Teologia

domingo, 16 de junho de 2019

ADÃO E EVA - LIÇÕES DE UMA VELHA HISTÓRIA


Dragolasva e Aleksandar S. Santrac*

O ideal divino de que ninguém tem direito a privilégios únicos e à superioridade sobre os outros deve triunfar na igreja de Deus como uma vibrante demonstração da Sua vontade para com a humanidade.

Adão e Eva são personagens bíblicos de imensa complexidade e significado. Não só a humanidade traça sua origem de volta a eles, mas também compartilha um destino coletivo, marcado pelo pecado e suas consequências que são diretamente resultantes de sua desobediência inicial. Adão e Eva figuram de forma proeminente nos quatro primeiros capítulos de Gênesis, mas os ecos de sua existência são ouvidos ao longo de toda a Bíblia (ver, por exemplo, 1 Crônicas 1:1, Romanos 5:14 e 2 Coríntios 11:3). Lembrar sua história dentro dos moldes bíblicos nos ajudará a viver nosso presente de maneira mais significativa.

IMAGEM DIVINA E DESCENDÊNCIA TERRENA

Adão (em hebraico, ’adam) é tanto o nome próprio do primeiro homem (Gênesis 2:20) como uma designação para a humanidade (Gênesis 5:2; 7:21). Deus mesmo deu esse nome a Adão e Eva: “Deus os criou homem e mulher, e os abençoou, e lhes deu o nome de ‘humanidade’” (Gênesis 5:2 - NTLH). Adão é identificado com toda a humanidade, e não com qualquer nacionalidade ou raça em particular. O país de onde o pó foi tomado não é indicado. Os rabinos acreditavam que tenha sido de toda a Terra para que ninguém pudesse dizer: “Meu pai é maior que o seu.”1 A mesma noção genérica é preservada no nome da primeira mulher. A forma hebraica do nome Eva (khawwah) está relacionada ao verbo khayah (“viver”), para descrever Eva como “a mãe de toda a humanidade” (Gênesis 3:20). O relato da criação bíblica destaca a verdade de que todos os seres humanos têm antepassados comuns e são irmãos e irmãs.

Embora o primeiro casal humano tenha sido criado no sexto dia da semana da criação, juntamente com as criaturas da Terra (Gênesis 1:24-31), a criação da humanidade é separada dos atos anteriores da criação por uma série de contrastes sutis. Primeiro, a criação de Adão e Eva é introduzida pelo usual “Então disse Deus” (v. 26). No entanto, a ordem de Deus que se segue não é um impessoal “Haja”, como em outras instâncias (v. 3, 6, 14), mas sim o mais pessoal “Façamos […]”. Segundo, enquanto outras criaturas foram criadas “de acordo com suas (delas) espécies” (v. 11, 12, 21, 24, 25), o homem e a mulher foram feitos à imagem de Deus.

Terceiro, a criação da humanidade é especificamente observada como uma criação de “homem e mulher”, uma característica não enfatizada para outras formas de vida. Em quarto lugar, apenas aos seres humanos é dado o domínio na criação de Deus. Esse domínio é expressamente referido como sendo sobre todas as criaturas vivas no céu, no mar e na terra, mas não sobre os semelhantes (v. 28).2 Sua alimentação especial também fala de seres humanos como criaturas diferenciadas do restante da criação (v. 29, 30).

