SINAL PODEROSO DA PROXIMIDADE DO FIM DO MUNDO

Ricardo André

“E Jesus, saindo, partiu do templo, e aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem os edifícios do templo. Mas Jesus lhes disse: Não vedes todas estas coisas? Na verdade eu vos digo que não ficará aqui uma pedra sobre a outra que não seja derrubada. E, estando ele assentado no monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e qual será o sinal da tua vinda, e do fim do mundo?” (Mt 24:1-3, BJK Fiel 1611).

O mundo sempre se perguntou sobre o fim. Há dois mil anos Jesus, ao sair do templo e chegar ao monte das Oliveiras juntamente com Seus discípulos, profetizou sua destruição — uma fala que chocou os discípulos. Como Jesus fez muitas vezes quando se dispunha a ensinar às pessoas, Jesus Se sentou. Um a um, os discípulos ao redor Dele, armaram-se de coragem e perguntaram: “Dize-nos, quando serão essas coisas, e qual será o sinal da tua vinda, e do fim do mundo?” (Mt 24:3, BJK Fiel 1611). A resposta de Cristo em Mateus 24 não foi uma data, mas sinais. Jesus não quis causar medo, mas despertar vigilância, fé e preparo.

O capítulo 24 de Mateus é mencionado como o apocalipse de Mateus porque Cristo mesclou expressões proféticas e apocalípticas. Jesus e Seus discípulos chegaram ao monte das Oliveiras.

Em Sua resposta Jesus combinou os dois eventos: a destruição de Jerusalém e o fim do mundo. Mas os colocou em um correta perspectiva. Enumerou os sinais ou os acontecimentos que precederiam a destruição de Jerusalém e a Sua vinda. A profecia de Jesus sobre a destruição de Jerusalém vai muito além da destruição de Jerusalém em si, prefigurando a destruição do nosso planeta, que será ocasionada pelo grande dia de Deus no tempo do fim, quando Jesus vier destruir os ímpios e trasladar Seu povo confiante.

A escritora cristã Ellen G. White descreve esse evento futuro como um segundo cumprimento profético: “A profecia do Salvador relativa aos juízos que deveriam cair sobre Jerusalém há de ter outro cumprimento, do qual aquela terrível desolação não foi senão tênue sombra. Na sorte da cidade escolhida podemos contemplar a condenação de um mundo que rejeitou a misericórdia de Deus e calcou a pés a Sua lei. Tenebrosos são os registros da miséria humana que a Terra tem testemunhado durante seus longos séculos de crime” (O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 36, grifo nosso).

Ela acrescenta: “Cristo viu em Jerusalém um símbolo do mundo endurecido na incredulidade e rebelião, e apressando-se ao encontro dos juízos retribuidores de Deus” (Ibdem, p. 22).

Do mesmo modo que advertiu os discípulos do que poderiam esperar antes da queda de Jerusalém, Jesus nos deu alguns vislumbres dos eventos e situações que podem ser esperados antes que Ele volte. Quer habilitar-nos a conhece-Lo e a confiar Nele, para que, como as cinco virgens prudentes e os dois homens que usaram diligentemente os seus talentos, possamos nos preparar, partilhar as boas novas com outros e a saudá-Lo com alegria no dia da Sua volta.

I. SINAIS DE AVISOS GERAIS ANTES DA DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

Ellen G. White, com base na obra “A História dos Judeus”, de Henry Hart Milman, conta o que ocorreu em Jerusalém nos dias que antecederam sua destruição:

“Apareceram sinais e prodígios, prenunciando desastre e condenação. Ao meio da noite, uma luz sobrenatural resplandeceu sobre o templo e o altar. Sobre as nuvens, ao pôr-do-sol, desenhavam-se carros e homens de guerra reunindo-se para a batalha. Os sacerdotes que ministravam à noite no santuário, aterrorizavam-se com sons misteriosos; a terra tremia e ouvia-se multidão de vozes a clamar: "Partamos daqui!" A grande porta oriental, tão pesada que dificilmente podia ser fechada por uns vinte homens, e que se achava segura por imensas barras de ferro fixas profundamente no pavimento de pedra sólida, abriu-se à meia-noite, independente de qualquer agente visível. Durante sete anos um homem esteve a subir e descer as ruas de Jerusalém, declarando as desgraças que deveriam sobrevir à cidade” (O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 29, 30, grifo nosso).

Estes foram os sinais gerais que indicaram a iminente destruição da cidade de Jerusalém.

II. SINAL DE AVISO ESPECIAL

Em Lucas 20:20, 21, Jesus chegou ao ponto central sobre a queda de Jerusalém, ao dar aos Seus discípulos um sinal de aviso especial. Ele afirmou: “Quando virem Jerusalém rodeada de exércitos, vocês saberão que a sua devastação está próxima. Então os que estiverem na Judéia fujam para os montes, os que estiverem na cidade saiam, e os que estiverem no campo não entrem na cidade” (NVI). Segundo Jesus, quando a cidade estivesse rodeada de exércitos os Seus discípulos deveriam entender que aquilo era o sinal para a fuga dos cristãos da cidade, o que eles fizeram.

“A primeira tentativa romana de tomar Jerusalém foi feita pelo general Céstio Galo. Ele sitiou a cidade no ano 66 d. C. Por razões desconhecidas, ‘quando a cidade estava a ponto de cair’, diz o historiador Flávio José, ‘retirou seu exército e os soldados judeus o perseguiram’” (Mario Veloso, Mateus, Contando a história de Jesus Rei: Comentário Bíblico Homilético [CPB, 2006], p. 309).

Ellen White escreveu: “Os [judeus] sitiados, perdendo a esperança de poder resistir, estavam a ponto de se entregar, quando o general romano retirou suas forças sem a mínima razão aparente” (O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 30). Nesse momento, a saída da cidade ficou totalmente viável e os cristãos aproveitaram a oportunidade para fugir. “Os acontecimentos foram encaminhados de tal maneira que nem judeus nem romanos impediriam a fuga dos cristãos. Com a retirada de Céstio, os judeus, fazendo uma surtida de Jerusalém, foram ao encalço de seu exército que se afastava; e, enquanto ambas as forças estavam assim completamente empenhadas em luta, os cristãos tiveram ensejo de deixar a cidade” (Ibdem).

