PRISIONEIROS DA ESPERANÇA: A ESPERANÇA QUE NOS SUSTÉM NA RECONSTRUÇÃO DA VIDA
Ricardo André
Texto
base: “Voltem à sua fortaleza, ó prisioneiros da
esperança; pois hoje mesmo anuncio que restaurarei tudo em dobro para vocês” (Zacarias
9:12, NVI).
INTRODUÇÃO
Todos nós vivemos, em
algum momento, períodos de ruína - perdas emocionais, perda de um ente querido,
de um trabalho, fracassos, lutas espirituais, crises familiares, desgaste da
fé. A vida humana tem seus escombros, e há dias em que o coração se sente
cansado demais para continuar construindo.
Muitos agora estão
sofrendo uma desilusão ou uma grande decepção. Esta é uma experiência assaz
comum da existência humana, a qual causa muito sofrimento. Raramente
encontramos pessoas que não tenham passado por esses momentos dolorosos. Até
porque a vida nem sempre toma o curso que queremos. E muitas vezes nos sentimos
frustrados com o resultado das situações. Esse sentimento vem à tona quando,
por exemplo, não passamos num concurso, quando o casamento está aparentemente
condenado ao colapso, quando ocorre o término de uma relação amorosa, quando
ocorre um fracasso profissional e financeiro, quando se é acometido por uma
doença debilitante, quando não se alcança um objetivo, enfim.
Sempre existe um “dia
da decepção ou da frustração” para cada um. Enquanto vivermos neste mundo de
dor e tristeza, mais cedo ou mais tarde haverá um momento em que, literalmente,
você não saberá o que fazer nem aonde ir.
Outras pessoas sofrem
com o sentimento de culpa, vergonha e lembrança de erros graves cometidos no
passado.
Por conta dessas
circunstâncias difíceis e desanimadoras muitos se sentem “aprisionados” pelos
medos, traumas, culpas, perdas e realidades que não conseguem mudar. Foi
exatamente para um povo cansado e em processo de reconstrução que Deus falou
através do profeta Zacarias. Num tempo de incertezas, Ele ofereceu esperança, e não uma esperança teórica,
mas uma esperança que sustenta.
Em meio ao medo, a dor,
ao sofrimento e ao pecado, que aprisionam as pessoas, o profeta Zacarias anuncia
uma verdade surpreendente: há um tipo de prisão que traz vida - ser prisioneiro da esperança. Não
presos pelo medo, mas cativos da promessa divina e sustentados pela fé enquanto
reconstruímos a vida.
I.
CONTEXTO HISTÓRICO DE ZACARIAS - UM
POVO ENTRE RUÍNAS
Zacarias iniciou seu
ministério profético “por volta de novembro de 520 a. C.”, ou seja, quase “20
anos depois do regresso dos judeus do exílio” babilônico (Comentário Bíblico Andrews [CPB, 2025], v. 2, p. 871). Uma vez que
eles que haviam acabado de voltar, não eram eles livres? Do ponto de vista do
mundo, a situação que os judeus enfrentavam naquele momento era bastante
desesperadora, pois a cidade estava em ruínas, refletindo a devastação deixada
pela conquista babilônica em 586 a.C.; o Templo de Salomão, o centro da
adoração e da presença de Deus ainda não tinha sido reconstruído; a economia
estava fragilizada, exigindo um esforço monumental de
reconstrução material, que é o foco dos livros bíblicos de Esdras e Neemias.; a
fé do povo estava abalada, a esperança nas promessas divinas
precisava ser revitalizada, um trabalho que coube aos profetas pós-exílicos
como Ageu e Zacarias, que incentivaram a reconstrução espiritual e física.; e muitos
se sentiam derrotados e sem futuro.
Era um momento de
reconstrução, mas também de desânimo. “Os exilados que retornaram se viam como
prisioneiros das circunstâncias, mas Deus lhes assegura que há esperança de
livramento, caso eles diligentemente obedeçam à Sua voz” (Comentário Bíblico Adventista [CPB, 2013], v. 4, p. 1217). Não era
fácil reconstruir depois de tanta perda.
É nesse cenário que
Deus, através de Zacarias, fala palavras de renovo, restauração e esperança.