A diferença marcantemente superior da humanidade está relacionada ao fato de que somente o casal, em toda a criação na Terra, traz em si a imagem de Deus, que revela a “semelhança” exclusiva entre a humanidade e seu Criador. A imagem de Deus coloca em evidência a natureza incomparável e o valor infinito dos seres humanos, possibilitando o seu relacionamento especial com Deus, que envolve intimidade e responsabilidade moral. Gênesis 1:26 emprega dois termos hebraicos: tselem (imagem) e demut (semelhança), que derivam do vocabulário régio que elevou o rei acima do povo comum na Mesopotâmia e no Egito. Na Bíblia, todos os seres humanos, e não apenas os reis, trazem “a imagem de Deus”. Cada pessoa traz consigo o selo da realeza! Como tal, os seres humanos têm o privilégio de governar sobre a natureza. Ao contrário das crenças comuns do passado, de que as forças da natureza são divindades que podem manter a raça humana debaixo da escravidão, o texto bíblico declara que os seres humanos são agentes livres, que têm o direito, conferido por Deus, de controlar a natureza. No entanto, os seres humanos não possuem poder e autoridade irrestritos; os limites de seu governo são cuidadosamente definidos e circunscritos pela lei divina, de modo que os privilégios que lhes foram dados sejam exercidos com responsabilidade e dos quais devem dar conta (Gênesis 2:15-17).3 O Jardim do Éden é retratado como o primeiro santuário na Terra, e Adão e Eva os seus sacerdotes ali colocados para servirem Deus.4 Por serem criados à imagem de Deus, os seres humanos deveriam viver como agentes e testemunhas da Sua presença na Terra, e dela cuidarem.

O retrato glorioso da humanidade como tendo “a imagem de Deus”, em Gênesis 1, está ligado a uma origem mais baixa, a saber, o pó da terra (Gênesis 2:7). O jogo de palavras no hebraico, entre ‘adam (homem) e ‘adamah (terra) exprime uma mensagem significativa: os seres humanos são criaturas ligadas à Terra. No entanto, o caráter distintivo e aprimorado da humanidade é preservado nas imagens de forte intimidade. A palavra formado (em hebraico, yatsar) sugere o trabalho cuidadoso de um oleiro fazendo uma delicada obra de arte. Nas narinas dessa escultura de barro, Deus soprou o fôlego da vida, transformando aquela escultura humilde em um ser vivente.5 A imagem retrata a afeição que há entre Deus e a humanidade, não compartilhada por outras criaturas. A notável intimidade que há entre Deus e a humanidade é revelada também na extraordinária criação da mulher (Gênesis 2:18-22), na promessa da redenção oferecida por Deus (3:15) e, mais tarde, no retrato de Deus como nosso Pai celestial e Seu amor em Jesus Cristo.6 Os seres humanos têm que viver com a consciência de que, embora sejam criaturas especiais, feitas à imagem de Deus, não são seres divinos, mas sim criaturas terrenas. Somente quando esses dois aspectos forem devidamente compreendidos e vividos é que o ser humano será feliz.

DOIS QUE SE TORNAM UM

O relato da feliz criação é inesperadamente interrompido pela primeira afirmação negativa na Bíblia: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18). Essa declaração antecede a criação da mulher, depois da qual Deus proclamara que tudo era muito bom (Gênesis 1:31). A ideia da solidão do homem é digna de nota. Pode-se perguntar por que Deus demorou para criar a mulher e por que o homem se sentiu sozinho, quando Deus estava lá. A demora foi deliberada. Deus deixou Adão experimentar sua própria singularidade, solidão e incompletude que não poderiam ser satisfeitas por nada no mundo. Era um desejo ardente por “uma ajudadora que lhe fosse idônea” (Gênesis 2:20 – ARA).

A criação da mulher, a partir da costela do homem, revela a estreita ligação que há entre eles e estabelece as bases para a compreensão do casamento no verso 24. “A relação da mulher com a ‘costela’ não a obriga a maior subordinação do que a criação do homem, a partir do pó da terra, implica sua subordinação a ele.”7 Ellen White escreveu: “Eva foi criada de uma costela tirada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado como igual, e ser amada e protegida por ele.”8 Noção semelhante é transmitida na descrição da mulher como “uma ajudadora” (Gênesis 2:18, 20). A palavra hebraica ezer (ajudante) descreve “aquele que possui o desejo e a habilidade ou capacidade de ajudar ao outro, um parceiro”.9 É usada geralmente para descrever Deus como um Ajudador (Salmo 30:10; 54: 4; 121:1, 2; 146: 5) e, portanto, não tem conotações depreciativas.