“Seu local de retiro foi Pela, uma cidade no sopé a leste do rio Jordão, cerca de 30 km ao sul do mar da Galileia” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 533).

Na primavera do ano 70, os romanos voltam a sitiar Jerusalém, dessa vez sob o comando do general Tito. Com isso, voltaram as atrocidades da guerra. Fome, ódio, rancores, traições, sofrimentos, toda sorte de desgraças humanas e demoníacas entraram em ação. Flávio Josefo informa o caso de Maria, ilha de Eleazar, uma mulher rica que vivia na Peréia. O cerco a apanhou em Jerusalém. Sofreu a fome de maneira tão desastrosa, que assou a metade de seu bebê de peito e o comeu. Por causa da forme, muitas pessoas saíram da cidade procurando algo para comer. Foram tomados prisioneiros e crucificados em frente da cidade, para atemorizar seus habitantes e forçá-los a se renderem. Por causa do ódio que sentiam por eles, os soldados romanos os crucificavam em estranhas e variadas posições. Tomaram 97 mil prisioneiros” (Mario Veloso, Mateus, Contando a história de Jesus Rei: Comentário Bíblico Homilético [CPB, 2006], p. 309).

“O morticínio, do lado de dentro, era até mais terrível do que o espetáculo visto fora. Homens e mulheres, velhos e moços, rebeldes e sacerdotes, os que combatiam e os que imploravam misericórdia, eram retalhados em indiscriminada carnificina. O número de mortos excedeu ao dos matadores. Os legionários tiveram de trepar sobre os montes de cadáveres para prosseguir na obra de extermínio” (O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 35). Ellen White afirma também que “nenhum cristão pereceu na destruição de Jerusalém” (Ibdem, p. 30).

 

PARALELISMO ENTRE AS DUAS DESTRUIÇÕES

A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

A DESTRUIÇÃO DO MUNDO

1. Luz sobrenatural meia-noite

1. Trevas sobrenaturais ao meio dia (19.05.1780)

2. Desenhos espetaculares nas nuvens

2. A maior chuva de meteoritos de toda a história (12.11.1833)

3. Tremores de terra

3. Terremoto de Lisboa (01.11.1755)

4. Milagre do portal oriental

4. Milagres (Mt 24:24)

5. Pregação 7 anos

5. Pregação mais de 160 anos (Mt 24:14)

6. Aviso especial: cerco de Jerusalém

6. Aviso especial: decreto dominical (TS, v. 2, p. 166)

 

III. CERCO E DECRETO DOMINICAL: SINAIS ESPECIAIS DE SAÍDA DAS CIDADES

A profecia de Apocalipse 13 aponta um importantíssimo sinal do fim do tempo. Na primeira metade do Apocalipse 13, o vidente de Patmos descreve uma besta com sete cabeças que emerge do mar. Essa besta é um poder religioso apóstata que se ergue de Roma e se torna um sistema mundial de adoração (v. 3, 4). Essa besta não é uma pessoa; é uma organização religiosa que substitui a verdade de Deus por decretos humanos. Quanto a identificação desse poder político-religioso, é preciso um estudo pormenorizado, o que demanda um espaço maior, por isso não dá para fazer isso nesse texto. Mas, todas as especificações da profecia apontam inquestionavelmente para o poder católico romano, que atuou durante o período profético de 42 meses ou 1. 260 dias/anos (Ap 13:5-7; 12:6). O ano 538 d. C. marca, apropriadamente, o início desse período profético, quando a igreja romana, tendo o papa como seu líder, estabeleceu-se como um poder eclesiástico e de Estado que dominou o mundo ocidental durante a Idade Medieval. Em 1798 d. C., essa fase terminou quando uma das cabeças da besta foi mortalmente ferida, causando o fim temporário ao domínio opressivo da igreja e à religião apoiada pelo Estado, conforme previa a profecia (v. 3). Isso aconteceu em 1798 (538 + 1260 = 1798), durante a Revolução Francesa, quando tropas de Napoleão Bonaparte invadiram Roma e prenderam o Papa Pio VI (1775-1799), levando-o para o cativeiro (v. 10). No entanto, a profecia prevê também a cura da ferida no fim dos tempos, o que fará com que esse sistema seja restaurado.

A segunda metade do capítulo descreve como ocorrerá a cura da ferida mortal da besta. Essa cura se dará através da atuação da segunda besta que emerge da terra. Segundo a Revelação, essa besta “exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença” (v. 12). “Na sua presença” sugere a união entre os dois poderes. Essa segunda besta fará uma união com a besta que emerge do mar (catolicismo) no tempo do fim para impor uma forma de adoração falsa, especialmente relacionada ao domingo, em oposição ao sábado do Senhor (Êx 20:8-11). Essa união entre esses poderes político e religioso é descrita no Apocalipse como sendo a “imagem da besta” (Ap 13:11-18). A besta que emerge da terra é um poder mundial, cuja influência é da mesma dimensão que a da primeira besta. Mas, em contraste com a besta do mar, que tinha aparência terrível, a besta da terra parece inofensiva, ao menos no início. Ela “possuía dois chifres, parecendo cordeiro” (v. 11), o que é um símbolo de Cristo. Portanto, esse poder do tempo do fim tem aparência e práticas cristãs. Ela surge no território que protegeu a mulher, símbolo da igreja de Deus, do rio perseguidor do dragão, no término dos 1. 260 dias/anos proféticos (Ap 12:14-16). Essa besta da terra é um novo participante na cena final do grande conflito entre o bem e o mal, tendo surgido como uma potência mundial depois que a besta do mar recebeu a ferida mortal durante a Revolução Francesa, o que significa que a besta da terra atuaria exclusivamente no tempo do fim. Afinal, quem representa essa besta da terra? Evidentemente que a identificação dessa besta a partir da evidência textual e histórica demanda um espaço maior, num estudo específico. Todavia as características indicadas pela profecia não deixam dúvidas. Trata-se de uma nação.

“Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 440).

Entretanto, em Ap 13:11, mostra-se que a América, amplamente protestante, no fim começará a falar como o dragão, de maneira semelhante ao próprio diabo, com uma influência mundial semelhante à do Império Romano. Esse poder do tempo do fim será um instrumento para erguer uma imagem da besta papal, e fazer com que o mundo adore a primeira besta, que recebeu a ferida mortal. Em outras palavras, os EUA, que outrora proporcionaram proteção e abrigo seguro para a igreja, desempenharão uma função perseguidora nos eventos finais.

Como isso se dará? Os Estados Unidos da América do Norte, num futuro bem próximo, por meio de seu parlamento, emitirão um decreto que obrigará a todos guardarem o domingo (o falso sábado), como um gesto de adoração ao papado, a besta que emerge do mar (Ap 13:1-10). O Decreto Dominical será o clímax da união entre esses duas bestas. Nesse tempo, a observância do domingo pelas pessoas se tornará “a marca da besta”. Pessoas de todas as classes sociais serão pressionadas a receber essa marca em sua mão direita ou na testa (Ap 13:15-18). Obviamente, a marca da besta não é um sinal visível. A marca na mão direita tem a ver com o comportamento, enquanto o sinal na testa diz respeito à mente ou ao consentimento intelectual. Ou seja, alguns escolherão receber a marca da besta a fim de escapar da ameaça de morte, enquanto outros estarão totalmente comprometidos, mental e espiritualmente, com esse sistema de adoração apóstata. Assim como como o sábado é o sinal distintivo da obediência do fiel povo de Deus (Ez 20:12, 20), a marca da besta é o sinal da lealdade à besta. Esta marca envolve a substituição dos mandamentos de Deus por mandamentos de homens. A maior evidência desse fato é a instituição do domingo pelo papado (Dn 7:25) como dia de adoração em lugar do sétimo dia, o sábado, dia determinado nas Sagradas Escrituras por nosso Criador (Gn 2:1-3; Êx 20:8-11).

A tentativa de mudar o sinal da autoridade de Deus para outro dia tem o objetivo de usurpar a função e o poder do próprio Deus. “O sinal da besta é o dia de repouso papal, aceito pelo mundo em substituição ao dia designado por Deus. Ninguém recebeu até agora o sinal da besta. Ainda não chegou o tempo de prova. Há cristãos verdadeiros em todas as igrejas, inclusive na comunidade católico-romana. Ninguém é condenado sem que haja recebido iluminação nem se compenetrado da obrigatoriedade do quarto mandamento. Mas quando for expedido o decreto que impõe o falso sábado, e o alto clamor do terceiro anjo advertir os homens contra a adoração da besta e de sua imagem, será traçada com clareza a linha divisória entre o falso e o verdadeiro. Então os que ainda persistirem na transgressão receberão o sinal da besta” (Ellen G. White, Evangelismo, p. 234, 235).

Como se vê, o Apocalipse revela que o sábado será um sinal de obediência no fim da história. Todavia, como explicou Ellen White, é preciso dizer que a observância do domingo hoje não significa ter a marca da besta. A guarda do domingo se tornará “a marca da besta” somente quando for expedido o decreto nos EUA tornando a guarda do domingo obrigatória, e compreendendo claramente as questões envolvidas na escolha de um dia de adoração, as pessoas fizerem sua escolha em favor de Deus ou contra Ele. A “marca da besta” se tornará a questão central e a escolha de um dia de adoração será a prova de fidelidade. No entanto, esse tempo ainda está no futuro.

Tal decreto será adotado por todas as outras nações do mundo. Quando isso se concretizar, o fiel povo de Deus deverá entender que esse é o sinal para retirar-se das cidades, fugindo da perseguição patrocinada pelos governos, e saber que Jesus estará prestes a voltar.

Inspirada pelo Espírito Santo Ellen G. White fala exatamente sobre esse evento futuro como sendo um importante sinal para o povo de Deus. Ela escreveu: “Como o cerco de Jerusalém pelos exércitos romanos era o sinal de fuga para os cristãos judeus, assim o arrogar-se nossa nação o poder no decreto que torna obrigatório o dia de repouso papal será uma advertência para nós. Será então tempo de deixar as grandes cidades, passo preparatório ao sair das menores para lares retirados em lugares solitários entre as montanhas” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 166).

Ela acrescenta: “Por um decreto que visará impor uma instituição papal em contraposição à lei de Deus, a nação americana se divorciará por completo dos princípios da justiça. Quando o protestantismo estender os braços através do abismo, a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritismo, quando por influência dessa tríplice aliança os Estados Unidos forem induzidos a repudiar todos os princípios de sua Constituição, que fizeram deles um governo protestante e republicano, e adotar medidas para a propagação dos erros e falsidades do papado, podemos saber que é chegado o tempo das operações maravilhosas de Satanás e que o fim está próximo. Como a aproximação dos exércitos romanos foi um sinal para os discípulos da iminente destruição de Jerusalém, assim essa apostasia será para nós um sinal de que o limite da paciência de Deus está atingido, que as nações encheram a medida de sua iniquidade, e o anjo da graça está a ponto de dobrar as asas e partir desta Terra para não mais tornar” (Ibdem, p. 150, 151).

