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A OBRA DO SENHOR E AS OBRAS DA LEI

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  Kim Papaioannou* As “obras da lei” é uma expressão paulina em Gálatas e Romanos que descreve um sistema através do qual alguns crentes estavam tentando obter justificação. 1 O que são as obras da lei? Paulo não explica. Hoje, a expressão é quase universalmente entendida como se referindo à obediência à lei de Deus e/ou um compromisso com outras boas obras com vistas a ganhar a salvação. Isso é visto na Nova Versão Internacional de 1984, que a traduz como “observar a lei” (Gl 2:16). Como surgiu esse entendimento? A REFORMA A Reforma Protestante começou com Martinho Lutero em 1517. Por 12 anos antes, ele foi um monge agostiniano, dedicando-se ao jejum, longas horas em oração, peregrinações e confissão frequente. 2 Sua ordem tinha prescrições sobre como ficar de pé, andar ou viajar; tinha injunções sobre não olhar para pessoas do sexo oposto; impunha regulamentos sobre o que vestir e como cuidar das roupas; prescrevia cuidar dos doentes; e exigia obediência aos superiores. 3

DUAS NOVAS JERUSALÉM

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  Davidson Razafiarivony* A promessa de Deus em Isaías 65:17–25 começa com a declaração: “Pois eis que eu crio novos céus e uma nova terra; e os primeiros não serão lembrados, nem virão à mente” (KJV). A promessa é repetida em Isaías 66:22–24. Para alguns evangélicos conservadores, esta passagem tem sido aplicada aos novos céus e nova terra escatológicos, especialmente porque é ecoada por Apocalipse 21. 1 Para alguns outros cristãos, Isaías ٦٦:٢٣ se tornou um texto bíblico favorito em defesa do sábado, frequentemente usado em sermões evangelísticos para destacar a perpetuidade do sábado, como afirma: “de uma lua nova a outra, e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o SENHOR” (KJV). Há, no entanto, um problema em aplicar esses textos aos novos céus e nova terra escatológicos. Paulo alertou os colossenses: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer ou pelo beber, ou por causa de uma festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras

JESUS SUBIU DUAS VEZES AO CÉU APÓS SUA RESSURREIÇÃO?

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  Ricardo André A morte expiatória de Jesus Cristo em favor da raça caída é um evento central na fé cristã. Entretanto, sem a ressurreição e a ascensão de nosso Senhor, as provisões do Seu sacrifício expiatório, a exemplo da nossa ressurreição e salvação eterna não seriam acessíveis aos seres humanos (1 Co 15:17). A ascensão de Jesus ao Céu é descrita principalmente nos Evangelhos e no livro de Atos. Ao longo dos meus 40 anos de adventista, li inúmeras vezes os relatos bíblicos acerca da ascensão de Jesus. E sempre acreditei que Jesus ascendeu ao Céu uma única vez após 40 dias da Sua ressureição até sábado, dia 30 de setembro de 2024, quando o irmão Léo De Vincei, um sábio e poderoso nas Sagradas Escrituras, na Unidade de Ação da Escola Sabatina, explicou que Cristo logo após a Sua ressurreição subiu ao Céu, depois voltou a Terra, e 40 dias depois retornou em definitivo ao Céu. Confesso que, de pronto, não aceitei a ideia e desafiei-o a mostrar o texto bíblico que dava sustentação a

A BÍBLIA NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA

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  Donny Chrissutianto* Se a Igreja Adventista do Sétimo Dia considera a Bíblia como a mais alta autoridade em fé e prática tem sido questionado por companheiros cristãos por um longo tempo. Os adventistas proclamam a sola Scriptura desde 1874, quando Miles Grant acusou os adventistas do sétimo dia de basear sua compreensão do santuário celestial nos escritos de Ellen G. White e não na Bíblia. 1 A BÍBLIA PARA OS PIONEIROS ADVENTISTAS Para os pioneiros adventistas, a Bíblia era a mais alta autoridade de fé e prática. Um dos cofundadores, Joseph Bates, declarou que “a Bíblia é uma regra suficiente” para entender o sábado. 2 Isso também se aplica a outras doutrinas. James White, outro cofundador, acreditava que “a Bíblia é uma revelação perfeita e completa. É nossa única regra de fé e prática”. 3 Aceitando as Escrituras como o padrão para doutrinas e comportamento cristão, ele explicou que “a Bíblia é uma Rocha eterna. É nossa regra de fé e prática.” Todo cristão deve “tomar a Bíblia

O CRISTO EXALTADO

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  Edwin Reynolds* Uma das passagens mais conhecidas do Novo Testamento é João 3:14, 15. Jesus estava falando com Nicodemos sobre o processo de salvação. Ele disse, referindo-se a Si mesmo: “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (NKJV). Embora seja bem conhecido, este texto é mal compreendido, e o resultado é uma falha em entender o que Jesus estava tentando comunicar. Jesus estava usando uma analogia do Antigo Testamento com a qual Nicodemos estaria familiarizado. A analogia é confusa quando falhamos em entender a natureza do evento original e como ele funcionou como um tipo da obra de Cristo para nossa salvação. Muitos se perguntam como uma serpente poderia funcionar como um tipo de Cristo que revelaria o caminho da salvação. Nicodemos, sem dúvida, entendeu melhor do que nós. O EVENTO DO ANTIGO TESTAMENTO O evento original envolveu uma rebelião por