será banida para sempre. “E
Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto,
nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Ap 21:4).
A maior das alegrias
dos cristãos que viveram para Cristo nesta vida será ver face a face Aquele por
quem trabalharam e viveram. O Apocalipse diz que os remidos “CONTEMPLARÃO
A SUA FACE, e na sua fronte está o nome dEle”. (22:4). Quantas coisas
maravilhosas e fantásticas nos aguardam no perfeito e encantador Mundo de
Amanhã, na “Terra Renovada”!
Caro amigo leitor, você
e eu poderemos estar lá, pelos méritos de Cristo! Está você disposto a receber
a Cristo como seu Salvador do pecado?
Tenho grande prazer na palavra de Deus
ResponderExcluirJesus meu único Salvador!
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