IV. AS TENDÊNCIAS QUE ESTÃO LEVANDO AO CUMPRIMENTO DE APOCALIPSE 13

1) As relações diplomáticas entre os EUA e o Vaticano. A partir de 1984, aconteceram vários fatos histórico nos EUA, que no nosso entendimento, evidenciam a tendência de união entre os EUA e Roma papal, que irá impor “a marca da besta” no futuro, conforme predito no Apocalipse 13. Durante muito tempo o Parlamento americano vetou todo projeto que visava aprovar um embaixador americano para o Vaticano, por conta do sentimento anticatólico dominante nos EUA. Porém, esse sentimento foi diminuindo ao longo do tempo, de modo que, em 1984, o Parlamento aprovou o envio de um embaixador oficial a Santa Sé, estabelecendo relações diplomáticas com este Estado católico e reconhecendo o papa como chefe de Estado. Em 1987, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, deu as boas-vindas ao papa João Paulo II para pregar ao povo norte-americanos.

Em 28 de Abril de 2011 saiu uma reportagem na Revista Veja sobre uma declaração da Hillary Clinton, Secretária de Estado americana, dizendo o seguinte: “Os Estados Unidos têm interesse em ser um aliado do Vaticano, de acordo com documentos revelados pelo site Wikileaks e antecipados pela revista italiana L’Espresso. Segundo os documentos, a secretária de Estado americana Hillary Clinton teria orientado embaixadores e diplomatas do país a criarem uma página na internet para acompanhar as novidades do governo pontifício. “O Vaticano pode ser uma potência aliada ou um inimigo ocasional. Devemos fazê-lo ver que a nossa política pode ajudá-lo a avançar em muitos princípios”, orientou o Departamento de Estado.

Nesse sentido, cabe aqui uma importante fala do pastor adventista G. Edward Reid, autor do livro “Sunday’s Coming” (O Domingo Está Chegando): “O estabelecimento de relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a Santa Sé, o crescimento do movimento ecumênico, a visita do papa (João Paulo II) aos EUA, e a Campanha Católica para a América (Catholic Campaign for America) mostra claramente que as predições de Ellen White e a interpretação tradicional Adventista de Apocalipse 13 e 17 estão se provando como uma interpretação muito correta.” (p. 82).

De fato, nunca houve tanta pressão sobre o governo americano para impor leis religiosas. Os fundamentalistas protestantes uma vez insistiram na separação entre igreja e Estado. Agora, organizações religiosas estão pedindo por regulamentos morais apoiados pelo governo. Em cumprimento à profecia vemos a América do Norte começar a ceder seu poder político para impor a religião ao povo.

“Com a decisão da Suprema Corte dos Estados unidos em 1961, declarando que são constitucionais leis estaduais que obriguem o fechamento do comércio aos domingos, foi dado um grande passo para a “santificação do domingo”. Os protestantes por muitos anos têm procurado deliberadamente a imposição do domingo em legislação religiosa, e indiretamente, como legislação social. Ultimamente a voz dos católicos têm sido também ouvida, de modo que protestantes e católicos unam suas forças no sentido de prover um ambiente legal mais favorável para a observância do domingo. Esta decisão prepara caminho para mais estritas leis estaduais e finalmente uma lei nacional” (Roy A. Anderson, As Revelações do Apocalipse [CPB, 1990], p. 160, 161).

2) Instituições protestantes fundamentalistas estadunidenses trabalham pela obrigatoriedade da guarda do domingo.  Há poucos anos, a chamada “Moral Majority” (Maioria Moral), um grupo religioso fundamentalista que tentou controlar a política americana, tinha na sua agenda uma ênfase na observância do Dia do Senhor (o domingo para eles). Atualmente, um movimento semelhante, a Christian Coalition (Coalisão Cristã), fundada e presidida pelo líder religioso Pat Robertson, tenta influenciar sobretudo o partido republicano. Pat Robertson é autor do livro intitulado A Nova Ordem Mundial. Nele ele afirma: “Os escravos das galés forçados a trabalhar sete dias na semana se tornam não melhores do que bestas de carga. Grandes civilizações surgem quando o povo pode descansar, pensar e receber inspiração de Deus. Que estupidez de nossa sociedade recusar reconhecer a sabedoria de Deus. Desde que a exaltação e promessa de recompensa vem da adoração e descanso de um dia, eu decidi tornar meus domingos de acordo com o modelo bíblico” (G. Edward Reid,   Sunday’s Coming [O Domingo Está Chegando], p. 86).  

Note que Pat Robertson fala de adoração sem se importar se o dia de adoração é ou não o dia indicado por deus, e com isso adotam falso sábado, o domingo.

“Mas e aqueles que não adoram no domingo, como os muçulmanos, judeus e os Adventistas do Sétimo Dia? David M. Barney, da Trinity Episcopal Church em Concord, MA (EUA), deu sua resposta à seguinte pergunta: ‘Em vista destas duas considerações, os direitos das minorias e o mandamento da guarda do sábado, que base nós temos para adotar o domingo como uma lei?’ Ele respondeu: Na América, o domingo permanece como o dia comum de descanso para qualquer alternativa. Naturalmente ele é adotado pela maioria dos cristãos, mas outras comunidades religiosas ou não religiosas, têm que se adaptar, gostem ou não. Eu não posso imaginar uma lei que tenha dois ou mais dias de descanso. Desde que temos que escolher um dia de modo que toda comunidade desfrute juntas, não vejo outra alternativa senão o domingo” - Sunday’s Coming (O Domingo Está Chegando), p. 87.

“O Senhor destruirá aqueles que destroem a Terra (Ap 11:18) juntamente com o lodo moral da América. Conclamamos os integrantes da Christian Coalition of American – CC (Coalizão Cristã da América), e da Catholic Compaign for Americam – CCA (Campanha Católica pela América) em nossa luta espiritual para salvar a América, o segundo Israel. Devemos trabalhar em conjunto para frearmos a crise de tão grotesca negligência das verdades bíblicas e ajudar a América e às nações do mundo a atentarem ao que está acontecendo e só continua a piorar cada vez mais.