Ao trazer a mulher para o homem, Deus desempenhou o papel de um oficiante de casamento (Gênesis 2:22). Ele abençoou Adão e Eva para que fossem férteis e se multiplicassem; e, dessa forma, a intimidade sexual entre marido e mulher é vista como algo bom e desejável (Gênesis 1:28, 2:25). “A nudez traz consigo uma abertura e vulnerabilidade tanto física como psicológica”10 que são pré-requisitos para a compaixão, confiança e compreensão. Enquanto a harmonia com Deus é mantida, a inocência e a dignidade da sexualidade são preservadas.

A exclusividade da relação conjugal é crucial. O homem deve deixar seu pai e sua mãe e unir-se à sua esposa (Gênesis 2:24). A relação conjugal, portanto, tem precedência sobre os laços com os pais. A devoção primária do marido é para com sua esposa, com quem constrói uma relação única de intimidade e fidelidade sem precedentes. A palavra junção (hebraico, dabaq) descreve intensa afeição e lealdade. Muitas vezes, retrata o desejo e o compromisso para com Deus (Deuteronômio 10:20; 11:22; 13:4; 30:20), e as coisas físicas se aderem umas às outras, especialmente as partes do corpo (Jó 19:20; 23).11 O marido deve se unir à sua esposa tão profundamente como a pele se adere ao músculo em um corpo. Assim, eles se tornam “uma só carne” (Gênesis 2:24), o que implica mais do que a unidade sexual. Sua unidade física, emocional, espiritual e mental foi antecipada na criação de Eva, a partir do corpo de Adão (v. 23). De acordo com a interpretação rabínica, o sentido do verso 24 é de que os homens devem ser diferentes dos machos do mundo animal, que se acasalam e depois seguem seu caminho. Um homem deseja que sua esposa esteja sempre com ele. Promiscuidade é, portanto, a degradação do propósito de Deus para a humanidade. Embora a poligamia seja vista no Antigo Testamento, o verso 24 indica que o ideal é a monogamia heterossexual.12
A relação de Adão e Eva como marido e mulher envolve uma equação única: eles são simultaneamente dois e um. Curiosamente, a palavra hebraica que descreve Adão e Eva como “um” (‘ekhad) retrata também a “unicidade” da Divindade (Deuteronômio 6:4), sugerindo que o vínculo entre marido e mulher é misterioso e profundo. Dois seres distintos estão unidos, preservando sua personalidade separadamente. Esse ponto de vista reconhece as semelhanças e diferenças entre eles como uma unidade, e salienta a igualdade do homem e da mulher na sua posição perante Deus e na sua relação uns com os outros e com o restante da criação.

A QUEDA

Deus criou os seres humanos como agentes livres. Infelizmente, a desobediência de Adão e Eva quebrou o potencial para o bem que há no do dom do livre-arbítrio. Gênesis 3 prepara o cenário para a situação moral da humanidade. Adão gerou filhos à sua própria semelhança, o que envolveu então a propensão para o pecado (Gênesis 5:3, Romanos 5:12).

O relacionamento da humanidade com Deus foi mantido pela confiança e obediência a Ele (Gênesis 2:16, 17). Assim, quando o tentador prometeu liberdade para se tornarem como Deus, Adão e Eva desejaram ultrapassar os limites de criaturas que eram. “Bom e mau” deveriam ser entendidos como “partes indiferenciadas” de uma totalidade, um merismo que significa “tudo”.13 “Os olhos abertos” (Gênesis 3:5, 7) sugerem o acesso a reinos e possibilidades ocultos (Gênesis 21:19; Números 24:16, 2 Reis 6:17, 20). “O conhecimento do bem e do mal é entendido como o conhecimento divino, ou seja, o conhecimento próprio de Deus.”14 No coração de toda tentação reside a negação da dependência de Deus, cegada por vantagens aparentes que se manifestam como se estivessem faltando no domínio de Deus (Mateus 4:1-11, Tiago 1:13, 14).