Portanto, Zacarias 9:12
é um apelo divino para um povo cansado, ferido e desencorajado. A
mensagem de Deus para eles era: “Voltem à fortaleza, ó prisioneiros da esperança...” Esta é uma metáfora poderosa.
Significa que, embora as pessoas possam se sentir "aprisionadas" por
suas dificuldades, traumas, pecados, desânimo ou circunstâncias desesperadoras,
sua verdadeira condição, aos olhos de Deus, é serem cativas (prisioneiras) da
esperança que Ele oferece. Elas já pertencem a Ele por direito e promessa, e a
libertação está garantida se voltarem para Ele. Em outras palavras, Deus estava
dizendo para seus filhos: Não desistam. Não soltem a fé. A esperança é sua
maior aliada na reconstrução.
II.
“PRISIONEIROS DA ESPERANÇA” — UM TÍTULO DIVINO PARA UM POVO FERIDO
Por que Deus chama o
Seu povo de “prisioneiros da esperança”?
1.
Porque mesmo quando não vemos saída, a esperança nos prende a Deus.
A esperança não é um
sentimento, não é otimismo humano, pensamento positivo, força de vontade. É esperança teológica, fundamentada na
promessa de Deus. É uma corda firme que nos mantém ligados a Ele quando tudo ao
redor balança prestes a cair.
A expressão combina
duas ideias que normalmente não coexistem:
Prisioneiro
-
alguém limitado, sem controle total da própria vida; uma
pessoa privada de liberdade. A palavra tem uma conotação
negativa.
Esperança
-
uma expectativa confiante e ansiosa por algo bom. A
palavra tem uma conotação positiva.
No original hebraico, a
ideia é: “Aqueles que estão cativos, mas que possuem uma esperança inabalável”.
Deus está dizendo:
“Mesmo que vocês se sintam presos pelas circunstâncias, deixem-se aprisionar
pela esperança que vem de mim.”
A esperança nos mantém
de pé quando a realidade tenta nos derrubar.
Há dias em que a alma
grita: “Isso não vai dar certo”, “Você não vai conseguir”, “É tarde demais.”
Mas a esperança responde: “Se Deus prometeu, Ele cumprirá”.
2.
Porque Deus queria que o povo ficasse “aprisionado” àquilo que Ele prometeu
Quando Deus chama
alguém de “prisioneiro da esperança”, Ele está dizendo: “Prenda-se na promessa,
não na dor.”
3.
Porque a esperança é mais forte que o passado
O exílio havia ferido a
memória do povo, mas Deus queria curar o futuro.
III.
“VOLTEM À FORTALEZA” - A FONTE DA SUSTENTAÇÃO
Em meio à reconstrução,
Deus aponta o caminho: “Voltem à fortaleza!” A fortaleza representa o próprio
Deus. A Bíblia afirma: “Deus é o nosso refúgio e a nossa fortaleza, auxílio
sempre presente na adversidade” (Sl 46:1, NVI). “O Senhor é a
minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus é o meu rochedo,
em quem me refugio” (Sl 18:2, NVI).
Portanto, Deus convoca
Seus filhos, que estão cativos e sofrendo, a retornarem à fortaleza da
esperança. Ele os chama a serem "prisioneiros" de uma esperança que
está fundamentada Nele, não nas circunstâncias. Ele próprio é o
lugar seguro para onde correr quando os problemas do mundo parecem esmagadores.
Sua fortaleza é o muro de proteção que Ele oferece.
Voltar à fortaleza
significa:
·
Voltar à oração;
·
Voltar à confiança;
·
Voltar à intimidade espiritual;
·
Voltar ao altar;
·
Voltar ao foco;
·
Voltar ao Senhor como centro da vida.
Não se reconstrói a
vida longe da fortaleza. O povo estava reconstruindo suas vidas, mas deixando o
templo em segundo plano. Deus chama: “Voltem ao que realmente importa! Voltem
ao relacionamento comigo!”
A esperança só pode
florescer quando estamos dentro da fortaleza - a presença de Deus.
Nesse sentido, Ellen G.
White escreveu: “Voltai para o Senhor, prisioneiros de esperança! Buscai de
Deus, do Deus vivo, força! Mostrai fé humilde e não vacilante em Seu poder e
disposição para salvar! Quando em fé nos apoderarmos de Sua força, Ele mudará,
maravilhosamente mudará, as perspectivas mais desesperadoras e desanimadoras.