“O Senhor permitirá que venham mais ataques terroristas e eles aumentarão... Agora, o aquecimento global, iceberg e geleiras derretendo, falta de água, pessoas pobres passando fome e morrendo aos milhões, a desonra trazida sobre o dia do Senhor, pelos mega shopping centers, vários eventos desportivos, todos tripudiando o dia do Senhor irresponsavelmente. Nossos líderes no governo, nosso líderes religiosos, que verdadeiramente se preocupam com tudo isso, precisam protestar contra todas essas imoralidades. Se não fizermos nossa parte, em breve será tarde demais. O dia do Senhor (domingo) precisa ser protegido e apoiado por pessoas responsáveis. Se não nos importarmos e entendermos, uma crise de imensa magnitude em breve se apoderará de nós. Precisamos orar e trabalhar e proteger todo esforço que vise proteger o dia do Senhor. Precisamos mais do que nunca, trabalhar conjuntamente, para adiar ao máximo o “dia da ira do Senhor”. Precisamos mostrar ao nosso Senhor que sabemos trabalhar em conjunto na proteção do seu santo dia de culto (domingo). A menos que trabalhemos juntos, para revertermos a crise, ela certamente virá” (Sumário da reunião de duas Instituições Cristãs do dia 16 de novembro de 2007).

Impressiona-nos o fato de que a mais de cem anos atrás Ellen G. White escreveu sobre essas alegações e apelos dos protestantes estadunidenses no sentido de proteger a guarda do domingo dezenas de anos atrás. Note o que ela escreve: “Esta mesma classe apresenta a alegação de que a corrupção que rapidamente se alastra é atribuível em grande parte à profanação do descanso dominical, e que a imposição da observância do domingo melhoraria grandemente a moral da sociedade. Insiste-se nisto especialmente na América do Norte, onde a doutrina do verdadeiro sábado tem sido mais amplamente pregada” (O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 587).

Ela diz mais: “A fim de assegurar popularidade e sua aprovação, os legisladores se renderão aos reclamos de leis dominicais. Mas os que temem a Deus não podem aceitar uma instituição que viole um preceito do decálogo. Neste campo se travará o último grande conflito na controvérsia entre a verdade e o erro. E nós não somos deixados em dúvida quanto ao desfecho” (Profetas e Reis [CPB, 2007], p. 606).

Hoje os EUA procuram dominar o mundo com a finalidade de obter vantagens comerciais e por isso defendem a globalização. Existe um grupo que tenta impor um governo único no mundo que é conhecido como “Nova Ordem Mundial”. Mas Deus já havia predito tudo isso. E isso também é um sinal de que estamos vivendo nos últimos dias.

Hoje os EUA possuem poder político e militar sobre o planeta, mas em breve emitirá um decreto impondo a santificação do domingo, fazendo assim uma imagem à besta que emergiu do mar.

3) Roma papal empenha-se pela preservação da observância do domingo. A Cúria do Vaticano também está empenhada em preservar a guarda do domingo pavimentando o caminha para a imposição da obrigatoriedade da guarda desse dia.

No dia 31 de maio de 1998, o extinto Papa João Paulo II escreveu uma encíclica (carta pastoral Dies Domini), com cerca de 30 páginas. Nela, ele faz um forte apelo para a guarda do domingo. Ele apela para que os cristãos influenciem seus legisladores a estabelecerem legislação civil que favoreça uma mais fiel observância do domingo (Dies Domini, Parágrafo 67). Mudando de orientação ao que tradicionalmente a Igreja Católica ensinava, o histórico documento apela ao imperativo moral do mandamento do sábado. Ele reconhece que, na Criação Deus instituiu o sábado, o sétimo dia como “o dia de descanso porque é o dia ‘abençoado’ por Deus e ‘santificado’ por Ele, posto à parte para ser, entre eles, o Dia do Senhor” (Ibdem, parágrafo 14), mas defende que esse dia foi mudado para o domingo por causa da ressurreição de Cristo. “Por esta dependência essencial que o terceiro mandamento tem da memória das obras salvíficas de Deus, os cristãos, apercebendo-se da originalidade do tempo novo e definitivo inaugurado por Cristo, assumiram como festivo o primeiro dia depois do sábado, porque nele se deu a ressurreição do Senhor”, escreveu o papa. (Ibdem, parágrafo 18). Diz mais o papa: “Assim, se é verdade que, para o cristão, decaíram as modalidades do sábado judaico, porque superadas pelo “cumprimento” dominical, ele deverá lembrar-se que permanecem válidos os motivos de base que obrigam à santificação do “dia do Senhor”, fixados pela solenidade do Decálogo, mas que hão-de ser interpretados à luz da teologia e da espiritualidade do domingo” (Ibdem, parágrafo 62). Sem hesitação, João Paulo aplica ao domingo a bênção e santificação do sétimo dia por ocasião da criação: “O domingo é o dia de descanso porque é o dia ‘abençoado’ por Deus e ‘santificado’ por Ele, posto à parte para ser, entre eles, o Dia do Senhor” (Ibdem, parágrafo 14). A tentativa do papa em tornar o domingo a “cumprimento” do significado do sábado (Ibdem, parágrafo 55), é muito engenhosa, mas falta apoio bíblico e histórico a tal interpretação pela simples razão de que o domingo não é o sábado, pois ambos os dias diferem em autoridade, significado e experiência.

Seja como for, o exemplo do Papa em promover esse reavivamento pela observância do domingo como o sábado do sétimo dia recebeu apoio de líderes da Igreja Católica. Por exemplo, em 27 de outubro de 2002 a agência noticiosa SIR, da Alemanha, informou que o Cardeal Karl Lehmann, Arcebispo de Mainz e presidente da Conferência de Bispos da Alemanha, falou numa conferência chamada “O Sétimo dia: História do Domingo”. Ele descreve o evento como uma “ocasião extraordinária para refletir novamente sobre o domingo e os perigos que o ameaçam”. Ao identificar o domingo com o sábado bíblico, Lehmann, à semelhança do Papa, tenta tornar a observância dominical o imperativo moral do mandamento do sábado.