Contudo, o pecado inverte as bênçãos de Deus. A pureza é substituída pela culpa (Gênesis 2:25, 3:7), a alegria de comungar com Deus pelo medo e a vergonha (3:8-10), as relações harmoniosas pelas acusações e maus tratos (2:22-24; 3:12, 16), a bênção da procriação pela dor (1:28, 3:16), o governar da natureza pela luta constante (1:28; 3:17-19) e a vida eterna pelo retorno ao pó (3:19). Adão e Eva experimentaram o julgamento imediato ao serem separados de Deus, quando foram expulsos do Jardim do Éden (Gênesis 3:23, 24).

O fato de não terem morrido imediatamente15 demonstra que o plano de salvação de Deus “foi predestinado antes da fundação do mundo” (1 Pedro 1:20, ver também Apocalipse 13:8). Em Sua imensa sabedoria e amor, Deus assegurou que a humanidade nunca seria deixada sem esperança. A promessa de Deus de que a semente da mulher ia esmagar a cabeça da serpente é a primeira predição messiânica (Gênesis 3:15). A salvação da humanidade repousa sobre a iniciativa e a graça de Deus, e não sobre as obras humanas: Deus buscou Adão e Eva (v. 9). Os animais sacrificados, que forneceram roupas para cobri-los, morreram em seu lugar (v. 21). Aqui está o primeiro exemplo bíblico de superioridade e suficiência da justiça pela fé nos méritos do sacrifício de Cristo e da futilidade de depositar em obras humanas a garantia de uma nova vida.

SENHORIO E SUBMISSÃO?

Gênesis 3:16 desempenha um papel significativo nos debates teológicos, com relação às questões de gênero, porque parece dizer que Deus desejava que Adão governasse Eva como seu superior, depois da Queda. O texto representa uma maldição de Deus sobre Eva?

É importante perceber que o trato divino para com a mulher é o único que não contém a palavra maldição, ao contrário dos tratamentos divinos para com a serpente e para com o homem (Gênesis 3:14, 17). O contexto imediato e as estreitas conexões literárias sugerem que Gênesis 3:16 deve ser lido à luz do verso 15. Ambos os versículos têm o motivo do nascimento e devem ser colocados sob a perspectiva da salvação: é através do processo encarnacional de dar à luz o Messias, a semente da “mulher”, que Deus prevalecerá sobre o mal e salvará a humanidade. Deve-se notar também que a noção de subordinação das mulheres aos homens nunca foi mencionada ou esteve implícita antes desse texto e, portanto, não fazia parte do plano de Deus.16 Entre os primeiros efeitos do pecado estava a harmonia entre Adão e Eva, que foi quebrada, e infectou toda a humanidade (Gênesis 3:7, 12, 16). As ações viciosas, como a decisão do mais forte sobre o mais fraco e a discriminação, podem estar ligadas à violação aberta do plano original de Deus para a humanidade.

É significativo que, em Gênesis, o homem e a mulher sejam primeiramente definidos não por seu gênero, mas pelo fato de serem ambos criados à imagem de Deus (Gênesis 1:26, 27). Gênesis 1:27 afirma duas vezes que a humanidade foi criada à imagem de Deus, e então que a humanidade foi criada “masculina e feminina”. A pluralidade divina em “Façamos [...]” (Gênesis 1:26) parece antecipar a pluralidade humana do homem e da mulher (v. 27).