Isto Ele fará para glória do Seu nome” (Profetas
e Reis [CPB, 2007], p. 260). Não importa quão
terrível seja nossa situação, devemos escolher se apegar à promessa de Deus com
fé inabalável. Ao fazer isso com humildade e determinação, Deus intervirá de
forma sobrenatural para reverter o desespero em triunfo, demonstrando Seu poder
ao mundo.
IV.
“VOS RESTAURAREI EM DOBRO” - A PROMESSA QUE ANIMA A RECONSTRUÇÃO
A grande promessa é que
Deus, hoje, restituirá em dobro tudo o que foi perdido. Essa recompensa não é
para justificar o sofrimento, mas para demonstrar o poder restaurador e
abundante de Deus. Note que Ele não está apenas prometendo consolo, mas expansão, renovo, multiplicação.
A restauração dobrada
comunica:
·
Deus devolve mais do que o inimigo
tirou;
·
Deus cura mais profundamente do que a
dor feriu;
·
Deus transforma ruínas em testemunho;
·
Deus refaz o que parecia irreversível.
O Deus da esperança é
também o Deus da restauração abundante.
Isso aparece em toda a
Escritura:
a)
Jó recebeu em dobro. Depois de passar por diversas
provações, o patriarca Jó recebeu o dobro de seus bens materiais. A restituição
ocorreu após ele orar pelos seus amigos, e a história é usada para ensinar
sobre a restauração e a fé em Deus, mesmo em meio ao sofrimento.
b)
José recebeu em dobro. Após passar por grandes provações
(inveja dos irmãos, escravidão, prisão), José ascendeu a uma posição de imenso
poder e autoridade. Ele se tornou o segundo no comando no Egito, atrás apenas
do faraó, e foi responsável por salvar sua própria família e muitas nações da
fome severa.
c)
A nação após o exílio recebeu em dobro. Embora a nação tenha
sofrido as consequências de seus pecados (o cativeiro), Deus, em sua
misericórdia, considerou que o castigo foi suficiente e, subsequentemente,
prometeu uma restauração e bênção abundantes (em dobro) como compensação por
seu sofrimento e para a reconstrução da nação e do Templo. Essa promessa de "em dobro" não se
refere necessariamente a uma quantidade material exata e imediata de bens, mas
sim a uma compensação justa e generosa por tudo o que foi perdido durante o
exílio, simbolizando uma restauração completa e abundante da glória e do favor
de Deus.
c)
O cristão recebe a “vida abundante” (Jo 10:10). O
ladrão busca roubar, matar e destruir, enquanto Jesus oferece vida abundante. A
vida abundante não significa viver sem tribulações, angústias ou perseguições.
Significa ter a capacidade de vencer essas adversidades, porque a força vem de
Deus. É viver com alegria e paz verdadeira.
Ellen White escreveu o
poderoso pensamento: “Conte a Jesus os seus desejos com a sinceridade da sua
alma. Você não precisa travar uma longa discussão com Deus, nem pregar um
sermão para Ele, mas com um coração contrito pelos seus pecados, diga:
'Salva-me, Senhor, ou perecerei'. Há esperança para essas almas. Elas buscarão,
pedirão, baterão e encontrarão. Quando Jesus tiver removido o fardo do pecado
que esmaga a alma, você experimentará a bem-aventurança da paz de Cristo.” (Nossa Alta Vocação, p. 131).
V.
A ESPERANÇA CRISTÃ - O FUNDAMENTO DA NOSSA RECONSTRUÇÃO
O Novo Testamento
revela que essa esperança tem um nome – Jesus. “Ele nos regenerou para uma
esperança viva” (1 Pd 1:3).
A esperança bíblica não
é apenas um otimismo vago. É uma "âncora da alma, firme e segura” (Hb
6:19), que nos dá paz em meio às tempestades da vida e nos impede de navegar à
deriva. “Não
nos decepciona” (Rm 5:5).