Na mesma linha do Papa João Paulo, em 6 de junho de 2015, seu sucessor o papa Bento XVI, durante seu discurso para mais de 15 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, em Roma, declarou: “O domingo é o dia do Senhor e dos homens e mulheres, um dia em que todos devem ser livres, livres para a família e livres para Deus. Ao defender o domingo, defendemos a liberdade humana” (shorturl.at/gioAC, citado em Lição da Escola Sabatina, 2º Trimestre 2024, edição do Professor, p. 121)

Em agosto de 2015, o Papa Francisco, em uma transmissão pela TV, fez uma Audiência Papal na sala Paulo VI de Roma, para todos os peregrinos de diferentes países do mundo, sobre o tema das festas, o repouso e o trabalho. Aqui estão alguns dos destaques do que aconteceu nessa audiência:

Cada peregrino leu em seu idioma o texto de Gênesis 2:1-3: “Assim, os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E, havendo Deus acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera”.

O Papa falou de obedecer a Deus ao descansar do trabalho diário. Falou da necessidade de dedicar esse tempo para a adoração e o descanso familiar, para assim compartilhar esse momento com alegria e, também, dedicar para cuidar dos necessitados.

O trabalho deve ser interrompido porque Deus assim ordenou, disse ele. E acrescentou estranhamente, contradizendo o texto de Gênesis lido anteriormente: “O descanso dominical é uma necessidade humana. O domingo é um dia abençoado para esquecer o trabalho diário e pensar no bem-estar da família…”

O Papa Francisco misturou habilmente a verdade com a mentira, baseado na suposta autoridade papal para mudar uma ordem divina dada inicialmente ao homem com obrigatoriedade eterna.

Em maio de 2015, ele publicou a encíclica Laudato Si’, de 184 páginas.    Ela trata da preocupação do pontífice com os problemas relacionados com o meio ambiente, a exemplo da poluição, mudanças climáticas, escassez de água, perda de biodiversidade e desigualdade global. O subtítulo da encíclica, “Sobre o Cuidado da Casa Comum”, propõe um dia de repouso semanal, um dia de descanso para encorajar “os fiéis a assumir o cuidado da natureza e dos pobres”. Este dia é, segundo o papa Francisco, o domingo, “o dia da Ressurreição, o “primeiro dia” da nova criação, que tem as suas primícias na humanidade ressuscitada do Senhor, garantia da transfiguração final de toda a realidade criada”. (Laudato Si’, Parágrafo 237).

Essa proposta de descanso dominical do papa Francisco como forma de cuidar do meio ambiente converge com o pensamento de Governos e ONGs do mundo. Essas instituições cada vez mais têm considerado o descanso semanal como parte de soluções sustentáveis.

Esse apelo papal pela guarda do domingo, bem como para o poder civil para promover a guarda do domingo pode representar os primeiros passo para situações de intolerância já vivenciada no passado, mais precisamente na Idade Medieval. Afinal, os que se empenham em promover a guarda do domingo no meio protestante têm tudo para “comprar” a ideia do Vaticano e dar um apoio “ecumênico” a tais iniciativas. Mas, nós, cristãos adventistas estudiosos da Palavra de Deus já preveem essas dificuldades para os tempos finais, quando poderes religiosos e civis se unirão contra o remanescente, “os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus” (Ap 14:12).

Ellen White profetizou claramente aonde esse movimento de reavivamento da guarda do domingo patrocinado tanto por católicos como por protestantes nos levará: “Os que honram o sábado bíblico serão denunciados como inimigos da lei e da ordem, como que a derribar as restrições morais da sociedade, causando anarquia e corrupção, e atraindo os juízos de Deus sobre a Terra. [...] Ministros que negam a obrigação da lei divina, apresentarão do púlpito o dever de prestar obediência às autoridades civis, como ordenadas de Deus. Nas assembleias legislativas e tribunais de justiça, os observadores dos mandamentos serão caluniados e condenados. (O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 592).

4) O crescimento do ecumenismo no mundo. O movimento que promove a união das igrejas ou religiões cresce no mundo. Desde o alvorecer do novo milênio estamos testemunhando o maior impulso rumo à unidade ecumênica que o mundo já viu. E esse fato é, indubitavelmente, uma importante tendência que apontam para o cumprimento da profecia apocalíptica. Os fenômenos espirituais comuns aos evangélicos pentecostais, católicos carismáticos e espíritas, a exemplo das “revelações”, as curas e os êxtase, levou o espírita kardecista José Reis Chaves a fazer a surpreendente declaração: “E percebe-se que é uma questão de tempo para que os espíritas, os carismáticos católicos e os pentecostais, conhecendo "in totum" a verdade libertadora, dar-se-ão as mãos, formando um só rebanho e um só pastor!” (Portal O Tempo).

A igreja Católica Romana está freneticamente construindo pontes para todas as denominações cristãs.  O jornal O Globo de 22/05/1995 estampou uma surpreendente manchete: “Papa quer cristãos unidos no ano 2000”.  Logo em seguida comenta: “... O porta-voz do Vaticano Joaquim Navarro-Valls afirmou que o Papa quer eliminar as distâncias cavadas nas lutas históricas para a união dos cristãos no limiar do terceiro milênio.

O mesmo jornal edição de 31/05/1995, nove dias depois, estampa a manchete: “Em nova Encíclica, Papa defende união de cristãos”, e comenta: “O Vaticano divulgou ontem a 12ª Encíclica do Papa João Paulo II, ‘Que Todos Sejam Um’, dedicada totalmente ao ecumenismo. Nas suas 114 páginas, o Papa afirma que o compromisso da Igreja Católica com a unidade de todos os cristãos é irreversível...

Observe o papa diz que é IRREVERSÍVEL esta união. De fato, com a morte do Papa João Paulo II, o Vaticano não desistiu de seu intento, prosseguiu com seu objetivo com os sucessores do extinto João Paulo II.

O jornal Folha de São Paulo de 30 de junho de 2008 traz a seguinte matéria: “Bento XVI pede unidade de todos os cristãos”. E comenta: “O papa Bento 16 pediu neste domingo a unidade de todos os cristãos durante a tradicional oração do ângelus, à qual assistiu o patriarca ecumênico Bartolomeu 1º, primaz de honra das igrejas ortodoxas. (...) No ângelus, Bento 16 lembrou que no sábado começou o Ano paulino pelo que pediu aos fiéis que rezassem por esse motivo, assim como pela unidade dos cristãos, a evangelização e a comunhão da igreja”.