A criação da humanidade como homem e mulher é um aspecto da imagem de Deus, “lançando assim a relação humana entre o homem e a mulher no papel de refletir a relação pessoal de Deus consigo mesmo”.17 Significativamente, após a Queda, a linguagem de Gênesis 1:26, 27 é repetida em Gênesis 5:1, 2, para enfatizar que o plano original de Deus não havia sido alterado. Em Gênesis 5:2, tanto Adão como Eva são chamados, em hebraico, de ‘adam (Humanidade, NTLH), mostrando que tanto o homem como a mulher são considerados iguais, pois ambos carregam a imagem de Deus.

Observe a percepção singular de Paulo nessa unicidade e igualdade entre o homem e a mulher. Em Efésios 5:22, 25 e 33, ele discute a relação entre marido e mulher à luz do verso 1: “Portanto, sejam imitadores de Deus como filhos amados.” O matrimônio de um casal devotado deve refletir a perfeita harmonia que existe na Santíssima Trindade. Notavelmente, o mesmo termo hebraico (‘ekhad) descreve tanto a unidade entre o marido e a esposa, quanto a unidade dentro da Divindade (Gênesis 2:24; Deuteronômio 6:4). Efésios 5:21 e 31 fornecem outro contexto para o casamento: “sujeitem-se uns aos outros por temor a Cristo”, e “os dois se tornarão uma só carne”. Além disso, a imagem do matrimônio elucida a devoção mútua que há entre Cristo e Sua igreja (v. 32, 33).

A harmonia entre Jesus e Seu Pai deve ser refletida também na unidade dos crentes que são descritos como “um corpo” (1 Coríntios 10:17; 12:12) e são chamados a ser “um, assim como Nós somos um” (João 17:22). “Um corpo” e “que eles possam ser um” ecoam o padrão edênico (Gênesis 2:24). O ideal divino de que ninguém tem direito a privilégios únicos e à superioridade sobre os outros deve triunfar na igreja de Deus como uma demonstração vibrante da Sua vontade para com a humanidade (Lucas 22:26, Gálatas 3:28 e Colossenses 3:11). O ideal divino não só impede a discriminação de gênero, mas também todo tipo de maltrato e opressão, incluindo, por exemplo, a escravidão e o racismo. Jesus apela ao Seu povo para que aceite a vontade divina que foi revelada “desde o princípio”, e não “à dureza” do coração pecaminoso (Mateus 19:8).

O SEGUNDO ADÃO

Jesus é considerado o segundo Adão porque Ele, em Sua encarnação, viveu a vida perfeita que era esperada que Adão vivesse na sua criação, mas não conseguiu fazê-lo. Jesus, em Sua humanidade, refletiu perfeitamente a imagem de Deus na Terra (João 12:45, 2 Coríntios 4: 4, Colossenses 1:15, Filipenses 2:6-9). Jesus passou no teste de Satanás (Mateus 4:1-11) e nunca Se afastou da vontade de Deus (João 17:4; 14:9). Aqueles que crêem em Jesus são renovados para viver à imagem de Cristo (2 Coríntios 3:18, Gálatas 2:20, 1 João 3:2, 3).

A obra da redenção propiciada por Jesus é contrastada com a obra da apostasia de Adão (1 Coríntios 15:22, Romanos 5:12-21). Pelo pecado do primeiro Adão, a condenação, o juízo e a morte entraram no mundo, mas, através da vida justa do segundo Adão e de Sua morte sacrificial, o dom da graça, a justificação, a justiça e a vida eterna são oferecidos à humanidade. A obra redentora do segundo Adão resultará na renovação do relacionamento com Deus, na comunhão entre as pessoas e no mundo natural. No entanto, Jesus não restaurará simplesmente todas as bênçãos oferecidas por Deus, mas as fará transbordar abundantemente (Romanos 5:15, 8:19-23, Apocalipse 22).

*Dragoslava Santrac, PhD pela Universidade North-West, África do Sul; MA, pela Universidade Andrews, Berrien Springs, Michigan, EUA, é professora adjunta na Faculdade de Teologia da Universidade Adventista de Washington, Takoma Park, Maryland, EUA.