A esperança cristã
olha:
a)
para trás: Cristo morreu por nós. “Ele é nossa única esperança
de salvação. Por meio de Seu sacrifício, os que agora estamos sendo provados,
somos prisioneiros de esperança. Temos de revelar ao Universo – ao mundo caído
e aos mundos não caídos – que há perdão em Deus e que mediante Seu amor podemos
ser reconciliados com Ele” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã [CPB, 2007], p. 370). Inspirada em
Zacarias 9:12, Ellen White ensina que os crentes ("prisioneiros de
esperança") estão firmemente apegados à promessa da salvação, mesmo em
meio às dificuldades da vida. Eles são "cativos" de uma certeza
inabalável, e ao mesmo tempo devem demonstrar ao universo (humanidade e seres
celestiais) o poder redentor do amor e do perdão de Deus. “Pode
ser que cometamos faltas; pode ser que erremos; mas Deus não nos deixará no
erro. ‘Se pecarmos, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.’ Há
esperança para nós; somos prisioneiros de esperança.” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas [CPB, 1987] vol. 3, p.
192).
b)
para o presente: Cristo vive em nós (2 Co 5:17; Gl
2:20). E essa experiência nos transforma em “novas criaturas”, oferece força,
propósito e alegria para enfrentar os desafios cotidianos.
c)
para o futuro eterno: Hoje, somos chamados a viver como
peregrinos, sustentados pela esperança e pela confiança na herança eterna
conquistada por Cristo, cuja morte e ressurreição asseguram o fim do exílio
humano e a restauração final. Jesus virá nos buscar. Precisamos estar preparados,
vigilantes, hoje. É isso que o Senhor espera de mim e de qualquer que ama a Sua
vinda. Independentemente de quanto tempo tenhamos que esperar, é certo que
Jesus virá, pois Ele mesmo deu Sua palavra de honra ao prometer: “Virei outra vez” (Jo 14:3; Ap 22:20).
O apóstolo Paulo chamou
essa promessa de a “bendita esperança”.
“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus
e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2:13). Por que Paulo se referiu a volta de Jesus
como a bendita esperança de todo crente? Porque ela marcará o fim desse sistema
de coisa vigente. Mas para além do fim da história deste mundo, ela marcará o
fim de todo o mal, angústia, dor e morte, e o início de uma nova forma de vida
que nunca terá fim. Essa esperança iluminava cada perspectiva do cristão
primitivo. Ela é a bendita esperança da igreja Remanescente. Para os primeiro
adventistas as palavras “bendita esperança” proviam um brado arrebatador. Enchiam
seus corações de alegria. Enchiam seus sermões, eles as escreviam em seus
hinos, até mesmo assinavam suas cartas “vós na bendita esperança”. O próprio
nome “Adventista” traduz a nossa esperança e é a mensagem-chave da igreja em
todo o mundo por mais de 180 anos.
Ellen G. White comenta
que essa promessa é “uma das verdades mais solenes, e não obstante mais
gloriosas, reveladas na Escritura Sagrada, é a da segunda vinda de Cristo, para
completar a grande obra da redenção. Ao povo de Deus, por tanto tempo a peregrinar
em sua jornada na “região e sombra da morte” (Mateus 4:16), é dada uma
esperança preciosa e inspiradora de alegria, na promessa do aparecimento Daquele
que é “a ressurreição e a vida” (João 11:25), a fim de levar de novo ao lar
Seus filhos exilados” (O Grande Conflito
[Tatuí, SP: CPB, 2006], p. 299).
Você já parou para
pensar longa e seriamente sobre o Céu? Tentar imaginar o que será morar na Nova
Terra é uma verdadeiro desafio à imaginação. Mas esse lugar é real. Ele existe.
O próprio Senhor Jesus Cristo prometeu um lugar para cada crente fiel quando
afirmou: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na
casa de meu Pai há muitas mansões; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Eu
vou preparar-vos um lugar. E quando eu for e vos preparar um lugar, eu voltarei
novamente, e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, ali possais
estar vós também” (Jo 14:1-3, BKJ Fiel 1611). Sobre isso, Ellen G. White
escreveu: “Imagine-se no lar dos remidos e lembre-se de que ele será mais
glorioso do que a mais brilhante imaginação pode pintar. Nos variados dons de
Deus que a natureza apresenta só conseguimos ter um pálido reflexo de sua
glória” (Caminho a Cristo, p. 86, 87).
Jesus virá!