Desde seu primeiro discurso na Capela Sistina, na manhã seguinte à sua eleição, Bento XVI afirmou claramente que o ecumenismo – a busca da unidade com outras denominações cristãs – é uma das maiores prioridades de seu pontificado.

O pontificado do Papa Francisco não tem ficado atrás dos últimos dois. Ele vem reforçando sua postura ecumênica, tentando aproximar-se das outras correntes do Cristianismo como os ortodoxos e os evangélicos. A Igreja Católica continua firme em seu propósito de reconquistar a supremacia política mundial e o pior de tudo é que as principais igrejas protestantes já venderam sua alma ao bispo de Roma, para desespero do mundo todo. Por trás dessa fala mansa do papa encontra-se o desejo de supremacia através da exaltação do descanso dominical. 

No sábado, 25 de janeiro de 2014 durante o encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, que ocorreu na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, ele fez orações em companhia do representante do Patriarcado ecumênico de Constantinopla, Gennadios Zervos, e o representante do arcebispo de Cantuária e chefe da Comunhão Anglicana, o pastor David Moxon. 

Neste dia, o site da Rádio Vaticano postou a seguinte matéria:

 Papa: Cristo é princípio, causa e motor da unidade dos cristãos

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu às vésperas na tarde deste sábado, na Basílica de S. Paulo Fora dos Muros, por ocasião da festa da Conversão do Apóstolo e no encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.

Antes de iniciar a celebração, Francisco desceu ao túmulo do Apóstolo Paulo para rezar com o arcebispo metropolita ortodoxo e representante do Patriarcado ecumênico de Constantinopla, Gennadios Zervos, e o representante do arcebispo de Cantuária e chefe da Comunhão Anglicana em Roma, o Pastor David Moxon.

A Basílica estava repleta de fiéis e nos bancos da frente destacavam-se alguns cardeais colaboradores e ex-colaboradores da Cúria Romana, como os dois ex-Secretários de Estado, Angelo Sodano, (atual decano do Colégio Cardinalício) e Tarcisio Bertone, camerlengo da Santa Romana Igreja.

Na presença de representantes ortodoxos, anglicanos e de outras comunidades cristãs, em sua homilia o Papa comentou o tema escolhido para a edição deste ano da Semana: “Estará Cristo dividido?” (1 Cor 1, 13).

Com grande tristeza, comentou o Pontífice, o Apóstolo soube que os cristãos de Corinto estavam divididos em várias facções. Uns afirmavam: "Eu sou de Paulo"; outros diziam: "Eu sou de Apolo"; e outros: “Eu sou de Cefas”; e há ainda quem sustentasse: «Eu sou de Cristo». Até mesmo quem apelava a Cristo o fazia para se distanciar dos irmãos.

Diante desta divisão, Paulo exorta os cristãos de Corinto a serem todos unânimes, para que haja perfeita união de pensar e sentir. Mas a comunhão a que chama o Apóstolo, notou Francisco, não poderá ser fruto de estratégias humanas.

“Nesta tarde, encontrando-nos aqui reunidos em oração, sentimos que Cristo – que não pode ser dividido – quer atrair-nos a Si, aos sentimentos do seu coração, ao seu abandono total e íntimo nas mãos do Pai, ao seu esvaziar-se radicalmente por amor da humanidade. Só Ele pode ser o princípio, a causa, o motor da nossa unidade.”

As divisões na Igreja – prosseguiu o Papa – não podem ser consideradas como um fenômeno natural ou inevitável. “As nossas divisões ferem o corpo de Cristo, ferem o testemunho que somos chamados a prestar-Lhe no mundo”, acrescentou.

A seguir, o Pontífice mencionou o Decreto do Concílio Vaticano II sobre o ecumenismo, Unitatis redintegratio, em que se afirma que Cristo “fundou uma só e única Igreja” e acrescentou: “Queridos amigos, Cristo não pode estar dividido! Esta certeza deve incentivar-nos e suster-nos a continuar, com humildade e confiança, o caminho para o restabelecimento da plena unidade visível entre todos os crentes em Cristo.”

Improvisando, o Papa acrescentou que “todos fomos prejudicados pelas divisões entre os cristãos; não queremos ser um escândalo!”, frisou. “Caminhemos fraternamente juntos no caminho da unidade, na unidade ‘reconciliada’, para a qual o Senhor nos acompanha”, exortou, explicando que “a unidade não vai cair do céu como um milagre, mas será o Espírito Santo a propiciá-la, em nosso caminho. Se não caminharmos juntos, uns para os outros, e não trabalharmos juntos, a unidade não virá. É o Espírito Santo que a faz, ao ver a nossa boa-vontade”.

Francisco citou ainda seus predecessores, os Beatos João XXIII e João Paulo II e Paulo VI, para afirmar que a obra desses pontífices fez com que a dimensão do diálogo ecumênico se tornasse um aspecto “essencial do ministério do Bispo de Roma, que hoje não se compreenderia plenamente o serviço petrino sem incluir nele esta abertura ao diálogo com todos os crentes em Cristo”.

Por fim, exortou: “Amados irmãos e irmãs, peçamos ao Senhor Jesus que nos conserve profundamente unidos a Ele, nos ajude a superarmos os nossos conflitos, as nossas divisões, os nossos egoísmos e a vivermos unidos uns aos outros por uma única força, a do amor, que o Espírito Santo derrama nos nossos corações.”

O cardeal Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Kurt Koch, não pôde participar da cerimônia, devido a um resfriado, e sua saudação foi lida pelo secretário do dicastério, Dom Brian O’Farrell. (BF/CM)

Texto proveniente da página Rádio Vaticano.