*Aleksandar S. Santrac, DPhil pela Universidade de Belgrado, Sérvia; PhD pela Universidade North-West, África do Sul, é professor de Ética, Religião e Filosofia, e também Presidente do Departamento de Religião da Universidade Adventista de Washington.

Citação Recomendada

Dragoslava e Aleksandar S. Santrac, "Adão e Eva: Lições de uma velha história," Diálogo 29:2 (2017): 15-19

NOTAS E REFERÊNCIAS

1. Paul Ferguson, “Adam”, Evangelical Dictionary of Biblical Theology (Grand Rapids, Mich.: Baker Academic, 1996), p. 10.

2. John H. Sailhamer, The Pentateuch as Narrative: A Biblical Theological Commentary (Grand Rapids, Mich.: Zondervan, 1992), p. 94, 95.

3. Nahum M. Sarna, “תישׁרב Genesis”, The JPS Torah Commentary (Philadelphia: Jewish Publication Society, 1989), p. 12, 13.

4. Por exemplo, as palavras hebraicas usadas para descrever o tra-balho de Adão e Eva no jardim, em Gênesis 2:15, (’abad e shamar) descrevem mais tarde o trabalho dos sacerdotes (Números 3:7, 8; 8:26; 18:5, 6). Éden era o lugar da presença divina (Gênesis 3:8; 4:16), exatamente como o santuário (Levítico 26:11, 12) (ver tam-bém Richard M. Davidson, “Earth’s First Sanctuary: Genesis 1-3 and Parallel Creation Accounts”, Andrews University Seminary Studies 53:1 [2015]: 65-89: 5. http://www.academia.edu/19984914/Earths_ First_Sanctuary_Genesis_1-3_and_Parallel_Creation_Accounts.)

5. O homem não recebeu uma alma imortal; ele tornou-se alma viven-te quando recebeu o fôlego de vida e começou a respirar (Gênesis 2:7). Os animais têm o mesmo sopro de vida (Eclesiastes 3:19-21). Somente Deus tem a imortalidade incondicional (1 Timóteo 6:16)

6. Ver Deuteronômio 1:30, 31; Salmo 27:10; 68:5; 89:26; 103:13; Isaías 49:15; 66:12, 13; Mateus 6:9; Efésios 1:6-10; e 1 João 3:1.

7. T. E. Fretheim, “The Book of Genesis,” The New Interpreter’s Bible, volume 12 (Nashville: Abingdon, 1994), 1:352.

8. Ellen G. White, Patriarcas e Profetas (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1995), p. 18.

9. R. G. Branch, “Eve”, Dictionary of the Old Testament: Pentateuch (Downers Grove, Ill.: InterVarsity, 2003), p. 241.

10. Ibid.

11. Earl S. Kalland, “קבד (dabaq), cleave, cling”, Theological Wordbook of the Old Testament (Chicago: Moody Publishers, 1980), 1:177, 178.

12. The Jewish Study Bible, Adele Berlin & Marc Zvi Brettler, eds. (New York: Gráfica da Universidade Oxford, 2004), p. 16.

13. Sarna, “תישׁרב Genesis”, p. 19.

14. Claus Westermann, Genesis 1-11, A Continental Commentary (Mineápolis: Gráfica Fortress, 1994), p. 243.

15. A Bíblia faz distinção entre “a primeira morte”, um “sono” temporário até a segunda vinda de Cristo, ou o julgamento final (João 11:11-14, 23, 24; Apocalipse 20:6), e “a segunda morte”, que é o salário do pecado, levando à cessação da existência para aqueles que rejeitam o dom divino da salvação (Apocalipse 20:14, 15; 21:8).

16. Jacques B. Doukhan, “Genesis”, Seventh-day Adventist International Commentary, Jacques B. Doukhan, ed. (Boise, Idaho: Pacific Press, 2016), p. 104, 105.

17. Sailhamer, The Pentateuch as Narrative, p. 96.



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