Alegremo-nos por isso! Você está pronto para encontrar-se com Ele? Vislumbrando
aquele grande dia Ellen White escreveu: “Dentro de pouco tempo Jesus virá para
salvar Seus filhos e dar-lhes o toque final da imortalidade. Este corpo
corruptível se revestirá da incorruptibilidade, e este corpo mortal se
revestirá da imortalidade. As sepulturas se abrirão, e os mortos sairão
vitoriosos, clamando: "Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó
inferno, a tua vitória?" I Cor. 15:55. Os nossos queridos, que dormem em
Jesus, sairão revestidos da imortalidade. E, ao ascenderem os remidos aos Céus,
abrir-se-ão os portais da cidade de Deus de par em par, e neles entrarão os que
observaram a verdade. Ouvir-se-á uma voz mais bela que qualquer música que já
soou aos ouvidos mortais, dizendo: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por
herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo." Mat.
25:34. Então os justos receberão sua recompensa. Sua vida correrá paralela à
vida de Jeová. Lançarão suas coroas aos pés do Redentor, tangerão as harpas de ouro
e encherão todo o Céu de bela música” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 350).
Que dia será aquele,
quando Ele abrir todos os cemitérios do mundo! Erguerá os mortos e nos unirá
pela eternidade como os nosso queridos. Que possamos ouvir dos lábios do Mestre as
boas-vindas para a eterna Pátria celestial.
VI.
APLICAÇÕES ESPIRITUAIS PARA HOJE
1.
Quando a vida parecer uma prisão, prenda-se à esperança
Você pode ser
prisioneiro do medo, da ansiedade, de dívidas, de relacionamentos difíceis, da
culpa, de um diagnóstico, do passado. Mas Deus diz: “Seja prisioneiro da esperança, não da dor.”
2.
Deus promete restauração, não mera sobrevivência
A promessa não é: “Vou
apenas sustentar vocês.” A promessa é: “Restaurarei em dobro!” Quando Deus
restaura cura áreas invisíveis, fortalece o que estava frágil e transforma a
derrota em testemunho.
É preciso acreditar
que, após as dificuldades, virá um tempo de dobro, de restauração e de bênçãos.
Celebre a promessa de que Deus te recompensará.
3.
A esperança cristã é ativa, não passiva
A mensagem de Deus é
que devemos voltar à fortaleza, o que sugere a ideia de uma fé em ação. O
imperativo divino encoraja a dar um passo de fé, confiando que Deus está no
controle e que a esperança verdadeira nos mantém firmes e confiantes, mesmo
quando as circunstâncias são desanimadoras. Esperar em Deus não é cruzar os
braços, não é passividade. É agir confiando. O povo de Deus do passado teve que
limpar os escombros, reerguer muros, reconstruir o Templo. Portanto, confiar em
Deus é obedecer caminhando. É reconstruir - como o povo pós-exílio.
4.
A verdadeira fortaleza não são circunstâncias, mas Cristo
O mundo muda; Cristo,
não. As crises vêm; Cristo permanece. Os medos gritam; Cristo diz: “Não temas.”
CONCLUSÃO
O chamado de Zacarias
ecoa ainda hoje: “Voltem à fortaleza, ó prisioneiros da esperança.” Deus está
dizendo: Volte ao abrigo da fé. Volte ao lugar da presença. Volte ao fundamento
seguro. Volte à esperança que te sustenta.
E então vem a promessa:
“Hoje mesmo anuncio que restaurarei tudo em dobro para vocês”.
Zacarias falava com um
povo cansado. Hoje Deus continua falando com o cansado, o ansioso, o ferido, o
que pensa em desistir.
Caro amigo leitor, qual
é a sua fortaleza hoje? Onde você pode se refugiar quando o medo e a dúvida
batem? Sua vida está em frangalho, em ruínas? Você se sente cansado, preso por
circunstâncias e sem forças? Deus não te deixará sem força, sem promessa, sem
saída. Ele te chama prisioneiro da esperança porque é a esperança que vai te
sustentar até o milagre ficar pronto.
Se a sua alma está cansada…
Se os seus muros estão
quebrados…
Se sua fé enfraqueceu…
Se a vida parece
ruínas…
Volte à fortaleza.
Prenda-se à esperança. Entregue a reconstrução da sua vida a Deus que restaura
em dobro. Confie na promessa daquele que nunca falha.

Comentários
Postar um comentário