Neste dia terminou a semana pela unidade dos cristãos. Os apelos pela unidade foram os mais veementes já vistos. Muitos pronunciamentos importantes. O Ecumenismo agora é mais importante que nos tempos do papa Bento XVI.

Há um século, Ellen White escreveu: “A vasta diversidade de crenças nas igrejas protestantes é por muitos considerada como prova decisiva de que jamais se poderá fazer esforço algum para se conseguir uma uniformidade obrigatória. Há anos, porém, que nas igrejas protestantes se vem manifestando poderoso e crescente sentimento em favor de uma união baseada em pontos comuns de doutrinas. Para conseguir tal união, deve-se necessariamente evitar toda discussão de assuntos em que não estejam todos de acordo, independentemente de sua importância do ponto de vista bíblico” (O Grande Conflito [CPB, 2006], p. 444).

De todos os movimentos em direção à unidade doutrinária entre católicos e protestantes, a mais dramática foi a “Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação”, assinada em 1999 por dignatários do Vaticano e da Federação Luterana Mundial (que representa 58 milhões dos 61,5 milhões de luteranos no mundo). A declaração afirmou que, a pesar das “diferenças remanescentes”, católicos e luteranos possuem a mesma visão fundamental da justificação pela fé, e que as “diferenças existentes na sua explicação não são mais uma ocasião para condenações doutrinais”. E esse documento foi apenas um precursor de um novo, agora na “apostolicidade da igreja” (entenda-se, na autoridade do papa). (Confira clicando aqui).

No dia 22 de maio de 2008, a chanceler da Alemanha participou do Congresso da Igreja Católica do país, e afirmou: “Temos um Deus, temos Jesus, que nos mostra como podemos viver e isso é algo que a mim me dá forças”. Ela é filha de um pastor protestante e membro da Igreja Evangélica. Ainda assim, Merkel comemorou a ampla participação de protestantes durante o Congresso da Igreja Católica. Isso é algo que dá esperança ao ecumenismo.

Entre os dias 24 e 30 de maio de 2009 ocorreu em todo o mundo a Semana de Oração pela unidade dos cristãos. Para o reverendo Luís Alberto, secretário geral do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC): “As afinidades das igrejas cristãs em torno de Jesus são mais fortes do que as diferenças” (...) A Semana é fundamental para os cristãos de todo o mundo A celebração visa unir as igrejas no seguimento de Jesus Cristo como um só pastor e nós como um só rebanho”.

Na cidade de Maringá (Paraná) participaram as seguintes igrejas: Igreja Católica Romana, Igreja Episcopal Anglicana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Presbiteriana Unida (de Marialva).

No dia 28 de julho de 2013, o site Último Segundo estampou a seguinte manchete: “Evangélicos se unem a católicos na Jornada Mundial da Juventude”. Grupos de evangélicos estiveram presentes na JMJ.

Sites evangélicos divulgaram opiniões positivas e elogiosas ao papa Francisco, a exemplo do site Gnotícias.com.br. No dia 29 de julho, o mesmo site publicou uma matéria com a seguinte manchete: “Postura do papa Francisco é elogiada por líderes evangélicos: “Passou simplicidade, enquanto ‘apóstolos’ ostentam riquezas” E comenta: “O pastor Renato Vargens, líder da Igreja Cristã da Aliança, também analisou os discursos do papa e o impacto que a postura do líder católico teve entre os fiéis evangélicos. Para Vargens, “a vinda do papa Francisco ao Brasil tem despertado não somente a atenção da população em geral, como também dos evangélicos que não se cansam de elogiar o bispo de Roma”. O pastor citou ainda as redes sociais como amostra da admiração que boa parte do rebanho evangélico tem expressado ao pontífice” (Confira o texto clicando aqui).

Recentemente o bispo anglicano Tony Palmer se une ao papa Francisco num apelo a pentecostais norte-americanos pela união das igrejas. A proposta foi recebida com entusiasmo pelos líderes protestantes. Isso mostra como o movimento ecumênico avança a passos largos.

Importante dizer que essa união da igrejas não será uma união institucional, mas espiritual, dialogal. Não é que as igrejas evangélicas deixaram de existir numa fusão com a Igreja Católica Romana, passando a existir uma única igreja cristã, mas elas estarão unidas para realizarem algumas atividades juntas, a exemplo de forçar os governos do mundo para aprovarem leis tornando a obrigatória a guarda do domingo, erguendo, desse modo, a imagem da besta do Ap 13. A própria Igreja reconhece que ecumenismo não é a fusão das igrejas ao afirmar que ecumenismo não é “misturar Igrejas ou religiões como se fosse tudo a mesma coisa” (O que é e o que não é Ecumenismo, site CNBB, Catequese do Brasil).

Qual é o significado da união das religiões? O Espírito de Profecia diz-nos: “Quando o protestantismo estender os braços através do abismo a fim de dar uma das mãos ao poder romano e a outra ao espiritualismo (...) podemos saber que é chegado o tempo das aparições maravilhosas de Satanás é que O FIM ESTÁ PRÓXIMO” (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 151).

CONCLUSÃO

Como podemos ver estamos muito próximo do fim. O mundo se prepara para o desfecho final. Quando for emitido o decreto dominical (um decreto para a guarda do domingo) nos EUA estaremos a um a passo da volta de Jesus.

Jesus afirmou: “Quando começarem a acontecer estas coisas, levantem-se e ergam a cabeça, porque estará próxima a redenção de vocês" (Lc 21:28, NVI). Os sinais preditos por Jesus e Seus apóstolos estão se cumprindo dramaticamente em nossos dias. Isto nos indica que a agonizante noite de dor e morte está para terminar, já se vislumbram os alvores radiantes do Novo Mundo oferecido por Jesus a todos os que amam a Sua vinda.

Ellen White afirmou: A passos furtivos aproxima-se o dia do Senhor, mas os homens supostamente grandes e sábios não conhecem os sinais da vinda e do fim do mundo” (Testemunhos Seletos, v. 3, p. 13).

Precisamos está preparados.

 

 

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